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Curso de Capacitação em Gestação Saudável

Curso de Capacitação em Gestação Saudável. 12ª Coordenadoria Regional de Saúde. Prof. Claudio Alfredo Konrat. Assistência Pré Natal. Prof. Claudio Alfredo Konrat. Diagnóstico da Gravidez. O diagnóstico da gravidez pode ser feito pelo médico ou pelo enfermeiro da unidade básica.

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Curso de Capacitação em Gestação Saudável

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Presentation Transcript


  1. Curso de Capacitação em Gestação Saudável 12ª Coordenadoria Regional de Saúde Prof. Claudio Alfredo Konrat

  2. Assistência Pré Natal Prof. Claudio Alfredo Konrat

  3. Diagnóstico da Gravidez • O diagnóstico da gravidez pode ser feito pelo médico ou pelo enfermeiro da unidade básica. • Registrar os aspectos importantes para o início do acompanhamento pré-natal. • A gestante deverá receber as orientações necessárias ao acompanhamento pré-natal – seqüência de consultas médicas e de enfermagem, visitas domiciliares e reuniões educativas. Prof. Claudio Alfredo Konrat

  4. Etapas do Diagnóstico AVALIAR: Ciclo menstrual, data da última menstruação, atividade sexual ATRASO OU IRREGULARIDADE MENSTRUAL, NÁUSEAS, AUMENTO DO VOLUME ABDOMINAL Atraso em mulheres com atividade sexual Solicitar Teste Imunológico de Gravidez (TIG) Resultado Positivo Resultado Negativo Gravidez confirmada Repetir TIG após 15 dias Iniciar acompanhamento da gestante Resultado Negativo Persistindo amenorréia – avaliar causas ginecológicas Prof. Claudio Alfredo Konrat

  5. O Acompanhamento Pré Natal • Nome, idade e endereço da gestante. • Idade gestacional. • Trimestre da gravidez na primeira consulta: • Abaixo de 13 semanas = 1º trimestre • Entre 13 e 27 semanas = 2º trimestre • Acima de 28 semanas = 3º trimestre • Avaliação nutricional. • Vacinas e orientações de rotina. Prof. Claudio Alfredo Konrat

  6. Idade Gestacional • A gestação dura 40 semanas (280 dias) • Gestação a termo: para fetos que nascem entre 38 e 42 semanas de gestação • Parto Imaturo: abaixo de 30 semanas • Parto Prematuro: entre 30 e 37 semanas • Parto Pós maduro (serotino): acima de 42 semanas. Prof. Claudio Alfredo Konrat

  7. Cálculo da Idade Gestacional • Convenção: iniciar a contagem à partir do 1º dia (início) da última menstruação. • Contar 40 semanas (ou 280 dias) para fixar a data provável do parto. • Dica: somar 7 ao dia do início da última menstruação e 9 ao mês da última menstruação (ou descontar 3, se for o caso). • Contar a gestação em semanas completas. Prof. Claudio Alfredo Konrat

  8. Os Trimestres • Primeiro Trimestre (até 13 semanas): • Desenvolvimento embrionário • Período gestacional crítico • Segundo Trimestre (entre 14 e 27 semanas): • Crescimento fetal • Ultra-sonografia e diagnóstico precoce de malformações e alterações do desenvolvimento • Terceiro Trimestre (acima de 28 semanas): • Preparação para o parto • Avaliação e controle da vitalidade fetal Prof. Claudio Alfredo Konrat

  9. As Consultas Obstétricas Roteiro para Primeira Consulta Prof. Claudio Alfredo Konrat

  10. História Clínica I • Identificação • Dados sócio-econômicos • Motivos da consulta (foi encaminhada?, tem problemas?) • Antecedentes familiares • Antecedentes pessoais (HAS, Cardiopatias, Diabete, Doenças Renais Crônicas, Anemia, Transfusões, TBC) Prof. Claudio Alfredo Konrat

  11. História Clínica II Antecedentes ginecológicos • Ciclos menstruais, intervalo, regularidade • Uso de métodos anticoncepcionais • Infertilidade e esterilidade • Doenças sexualmente transmissíveis • Cirurgias ginecológicas • Mamas • Último citopatológico (Papanicolaou) Prof. Claudio Alfredo Konrat

