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XV JORNADA DE PSIQUIATRIA DO CENTRO-OESTE. FENOMENOLOGIA ESTRUTURAL EM DEPENDÊNCIAS QUÍMICAS GUILHERME MESSAS SOCIEDADE BRASILEIRA DE PSICOPATOLOGIA FENÔMENO-ESTRUTURAL. FENOMENOLOGIAS E PSICOPATOLOGIA. FENOMENOLOGIA ESTRUTURAL. CATEGORIAS BÁSICAS DA CONSCIÊNCIA TEMPORALIDADE ESPACIALIDADE
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XV JORNADA DE PSIQUIATRIA DO CENTRO-OESTE FENOMENOLOGIA ESTRUTURAL EM DEPENDÊNCIAS QUÍMICAS GUILHERME MESSAS SOCIEDADE BRASILEIRA DE PSICOPATOLOGIA FENÔMENO-ESTRUTURAL
FENOMENOLOGIA ESTRUTURAL CATEGORIAS BÁSICAS DA CONSCIÊNCIA TEMPORALIDADE ESPACIALIDADE INTERPESSOALIDADE EXPERIÊNCIA DO EU MATERIALIDADE (CORPOREIDADE)
FENOMENOLOGIA ESTRUTURAL CATEGORIAS BÁSICAS VIVÊNCIA E ESTRUTURA FENÔMENO E SINTOMA VIVIDO E VIVENCIADO
FENOMENOLOGIA ESTRUTURAL E PSICOPATOLOGIA OS TRANSTORNOS FUNDAMENTAIS I. DEPRESSÃO MELANCÓLICA Temporalidade (Minkowski,Straus,von Gebsattel) Paralisação da temporalidade, com predomínio do passado Espacialidade (Tellenbach) Perda da disponibilidade-à-mão do objeto
II. ESQUIZOFRENIAS Minkowski (1995) – geometrização da temporalidade Binswanger (1992) – desproporção antropológica com individualização dos quadros Blankenburg (1971)– perda da evidência natural
FENOMENOLOGIA ESTRUTURAL MÉTODO RESSONÂNCIA EMPÁTICA BUSCA PELAS ESTRUTURAS DA CONSCIÊNCIA, EVIDENCIADAS PELA INTUIÇÃO(INVESTIGAÇÃO IMAGÉTICA) PRIVILÉGIO ONTOLÓGICO E HEURÍSTICO DA ESTRUTURA SOBRE A GÊNESE PSICOPATOLOGIA AUTORAL
A POSIÇÃO DA FENOMENOLOGIA AS EXPRESSÕES DE DIONÍSIO EMBRIAGUEZ DEPENDÊNCIA TOXICOMANIA ABUSO VÍCIO USO CULTURAL
NÚCLEO TEMÁTICO A EXPERIÊNCIA VIVIDA DA EMBRIAGUEZ O MODO COMO A CONSCIÊNCIA INCORPORA O ESTADO DE EMBRIAGUEZ AO LONGO DO TEMPO(relativa independência individual em relação à substância intoxicante)
OBRAS FENOMENOLÓGICAS Hans Binder “Do estado de embriaguez alcoólica” (1979) Daniel Lagache Jürg Zutt Francisco Alonso-Fernández Rudolf Bilz Carol Sonenreich J. Barthélémy Guilherme Messas
ESTRUTURAS FUNDAMENTAIS DA EMBRIAGUEZ NA CONSCIÊNCIA TRÊS NÍVEIS IDEAIS (EM GRAU CRESCENTE DE REDUÇÃO DAS POTÊNCIAS INDIVIDUAIS HISTÓRICAS) • A AMPLIAÇÃO DA ESTRUTURA INDIVIDUAL HISTÓRICA II. A CALCIFICAÇÃO DA ESTRUTURA INDIVIDUAL HISTÓRICA NA NATUREZA NO COLETIVO SOCIAL III. A DISSOLUÇÃO DA ESTRUTURA INDIVIDUAL HISTÓRICA NO MITO NA NATUREZA
POTÊNCIA INDIVIDUAL HISTÓRICA FORMA HABITUAL DA ESTRUTURA DA CONSCIÊNCIA, EM CONSTANTE EXPANSÃO NO TEMPO E NO ESPAÇO
I. A AMPLIAÇÃO DA ESTRUTURA INDIVIDUAL HISTÓRICA EXALTAÇÃO DOS TRAÇOS TEMPORAIS E ESPACIAIS TÍPICOS DA PERSONALIDADE EMBRIAGUEZ COMO ESTÍMULO POTENCIADOR DO DEVIR BIOGRÁFICO O MODELO CLÁSSICO DA MEDICINA
