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Vírus: Caracter ísticas Gerais e Replicação. Pelczar - Pg. 378 - 409 Nogueira & Silva Filho - Pg. 89-100. 1. Introdução. vírus (latim) = veneno 1796: Jenner: vacina contra varíola Época marcada por muitas epidemias (cólera, peste, tifo, varíola, febre amarela e tuberculose).
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Vírus: Características Gerais e Replicação Pelczar - Pg. 378 - 409 Nogueira & Silva Filho - Pg. 89-100
1. Introdução vírus (latim) = veneno 1796: Jenner: vacina contra varíola Época marcada por muitas epidemias (cólera, peste, tifo, varíola, febre amarela e tuberculose). Era difícil conceber um agente infeccioso que não fosse uma bactéria 1892: Ivanowski: Mosaico do tabaco (TMV: tobacco mosaic virus) 1946: Stanley: isolamento do TMV 1949: Enders: cultivo dos vírus em culturas de células
Diagrama do TMV (vírus do mosaico do tabaco) ”Em relação à natureza dos vírus, é óbvio que uma nítida linha, separando coisas vivas e coisas não vivas, não pode ser traçada. Esse fato serve para aquecer a velha discussão sobre a questão “o que é a vida?” (Wendell Meredith Stanley -1904-1971)
1. Introdução vírus (latim) = veneno Entidades infecciosas não celulares cujos genomas são constituídos de DNA ou RNA * Replicação somente no interior de células vivas * Usando sistemas de produção de energia e biossíntese do hospedeiro para sintetizar cópias e transferir seu genoma para outras células FORMA SUPREMA DE SOFISTICAÇÃO DO PARASITISMO
2. Características gerais 2.1. ampla distribuição: parasitando animais, plantas, microrganismos - com diferentes graus de dependência para replicação: p. ex. bacteriófagos: menos de 10 genes, dependência completa; outros com 30-100 genes, mais independentes
2.2. Morfologia básica a) tamanho: 20-300 nm (10-100 vezes menores que as bactérias)
b) componentes * parte central de ácido nucléico * capsídeo: capa protéica(unidades: capsômeros): - simetriahelicoidal: TMV, sarampo, gripe - simetria icosaédrica * envelope
2.2. Morfologia básica b) componentes * * capsídeo: - simetria helicoidal: TMV, sarampo, gripe - simetriaicosaédrica *
2.2. Morfologia básica b) componentes * * * envelope: nucleocapsídeo envolvido por uma membrana de lipoproteínas
c) ácido nucléico viral DNA ou RNA DNA e RNA (nunca simultaneamente) o genoma pode ser: linear: vírus de animais com RNA circular: ex. herpesvirus (dsDNA) segmentado: vírus da influenza (gripe): 8 segmentos (!) (!)
d) outros componentes (ocorrendo em alguns vírus): - enzimas polimerases: replicação do ácido nucleico viral ex. transcriptase reversa nos retrovírus - lipídeos: fosfolipídeos, glicolipídeos, ác. graxos ex. fosfolipídeos do envelope - carboidratos: além dos açúcares dos ácidos nucleicos ex. glicoproteínas nas espículas do vírus da gripe
3. Replicação dos vírusDentro da célula hospedeira • Bacteriófagos (vírus de bactérias) • Ciclo lítico (fagos virulentos) a) adsorção: ligação a receptores específicos • reversível • irreversível b) penetração: • entrada do ácido nucleico viral na célula
3. Replicação dos vírus • Bacteriófagos (vírus de bactérias) • Ciclo lítico (fagos virulentos) c) síntese dos componentes virais • eventos iniciais: • enzimas: polimerases • síntese do mRNA • eventos tardios: • proteínas estruturais (capsômeros) • ácido nucléico viral
3. Replicação dos vírus • Bacteriófagos (vírus de bactérias) • Ciclo lítico (fagos virulentos) d) montagem • síntese das enzimas de montagem • agregação das proteínas estruturais • condensação do AN viral
3. Replicação dos vírus • Bacteriófagos (vírus de bactérias) • Ciclo lítico (fagos virulentos) e) liberação de novos vírus • síntese das endolisinas • lise da célula hospedeira • liberação rápida • liberação lenta (extrusão)
3. Replicação dos vírus 3.1.2. Ciclo lisogênico a) adsorção b) penetração do genoma c) síntese de proteínas funcionais (inserção) d) integração do genoma viral ao genoma da célula
3. Replicação dos vírus 3.2. Vírus de animais e plantas a) adsorção * animais: glicoproteínas do envelope (espículas) especificidade de hospedeiros, espécie, tecidos * plantas: parece não haver receptores específicos
3. Replicação dos Vírus b) penetração e desnudamento: * vírus de animais: - liberação do AN viral na célula: fusão do envelope viral com a membrana, ou endocitose (enzimas digerem o capsídeo) * vírus de plantas: - vetores: bactérias, fungos, nematóides, fungos, insetos - poros nas paredes - ferimentos: abrasão, cortes, vento Vírus do Mosaico do Fumo Mosaico do Vira-cabeça do Tomateiro Replicação de um vírus de planta: vírus do nanismo da cevada
4. Outros agentes infecciosos semelhantes 4.1. Viróides - menores agentes infecciosos conhecidos - compostos somente de RNA simples (circular) - sem capa protéica - sem genes codificando enzimas - total dependência do hospedeiro - localizados no núcleo: interferência direta com a regulação gênica - possível origem: riborganismos -transmissão por sementes ou pólen exemplo: agente da doença cadang-cadang (coqueiro) 4.2. Príons (proteinaceous infectious particles) - somente proteínas (?) ou AN não detectado (?) - localizam-se nas células do SNC (crônica) - incubação longa (anos) - alta resistência a UV e calor - exemplos: kuru, scrapie (vaca louca) ou encefalopatia espongiforme bovina), Mal de Alzheimer (?)
Viróides Cadang-cadang: doença do coqueiro Viróide CCCVd Afilamento do tubérculo da batatinha Viróide PSTVd Exocorte dos Citros Viróide CEVd Nanismo do Crisântemo Viróide CSVd
Príons Kuru, É transmitida por rituais canibalísticos entre os membros da etnia Fore em Papua, Nova Guiné: Consumo de partes do cerébro de mortos. Entre esse povo, as mulheres e crianças comiam o cérebro, pés e mãos, “partes menos nobres”. Mulheres e crianças eram as principais vítimas da doença. A incubação até 30 anos mas, uma vez aparecendo os sintomas, a doença progride rapidamente. Morte: 3 a 12 meses após o aparecimento dos sintomas A incidência da doença diminuiu após a abolição do canibalismo * A doença da vaca louca também é causada por príons e ocorre em outros animais como ovinos, mulas, cervos, gatos e outros.