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A ASSISTÊNCIA HOSPITALAR NO GRANDE ABC uma questão regional.
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A ASSISTÊNCIA HOSPITALAR NO GRANDE ABCuma questão regional Experiência Inovadora “Santo André e a Assistência Hospitalar: uma questão regional”, resultados do projeto apoiado pelo REFORSUS - MS/ BID/ BIRD, II Componente – Subprojeto “Fomento, análise, avaliação e disseminação de experiências inovadoras no SUS”, mediante convênio entre Ministério da Saúde e PMSA. Autores: Vânia Barbosa do Nascimento; Dora Maria Zanovello Bergantini; Gilmar Silvério; Joana Pereira Alves; Maria Aparecida Teixeira das Neves; Maria Cecília Piovesan; Rogério A. Bigas; Savério Gagliardi.
O PRINCIPAL EIXO DA PROPOSTA Paralelamente à tendência dos entes municipais no ABC de solucionar a “crise” da assistência hospitalar no limite restrito da gestão de cada município, têm-se observado algumas iniciativas na Região que procuram trazer a questão para o escopo de um projeto de articulação regional.
1989: Frente de Prefeitos do ABC vai até o Governo Estadual e Federal para discutir a questão da falta de leitos para internação no ABC e pedir a retomada das obras do Hospital Regional de Clínicas; A “CRISE” DA ASSISTÊNCIA HOSPITALAR NO ABC 1988: início do processo de descredenciamento dos hospitais privados junto ao INAMPS – aparecem os primeiros reflexos disso;
A “CRISE” EM FOCO 1990: municipalização da saúde “A lógica municipal de enfrentamento da questão hospitalar na região do ABC”
......Os municípios do ABC enfrentaram a complexidade da assistência à saúde Santo André ampliou e adequou as instalações do seu antigo Hospital Municipal, implantou o PID e diversificou as especialidades de internação hospitalar;
São Bernardo do Campo reabriu o HE da FUABC, passando a mantê-lo em co-gestão com a Fundação, além de ter construído uma nova unidade hospitalar, com cerca de 100 leitos; Hospital Municipal Universitário Hospital de Ensino
Mauáapesar das dificuldades que enfrenta para a manutenção dos cerca de 200 leitos instalados no município, reformou e adequou as instalações da sua unidade hospitalar - o Hospital Nardini
Diadema passou a contar com três hospitais, com a incorporação recente da terceira unidade, o Hospital Serraria sob a gestão estadual na forma de Organização Social; Hospital Serraria Hospital Infantil Hospital Público Municipal
Ribeirão Pires inaugurou em 2001 a sua maternidade pública, pretendendo ampliar a internação às demais especialidades; São Caetano do Sul está em processo de recuperação de uma estrutura hospitalar praticamente desativada Rio Grande da Serraapesar dos esforços para a construção de uma Unidade Mista, não conseguiu viabiliza-la até o presente momento.
O SUS no ABC 1990 – 1999: avanços importantes na gestão da saúde em todos os municípios do ABC.
Municípios da Região do Grande ABC segundo população e condição de gestão, em 2001. Fonte: DATASUS GESTÃO PLENA DO SISTEMA GESTÃO PLENA DA ATENÇÃO BÁSICA
oMelhorou, mas melhorou desigualmente;oDificultou o acesso para determinadas especialidadesoAumentou a tensão entre as esferas de governo – horizontal e verticaloAusência de um planejamento adequado para a região e por conseqüência uma dificuldade de gerenciamento das unidades hospitalares SE MELHOROU, ONDE ESTÃO OS PROBLEMAS PERCEBIDOS ??
ASPECTOS QUE INTERFEREM NA LÓGICA MUNICIPAL DE CONDUÇÃO DA PROBLEMÁTICA
Os aspectos políticos e sócio-culturais da organização territorial “TERRITÓRIO SEM FRONTEIRAS”
Receita Própria e Despesa Total na Saúde por habitante e % de Gasto Total na Saúde na Receita Total dos Municípios da Região do Grande ABC, em 2001 Fonte: SIOPS (*) Ribeirão Pires – sem informação
A fragilidade dos mecanismos de cooperação e coordenação, tanto horizontal, como vertical entre as esferas de governo;
CIR – Comissão Intergestores de Saúde Comissão formada pelos gestores municipais e estadual, no âmbito das regiões do Estado de São Paulo, à operacionalização das diretrizes do SUS, entre elas na Região do ABC.
