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PALESTRA PROFERIDA NO XVIII ENA Encontro Nacional da Associação Brasileira de Truticultores Campos do Jordão – outubro de 2006 Palestrante: Thais Moron Machado Instituto de Pesca Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Manipulação Pós-tanque. Thais Moron Machado. MANIPULAÇÃO PÓS-TANQUE*.
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PALESTRA PROFERIDA NO XVIII ENA Encontro Nacional da Associação Brasileira de TruticultoresCampos do Jordão – outubro de 2006Palestrante: Thais Moron MachadoInstituto de PescaSecretaria de Agricultura e Abastecimento
Manipulação Pós-tanque Thais Moron Machado
MANIPULAÇÃO PÓS-TANQUE* Exigências do mercado: Ø qualidade Ø constância Ø preço GLOBALIZAÇÃO - MERCOSUL 1o) Conhecer meu produto 2o) Conhecer e aplicar técnicas para manter/agregar qualidade
MANIPULAÇÃO PÓS-TANQUE* São três os componentes principais do pescado: água proteínas lipídeos
MANIPULAÇÃO PÓS-TANQUE* São três os componentes principais do pescado: água proteínas lipídeos I. ÁGUA
MANIPULAÇÃO PÓS-TANQUE* São três os componentes principais do pescado: água proteínas lipídeos II.PROTEÍNAS DO PESCADO: contém todos os aminoácidos essenciais (treonina, lisina, valina, leucina, metionina, etc...), e tem alto valor biológico. As proteínas do pescado dividem-se em: - Sarcoplasmáticas - Miofibrilas (actina e miosina) - Estroma *DESNATURAÇÃO DAS PROTEÍNAS MIOFIBRILARES
MANIPULAÇÃO PÓS-TANQUE* São três os componentes principais do pescado: água proteínas lipídeos • III. LIPÍDEOS DO PESCADO: o conteúdo lipídico (gordura) é o que apresenta maior variação dentro da mesma sp. Depende do tamanho, ciclo biológico, alimentação, etc... • As sp dividem-se em: • - sp magras = 2% • - sp semi-gordas = 2-6% (truta) • - sp gordas= 6% • OXIDAÇÃO DE LIPÍDEOS • (cadeias longas de ac. graxos e muito insaturadas)
MANIPULAÇÃO PÓS-TANQUE* MECANISMOS DE DETERIORA: 1º) Atividade enzimática (autólise) Após a morte Degradação 2º) Atividade microbiana 3º) Decomposição * Alterações Bioquímicas pos-morten: Abate O2 ATP ác. lático pH Rigor-mortis * Etapas por que passa o pescado pos-morten: a) Pré-rigor músculo flácido, O2 residual consumido, degradação ATP ác. lático pH b) Rigor-mortis ATP pH, actina e miosina se entrelaçam b) Pós-rigor ablandamento do músculo, autólise d) Putrefação a.a. livres produzidos na autólise decomposição
MANIPULAÇÃO PÓS-TANQUE* FATORES QUE INFLUEM NO ESTABELECIMENTO DO RIGOR-MORTIS: Ø Grau de exaustão Ø Condição física Ø Tamanho Ø Temperatura “O OBJETIVO MAIOR É RETARDAR AO MÁXIMO A ENTRADA EM RIGOR-MORTIS POIS, PASSADA ESTA FASE, INICIA-SE A DECOMPOSIÇÃO!!!” “ABATE”
MANIPULAÇÃO PÓS-TANQUE* 1. RESFRIAMENTO: - gelo (oxidação externa: 1 min. Sol. 0,5% ac. Ascórbico) - geladeira (5ºC : 5 a 6 dias) - origem do gelo - formas do gelo - relação ideal pescado : gelo (1 : 0,75)
MANIPULAÇÃO PÓS-TANQUE* 1. RESFRIAMENTO: 2. CONGELAMENTO: -lento - rápido IDEAL: congelamento rápido à - 30 oC e armazenamento à- 20/- 18 oC (paralisa ação bacteriana, ação bioquímica só paralisa à - 60 oC) MÉTODOS DE CONGELAMENTO: -Congelamento estático -Congelador por ar forçado -Congelador de placa de contato -Congelar por imersão OBS: - congelar em pré-rigor ( vida de prateleira e exudado) - congelar durante o rigor-mortis leva à GAPING - congelar pós- rigor leva à vida de prateleira e de exudado - animal congelado em pré-rigor : ATP presente no músculo (3 meses: rigor de congelamento, ou descongelar lentamente para evitar THAW RIGOR) - não recongelar!
