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Psicofármacos na anorexia. Francisco José Oliveira de Pontes Médico Residente – R3 – HSMM Pronutra. Introdução. Anorexia nervosa começa na adolescência e com freqüência persiste até a a vida adulta; Ocorrência ao longo da vida estimada de 1%, 90 a 95% são mulheres;
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Psicofármacos na anorexia Francisco José Oliveira de Pontes Médico Residente – R3 – HSMM Pronutra
Introdução • Anorexia nervosa começa na adolescência e com freqüência persiste até a a vida adulta; • Ocorrência ao longo da vida estimada de 1%, 90 a 95% são mulheres; • Etiologia: combinação de fatores biológicos, psicossociais e socioculturais; • Recusa de manter o peso corporal; • Medo exagerado de ganhar peso ou ficar gordo; • Distorção na percepção do peso; • Tipos: Restritivo, compulsão alimentar periódico/purgativo
Introdução • Ausência relativa de estudos: transtorno menos comum, resistência ao tratamento • Não existe qualquer medicamento que trate de maneira efetiva as características centrais do transtorno: distorção da imagem corporal, obsessão e perfeccionismo e ansiedade antecipatória extrema; • Pesquisas disponíveis são direcionadas para a redução da ansiedade ou alívio dos sintomas relacionados ao humor, na tentativa de facilitar a renutrição, aumentar o apetite, induzir o ganho de peso como um efeito colateral, ou tratar uma complicação médica.
Introdução • O uso de fármacos no tratamento da AN encontra-se respaldado por um conjunto de achados neurobiológicos, psicopatológicos e clínicos associados com esta condição. Podemos citar a redução nos níveis do ácido 5-hidroxiindolacético (5-HIAA, metabólito da serotonina) no líquor de pacientes anoréticos com baixo peso e níveis aumentados do mesmo em pacientes com peso normal após 6 meses de tratamento. • As alterações da imagem corporal, consideradas por alguns autores como um correspondente a uma ideação delirante, levaram ao emprego de antipsicóticos.
Princípios do tratamento • Deve-se atentar para os riscos desses pacientes negligenciarem o uso de medicações em função de resistência ao tratamento. • Em pacientes com sintomas purgativos, os medicamentos devem ser dados em horários distantes de refeições em que costumam purgar. • Em função de mudanças na composição de proteínas e gordura corporais, alterando significativamente a farmacocinética, levando a faixas terapêuticas mais estreitas e a maiores riscos de efeitos colaterais e toxicidade em doses mais baixas de medicamentos, recomenda-se maior cuidado no uso de medicamentos nesses pacientes.
Antidepressivos • Antidepressivos tricíclicos – eficácia limitada, preocupação com segurança limitam o uso; • Inibidores de recaptação de serotonina • Pacientes com anorexia nervosa de peso muito baixo são relativamente não responsivos aos efeitos antidepressivos, antiobsessividade e ansiolítico. • Estado hiposerotoninérgico- Dieta com baixo teor de triptofano. • Resultados melhores na prevenção de recaída em pessoas de peso restaurado. • Os agentes mais explorados são os ISRS (fluoxetina, citalopram e sertralina).
Antidepressivos • Os ISRS bloqueiam seletivamente a recaptação da serotonina pelos seus efeitos inibitórios no transporte dependente da Na+/K+ adenosina trifosfatase (ATPase) no neurônios pré sinápticos. • Aumento do tônus serotoninérgico: • Aumento da disponibilidade na fenda sináptica; • Redução da sensitividade dos auto-receptores 5 HT1A • Fluoxetina e sertralina possuem metabólitos ativos Meia vida mais longa
Antipsicóticos • Antipsicóticos atípicos – comprovada propensão para induzir o ganho de peso, propriedades antiobsessividade e ansiolítica e perfil de efeitos mais brandos • Olanzapina
“Ser gorda não é físico, é um estado de espírito.” • Paciente ambulatorial do pronutra