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Epidemiologia aplicada à saúde pública. Jair Ferreira. Epidemiologia. Conceito Epi = sobre Etimologia Demos = população Logos = Estudo Estudo dos eventos (relacionados com a saúde) que ocorrem na população. Dicionário de Epidemiologia
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Epidemiologia aplicada à saúde pública Jair Ferreira
Epidemiologia Conceito Epi = sobre Etimologia Demos = população Logos = Estudo Estudo dos eventos (relacionados com a saúde) que ocorrem na população.
Dicionário de Epidemiologia Associação Internacional de Epidemiologia (1983) Epidemiologia é o estudo da distribuição e dos determinantes dos estados e eventos relacionados à saúde em populações e a aplicação desse estudo ao controle dos problemas de saúde.
Essa definição determina a divisão da epidemiologia em duas áreas de interesse: 1. Estudo da distribuição dos eventos Epidemiologia Descritiva Responde às questões: Quem? Onde? Quando? 2. Busca dos fatores determinantes dos eventos Epidemiologia Analítica Responde à questão: Por quê?
Epidemiologia é a ciência básica para: Enfoque Etiológico Enfoque Diagnóstico Clínica e Enfoque Prognóstico Pesquisa Enfoque de Tratamento Enfoque de Rastreamento
Epidemiologia é a ciência básica para: Vigilância Epidemiológica (informação para a ação: Saúde diagnóstico de saúde, Pública estabelecimento de prioridades, tomada de decisão, avaliação do impacto das ações)
Clínica (definição de caso) Ciências Auxiliaresda Bioestatística Epidemiologia (significância das associações encontradas)
Epidemiologia - Histórico 1839 William Farr: Cria o registro anual de mortalidade e morbidade para Inglaterra e Gales; compara a mortalidade nas prisões com a da população geral. 1849-1854John Snow: Estudo e solução de um surto de cólera em Londres. 1915-1926Goldenberger: Determina a etiologia não infecciosa da Pelagra. Após 1945Evolução da computação eletrônica facilita as análises estatísticas.
Epidemiologia - Histórico 1948 Primeiro Ensaio Clínico Randomizado (Tratamento da tuberculose com Estreptomicina) 1975 em diante Trabalhos de Sackett e outros desenvolvem o conceito de grau de evidência científica (a criação dessa expressão é atribuída à Guyatt na década de 1980)
A Importância da Epidemiologia 1. Na área das doenças infecciosas, os estudos epidemiológicos permitem determinar: • O período de incubação • A infectividade • A patogenicidade • A virulência • O poder imunogênico
Infectados • Medida da Infectividade = Expostos Doentes • Medida da Patogenicidade = Infectados Doentes com Dano Grave (ou óbito) • Medida da Virulência = Doentes
A Importância da Epidemiologia 2. Solução de problemas de saúde pública, mesmo sem conhecer o mecanismo íntimo dos fatores causais. Exemplo: pelagra como doença carencial (estudos de Goldenberger, 1915-1926). 3. Estabelecimento de associações entre fatores comportamentais e doenças. Exemplos: tabagismo e câncer de pulmão ou stress e infarto do miocárdio. 4. Estabelecimento de associações entre fatores ambientais e doenças, por meio de estudos ecológicos.
Epidemiologia Descritiva • Fatores relativos às pessoas • Fatores relativos ao espaço • Fatores relativos ao tempo (QUEM? ONDE? QUANDO?)