MANIPULAÇÃO PÓS-TANQUE* 1. RESFRIAMENTO: 2. CONGELAMENTO: 3. SALGA: Altas concentrações de sal penetram no pescado e forçam o conteúdo de água deste a sair dos tecidos. *ATIVIDADE DE ÁGUA (AW): água disponível no substrato para viabilizar as reações químicas e bioquímicas dos microorganismos, assegurando seu crescimento. - bactérias: 0,91 -leveduras: 0,85 - fungos: 0,80 - bactérias halófilas: 0,75 - fungos xerófitos: 0,65 - leveduras osmófilas: 0,60
MANIPULAÇÃO PÓS-TANQUE* 1. RESFRIAMENTO: 2. CONGELAMENTO: 3. SALGA: MÉTODOS DE SALGA: - salga seca - salga úmida - salga mista - salmoura
MANIPULAÇÃO PÓS-TANQUE* 1. RESFRIAMENTO: 2. CONGELAMENTO: 3. SALGA: 4. SECAGEM: Tem por objetivo diminuir a AW, impedindo o crescimento bacteriano e consequente decomposição. MÉTODOS DE SECAGEM: - secagem natural ao ar livre - Secagem artificial
MANIPULAÇÃO PÓS-TANQUE* 1. RESFRIAMENTO: 2. CONGELAMENTO: 3. SALGA: 4. SECAGEM: 5. DEFUMAÇÃO: É um dos processos mais antigos de conservação de pescado: une as técnicas de secagem + cocção + atuação da fumaça (ação bacteriostática e anti-oxidante). A defumação pode ser: - Frio: 15 - 30 ºC por 1 à vários dias, - Quente: 30 - 90 ºC por 3 à 8 horas. Como fonte de fumaça podemos utilizar madeiras duras e não-resinosas ou fumaça-líquida. Fases da defumação:- salmouragem (25% , proporção de 2 : 1 de salmoura/pescado) - secagem (natural ou forçada) a) 50-60ºC/1 hora sem fumaça - defumação b) 60ºC/3-4 horas com fumaça c) 70-90ºC/1-2 horas com fumaça
MANIPULAÇÃO PÓS-TANQUE* 1. RESFRIAMENTO: 2. CONGELAMENTO: 3. SALGA: 4. SECAGEM: 5. DEFUMAÇÃO: 6. PASTAS E EMBUTIDOS: As pastas e embutidos de pescado (linguiça, salsicha, presunto, hambúrguer, nuggets, patês, etc) dividem-se em: - ESCALDADOS: tº abaixo de 100 ºC, com armazenamento sob refrigeração - ESTERELIZADOS: t º acima de 100 ºC, com armazenamento em temperatura ambiente por até 3 meses. (SURIMI)
MANIPULAÇÃO PÓS-TANQUE* 1. RESFRIAMENTO: 2. CONGELAMENTO: 3. SALGA: 4. SECAGEM: 5. DEFUMAÇÃO: 6. PASTAS E EMBUTIDOS: 7. FERMENTADOS: O processo de fermentação consiste em salgar o peixe e adicionar condimentos. Condição anaeróbica e alto teor salino seleção de microrganismos halofílicos aumento de produção de ácido láctico
MANIPULAÇÃO PÓS-TANQUE* EMBALAGENS: Ø Proteger e vender produto final PLÁSTICOS: Existem vários tipos de embalagens plásticas, e cada uma tem uma utilidade específica. Ø POLIETILENO DE BAIXA DENSIDADE: sacos baixo custo, barreira p/vapor, selagem baixa Tº, media resistência ao frio má barreira contra gases e azeite, não termo resistente, permeável a voláteis Ø POLIETILENO DE ALTA DENSIDADE: bolsas térmicas e caixas boa resistência ao calor e a força de tensão, boa barreira a umidade e ao azeite ao calor se torna opaco Ø POLIAMINAS (NYLON): sacos para vácuo excelente força física, boa barreira para gases, azeites e voláteis, transparente e resistente ao calor e ao frio não sela herméticamente, média barreira contra umidade Ø POLIÉSTER (PET): alternativa para nylon em sacos ou bandejas p/ vácuo transparente, alta força física, boa barreira para gases, azeites, voláteis e umidade não sela hermeticamente e rasga facilmente Ø CRYOVAC: embutidos autoclavados excelente barreira para umidade, gases azeite e voláteis; altamente termo resistente e boa força física alto custo, dificil de imprimir e selabilidade média
MANIPULAÇÃO PÓS-TANQUE* EMBALAGENS: Ø Proteger o produto final Ø Vender o produto PLÁSTICOS: Existem vários tipos de embalagens plásticas, e cada uma tem uma utilidade específica. Ø POLIETILENO DE BAIXA DENSIDADE Ø POLIETILENO DE ALTA DENSIDADE Ø POLIAMINAS (NYLON) Ø POLIÉSTER (PET) Ø CRYOVAC “O IDEAL É JUNTAR ATRAVÉS DE TÉCNICAS DE MANUFATURA AS PROPRIEDADES DE 2 OU MAIS MATERIAIS PARA FAZER UMA ESTRUTURA QUE SATISFAÇA OS REQUERIMENTOS DE UM DETERMINADO PRODUTO. SÃO CHAMADOS DE LAMINADOS, COEXTRUÍDOS OU REVESTIDOS. EX: CRYOVAC + POLIETILENO DE BAIXA DENSIDADE.”
MANIPULAÇÃO PÓS-TANQUE* THAÍS MORON MACHADO thaismoron@terra.com.br