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ELIANE DETHETIS DICHETI A MULHER E O MUNDO DO TRABALHO: UMA HISTÓRIA DE VIDA EM SANTIAGO

UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES CAMPUS SANTIAGO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS CURSO DE HISTÓRIA. ELIANE DETHETIS DICHETI A MULHER E O MUNDO DO TRABALHO: UMA HISTÓRIA DE VIDA EM SANTIAGO PROFª. ORIENTADORA: ROSANGELA MONTAGNER SANTIAGO 2009.

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ELIANE DETHETIS DICHETI A MULHER E O MUNDO DO TRABALHO: UMA HISTÓRIA DE VIDA EM SANTIAGO

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  1. UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES CAMPUS SANTIAGODEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANASCURSO DE HISTÓRIA ELIANE DETHETIS DICHETI A MULHER E O MUNDO DO TRABALHO: UMA HISTÓRIA DE VIDA EM SANTIAGO PROFª. ORIENTADORA: ROSANGELA MONTAGNER SANTIAGO 2009

  2. TEMA DA MONOGRAFIA: A MULHER E O MUNDO DO TRABALHO: UMA HISTÓRIA DE VIDA EM SANTIAGO PROBLEMA: COMO ERA VISTO O TRABALHO DE UMA MULHER, COMO GERENTE E PROPRIETÁRIA DE UMA EMPRESA ONDE TRABALHAVAM APENAS HOMENS?

  3. Objetivo Geral: • Investigar a atuação feminina como gerente e proprietária de uma empresa, compreendendo sua evolução e sua inserção no mundo do trabalho. Objetivos específicos: - Estabelecer relações entre gênero, trabalho e memória, para entender como ocorreram os processos de transformação na vida profissional das mulheres.

  4. Analisar o contexto social em que as mulheres estavam inseridas, para compreender sua evolução no mundo do trabalho. • Averiguar as dificuldades encontradas pelas mulheres profissionalmente, analisando seu papel de trabalhadora, mãe, esposa e dona-de-casa. • Identificar na história de vida de Thereza Anna Hamerski Andres, as representações acerca dos preconceitos de gênero.

  5. Introdução Durante muito tempo a presença das mulheres na história fez parte do que se chamava história dos “excluídos”, e apenas a pouco tempo vem sendo relevante para os(as) historiadores(as), pelo viés da Nova História. Essa exclusão se reflete em todos os espaços ocupados pela maioria das mulheres, principalmente, no que se refere ao espaço profissional. O estudo de gênero possibilita o conhecimento dos processos ocorridos na sociedade, e o entendimento da “luta” feminina para ocupar um lugar “igualitário” em relação aos homens.

  6. A construção do trabalho, deu-se através de entrevista com a colaboradora Thereza Anna Hamerski Andres, empresária de uma indústria de ferro a partir dos anos 70, no município de Santiago – RS. A monografia está dividida em três capítulos: relações de memória, gênero e trabalho.

  7. METODOLOGIA: Os pressupostos teóricos – metodológicos usados, partem de uma abordagem qualitativa, pesquisa bibliográfica, aliada ao método da História Oral – modalidade de História de Vida.

  8. 1- REFLEXÕES ACERCA DE HISTÓRIA ORAL: MEMÓRIA E GÊNERO. A história oral é um recurso moderno que vem sendo utilizado na elaboração de diversos documentos e arquivos e, principalmente, estudos de histórias de vida. Esse tipo de história é muito contemporâneo e está ligado a história do tempo presente. A Nova História diferententemente da história positivista e factual trás uma abordagem que valoriza as histórias dos(as) excluídos(as), mulheres, trabalhadores(as), idosos(as)... O que a torna mais próxima da realidade, e verdadeira.

  9. A partir da entrevista o colaborador(a) vai ter a oportunidade de falar sobre sua história, trazendo à tona seu passado e relembrando sua trajetória, até chegar a atualidade. “ A História Oral devolve a História às pessoas em suas próprias palavras. E ao dar-lhes um passado ajuda-os também a caminhar para o futuro construído por elas mesmas”.(Thompson,1992,p.47).

  10. A utilização de relatos de história oral de vida colabora na compreensão dos vários caminhos tomados pela sociedade em determinadas épocas, e entender o desfecho dos processos da história que trouxeram mudanças significativas nos dias atuais, como no caso as conquistas femininas no mundo do trabalho.

  11. 2- PROCESSOS DE CONQUISTA DAS MULHERES NO MUNDO DO TRABALHO: DIFICULDADES EM OCUPAR ESPAÇOS E RECONHECIMENTO PROFISSIONAL. Antes da Revolução Industrial homens e mulheres trabalhavam juntos, e a sociedade era organizada em torno da família. A medida que a economia agrícola passou para industrial as grandes famílias reduziram-se à insignificância de fornecedoras de mão-de-obra e deram lugar ao pai provedor e à mãe dona-de-casa. Com a Revolução Industrial no século XVIII se percebe a necessidade do engajamento formal das mulheres no encaminhamento do nascer das fábricas.

  12. O trabalho das mulheres na fábrica, muitas vezes, foi associado a licença sexual e à degenerância da família, e considerado degradante, contrário a vocação natural das mulheres. o século XIX acentua a racionalidade harmoniosa dessa divisão sexual. Cada sexo tem sua função, seus papéis. Suas tarefas, seus espaços, seu lugar quase predeterminados, até em seus detalhes. Paralelamente, existe um discurso dos ofícios que faz a linguagem do trabalho uma das mais sexuadas possíveis. “Ao homem, madeira e os metais. À mulher, a família e os tecidos” ,declara um delegado de operários da exposição mundial de 1867.(PERROT,1988, p.178).