  12. História Clínica III Sexualidade • Início da atividade sexual • Desejo sexual • Libido • Orgasmo • Dispareunia • Prática sexual nesta gestação ou em anteriores • Número de parceiros Prof. Claudio Alfredo Konrat

  13. História Clínica IV Antecedentes Obstétricos • Número de gestações (inclui abortamentos, gravidez ectópica e mola) • Número de partos • Número de abortamentos • Número de filhos vivos • Idade da primeira gestação • Condições dos recém nascidos • Complicações nos puerpérios e gestações anteriores • Amamentação Prof. Claudio Alfredo Konrat

  14. História Clínica V Gestação atual • DUM • DPP • Percepção dos primeiros movimentos fetais • Sinais e sintomas na gestação em curso • Medicamentos usados na gestação • Hábitos: fumo, álcool, drogas ilícitas • Ocupação habitual Prof. Claudio Alfredo Konrat

  15. Exame Físico I Geral • Peso e estado nutricional – estatura • FC – Temperatura – PA • Inspeção de pele e mucosas • Palpação da tireóide • Ausculta cardiopulmonar • Exame do abdome, gânglios inguinais • Mis, edema (face, tronco e membros) Prof. Claudio Alfredo Konrat

  16. Exame Físico II Específico (gineco-obstétrico) • Exame das mamas (orientado para aleitamento materno) • Medida da altura uterina • Ausculta dos batimentos cardiofetais (Sonar Doppler e/ou Pinard) • Exame dos genitais externos e internos • Exames de rotina Prof. Claudio Alfredo Konrat

  17. Exame Físico III Exame da gestação • Identificação da situação e apresentação fetal (3º trimestre) • Inspeção do colo uterino (toque vaginal) • Orientação quanto a citopatológico Prof. Claudio Alfredo Konrat

  18. Exames de Rotina • Hemograma e Tipagem Sangüínea • Coombs indireto • VDRL • Glicemia • EQU • Hbs-Ag e HCV • EPF • Bacterioscópico de conteúdo vaginal • HIV Prof. Claudio Alfredo Konrat

  19. Ações Complementares • Referência para atendimento odontológico • Vacina antitetânica • Serviços especializados, quando indicado • Agendamento de consultas subseqüentes Prof. Claudio Alfredo Konrat

  20. As Consultas Obstétricas Consultas Subseqüentes Prof. Claudio Alfredo Konrat

  21. Roteiro Geral • Revisão da ficha • Cálculo e anotação da idade gestacional • Exame físico geral e obstétrico • Orientação quanto aos fenômenos evolutivos da gestação • Interpretação dos exames laboratoriais • Acompanhamento das condutas adotadas em serviços clínicos especializados Prof. Claudio Alfredo Konrat

  22. Padronização de Procedimentos • Métodos para cálculo da idade gestacional • UM conhecida (calendário ou gestograma) • UM desconhecida, mas sabe-se o mês (considerar como UM, os dias 5, 15 e 25) • UM desconhecia total (medida da altura uterina, toque vaginal e ultra-som) Prof. Claudio Alfredo Konrat

  23. Padronização dos Procedimentos Altura Uterina • Fita métrica, toque vaginal • Até 6 semanas: sem alteração uterina • Até 8 semanas: dobro do tamanho • Na semana 10: triplo do tamanho • Na semana 12: é palpável na sínfise pubiana • Na semana 16: entre a sínfise e a cicatriz umbilical • Na semana 20: na altura da cicatriz umbilical • Após isso: relação aproximada entre as semanas de gestação e a medida da altura uterina. Prof. Claudio Alfredo Konrat

  24. Fatores de Risco Reprodutivo Individuais e Sociais: • Idade menor que 17 e maior que 35 anos • Ocupação: carga horária, rotatividade, exposição a agentes físicos, químicos, etc. • Situação conjugal insegura • Baixa escolaridade • Condições ambientais desfavoráveis • Altura menor que 145 cm • Peso menor que 45 kg e maior que 75 kg • Dependência de drogas lícitas e ilícitas Prof. Claudio Alfredo Konrat

  25. Fatores de Risco Reprodutivo História Reprodutiva Anterior: • Morte perinatal explicada ou inexplicada • Recém-nascido com CIUR, pré termo ou malformado • Abortamento habitual • Esterilidade/infertilidade • Intervalo menor que dois anos ou maior que cinco anos • Nuliparidade e multiparidade • Síndrome hemorrágica ou hipertensiva • Cirurgia uterina anterior Prof. Claudio Alfredo Konrat

