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CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM VIGILÂNCIA DE SURTOS DE HEPATITE A - QUADRO CLÍNICO -. Aula ministrada por Nídia Pimenta Bassit em 03.06.2002. DIVISÃO DE DOENÇAS DE TRANSMISSÃO HÍDRICA E ALIMENTAR. PERSPECTIVA HISTÓRICA. “INFECCIOSA” --------> A E
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CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM VIGILÂNCIA DE SURTOS DE HEPATITE A- QUADRO CLÍNICO - Aula ministrada por Nídia Pimenta Bassit em 03.06.2002 DIVISÃO DE DOENÇAS DE TRANSMISSÃO HÍDRICA E ALIMENTAR
PERSPECTIVA HISTÓRICA “INFECCIOSA” --------> A E HEPATITE -------------->NANB ---------> C INFECCIOSA F , G , OUTRA ? “SORO” -------------> B , D
Tipos de Hepatites Virais A B C D E Fonte do fezes sangue sangue sangue fezes vírus derivados derivados derivados fluídos corp. Fluídos corp. Fluídos corp. Vias de fecal-oral percutânea percutânea percutânea fecal- oral Transm. mucosa mucosa mucosa CRONIFI- não sim sim sim não CAÇÃO ESTADO DE não sim sim sim não PORTADOR
OUTROS AGENTES VIRAIS QUE PODEM CAUSAR HEPATITE • Citomegalovírus • Epstein-Barr vírus • Varicela • Caxumba • Febre Amarela • Coxsakie B • Adenovírus • Rubéola • Herpes vírus • Echovirus
HEPATITE A CVE- DIVISÃO DE DOENÇAS DE TRANSMISSÃO HÍDRICA E ALIMENTAR
CARACTERÍSTICAS DO AGENTE ETIOLÓGICO IMUNOGENICIDADE : 1 ÚNICO SOROTIPO RECONHECIDO EM TODO O MUNDO E SEUS ANTÍGENOS CONFEREM IMUNIDADE DURADOURA. ANTICORPOS COLETADOS DE INDIVÍDUOS DE UMA REGIÃO SÃO CAPAZES DE NEUTRALIZAR VÍRUS DE OUTRAS REGIÕES DO MUNDO. INFECTIVIDADE : ALTA CAPACIDADE DE ADAPTAÇÃO E MULTIPLICAÇÃO NO ORGANISMO DO HOSPEDEIRO, ESPALHANDO-SE RAPIDAMENTE EM AMBIENTES DOMÉSTICOS E INSTITUIÇÕES FECHADAS.
CARACTERÍSTICAS DO AGENTE ETIOLÓGICO PATOGENICIDADE : BAIXA CAPACIDADE DE PROVOCAR SINTOMAS OU DOENÇA EM CRIANÇAS, TONANDO-SE MAIOR COM A IDADE. 70 A 80 % DAS CRIANÇAS MENORES DE 4 ANOS DE IDADE INFECTADAS NÃO APRESENTAM SINTOMAS. VIRULÊNCIA : BAIXA CAPACIDADE DE PRODUZIR DOENÇA DE MAIOR GRAVIDADE, PORÉM ESSA TAMBÉM AUMENTA COM A IDADE. É, EM GERAL, AUTOLIMITADA, COM RESTABELECIMENTO COMPLETO E LETALIDADE PEQUENA.
ASPECTOS CLÍNICOS CONTÁGIO PERÍODO DE INCUBAÇÃO :15 A 50 DIAS (MÉDIA 30 DIAS) DOENÇA SINTOMÁTICA ASSINTO MÁTICA PRINCIPALMENTE EM CRIANÇAS DIAGNÓSTICO POR TESTES LABORATORIAIS ANICTÉRICO ICTÉRICO PRINCIPALMENTE EM ADULTOS
DIAGNÓSTICO • DADOS CLÍNICOS • DADOS EPIDEMIOLÓGICOS • DADOS LABORATORIAIS: -ESPECÍFICOS -NÃO ESPECÍFICOS
SINTOMAS : -FEBRE BAIXA -NÁUSEAS/ VÔMITOS -DORES ABDOMINAIS -DIARRÉIA -ANOREXIA -ASTENIA -CEFALÉIA -ICTERÍCIA NAS -COLÚRIA FORMAS -ACOLIA FECAL ICTÉRICAS EXAME FÍSICO : -ICTERÍCIA -HEPATOMEGALIA : FÍGADO PALPÁVEL A MAIS DE 2 cm DO RCD, SENSÍVEL, DOLOROSO, COM CONSISTÊNCIA NORMAL OU DIMINUIDA. -ESPLENOMEGALIA : DISCRETA, PRINCIPALMENTE EM CRIANÇAS. -LINFADENOMEGALIA : PRINCIPALMENTE EM CRIANÇAS. QUADRO CLÍNICO