II. A CALCIFICAÇÃO DA ESTRUTURA INDIVIDUAL HISTÓRICA TEMPORALIDADE – tendência de redução ao presente vivido, com a manutenção da “melodia” da realidade ESPACIALIDADE – afastamento ou aproximação excessivos com a realidade
III. A DISSOLUÇÃO DA ESTRUTURA INDIVIDUAL HISTÓRICA TEMPORALIDADE – fragmentação da “melodia” da realidade ESPACIALIDADE – adesão completa à espacialidade bruta imediata, com relação objetal abiográfica
AS VARIANTES FENOMÊNICAS BÁSICAS PERSPECTIVA OBJETAL PERSPECTIVA DO OBSERVADOR
AS VARIANTES FENOMÊNICAS BÁSICAS - OBJETAL I. A AMPLIAÇÃO DA ESTRUTURA INDIVIDUAL HISTÓRICA Entusiasmo, vigor, otimismo, relaxamento, paciência, acurácia
AS VARIANTES FENOMÊNICAS BÁSICAS - OBJETAL II. A CALCIFICAÇÃO DA ESTRUTURA INDIVIDUAL HISTÓRICA Alteração desproporcional (para mais ou para menos) da participação das forças da consciência mais diretamente ligadas ao presente imediato – hedonismo ou escapismo, com a manutenção da relações objetais habituais
II. A CALCIFICAÇÃO DA ESTRUTURA INDIVIDUAL HISTÓRICA TEMPORALIDADE Redução das responsabilidades com o entorno imediato, com o adquirido ao longo do tempo e com os próprios projetos de vida A mentira patológica (Sonenreich) A volubilidade O fracasso
II. A CALCIFICAÇÃO DA ESTRUTURA INDIVIDUAL HISTÓRICA ESPACIALIDADE - Elevação da participação da corporeidade vivida (impulsos e instintos; dimensão humoral da consciência) - Redução da mesma: esvaziamento afetivo - Elevação da participação da realidade social vivida (Zutt, 1963)
II. A CALCIFICAÇÃO DA ESTRUTURA INDIVIDUAL HISTÓRICA ESPACIALIDADE Momento extremo A CORPORIFICAÇÃO VEGETATIVA DO SER: A “ABSTINÊNCIA”
II. A CALCIFICAÇÃO DA ESTRUTURA INDIVIDUAL HISTÓRICA FORMAS PSICÓTICAS Delírios de interpretação: CIÚME PATOLÓGICO DELIRIOS PERSECUTÓRIOS TRANSITÓRIOS OU DEFINITIVOS
II. A CALCIFICAÇÃO DA ESTRUTURA INDIVIDUAL HISTÓRICA FORMA DELIRANTE DE TRANSIÇÃO Alucinose alcoólica Bilz (1956): “No geral pode-se afirmar que a região em que atua a alucinose alcoólica não é a família, mas a Polis” (p.407)
III. A DISSOLUÇÃO DA ESTRUTURA INDIVIDUAL HISTÓRICA TEMPORALIDADE 1. Encarceramento no estado de presente Demências 2. Aniquilação da temporalidade Confusões mentais
III. A DISSOLUÇÃO DA ESTRUTURA INDIVIDUAL HISTÓRICA ESPACIALIDADE 1.Entorno imediato como único ancoradouro possível Demências 2. Perda da objetalidade - agressividade sem objeto; medo sem objeto; instabilidade humoral 3. Predomínio das instâncias naturais – sensibilização e convulsões
