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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA GEO 680 – Análise Ambiental Urbana Profª Neyde Maria Santos Gonçalves. FICHAMENTO DO ARTIGO METODOLOGIA PARA A AVALIAÇÃO DA QUALIDADE AMBIENTAL URBANA EM NÍVEL LOCAL de Patrícia Campos Borja. Denise Vaz de Carvalho Santos ( denisevaz@gmail.com )
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA GEO 680 – Análise Ambiental Urbana Profª Neyde Maria Santos Gonçalves FICHAMENTO DO ARTIGOMETODOLOGIA PARA A AVALIAÇÃO DA QUALIDADE AMBIENTAL URBANA EM NÍVEL LOCAL de Patrícia Campos Borja Denise Vaz de Carvalho Santos (denisevaz@gmail.com) Mestrado em Engenharia Ambiental Urbana – UFBA – 2009.2
Patrícia Campos Borja Possui graduação em Engenharia Sanitária pela Universidade Federal da Bahia (1987); mestrado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal da Bahia (1997), com dissertação versando sobre metodologias de avaliação da qualidade ambiental urbana; doutorado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal da Bahia (2004), com tese sobre política de saneamento, instituições financeiras internacionais e mega-programas. Atualmente é professora adjunto e pesquisadora da Universidade Federal da Bahia. Tem experiência na área de Engenharia Sanitária, com ênfase em Saneamento Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: saneamento ambiental, política pública de saneamento; plano de saneamento e avaliação de políticas públicas de saneamento, tecnologias apropriadas, qualidade da água, relação saúde-saneamento, sistemas de indicadores, ciências ambientais, avaliação da qualidade ambiental urbana e projetos de capacitação de recursos humanos. Fonte: lattes.cnpq.br
RESUMO O trabalhoapresentaumametodologia de avaliação de QualidadeAmbiental Urbana (QAU), emnível local, queincorpora a perspectiva popular à técnica. Um instrumentomaisabrangente, quecontemplaesferasquantitativas e qualitativas de pesquisa, auxiliando de forma maisresponsável e realistanadefinição de prioridades de investimentopúblico. Na propostadametologiasãoconsideradoscomplementaresos dados gerados a partirdaparticipaçãodacomunidade e osobtidos de forma maistécnica, formalizadoscomoindicadoresambientaisurbanos. A metodologiafoiaplicada a cincocomunidadesurbanasdaCidade do Salvador. Palavras-chave: ambienteurbano, qualidade do ambiente, avaliação do ambienteurbano
METODOLOGIA • Três planos de investigação: • 3 - CIENTÍFICO • associação do conceito de QAU aos sistemas de indicadores • 2 - TÉCNICO • investigação de condições ambientais das micro-áreas em estudo • 1 - CULTURAL ou COMUNITÁRIO • incorporação da subjetividade, do fator qualitativo • a percepção e de quem mora no lugar
METODOLOGIA – PLANO CIENTÍFICO 3º NÍVEL DE APROXIMAÇÃO COM A REALIDADE Composição de rede de experts – pesquisadores, representantes do poderpúblico e dasociedade civil organizadada Bahia e do Brasil. Consultas através de questionário aberto a fim de buscar opiniõessobreelementosindicadoresmaisrelevantesparaavaliação de QAU. Identificarindicadoresquantitativos e qualitativos e métodossubjetivos de avaliação de QAU emnível local.
METODOLOGIA – PLANO TÉCNICO 2º NÍVEL DE APROXIMAÇÃO COM A REALIDADE Técnicostreinadosvãoàs micro-áreas (ruas) e avaliam o ambiente a partir de indicadorespré-estabelecidos “Olhar de fora” da “realidadevisível” Se baseia no conhecimento do real a partir de critériostécnicosformais Produto: situaçãoambiental das micro-áreasemestudosegundoumavisãohumanatécnica e objetiva – dados qualitativos.
METODOLOGIA – PLANO CULTURAL • 1º NÍVEL DE APROXIMAÇÃO COM A REALIDADE • Percepção de quemmora no lugar • Incorporação de dados subjetivos • Entrevistas com agente de investigação: informanteschaves(líderescomunitários, padres, moradoresantigos, professoresdaárea, síndicos etc.) • Reunião com gruposfocais - 6 a 12 pessoas + mediador. Gravaçãodareunião, quedura de 1 a 1:30h. • O local das reuniõesdeve ser neutroemrelaçãoaosinteressesdaavaliação! • Os participantessãoescolhidosemqualquergrupocujasidéiassejam de interessedapesquisa.
RESULTADOS Poucos experts da esfera local responderam aos questionários, demonstrando que questões ambientais urbanas é tema ainda restrito a um número pequeno de pesquisadores. Foram levantados 41 elementos indicadores. (Ver tabela 1 do artigo.) Grande parte das questões apontadas estão relacionadas à saneamento, lixo, efluentes – recursos hídricos e resíduos. Qualidade do ar e ruídos também foram muito citados. Características cênicas e paisagem foram apontadas, e foram uma surpresa! 15º elemento mais citado. Segurança assumiu a 17º posição entre os experts, mas é uma das mais apontadas nas pesquisas de opinião pública.
RESULTADOS As sugestões dos experts para métodos subjetivos de análise junto à população possibilitariam uma abordagem limitada da dimensão qualitativa da realidade, pois não incorporam processos participativos. Percebe-se que ainda há uma dificuldade de aproximação entre pesquisa, administração e comunidades = intervenções ineficientes. O sistema de indicadores ainda tem se concentrado em avaliações objetivas da realidade, negligenciando a dimensão subjetiva – fundamental para fornecer elementos estruturadores da realidade e ampliar a capacidade interpretativa.
FRASES “A realidade assume características diferenciadas em função de quem as observa.” “Onde as necessidades básicas e os níveis de infra-estrutura e serviços já foram atenditos e são de boa qualidade, como é o caso do Horto, as preocupações se dirigem a itens mais refinados de qualidade de vida e à manutenção de um estilo de vida em que natureza (flora e fauna) assume um papel preponderante. Tais preocupações não são explicitadas nos grupos mais carentes de infra-estrutura e serviços.” * “A simplicidade dos procedimentos adotados indica que é possível empreender avaliações, em nível local, mais próximas da realidade, contemplando processos participativos que estimulam a reflexão e a crítica e contribuem para ações transformadoras.”
CONTRIBUIÇÃO O trabalho alcançou, com a proposição de uma metodologia de avaliação ambiental em três níveis, uma importante realização prática de integração entre percepções científicas, técnicas e sociais do ambiente urbano. Patrícia, em seu trabalho, foi muito feliz porque não foi excludente. Ela não subjugou, em momento algum, o método quantitativo nem o qualitativo. Ela procurou viabilizar a união de todas as fontes de informação e uma interação entre elas. Essa discussão remete às nossas aulas e textos, à concepção integrada entre a geografia física e a humana, ao ideal da interdisciplinaridade exercida de forma plena, à participação máxima e democrática de todos os atores possíveis e interessados nas decisões sobre o ambiente e sobre o os temas da Terra - a nossa casa, nossa morada.
Obrigada pela atenção! denisevaz@gmail.com