S aúde e Espiritualidade

1. Saúde e Espiritualidade • Solange Ramires Daher¹ NiuraRibeiro de Moura Padula¹, Vanessa B Banin³, Yasmin Zeenni², Lujani Camilo, Ricardo Cavalcante4, Carlos Eduardo Capelasso², Patricia Gomes2, Andre Ricardo Carvalho Marçon², Vitor Alves Patriarchia², Marcus Vinicius Moreno6, Irene Masci Pinto5, Lara Cristina Antunes dos Santos • ¹Docente, ²Graduando, ³Residentes, 4Médicos Contratados, 5Médica, 6Psicólogo. Financiamento:PROEX e Patrocinios

2. Introdução A espiritualidade em estudos, pesquisas e na prática médica vem desvendando enigmas nas interações entre ciências e religiões No meio acadêmico, observa-se cada vez mais o aumento no número de Faculdades e Universidades internacionais e nacionais que incorporam em seus currículos médicos a disciplina de Medicina e Espiritualidade.

3. Objetivos Trazer, ao meio acadêmico e à sociedade, discussão sobre estudos, significados e efeitos da religiosidade/espiritualidade na saúde, com o intuito de promover mais saúde e bem-estar dinâmico ao ser humano, como ser integral-corpo, mente e espírito; trazer os paradigmas da espiritualidade e do conceito de saúde da OMS para ser inserido na prática clínica e na vida diária com a finalidade de promover a conquista de mais qualidade de vida e saúde na população; esclarecer a relação entre fé/espiritualidade e ciência com os dados atuais de literatura científica; divulgar conhecimentos relacionados à medicina, espiritualidade e saúde; promover estudo e abordagens relacionadas a temática saúde e espiritualidade; avaliar e propor meios para superar as dificuldades enfrentadas nessa abordagem com o conhecimento dos profissionais sobre as escalas de avaliação espiritual; construir um modelo de anamnese espiritual para o nosso meio. Métodos • Com conhecimentos da literatura e práticas sobre espiritualidade e saúde são realizadas atividades para públicos-alvo: -do Hospital-visitas 1x/sem nas enfermarias do HC pelos acadêmicos que formam um grupo de Apoio à Saúde Espiritual e realizam prece, diálogo e acolhimento espiritual dos pacientes; -com os acadêmicos e demais interessados-reuniões quinzenais com palestras, estudos, discussão de textos, livros, vídeos, filmes, bem como reuniões administrativas de programação das atividades/eventos e de construção de anamnese espiritual para a prática clínica; -para a comunidade universitária e sociedade, cursos eventuais e Congressos de Saúde e Espiritualidade anuais para reflexões, discussões e ações a respeito da importância dos conhecimentos nas relações entre fé, espiritualidade, saúde e ciências, trazendo novo olhar e aplicações na prática.

4. Resultados O projeto possibilita contatos entre docentes, acadêmicos, profissionais da saúde, e de outras áreas e sociedade, visão mais integral sobre a saúde, e conhecimentos para a aplicação da espiritualidade na prática clínica. O grupo de apoio à saúde espiritual possibilita o contato dos acadêmicos com os pacientes, a discussão e reflexão sobre o enfrentamento da doença mediante os aspectos espirituais de cada indivíduo.

5. Resultados Nas reuniões em 2012 assistimos e discutimos palestras do MEDNESP: “Pesquisas sobre mediunidade e imortalidade da alma” (Dr. Alexander Moreira) “Transformação moral e saúde” (Dr. Luis Felipe Guimarães) “O paciente no paradigma médico-espírita” (Dr. Rodrigo Bassi) ”Fatores espirituais nas doenças cardiovasculares”(Dra. Antonia Marilene da Silva) “Jesus, o médico incomparável” (Dr. Alberto Almeida) Realizamos o 9º Congresso trazendo à tona reflexões e conhecimentos relevantes em saúde e espiritualidade versando sobre como abordar a morte do paciente segundo sua religião, crianças excepcionais, Sind. do desconhecimento interior, desenvolvimento embrionário, fertilização in vitroe embriões congelados, a pele e as emoções, espiritualidade para o profissional de saúde, imposição de mãos e a fé no restabelecimento da saúde

6. Discussão e Conclusões Nos últimos quatro séculos, graças, sobretudo, à forte intolerância religiosa, aprofundou-se o fosso entre ciência e religião, com a opção da maioria das comunidades científicas pelo paradigma materialista. Algo novo, porém, vem ocorrendo com a introdução do fator Espiritualidade nos estudos, pesquisas e na própria prática médica. Desde a década de 70, principalmente, cientistas das diversas áreas do conhecimento (médicos, físicos, psicólogos, etc) têm se empenhado no estudo da relação entre os aspectos espirituais e as repercussões benéficas que estes trazem aos pacientes. A revisão de vários trabalhos nessa área nos leva a perceber o quanto o caráter espiritual do ser humano é importante no tratamento e recuperação de muitos pacientes, bem como na prevenção de doenças. Dentro do meio acadêmico, observa-se, cada vez mais, o aumento no número de faculdades e Universidades internacionais e nacionais que incorporaram em seus currículos médicos as disciplinas de Medicina e Espiritualidade. No Brasil, destaque para a Universidade Federal do Ceará (UFC) e a Universidade do Triângulo Mineiro (em Uberaba/MG). Nos EUA, atualmente, mais de 80 % das instituições de ensino médico debatem esse tema junto aos graduandos e a AmericanAssociationof Medical Colleges (AAMC,1999) tem desenvolvido guidelines e objetivos educacionais para cursos de medicina e espiritualidade desde décadas anteriores. Muitos trabalhos cientificos sobre saúde e espiritualidade tem sido publicados. No PUBMED constam 3353 publicações, atualmente; há resultados de dissertações de mestrado, de teses de doutorado, desenvolvidas em universidades brasileiras e paulistas, entre outros. Em Botucatu iniciamos a construção do paradigma desde 2004, de 2009 em diante estamos como Projeto de extensão Universitária e esperamos em breve espaço curricular para a saúde e espiritualidade e a visão de saúde integral do paciente