DADOS LABORATORAIS INESPECÍFICOS • ENZIMAS HEPÁTICAS : TGO e TGP - SEU AUMENTO DEMONSTRA DANO HEPATO-CELULAR, OCORRE PRECOCEMENTE NO FINAL DO PERÍODO DE INCUBAÇÃO E INÍCIO DO QUADRO CLÍNICO, O PICO É POR VOLTA DO 10º DIA. PODE ATINGIR VALORES MAIORES QUE 2000 UI/dl. • BILIRRUBINAS PIGMENTO AMARELADO DERIVADO DE PROTEÍNAS QUE CONTÉM “ HEME”, CUJA PRINCIPAL FONTE É A HEMOGLOBINA. É METABOLIZADO NO FÍGADO E ELIMINADO NA BILE. SEU MÁXIMO É NA 2º E 3º SEMANA DA DOENÇA E PODE CHEGAR A 15 mg/dl.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL -MONONUCLEOSE INFECSIOSA - CITOMEGALOVÍRUS -FEBRE AMARELA -LEPTOSPIROSE ICTÉRICA LEVE -SEPTICEMIA -COLESTASE REACIONAL OU HEPATITE TRANSINFECSIOSA (BACTEREMIAS POR GERMES CAPS) -ANEMIAS HEMOLÍTICAS -HEPATITES POR DROGAS (CETOCONAZOL, PARACETAMOL, ISONIAZIDA+RIFAMPSINA, ETC), OU SUBSTÂNCIAS TOXICAS ( ÁLCOOL, TETRACLORETO DE CARBONO, ETC) -COLECISTOPATIAS, OBSTRUÇÃO DE VIAS BILIARES (CÁLCULOS, TU, ETC) -DISTÚRBIOS CONGÊNITOS DA CAPTAÇÃO, CONJUGAÇÃO OU EXCREÇÃO DA BILIRRUBNA -SÍNDROME DE REYE -HEPATITES CRÔNICAS, CIRROSE ( CADA QUADRO PROVOCA OUTRAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS PRÓPRIAS )
EVOLUÇÃO - SEVERIDADE ESTÁ RELACIONADA COM A IDADE, NORMALMENTE O CURSO É BENIGNO - DURAÇÃO VARIA DE 1 A 2 SEMANAS EM CRIANÇAS E DE 2 A 4 SEMANAS EM ADULTOS - NÃO EXISTE ESTADO DE PORTADOR - NÃO OCORRE CRONIFICAÇÃO - A MORTALIDADE GERAL NO MUNDO É MENOR QUE 1/ 1000HABITANTES. -POR FAIXA ETÁRIA : EM < DE 5 ANOS = 1,5 / 1000 HAB. EM > DE 50 ANOS = 27 / 1000 HAB. ( OPAS )
COMPLICAÇÕES 1- HEPATITE AGUDA BENIGNA PROLONGADA EVOLUÇÃO CLÍNICA E LABORATORIAL SE EXTENDE POR PERÍODO SUPERIOR A 6 MESES. 2- HEPATITE AGUDA BENIGNA COLESTÁTICA QUADRO CLÍNICO E LABORATORIAL DE COLESTASE. ICTERÍCIA SE ACENTUA PROGRESSIVAMENTE E PERSISTE POR MESES COM NÍVEIS SÉRICOS DE BILIRRUBINA MAIORES QUE 20 mg/ dl. 3- HEPATITE AGUDA BENIGNA RECORRENTE OCORRE RECORRÊNCIA 2 SEMANAS A 1 ANO APÓS A REMISSÃO.
COMPLICAÇÕES 4- HEPATITE FULMINANTE - QUADRO GRAVE, COM ALTA LETALIDADE, OCORRE NECROSE HEPÁTICA MACIÇA. - OS SINTOMAS ACENTUAM-SE RAPIDAMENTE, O FÍGADO RETRAI E PROGRESSIVAMENTE SE INSTALAM MANIFESTAÇÕES DE INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA.
CONCENTRAÇÃO DO VÍRUS DA HEPATITE A NOS VÁRIOS FLUIDOS CORPORAIS 10 10 2 10 4 10 6 10 8 DOSE INFECTANTE POR ML
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE - A VIREMIA É CURTA, OCORRE ANTES DAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS. - A CONCENTRAÇÃO DO VÍRUS NAS FEZES É ALTA 2 SEMANAS ANTES, ATÉ 1 SEMANA APÓS O APARECIMENTO DA ICTERÍCIA. - CRIANÇAS E BEBÊS PODEM DISSEMINAR O VíRUS NAS FEZES POR PERÍODOS MAIS LONGOS, POSSIVELMENTE POR VÁRIAS SEMANAS. EM RN PREMATUROS, O VÍRUS JÁ FOI DETECTADO NAS FEZES ATÉ 6 MESES APÓS A INFECÇÃO.
