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Cateterismo cardíaco

O que é? Como é feito? Para que serve? Tem complicações? Como prevenir e tratar ?. Cateterismo cardíaco. O que é ?.

giorgio
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Cateterismo cardíaco

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Presentation Transcript


  1. O que é? Como é feito? Para que serve? Tem complicações? Como prevenir e tratar? Cateterismo cardíaco

  2. O que é? • Método invasivo de prospecção ou tratamento de patologias cardíacas, congênitas ou adquiridas, através da introdução de sondas tubulares (cateteres) no sistema vascular por meio de dissecção ou punção.

  3. Como é feito? • Após obter o acesso ao sistema vascular periférico, sondas tubulares são introduzidas e manipuladas pelo operador através do leito vascular, guiado por fluoroscopia, com a finalidade de acessar cavidades e vasos cardíacos.

  4. Tipos de cateteres

  5. Para que serve? Diagnóstico • Coronariopatias • Valvopatias • Cardiopatias congênitas • Miocardiopatias • Doenças da aorta • TEP • Mapeamento cardíaco Tratamento • Coronariopatias • Valvopatias • Cardiopatias congênitas • Hipertrofia septal assimétrica • Correção de aneurismas • Ablação de arritmias

  6. Tem complicações? SIM

  7. PREVENÇÃO, DIAGNÓSTICO E MANUSEIO COMPLICAÇÕES NAS CATETERIZAÇÕES DO CORAÇÃO

  8. ESPECTRO DAS COMPLICAÇÕES TAMPONAMENTO CARDÍACO SINTOMAS MENORES

  9. GRUPOS • Relacionadas ao contraste • Relacionadas ao estado emocional • Vasculares • Cardiovasculares • Hemorrágicas • Neurológicas • Embólicas • Congestivas • Infecciosas

  10. RELACIONADAS AO MEIO DE CONTRASTE • Reações tóxicas – relacionadas à osmolalidade • Náuseas, vômitos, calafrios, cefaléia, distúrbios neurológicos transitórios • Reações anafilactóides – Degranulação de mastócitos • Rush cutâneo, prurido, máculas, pápulas, edemas diversos, hipotensão e choque • Reações alérgicas – mediadas por imunocomplexos • Idem reações anafilactóides • Nefropatia Induzida pelo contraste (NIC)*

  11. REAÇÕES TÓXICAS RELACIONADAS AOS MEIOS DE CONTRASTE Definição: Não há. São reações de natureza e ocorrência imprevisíveis que normalmente se manifestam nos primeiros 5 minutos do exame Como tratar: Direcionada à manifestação apresentada

  12. REAÇÕES ANAFILACTÓIDES E ANAFILÁTICAS • Como evitar • Reconhecer pacientes de risco • História conhecida de alergia aos MCI • Atópicos • Asmáticos • Dçs. Auto-imunes • Alergia a alimentos e medicamentos • Comunicar paciente e familiares sobre o evento (sempre!!!!!) • Como tratar • Medidas específicas de acordo com a gravidade do quadro

  13. NEFROPATIA INDUZIDA POR CONTRASTE (NIC) • O que é: Disfunção renal induzida pelo meio de contraste, normalmente transitória mas que pode evoluir para IRA e hemodiálise • Definição: Elevação da creatinina sérica em 0,5 mg/dl (absoluto) ou 25% da creatinina basal (relativo) • Fisiopatologia: Múltiplos mecanismos • Evolução: Início entre o 2º e o 3º dia Pico entre o 5º e o 7º dia Normalização após 14º dia

  14. NEFROPATIA INDUZIDA POR CONTRASTE (NIC) • Fatores de risco: • Idade > 70 anos • Diabete melito • Déficit renal prévio • Hipovolemia (desidratação) • ICC • Drogas nefrotóxicas (ATB; AINH) • Mieloma múltiplo (Bence Jones)

  15. NEFROPATIA INDUZIDA POR CONTRASTE (NIC) • Como evitar: • Identificar grupos de risco • Escolha adequada do M. contraste • Garantir adequado estado volêmico antes e depois do procedimento • Suspender medicações nefrotóxicas (AINH) • Medidas de proteção renal – Hidratação com S.F. 0,9% 1ml/Kg 12h antes e depois do procedimento (N-acetilcisteína?; NaH2CO3?)

