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Pediatria Ambiental: passado, PRESENTE e futuro!

Pediatria Ambiental: passado, PRESENTE e futuro!. Residente: Larissa Oliveira Dias Orientador: Fabrício Prado Monteiro. Monografia apresentada ao Programa de Residência Médica em Pediatria do Hospital Regional da Asa Sul, como requisito parcial para conclusão da Especialização em Pediatria. .

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Pediatria Ambiental: passado, PRESENTE e futuro!

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Presentation Transcript


  1. Pediatria Ambiental: passado, PRESENTE e futuro! Residente: Larissa Oliveira Dias Orientador: Fabrício Prado Monteiro Monografia apresentada ao Programa de Residência Médica em Pediatria do Hospital Regional da Asa Sul, como requisito parcial para conclusão da Especialização em Pediatria. www.paulomargotto.com.br Brasília, 23 de março de 2012

  2. Introdução • A Pediatria ambiental é baseada na compreensão de que crianças têm parâmetros de exposição e suscetibilidades a elementos tóxicos do meio ambiente, diferentes dos adultos. • É o reconhecimento de que pediatras e profissionais de saúde que lidam com crianças necessitam de maior conhecimento sobre os efeitos do meio ambiente na saúde e desenvolvimento das mesmas.

  3. O presente trabalho procura abordar os diferentes efeitos sobre as variadas influências que o meio ambiente pode exercer no desenvolvimento e na saúde das crianças, informando médicos, pacientes e a população sobre os riscos ambientais existentes na cidade e região, bem como prever ações de amplo espectro e baixo custo para evitar infecções, co-morbidades, mortalidade e invalidez precoce na população pediátrica

  4. Objetivos • O objetivo geral é apontar os diferentes efeitos sobre as variadas influências que o meio ambiente pode exercer no desenvolvimento e na saúde das crianças. • Objetivos específicos: • Informação para médicos pediatras em formação, preceptores e médicos afins; • Promoção de divulgação e meios de orientação para pacientes e a população sobre os riscos ambientais existentes.

  5. Materiais e métodos • Foi realizada revisão de literatura nacional e internacional utilizando os bancos de dados PUBMED e LILACS-BIREME, sendo selecionados artigos publicados entre os anos de 2000 a 2011, abordando o tema Pediatria Ambiental. • Os termos de pesquisa utilizados em várias combinações foram: Prevenção primária, secundária e terciária ; Criança exposta ; e Riscos ambientais. • A pesquisa bibliográfica incluiu artigos originais e artigos de revisão, escritos nas línguas inglesa, portuguesa e espanhola

  6. Definições • Saúde : “Estado de completo bem estar mental e social e não meramente a ausência de enfermidade incapacitante” • Ambiente: “Sistema de elementos abióticos, bióticos e socioeconômicos com que interagem o homem, uma vez que este se adapta ao mesmo, o transforma e o utiliza para satisfazer suas necessidades”. Fonte: OMS

  7. Pediatria Ambiental: Historia • 1957, AAP, Guerra nuclear, comitê sobre o risco e a epidemiologia das malformações causadas pela radiação. • 1954, atol de Bikini, queimaduras por radiação β nos pés dos habitantes da ilha. • Rongelap,02 crianças casos severos de hipotireoidismo. 18 crianças abaixo de 10 anos de idade que entraram em contato com a radiação 14 desenvolveram neoplasias de tireóide (13 casos benignos e 1 caso maligno) e uma desenvolveu leucemia.

  8. Pediatria Ambiental: Historia • 1961: Comitê de Riscos Ambientais (COEH), • 40 anos o COEH produziu vários relatórios técnicos baseados em evidencias que informam aos pediatras sobre diagnostico, tratamento e prevenção dos riscos ambientais • AAP Handbook of Pediatric Environmental Healf , 1999 e 2003

  9. Pediatria Ambiental: UPA • 1998 , Seattle, Departamento de Pediatria da Universidade de Washington, Unidades de Pediatria Ambiental. • UPA: regras claramente definidas, centro de saúde especializado em doenças pediátricas causadas pelo meio ambientes. • Proporcionar acessória, informação, tratamento, promover investigações, educar profissionais, ensinar a população e informar as autoridades responsáveis sobre os problemas ambientais que influenciam o desenvolvimento e a saúde das crianças.

  10. Pediatria Ambiental • Crianças têm parâmetros de exposição e suscetibilidades a elementos tóxicos do meio ambiente diferentes dos adultos • Imaturidade anatomofisiológica e dependência psicossocial. • Os sistemas corporais em desenvolvimento e a variação de imaturidade de órgãos e tecidos as tornam quantitativamente e qualitativamente altamente suscetíveis a tais influencias.