  13. Os movimentos feministas foram muito importantes porque problematizaram a clássica distinção entre o público e o privado, e contestaram politicamente outras áreas da vida social, como a família, sexualidade, o trabalho doméstico, a divisão doméstica do trabalho e o cuidado com as crianças. Mesmo havendo uma grande participação das mulheres no trabalho em fábricas e outras funções, ficam sempre muito claras as relações de gênero na divisão do trabalho.

  14. A intensa afluência das mulheres no mundo do trabalho não foi ao longo do tempo acompanhada por uma diminuição significativa das desigualdades, em relação ao trabalho entre homens e mulheres e, principalmente, no que se refere as questões salariais. As oportunidades de acesso a cargos elevados nas hierarquias ocupacionais continuam sendo muito difíceis para as mulheres.

  15. 3- TRABALHO E GÊNERO: UMA HISTÓRIA DE VIDA Nessa pesquisa a relação de gênero e trabalho teve além do respaldo bibliográfico a utilização de história oral de vida para ampliar o conhecimento a respeito do tema abordado e, através de entrevista com Thereza Andres, foi realizada uma análise da mulher santiaguense como empresária, chefe de família nos anos 70.

  16. Durante a pesquisa foi possível perceber as relações de gênero presentes no trabalho e no cotidiano vivido pelas mulheres da época. Em sua narrativa Thereza deixa claro que apenas se tornou empresária devido às circunstâncias trágicas, com o falecimento de seu esposo, que “forçaram” a decisão de assumir a empresa para dar uma vida digna aos quatro filhos que precisava criar sozinha.

  17. No decorrer de seu depoimento fala a respeito das diversas barreiras que precisou romper na época para trabalhar gerenciando homens, em uma indústria de ferro, e também, para criar sozinha seus filhos sendo a única provedora do lar. O trabalho com história oral de vida torna a pesquisa muito mais rica e próxima da realidade.

  18. CONSIDERAÇÕES FINAIS Trabalhar com memória e História Oral, foi para mim uma experiência surpreendente, pois não imaginava o quanto era gratificante ver surgir das lembranças de minha colaboradora uma história repleta de emoções e realidade, que jamais sentimos ao ler fatos distantes impressos no papel. A pesquisa com história oral do tempo presente, com pessoas que fazem parte do nosso cotidiano torna os acontecimentos mais próximos da nossa realidade e, conseqüentemente, muito mais envolventes.

  19. A realização dessa pesquisa somente vem a confirmar que a conquista por um espaço igualitário entre homens e mulheres no mundo do trabalho, é um processo de transformação que ainda está em andamento, pois mesmo dentro de uma sociedade que se diz evoluída ainda existe muito preconceito e discriminação em relação às trabalhadoras que precisam ser vencidos.

  20. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: • BONOTTO, C.A.S. (2008). Tendo a cruz por bandeira: movimentos religiosos contra-hegemônicos na América Latina inspirando as histórias de formação e prática de agentes religiosos em movimentos populares no Rio Grande do Sul (1970-1980). Dissertação Mestrado em Integração Latina Americana, Universidade Federal de Santa Maria – UFSM. • FONSECA, Tânia Maria Galli. Gênero, subjetividade e trabalho. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000. • FRISCH, Michael. A História como memória. In: FERREIRA, Marieta de Moraes, AMADO, Janaína. (org). Usos e Abusos da História Oral. 8ª ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006. • LOZANO, Jorge Eduardo Aceves. Práticas e estilos de pesquisa na história oral contemporânea. In: FERREIRA, Marieta de Moraes, AMADO,Janaína. (org). Usos e Abusos da História Oral. 8ª ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006. • LUFT, Lya. O Rio do Meio. In: OLIVEIRA, Suely de; RECAMÁN, Marisol; VENTURI, Gustavo.(org). A Mulher nos Espaços Público e Privado. Editora Fundação Suseu.Abramo. São Paulo, 2004.

  21. MONTAGNER,Rosangela (1999), Ressignificando imagens / Memórias de Alunas do Instituto Olavo Bilac: Processos de Formação de professores (1929-1969). Dissertação em Educação, Universidade Federal de Santa Maria – UFSM. • MOURÃO, Tânia M. Fontanele. Mulheres no topo da carreira: Flexibilidade e persisitência. Brasília: Secretaria Especial de Políticas para mulheres, 2006. • PERROT,Michelle.Os Excluídos da História: operários, mulheres e prisioneiros. 3ª ed. Coleção Oficinas da História, Vol. 12. São Paulo, Paz e Terra 2001. • PERROT, Michelle. Minha história das mulheres. São Paulo: Editora Contexto, 2007. • THOMPSON, Paul. A Voz do Passado: História Oral. Paz e Terra: Rio de Janeiro, 1992. • VELASQUEZ, Cínara Dalla Costa(2009),Trajetórias da Construção da Visibilidade Social Feminina: Da Presença- Ausência Ao Existir História de Uma Vida. Monografia do Curso de Pós- Graduação História, Cultura, Memória e Patrimônio, Universidade Regional do Alto Uruguai e das Missões- Campus Santiago- URI.

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