  16. COMPLICAÇÕES RELACIONADAS AO ESTADO EMOCIONAL REAÇÃO VASO-VAGAL: Desequilíbrio neuro-humoral com predomínio do sistema nervoso autonômico parassimpático, desencadeado pelo medo e ansiedade. *colinesterase Quadro clínico: Hipotensão, bradicardia e sudorese Conduta: Tranquilização do paciente Hidratação Atropina

  17. COMPLICAÇÕESVASCULARES *Variável para cada tipo de procedimento Cateterizações diagnósticas: 0,6% Angioplastias: 0,9% Valvuloplastias: 5,2% Balão de contrapulsação: 11,5%

  18. Fatoresderisco – Injúria Vascular • Idade avançada • Baixo peso • Obesidade • Doença arterial • Punção inadequada • Compressão inadequada • Deambulação precoce • French da bainha • Terapia anticoagulante • Via de acesso • Cateterização prévia

  19. PRINCIPAIS COMPLICAÇÕESVASCULARES • Pseudoaneurisma • Trombose arterial e embolização distal • Hematoma de retroperitônio • Fístula arteriovenosa • Trombose venosa profunda

  20. Pseudoaneurisma • Definição: Neo-cavidade delimitada pelos tecidos adjacentes ao vaso lesionado, alimentada por fluxo contínuo de entrada e saída de sangue proveniente do vaso verdadeiro, através de canal estreito (pescoço) que comunica a luz do vaso com o interior da neo-cavidade.

  21. Pseudoaneurisma • INCIDÊNCIA, MORFOLOGIA E EVOLUÇÃO • Incidência variável: • 0,05% a 1% Diagnósticos • 2% a 8% Terapeuticos • Morfologia simples: Cavidade única de forma anular ou fusiforme com contornos bem definidos • Morfologia complexa: Múltiplas lojas, septadas ou não, comunicadas por ístmos

  22. Pseudoaneurisma • TRATAMENTO • Expectante (pseudoaneurismas pequenos) • Reparo cirúrgico (> risco de complicações – infecção, neuralgias permanentes, dist. Linfáticos, etc.) • Oclusão por compressão guiada por US (tx. sucesso 90%; com Anticoagulante 62% – 73%); Dor local, tempo prolongado • Oclusão por injeção de trombina guiada por US (tx. sucesso próximo de 100%).

  23. Pseudoaneurisma • PREVENÇÃO • Assegurar punção em local adequado • Reduzir o tempo de permanência dos introdutores • Rigor na compressão após retirada do introdutor • Orientação adequada do paciente

  24. TROMBOSE ARTERIAL • Incidência: < 1% • Principais fatores de risco • - Diâmetro relativo da bainha em relação à artéria canulada (vasos finos = maior risco – Mulheres e crianças) • - Acesso braquial • - Tempo prolongado de cateterização e/ou de compressão • - Estados de hipercoagulabilidade • - Idade avançada • - Doença vascular periférica • -Diabetes

  25. TROMBOSE ARTERIAL Diagnóstico clínico Síndrome de oclusão arterial aguda - Palidez cutânea - Cianose - Ausência de pulso - Dor local - Extremidades frias - Perda de pulso - Paresia - Parestesias - Empastamento muscular

  26. TROMBOSE ARTERIAL Diagnóstico por imagem: Duplex-scan Arteriografia Tratamento: Anticoagulação com heparina Trombectomia

  27. COMPLICAÇÕES HEMORRÁGICAS Manifestações: Sangramento livre peri-introdutor Hematoma femoral – 0,5% - 7% Hematoma retroperitoneal - ~ 0,5% Pseudoaneurismas – 0,5% - 8% Fístulas arteriovenosas – 0,1% -1,5%

  28. COMPLICAÇÕES HEMORRÁGICAS • HEMATOMAS Definição: Coleção de sangue adjacente ao vaso Incidência: 0,5% - 7% Fatores de risco: Idade avançada; Baixo peso; obesidade; mulheres; punção inadequada; compressão inadequada; deambulação precoce; calibre do introdutor; anticoagulação

  29. COMPLICAÇÕES HEMORRÁGICAS • HEMATOMAS • Quadro clínico: Sangramento livre no local da punção ou formação de coleção subcutânea, às vezes inaparente nos obesos. • Manifestações locais: Dor e parestesias • Manifestações sistêmicas: De assintomático até choque.

  30. COMPICAÇÕES HEMORRÁGICAS • SANGRAMENTOS E HEMATOMAS LOCAIS • Tratamento: Depende da extensão e quadro clínico • Conter o sangramento ou expansão do hematoma – compressão • Reposição volêmica com cristalóides • Reversão da anticoagulação • Hemotransfusão • Exploração cirúrgica

  31. COMPLICAÇÕES HEMORRÁGICAS • Hematoma de retroperitôneo • Incidência: 0,5% • Mecanismo: Sangramento da artéria femoral inadequadamente puncionada acima do ligamento inguinal, não permitindo compressão vascular efetiva. Outros mecanismos menos comuns são perfuração vascular pelo fio-guia ou sangramento espontâneo devido a anticoagulação excessiva.