  11. Pediatria Ambiental • Comem mais alimentos por quilograma de peso, bebem mais líquidos e respiram mais ar que os adultos. • Vulneráveis por sua inexperiência em se auto proteger • Primeiros anos de vida passam muito tempo no nível do solo. • Expectativa de vida longa

  12. Pediatria Ambiental • 3.000.000 crianças < 5 anos morrem ao ano em decorrência de causa de enfermidades relacionadas ao meio ambiente. • 40% falta de água potável para beber. • 30 – 40% das doenças que afetam crianças, tais como doenças respiratórias e gastrointestinais, tumores e malformações, estão associadas a fatores ambientais

  13. Pediatria Ambiental • Aumento incidência asma e transtornos neurocomportamentais. • A contaminação ambiental e sonora constituem fatores de risco importantes relacionadas ao surgimento e agudização de algumas enfermidades respiratórias agudas, as crises de asma brônquica, ao câncer de pulmão, intoxicações por metais pesados, lesões auditivas, entre outros.

  14. Pediatria Ambiental • OMS considera a saúde ambiental pediátrica um dos principais alvos sanitários do século XXI e estimula o desenvolvimento de estratégias que permitam abordar, divulgar e resolver os problemas de saúde ambiental pediátrica em centros especializados. • Tema fundamental para prevenir ou minimizar alguns dos fatores de risco.

  15. Causa x EfeitoMeio Ambiente x Saúde • ≠ etapas desenvolvimento: metabolizar substâncias tóxicas de formas diferentes • placenta humana: fármacos e xenobioticos • primeiros 6 meses de vida, imaturidade metabólica, capacidade diminuída de desintoxicação e eliminação de xenobioticos • crescem e desenvolvem-se rapidamente nos 03 primeiros anos de vida e novamente na puberdade. • grande capacidade anabólica e um metabolismo energético rápido podem levar as crianças a absorver xenobioticos com maior intensidade que em adultos.

  16. Causa x EfeitoMeio Ambiente x Saúde • Uma parte de problemas funcionais como o retardo metal e problemas durante o desenvolvimento infantil são devidos a seqüelas ocorridas a exposição pré-natal a certos xenobioticos. • Nos países desenvolvidos as doenças ambientais que mais causam preocupação são a asma e o câncer infantil. • EUA: segunda maior causa de morte entre crianças de 5 a 14 anos é o câncer • A leucemia que esta aumentando em incidência nos países em desenvolvimento pode estar relacionada à exposição a agentes químicos no período pré-natal.

  17. Água • 1,1 milhão de pessoas carecem de acesso à água segura • 2,4 bilhões carecem de serviços básicos de saneamento. • Água contaminada e a falta de higiene causam uma ampla gama de enfermidades, muitas potencialmente fatais. • um recurso limitado • água doce apenas 2,5% do total de água disponível.

  18. Água • 20 anos: 17 ml/kg/dia • 06 meses: 88 ml/kg/dia • diarréia, infestações parasitárias intestinais, desnutrição, anemia, insuficiência de crescimento, intoxicação por arsênico e por pesticida. • 80 a 90% diarréias são resultantes de contaminação ambiental

  19. Água • França: 13% da população recebia água contaminada por pesticidas • Abastecimento subterrâneo concentração de nitrato que podem causar metaglobulinemia em lactentes. • Água segura reduz em 80% os índices de doenças e de mortalidade

  20. Ar • A poluição do ar é a principal causa de infecções do trato respiratório superior • Mais de 2 milhões de mortes por ano entre crianças menores de 5 anos. • Metade da população mundial cozinha e produz calor com combustíveis sólidos produção de monóxido de carbono (CO), dióxido de nitrogênio (NO2) e material particulado. • Intoxicação por CO pode ser fatal. • Energia sustentável e segura.

  21. AR: Cigarro • Mais importante poluente do ar interior. • casas de fumantes: concentração de partículas de poluentes 2 a 3 vezes mais elevada • Tabaco: 4.000 compostos químicos, muitos tóxicos. • Libera matéria particulada, CO, amônia, nicotina e substância carcinogênicas • 5,4 milhões de pessoas/ano morrem em decorrência de enfermidades relacionadas ao tabaco. • 37% são fumantes passivas

  22. Ar: Cigarro • Irritação na mucosa ocular e nasofaríngea, maior incidência de infecções do trato respiratório inferior, tosse, sibilância e otite média aguda. • Maior probabilidade de apresentar comprometimento neurológico e desenvolver distúrbios comportamentais. • Crianças e adolescentes que fumam: câncer de pulmão, doença pulmonar obstrutiva crônica e doenças cardiovasculares no futuro. • Filhos de pais fumantes : fumar na idade adulta e tendem a adquirir esse hábito na adolescência. • Fumar na gestação: baixo peso ao nascer, diminuição da função pulmonar e predisposição à sibilância.