QUEM? - Características das pessoas • Idade / Grupo Etário - Cortes e Coortes • Sexo - Dif. Biológicas e Culturais • Grupo Étnico - Fatores Biológicos e Culturais
QUEM? - Características das Pessoas • Ocupação - Fatores Culturais Associados • Condição sócio-econômica - Renda Familiar per capita - Nível de Instrução - Tipo de Moradia - Outros
ONDE? Fatores relativos ao espaço • Fatores populacionais • Composição Etária • Quadro Social • Composição Étnica (Distorções inerentes à qualidade dos registros ) • Fatores ambientais • Clima, Topografia, Fauna, Flora
ONDE? - Fatores relativos ao espaço Evidência de fator ambiental: • Doença atinge todos os grupos étnicos da área • Não atinge populações semelhantes de outras áreas • Imigrantes são atingidos • Emigrantes deixam de ser atingidos • Populações animais da área também são atingidas
QUANDO? – Fatores relativos ao tempo • Variações ocasionais • Variações periódicas • Tendência secular
Variações Ocasionais • Epidemias • Instantâneas • Progressivas • Pandemias
Nível Endêmico e Limiar Epidêmico Epidemia Nº de Casos Limiar Epidêmico Média Faixa ± 2 DP Endêmica Linha Sazonal de Base Semana Epidemiológica (Epidemia Progressiva)
Epidemia Instantânea N° de Casos Dias
Variações Periódicas • Variações Sazonais • Variações Cíclicas
Variações CíclicasCoef. Anos Tendência Secular
Tendência Secular • Alteração dos fatores condicionantes • Mudança da composição etária • Mudança na classificação / Melhores meios de diagnóstico
Epidemiologia Analítica POR QUÊ? – Relações de Causa e Efeito Testa as hipóteses através de estudos • De coortes controladas • Transversais • De casos e controles
Seqüência Metodológica • Observação Exata • Interpretação Correta • Explicação Racional • Formulação da Hipótese Causal • Verificação da Hipótese • Conclusão (Quando os dados não confirmam a hipótese...)
História Natural das Doenças É o conjunto de processos interativos, compreendendo as inter-relações do agente, do suscetível e do meio ambiente que afetam o processo global e seu desenvolvimento, desde as primeiras forças que criam o estímulo patológico, passando pela resposta do suscetível a esse estímulo, até as alterações que levam a um defeito, invalidez, morte ou recuperação.
História Natural das Doenças Vertente Período de História Epidemiológica Pré-Patogênese Natural das Doenças Vertente Período de Patológica Patogênese Desenlace
História Natural das Doenças Período de Econômicos Pré-Patogênese: Culturais Fatores que Ecológicos Multifatoriedade Compõem a Biológicos e Fator Estrutura Psicossociais Necessário Epidemiológica Genéticos
História Natural das Doenças - Interação Agente-Suscetível - Alterações Bioquímicas, Fisiológicas e Período de - Histológicas Patogênese - Sinais e Sintomas - Morte, Defeitos Permanentes, Cronicidade ou Recuperação
História Natural das Doenças Químicos Interação Físicos Agente-Suscetível Biológicos (Estímulos) Nutricionais Genéticos
Promoção da Saúde Primária Proteção Específica Níveis de Intervenção Diagnóstico Precoce (Níveis de Secundária Prevenção) Limitação da Incapacidade Terciária Reabilitação
Prevenção Primária Promoção de saúde É feita através de medidas de ordem geral. • Moradia adequada • Escolas • Meios de transporte • Áreas de lazer • Alimentação adequada • Higiene pessoal e do lar • Educação em todos os níveis
Prevenção Primária Proteção específica • Imunização • Saúde ocupacional • Proteção contra acidentes • Aconselhamento genético (no futuro : intervenção?) • Saneamento ambiental • Tratamento de água • Tratamento de esgoto e do lixo • Medidas de controle de vetores
Prevenção Secundária Diagnóstico precoce e tratamento • Inquéritos para descoberta de casos na comunidade (rastreamento) • Exames periódicos individuais, para detecção precoce de casos • Visando: • Isolamento para evitar a propagação de doenças • Tratamento para evitar a progressão da doença
Prevenção Secundária Limitação do Dano • Tratamento, aconselhamento e outras medidas preventivas em casos de diagnóstico mais tardio, visando : • Evitar futuras complicações • Evitar Seqüelas
Prevenção Terciária • Reabilitação (impedir a incapacidade total) • Fisioterapia • Terapia Ocupacional • Cirurgia reparadora • Emprego para o reabilitado