A SAÚDE NO ARCABOUÇO INSTITUCIONAL DA REGIÃO CÂMARA DO GRANDE ABC Gov. do Estado Consórcio Fórum Entidades Empresariais Parlamentares Grupos de Trabalho CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL 7 Prefeituras FÓRUM DE CIDADANIA Entidades da Sociedade Civil AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO
(1999) AGENDA REGIONAL PARA A ASSISTÊNCIA HOSPITALAR Conclusão do Hospital Serraria, como hospital de caráter regional (complementar a rede existente); Definição da Gestão e Financiamento do Hospital Nardini / Mauá; Retomada e conclusão das obras do Hospital Regional de Clínicas, mantendo o seu caráter regional; Ampliar leitos em maternidade para partos de baixo risco; Instalação de oficina regional à manutenção de equipamentos médico-hospitalares; Ampliação e fortalecimento da rede pré-hospitalar (sistema de resgate), promovendo a integração dos serviços de resgate existentes; Criação de hemocentro regional;
A concretização da Agenda para a Saúde Término do Hospital Serraria sob gestão estadual – 2001 Conclusão das obras do Hospital Regional de Clínicas - 2002 Hospital Regional Hospital Serraria Demais itens em processo de negociação
Os problemas que têm interferido no acompanhamento e condução das estratégias regionais à melhoria da assistência à saúde no ABC. Ausência de incentivos financeiros e de estrutura à mobilização das propostas regionais – planejamento à execução => voluntarismo dos agentes envolvidos com a questão; Competição eleitoral; Ausência de uma política para as áreas metropolitanas; A competitividade na região por diversos interesses; Conflito entre as instâncias do SUS (CIR) e a Câmara Regional
Os espaços de negociação regional Câmara Regional CIR Trata das questões regionais nas diferentes áreas sociais e econômicas Trata de questões municipais e regionais da saúde Envolve apenas o setor governamental específico da saúde Envolve diversos atores da região Procura estabelecer e atualizar uma agenda de prioridades ao desenvolvimento econômico e social do ABC. Constitui, portanto, uma mesa de negociação e busca viabilizar as suas propostas através de consenso; Restrita aos assuntos da saúde que deve pactuar e operacionalizar as propostas no âmbito do SUS;
Até 1999 Lógica municipal: se por um lado individualiza a problemática da questão hospitalar no âmbito de cada município, por outro demonstra o compromisso da gestão municipal para com a saúde. A partir de 1999 Lógica regional: traz a problemática para o conjunto dos problemas a serem enfrentados pela região. A questão da assistência hospitalar deixa de ser encarada apenas como de responsabilidade da gestão municipal, mas sobretudo da região, a ser assumida pelas suas instâncias regionais.
Propiciar o encontro das lógicas municipal e regional à melhoria da qualidade e da eqüidade no acesso à assistência hospitalar na Região do Grande ABC OBJETIVO GERAL
OBJETIVOS ESPECÍFICOS ACADÊMICO Analisar o processo de articulação regional nas questões pertinentes à saúde; TÉCNICO Realizar um diagnóstico da situação da assistência hospitalar na Região do Grande ABC, através de indicadores e fontes de informação existentes; POLÍTICO Estimular a reflexão, o debate e a negociação dos interesses quanto à assistência hospitalar no ABC, bem como subsidiar o debate entre os demais segmentos sociais da Região do Grande ABC.
METODOLOGIA 1) Realização de oficinas de capacitação e sensibilização dos profissionais da área de informação em saúde sobre análise de dados e indicadores à gestão regional da atenção médico-hospitalar e de urgência;2)Realização de um diagnóstico preliminar sobre as condições da assistência hospitalar no ABC;3)Realização de Encontro Regional: possibilidades e limites à atenção regional da assistência hospitalar na Região do ABC.
AS OFICINAS Qualificação e democratização da discussão sobre a política de assistência hospitalar para o ABC, passando a influenciar na condução da NOAS e nos fóruns internos da FMABC, quanto à sua participação no Hospital Regional de Clínicas;Identificou a indefinição das responsabilidades pela informação e o planejamento de âmbito regional;Mostrou a necessidade de sensibilização dos representantes dos municípios e demais técnicos para a importância da informação na qualificação da gestão. As oficinas propiciaram um avanço nesse sentido, mas foram insuficientes para a plena capacitação técnica dos profissionais que atuam neste setor;
O GRUPO DE DISCUSSÃO polhosmundir@yahoo.groups.com
Grupo de discussão polhospmundir2@yahoogroups.com contou com 35 membros e fluxo de 49 mensagens. É um recurso poderoso que poderá ser mais bem utilizado.
Porcentagem de internações por causas evitáveis na DIR IIFonte: SIH 2000 e arquivo do GTNAC da SES
DIAGNÓSTICO PRELIMINAR • Nº de internações por 100 habitantes/ano é baixo, quando comparados a média do Estado de São Paulo e parâmetro do MS. • 3,82% na Região do ABC • 5,56% no Estado de São Paulo • 8% parâmetro do Ministério da Saúde. • A Atendimento de residentes de municípios de fora do ABC é de 6,4%; a evasão é de 18%; • Elevado número de internações que poderiam ser evitadas; • Grande quantidade de internações em salas de observação; • Falta de sintonia entre os gestores e diretores dos hospitais públicos para a organização do setor.
Problemas identificados para a realização do diagnóstico • Bancos de informação alimentados precariamente, distorcendo a realidade existente; • Gestores/equipes municipais pouco qualificadas no manuseio e manutenção das informações necessárias. • Precariedade dos registros; ausência de um fluxo adequado à coleta, • Aspectos que não são contemplados pelos sistemas de informação do SUS importantes ao planejamento regional da saúde; • O Sistema de informação disponível contempla as necessidades de análise para o âmbito nacional, mas não para o âmbito loco-regional;