  23. AR: Materiais de construção • Amianto pode comprometer a função pulmonar. • Cimento, conservantes de madeira e os compostos orgânicos voláteis (tintas, resinas, agentes de limpeza domésticos): irritação no ouvido e nas mucosas ocular e nasal; aumentar o risco de infecções respiratórias

  24. AR: Acaros e Mofo • Mais importantes alérgenos domésticos. • Intrinsecamente associadas a reações alérgicas, asma brônquica, rinite alérgica e dermatite atópica. • Os ácaros são o segundo agente causador de alergia respiratória.

  25. TERRA: Radiação • Carcinogênica: leucemia, neoplasias tireóide, mama, cerebral e pulmonar. • Fontes naturais: radônio • Fontes artificiais: televisores, lixo e resíduos produzidos dentro das casas. • O radônio é um gás radioativo inerte, inodoro, incolor e insípido originário da quebra natural do urânio presente em solos e rochas e que sobe à superfície através do solo; portanto, ocorre em maiores concentrações nos andares inferiores dos edifícios. • O radônio gera câncer de pulmão. • 5 e 15% das mortes por câncer de pulmão • Segunda causa de câncer de pulmão.

  26. TERRA: Radiação • Barceló e colaboradores: exposição residencial a campos eletromagnéticos X risco de se contrair leucemia durante a infância . • Relatos de um risco elevado do aumento da incidência de neuroma epitelial em usuários de telefones celulares. • Radiação dos celulares: influencia função cerebral.

  27. TERRA: Chumbo • 0,002% da crosta terrestre • Crianças hábito de levar a mão à boca. • Tinta à base de chumbo em processo de deterioração, baterias de carro, combustível,certos plásticos, cosméticos, objetos de cerâmica vidrada, construções antigas, produtos de demolição, radiadores, depósitos de lixo e na água que circula pelo encanamento feito de chumbo ou soldas de chumbo. • Intoxicação aguda (rara): dor abdominal, vômito, constipação, fraqueza muscular, anemia, lesões na gengiva, oligospermia, nefropatia intersticial, hipertensão, polineuropatia, distúrbios comportamentais, retardo mental e convulsões. • Exposição crônica: afeta as áreas cognitiva e comportamental.

  28. TERRA: Mercúrio • Metal pesado, liquido a temperatura ambiente • Metal, Sais inorgânicos e composto orgânico. • Metal pesado: altera o desenvolvimento do cérebro. • Mercúrio orgânico: altas doses causa retardo mental e paralisia cerebral. baixas doses leva a problemas de atenção, memória e linguagem. • Hospitais : 4-5% de toda contaminação presente em águas residuais. • Fonte de exposição: alimentos contaminados, pescados, mariscos e as amalgamas dentais. • Efeitos cardiovasculares • Exposição pré-natal: hipertensão arterial durante a infância.

  29. TERRA: Pesticida • Exposição crônica: problemas no desenvolvimento do sistema nervoso central, sistema imunológico, desestabilização endócrina e câncer. • Contaminar rios, águas subterrâneas, ar, terra e alimentos. • Efeito : tipo de pesticida, sua toxicidade, quantidade de dose exposta, duração, momento do desenvolvimento da criança na hora da exposição e a via pela qual ocorreu. • Exposição pré-natal: aumento de abortos e malformações congênitas.

  30. Alimentação • Micro-organismos transmitidos por alimentos são responsáveis por 70% dos casos de diarréia. • Mais de 200 doenças de origem alimentar. • Listeriose: doenças gastrointestinais, febre, sepse, meningite e abortos espontâneos. • Bisfenol A: um monômero de plástico policarbonato, cuja estrutura pode interagir com o sistema endócrino a ponto de exercer efeito estrogênico .

  31. Habitação • Estrutura da residência • Energia elétrica • Doenças transmitidas por vetores: Chagas, malária e dengue. • Injurias contra crianças: quedas, queimaduras, intoxicações e afogamentos.

  32. CONCLUSÃO • Importância de ações básicas e a necessidade de implementações de medidas preventivas e fiscalizadoras • Muitas e variados são os riscos. • Prejuízos sociais, intelectuais e financeiros • Política de saúde ambiental • Unidades de pediatra ambiental • Muito deve ser feito!!!

  33. Obrigado!!!

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