III. A DISSOLUÇÃO DA ESTRUTURA INDIVIDUAL HISTÓRICA FORMAS PSICÓTICAS 1.Colapso na eternidade vivida (as figuras mitológicas) 2. Degradação da realidade vivida ilusões (delirium tremens) FORMAS INSTÁVEIS E MONSTRUOSAS 3. A fusão com o natural: intrafestum (Kimura) 4. A aniquilação (Binder, Di Petta)
AS VARIANTES FENOMÊNICAS BÁSICAS - OBSERVADOR I. A AMPLIAÇÃO DA ESTRUTURA INDIVIDUAL HISTÓRICA COMPREENSÍVEL E INTERPESSOAL II. A CALCIFICAÇÃO DA ESTRUTURA INDIVIDUAL HISTÓRICA COMPREENSÍVEL MAS POUCO INTERPESSOAL III. A DISSOLUÇÃO DA ESTRUTURA INDIVIDUAL HISTÓRICA INCOMPREENSÍVEL, ESCASSAMENTE INTERPESSOAL
SÍNTESE GRADUAL REDUÇÃO DAS POTENCIALIDADES PROFUNDAS DO INDIVÍDUO NO SENTIDO DA ASSIMILAÇÃO PELO COLETIVO, PELA NATUREZA E PELO MITOLÓGICO, ATÉ O EXTREMO DA DEGRADAÇÃO DA EXPERIÊNCIA DE QUALQUER REALIDADE
SÍNTESE O PATOLÓGICO SE DÁ PELA DESPROPORÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE O INDIVÍDUO E AS INSTÂNCIAS ACIMA MENCIONADAS. COM EXCEÇÃO DA ÚLTIMA, TODAS AS DEMAIS SÃO MOMENTOS NATURALMENTE CONSTITUTIVOS E FUNDAMENTAIS DA EXPERIÊNCIA HUMANA
SÍNTESE CONSEQUENTEMENTE, A PATOLOGIA NÃO SE ENCONTRA NA EMBRIAGUEZ PROPRIAMENTE DITA, MAS NA IMPOSSIBILIDADE DE CONSTRUÇÃO DO INDIVÍDUO A PARTIR DA DIALÉTICA COM SEUS CONTITUINTES ESSENCIAIS. NESTE SENTIDO, HÁ UMA ENORME ZONA DE SOBREPOSIÇÃO ENTRE OS FENÔMENOS DA EMBRIAGUEZ E OS DA PSICOPATOLOGIA EM SENTIDO GERAL.
VISÃO LONGITUDINAL A CIRCULARIDADE GENÉTICA As formas examinadas podem anteceder o hábito de embriaguez, facilitando-o, assim como podem ser por ele provocadas. Apenas o caso singular permite uma identificação do sentido principal da causalidade eficiente.
VISÃO LONGITUDINAL As formas podem suceder-se no tempo ou atuar simultaneamente, em relações circulares de retroalimentação ora positivas ora negativas. Esta afirmação também é válida para a dimensão da interpessoalidade
TERAPÊUTICA – visão global EXTREMA COMPLEXIDADE INDIVIDUALIZADA DE ACORDO COM A CONFIGURAÇÃO ESTRUTURAL INSTANTÂNEA PREDOMINANTE
TERAPÊUTICA – visão específica Os elementos terapêuticos INTERPESSOALIDADE DUAL INTERPESSOALIDADE GRUPAL FARMACOLOGIA SIMULTANEIDADE INEVITÁVEL
TERAPÊUTICA – visão específica INTERPESSOALIDADE DUAL Operante nos casos onde haja abertura à intimidade dual e, consequentemente, maior tolerância às dificuldades inerentes à construção biográfica Muitas vezes inconveniente e ineficaz
TERAPÊUTICA – visão específica INTERPESSOALIDADE GRUPAL Fundamental nos casos onde haja predominância da tendência de assimilação do indivíduo ao social coletivo
TERAPÊUTICA – visão específica FARMACOTERAPIA Importante para controle das instâncias naturais da embriaguez, com baixa eficácia devido à complexidade da participação do elemento natural Imprescindível na eliminação da dissolução da estrutura individual