  32. COMPLICAÇÕES HEMORRÁGICAS • Hematoma retroperitoneal • Quadro clínico: Desconforto abdominal; Dor região dorsal, flancos ou inguinal; Neuropatias envolvendo nervos femoral, obturador e lateral cutâneo; Hipotensão; Queda inexplicada do hematócrito. • Exame físico: Massa supra-inguinal; Equimose lombrar (sinal de Gray-Turner); Equimose periumbilical (sinal de Cullen); Dor à flexão do quadril

  33. COMPLICAÇÕES HEMORRÁGICAS • Diagnóstico: TC de abdome • Tratamento: Conservador na maioria dos casos • Suspender antiagregantes • Reverter anticoagulação • Remoção imediata dos introdutores • Nos casos refratários – Exploração cirúrgica

  34. COMPLICAÇÕES HEMORRÁGICAS • Fístulas arteriovenosas • Incidência: 0,1% -1,5% • Mecanismo: Punção inadvertida de veia sobrejacente à artéria femoral, estabelecendo uma comunicação entre os vasos • Manifestações: Sopros e/ou frêmitos contínuos no local da punção

  35. COMPLICAÇÕES HEMORRÁGICAS • Fístulas arteriovenosas • Quadro clínico: • Fístulas pequenas: assintomáticas evoluem para oclusão espontânea em 70% dos casos • Fístulas de alto débito: Síndrome de roubo de fluxo • Insuficiência arterial distal • ↓ PAD → ↑Diferencial de pressão → ↓ RVS ↓ ↑↑Débito cardíaco

  36. COMPLICAÇÕES NEUROLÓGICAS AVC Incidência: C. Diagnóstico 0,03 – 0,3% C. Terapêutico 0,3 – 0,4% Mecanismo: Embolia (trombos, gasosa, fragmentos de placa, colesterol, vegetações, fragmento de cateter e outros) Fatores de risco: mulher, DM, HAS, HVE, ICC, DVP, Multiarteriais, AVC prévio, Tempo de procedimento, Calibre cateteres

  37. COMPLICAÇÕES NEUROLÓGICAS AVC Diagnóstico: Início das manifestações: Imediato até 36 horas Sintomas mais comuns: Distúrbios visuais, Hemiparesias, Dist. Fala, Paralisia facial, Alterações no nível de consciência, Dist. do equilíbrio, Amnésia, Convulsões, Coma Confirmação: TC de crânio, RNM, AngioRNM

  38. COMPLICAÇÕES NEUROLÓGICAS AVC Isquêmico Tratamento Objetivo: Restabelecer o fluxo cerebral Forma: Trombolítico (rt-PA) “In Loco” ou sistêmico EV

  39. COMPLICAÇÕES NEUROLÓGICAS AVC Hemorrágico Quadro clínico: mais exuberante e precoce Confirmação: tomografia Tratamento: Reversão da anticoagulação Heparina: Protamina Trombolíticos: Crioprecipitado e PFC Abciximab: Concentrado Plaquetas Tirofiban: Não há antídoto Enoxaparina: Fator Xa

  40. COMPLICAÇÕES NEUROLÓGICAS • NEUROPATIA FEMORAL • Incidência: 0,20% • Mecanismos: • Lesão direta do nervo • Compressão excessiva • Compressão por hematoma ou pseudoaneurisma • Sintomas: Distúrbios sensoriais no membro afetado imediato ou até 36h

  41. COMPLICAÇÕES INFECCIOSAS • Incidência: < 1% • Fatores de riso: • Punções repetidas no mesmo local • Dificuldade de acesso • Longa permanência dos introdutores • Técnica de Sones • Duração do procedimento • Múltiplos cateteres (BIA, S. Ganz, etc) • ICC

  42. ATEROEMBOLISMO • Incidência não bem estabelecida • Mecanismo: Deslocamento de fragmentos de placas ou trombos para a circulação periférica • Manifestações: • Macroembolos: Sínd. de oclusão arterial aguda • Microembolos: Dor súbita e intensa em extremidades, em geral no hálux (síndrome do dedo azul)

  43. COMPLICAÇÕES CARDIOVASCULARES • Perfuração coronária • Incidência:0,2 – 0,6% • Causas:Fio-guia, balão hiperdimensionado • Fatores de risco:Idade avançada, mulher, calcificação, lesões longas, oclusões crônicas, uso de técnicas ateroablativas (ateréctomia direcional ou rotacional, Excimer laser) • Locais mais comuns:ACX e ACD

  44. COMPLICAÇÕES CARDIOVASCULARES • Trauma de grandes vasos (Dissecção ou perfuração Art. Pulmonar ou Aorta) • Eventos raros, relacionados à técnica e dispositivos • Manifestações variáveis • Tratamentos específicos

  45. COMPLICAÇÕES CARDIOVASCULARES • Tamponamento cardíco • Causas: • Perfuração coronária • Perfuração de cavidades • Diagnóstico: Quadro clínico, Escopia, Eco • Tratamento: Dependente do quadro clínico e tamanho do derrame pericárdico • Expectante >>> Punção sub-xifóide >>> Drenagem cirúrgica

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