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História da Física. Prof. Roberto de A. Martins A passagem do mito à filosofia e à ciência: a origem do universo (5) http://ghtc.ifi.unicamp.br/hf.htm. Entre séculos IX e VI antes de Cristo, o mundo grego passou por profundas mudanças. Mudanças na Grécia.
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História da Física Prof. Roberto de A. Martins A passagem do mito à filosofia e à ciência: a origem do universo (5) http://ghtc.ifi.unicamp.br/hf.htm
Entre séculos IX e VI antes de Cristo, o mundo grego passou por profundas mudanças Mudanças na Grécia
contato comercial e cultural: variedade de idéias diferentes das tradicionais classe poderosa de comerciantes: enfraquecimentos da aristocracia, maior confiança no poder individual Mudanças na Grécia
Alguns pensadores da Grécia antiga criticaram a visão mitológica sobre os deuses. Xenófanes de Cólofon (576-480 a. C.): deuses mitológicos são imperfeitos Críticas aos mitos
Xenófanes: deuses mitológicos possuem corpo, roupa, voz = homens injustos, vingativos, adúlteros, ciumentos incompatível com a idéia de um deus Críticas aos mitos
Crisipo mitos seriam simples alegorias, representações simbólicas de fenômenos naturais, ou de ensinamentos éticos Evêmero mitos seriam histórias de antigos reis ou heróis humanos, transformados em seres sobrenaturais Críticas aos mitos
Filosofia grega antiga: dividida entre antes e depois de Sócrates (470-399 a. C.) Os interesses principais de Sócrates eram política, ética, etc. e por isso não será estudado aqui. Sócrates e os pré-socráticos
Sócrates foi condenado a beber cicuta, por suas idéias. A morte de Sócrates
Tales de Mileto (640-560) Anaximandro (610-540) Pitágoras de Samos (580-500) Anaxágoras (floruit 456 a. C.) Empédocles (floruit 450 a. C.) Sócrates (470-399) Platão (427-347) Aristóteles (384-322) Linha do tempo Século VII a. C. Século VI a. C. Século V a. C. Século IV a. C.
Primeiro filósofos gregos conhecidos: Thales, Anaximandro, Anaxímenes - de Mileto, na Jônia Mundo grego antigo
As obras dos filósofos pré-socráticos não foram conservadas Aquilo que sabemos sobre eles é indireto: fragmentos - frases ou trechos originais doxografia - informações indiretas (comentários de autores posteriores) Fontes documentais
Uma antiga biografia de pensadores gregos que foi conservada: Diógenes Laércio (séc. III) Fontes documentais
Os pré-socráticos tentaram entender o mundo como o resultado de forças naturais, embora conservando alguns elementos mitológicos. Alguns deles procuraram determinar o processo de desenvolvimento do universo, baseando-se na constância de uma matéria fundamental (arché). Objetivo dos pré-socráticos
Thales (640-560 a. C.) Poucas frases conhecidas: A água é o princípio (arché = arh) de todas as coisas A Terra flutua sobre a água Todas as coisas estão cheias de deuses [ímã, âmbar] Thales de Mileto
Anaximandro de Mileto (610-540 a. C.) o princípio de tudo é o apeiron [apeiron] = “o indefinido” o apeiron não é água, nem ar, nem terra, nem nada conhecido é um tipo de “matéria prima”: todas as coisas provêm do apeiron e retornam a ele quando são destruídas Anaximandro
Do apeiron surgem todos os opostos (luz e trevas, calor e frio, úmido e seco...) Anaximandro
Inicialmente, a partir do apeiron, se separaram a origem do quente e do frio. Anaximandro
A parte fria se concentrou no centro, formando a terra, envolvida pelo ar, tendo em volta uma esfera de fogo Anaximandro
A casca de fogo se rompe e forma tubos, cujos orifícios são o Sol, a Lua e as estrelas Anaximandro
A Terra seria um cilindro em equilíbrio no centro de tudo. Inicialmente toda a Terra era úmida, mas o calor do Sol secou uma parte. Anaximandro
Na cosmogonia de Anaximandro: não há poderes sobrenaturais seqüência de etapas “razoáveis” analogia com fenômenos conhecidos tenta explicar a estrutura que era aceita para o universo elementos abstratos Anaximandro
Empédocles (aprox. 490-435 a. C.) quatro elementos básicos (as “raízes” de todas as coisas) terra, fogo, água, ar Empédocles
Ouça primeiramente as quatro raízes de todas as coisas: o Zeus brilhante [fogo], Hera [ar], Aidoneus [terra] e Nestis [água] que com suas lágrimas molha as fontes mortais Empédocles
A mistura das quatro “raízes” produziria todas as coisas conhecidas Os quatro elementos não são produzidos nem destruídos: apenas se unem e separam De uma mistura inicial, os 4 elementos iriam se separando e combinando; depois eles se uniriam, destruindo todo o universo Empédocles
Os atomistas gregos desenvolveram uma teoria materialista do universo. Leucipo, de Mileto (séc. V a. C.) Demócrito, de Abdera (460-370 a. C.) Epicuro (341-270 a. C.) Lucretius (98-55 a. C.) Atomismo grego
Leucipo era de Mileto, como Thales; Demócrito era da cidade de Abdera; Epicuro, de Samos, viveu em Atenas Mundo grego antigo
Só restaram fragmentos de Leucipo e Demócrito Textos mais importantes: cartas de Epicuro “De rerum natura”, de Lucretius Atomismo grego
Idéias básicas: universo infinito, eterno só existem átomos e espaço vazio átomos indivisíveis, imutáveis, eternos os átomos não se atraem tudo se forma e desfaz ao acaso Atomismo grego
Infinitos átomos, movendo-se sempre no espaço infinito, criam e dissolvem diferentes mundos Atomismo grego
Pelo seu movimento, os átomos podem se aglomerar ao acaso em certos lugares do espaço Atomismo grego
Os átomos semelhantes se juntam, separando-se dos outros, como pedras separadas pelas ondas do mar Atomismo grego
Os corpúsculos mais pesados vão para o centro e espremem para fora outros mais leves. Forma-se a Terra, cercada por ar e éter Atomismo grego
Os átomos se movem sempre, e vão criando e destruindo mundos de todos os tipos e de todas as formas Demócrito e Heráclito Atomismo grego
Atomismo grego O objetivo do atomismo era libertar os homens do medo em relação aos deuses, que os levava até mesmo a sacrificar vidas humanas a eles
Atomismo grego Visão totalmente materialista do universo: • a alma é constituída de átomos e se desfaz na morte • não há deuses a serem obedecidos • não há finalidade nem sentido no mundo: tudo ocorre por acaso