  26. Fatores de Risco Reprodutivo Doença Obstétrica na Gravidez Atual: • Desvio quanto ao crescimento uterino, número de fetos e volume de líquido amniótico • Trabalho de parto prematuro e gravidez prolongada • Ganho ponderal inadequado • Pré-eclâmpsia – eclâmpsia • Amniorrexe prematura • Hemorragias da gestação • Isoimunização • Óbito fetal Prof. Claudio Alfredo Konrat

  27. Fatores de Risco Reprodutivo Intercorrências Clínicas • Cardiopatias • Pneumopatias • Nefropatias • Endocrinopatias • Hemopatias • Hipertensão arterial • Epilepsia • Doenças infecciosas • Ginecopatias • Doenças auto-imunes Prof. Claudio Alfredo Konrat

  28. Modificações Gravídicas Desenvolvimento Gestacional Dr. Claudio Alfredo Konrat

  29. Primeiro Trimestre Desenvolvimento Embrionário Alterações Maternas Dr. Claudio Alfredo Konrat

  30. Desenvolvimento Fetal Prof. Claudio Alfredo Konrat

  31. Desenvolvimento Fetal Embrião de 1 a 6 semanas Prof. Claudio Alfredo Konrat

  32. Desenvolvimento Fetal Embrião de 6 semanas Prof. Claudio Alfredo Konrat

  33. Desenvolvimento Fetal • Período de 0 a 6 semanas • No final do primeiro mês, o embrião tem o tamanho de um grão de arroz • O tubo neural, que formará o cérebro e a medula espinhal, está em desenvolvimento • O coração está em desenvolvimento e começará a bater no 25º dia • O trato digestivo está em desenvolvimento • Braços e pernas iniciam o desenvolvimento • O cordão umbilical inicia o desenvolvimento Prof. Claudio Alfredo Konrat

  34. Desenvolvimento Fetal Embrião de 8 semanas Prof. Claudio Alfredo Konrat

  35. Desenvolvimento Fetal Embrião de 8 semanas Prof. Claudio Alfredo Konrat

  36. Desenvolvimento Fetal Embrião de 10 semanas Prof. Claudio Alfredo Konrat

  37. Desenvolvimento Fetal • Embrião de 7 a 10 semanas • O feto continua a se desenvolver • O coração está batendo • Dedos das mãos e dos pés estão se formando • Desenvolvimento do estômago e fígado • Estão se formando o nariz e as orelhas Prof. Claudio Alfredo Konrat

  38. Desenvolvimento Fetal Embrião de 15 semanas Prof. Claudio Alfredo Konrat

  39. Desenvolvimento Fetal • Embrião de 10 a 15 semanas • Os órgãos genitais estão em desenvolvimento, mas ainda não é possível identificar o sexo • O sistema circulatório funciona normalmente • Sua boca se abre e se fecha • Os rins estão funcionando, produzindo urina, excretada para o líquido amniótico • A cor dos olhos está sendo determinada e as pálpebras estão se desenvolvendo • Os movimentos fetais são bastante amplos. Prof. Claudio Alfredo Konrat

  40. Alterações Maternas I Primeiro Trimestre (Semana 1 a 12) • A taxa metabólica aumenta em 10-25%, acelerando todas funções corporais. • Os ritmos cardíaco e respiratório aumentam à medida que mais oxigênio tem que ser levado para o feto e mais dióxido de carbono é exalado. • Ocorre expansão uterina pressionando a bexiga e aumentando a vontade de urinar. Prof. Claudio Alfredo Konrat

  41. Alterações Maternas II Primeiro Trimestre (Semana 1 a 12) • Aumento do tamanho e peso dos seios, além de aumentar a sensibilidade dos mesmos logo nas primeiras semanas. • Surgem novos ductos lactíferos • As auréolas dos seios escurecem e as glândulas chamadas de tubérculo de Montgomery aumentam em número e tornam-se mais salientes. • As veias dos seios ficam mais aparentes, resultado do aumento de sangue para essa região. Prof. Claudio Alfredo Konrat

  42. Segundo Trimestre Desenvolvimento Fetal Alterações Maternas Prof. Claudio Alfredo Konrat

  43. Alterações Maternas I Segundo Trimestre (Semana 13 a 28) • Retardamento gástrico provocado pela diminuição das secreções gástricas, essa diminuição é resultado do relaxamento da musculatura do trato intestinal. Esse relaxamento também provoca um número menor de evacuações. • Os seios podem formigar e ficar doloridos. • Aumento da pigmentação da pele, principalmente em áreas já pigmentadas como sardas, pintas, mamilos. • As gengivas podem se tornar esponjosas devido à ação Prof. Claudio Alfredo Konrat

  44. Alterações Maternas II Segundo Trimestre (Semana 13 a 28) • As gengivas podem se tornar esponjosas devido à ação aumentada dos hormônios. • O refluxo do esôfago pode provocar azia, devido ao relaxamento do esfíncter no alto do estômago. • O coração trabalha duas vezes mais do que uma mulher não grávida e faz circular 6 litros de sangue por minuto. • O útero precisa de 50% a mais de sangue que o habitual. • Os rins precisam de 25% a mais de sangue do que o habitual. Prof. Claudio Alfredo Konrat

  45. Desenvolvimento Fetal I 16ª semanaO feto já não pode ser visto inteiro na tela do ultra-som: o médico o mostrará por partes. A ossificação do esqueleto fetal progride rapidamente nesse período. 17ª semanaA movimentação fetal nessa fase é intensa, porém a mãe ainda não consegue percebê-la. 18ª semanaNos fetos de sexo feminino, os ovários já estão diferenciados. Os testículos, nos fetos masculinos, iniciam sua descida para a bolsa escrotal. 19ª semanaOs sistemas circulatório, digestivo e urinário já funcionam harmoniosamente. O feto deglute parte do líquido amniótico e elimina urina no líquido. Prof. Claudio Alfredo Konrat

  46. Desenvolvimento Fetal II 20ª semanaA partir dessa época a maioria das gestantes começa a sentir as movimentações fetais. As primigestas (primeira gestação) podem sentir mais tardiamente, por volta de 22 semanas. Entre 20 e 24 semanas de gestação pode se realizar o ultra-som morfológico, que é o exame não invasivo mais detalhado que existe atualmente para o estudo da função dos órgãos e sua morfologia. É a época apropriada para o rastreamento de várias malformações fetais e placentárias. O peso fetal está em torno de 500gramas. 21ª semanaO soluço fetal pode ser percebido freqüentemente até o fim da gestação. 22ª semanaOs pêlos começam a tornar-se visíveis, inicialmente nas sobrancelhas, nos lábios superiores e queixo, bem como os cabelos. Prof. Claudio Alfredo Konrat

  47. Desenvolvimento Fetal III 23ª semanaO feto mexe bastante nessa fase gestacional, podendo dar cambalhotas, virar de um lado para o outro e inclusive dormir no útero materno. 24ª semanaO comprimento céfalo-nádegas é em torno de 21cm, e o peso em torno de 650g. 25ª semanaAs medidas do feto tornam-se mais proporcionais a partir dessa fase. Prof. Claudio Alfredo Konrat

  48. Desenvolvimento Fetal IV 26ª semanaA partir dessa semana inicia-se o terceiro trimestre da gestação que se caracteriza pelo ganho de peso fetal, além do amadurecimento de seus órgãos. 27ª semanaA pele encontra-se enrugada devido à escassez de gordura subcutânea. Os olhos começam a abrir. O feto tem aparência magra. 28ª semanaO peso fetal está em torno de 1kg. Prof. Claudio Alfredo Konrat

  49. Terceiro Trimestre Desenvolvimento Fetal Alterações Maternas

  50. Alterações Maternas I Terceiro Trimestre (Semana 29 a 40) • A taxa de ventilação aumenta cerca de 40%, passando de 7 litros de ar por minuto da mulher não grávida para 10 litros por minuto, enquanto o consumo aumenta apenas 20%. A maior sensibilidade das vias respiratórias pode causar falta de ar. • As costelas são empurradas para fora decorrente do crescimento fetal. • Os ligamentos inclusive da pelve ficam distendidos, podendo causar desconforto ao andar. Prof. Claudio Alfredo Konrat

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