MODO DE TRANSMISSÃO - O HOMEM É O HOSPEDEIRO NATURAL E ELIMINA O VÍRUS NAS FEZES. - A TRANSMISSÃO OCORRE DE PESSOA PARA PESSOA PELA VIA FECAL-ORAL NOS CONTATOS ÍNTIMOS (DOMICILIARES, SEXUAIS E NAS CRECHES) - SÃO TAMBÉM RELATADAS FONTES COMUNS : -POR CONTAMINAÇÃO DA ÁGUA E ALIMENTOS POR PREPARADORES E/OU MANIPULADORES, -POR INGESTÃO DE ALIMENTOS CRUS OU MAL COZIDOS, COMO FRUTAS , VERDURAS E MARISCOS CULTIVADOS EM ÁGUA CONTAMINADA. - EMBORA RARA, A TRANSMISSÃO POR TRANSFUSÃO DE SANGUE OU HEMODERIVADOS, OU USO DE DROGAS INJETÁVEIS PODE OCORRER.
ENDEMICIDADE • O VÍRUS É DE DISTRIBUIÇÃO MUNDIAL. • O GRAU DE ENDEMICIDADE VARIA DE UM PAÍS OU DE UMA REGIÃO PARA A OUTRA DE ACORDO COM AS CONDIÇÕES SÓCIO-ECONÔMICAS, HIGIÊNICAS E DE SANEAMENTO BÁSICO. • NOS PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO, A ENDEMICIDADE É MAIOR, A INFECÇÃO É COMUM EM CRIANÇAS, COM MENOR OCORRÊNCIA DE DOENÇA SINTOMÁTICA E A MAIORIA DOS ADULTOS É IMUNE. • NOS PAÍSES DESENVOLVIDOS OCORREM BAIXOS NÍVEIS DE ENDEMICIDADE, A TRANSMISSÃO DESLOCA-SE PARA UMA FAIXA ETÁRIA MAIOR E HÁ MAIOR OCORRÊNCIA DE DOENÇA CLÍNICA.
Distribuição Geográfica da Infecção do VHA Anti-HAV Prevalence High Intermediate Low Very Low
95% DOS DOADORES DE SANGUE COM BAIXO NÍVEL DE INSTRUÇÃO, ENTRE 18 E 30 ANOS, TINHAM ANTICORPOS CONTRA VHA 19,6% DOS ESTUDANTES DE MEDICINA DA UNICAMP TINHAM ANTICORPOS CONTRA VHA ENDEMICIDADE NO BRASIL NO BRASIL EXISTEM DIFERENÇAS REGIONAIS E TAMBÉM RELACIONADAS AO NÍVEL SOCIO-ECONÔMICO E CULTURAL. ESTUDO DE SOROPREVALÊNCIA REALIZADO EM CAMPINAS ( PINHO - 1998 ) NO ESTADO DE SÃO PAULO, INDIVÍDUOS COM MELHOR NÍVEL SÓCIO ECONÔMICO, MESMO VIVENDO EM ÁREA DE GRANDE CIRCULAÇÃO DO VÍRUS, PODEM CHEGAR À IDADE ADULTA SUCEPTÍVEIS À DOENÇA
TRATAMENTO - NÃO É ESPECÍFICO. - RECOMENDA-SE REPOUSO ATÉ A NORMALIZAÇÃO DAS ENZIMAS HEPÁTICAS. - A DIETA NÃO INTERFERE NO PROGNÓSTICO, RECOMENDA-SE QUE SEJA HIPOGORDUROSA SE HOUVER INTOLERÂNCIA, NO PERÍODO EM QUE PREDOMINAM SINTOMAS DIGESTIVOS. DEVE SER LIBERADA O MAIS CEDO POSSÍVEL, SEGUNDO O APETITE E OPÇÕES DO DOENTE, POIS A INGESTÃO DE ALIMENTOS GORDUROSOS É IMPORTANTE DEVIDO AOS ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS, A ABSORÇÃO INTESTINAL DE VITAMINAS LIPOSSOLÚVEIS, O AUMENTO DO APORTE CALÓRICO E POR TORNAREM A DIETA MAIS SABOROSA. - EVITAR BEBIDAS ALCOÓLICAS E DROGAS DE METABOLIZAÇÃO HEPÁTICA.
MEDIDAS DE CONTROLE 1- É COMPULSÓRIA A NOTIFICAÇÃO DOS SURTOS ( 2 OU MAIS CASOS ) À VE DO MUNICÍPIO, REGIONAL, OU CENTRAL, PARA DESENCADEAR AÇÕES DE INVESTIGAÇÃO E CONTROLE DA TRANSMISSÃO 2- NOTIFICAÇÃO DO PRIMEIRO CASOEM CRECHES E PRÉ-ESCOLAS, OU INSTITUIÇÕES FECHADAS, PARA QUE MEDIDAS HIGIÊNICO- SANITÁRIAS SEJAM TOMADAS VISANDO EVITAR A DISSEMINAÇÃO. 3- CUIDADOS COM O PACIENTE: A) ISOLAMENTO E AFASTAMENTO DURANTE AS PRIMEIRAS 2 SEMANAS DA DOENÇA. B) DESINFECÇÃO CONCORRENTE - DISPOSIÇÃO ADEQUADA DE FEZES, CUIDADOS DE DESINFECÇÃO E HIGIENE (LAVAGEM DAS MÃOS) . C) IMUNZAÇÃO PASSIVA DOS CONTATOS ATÉ 2 SEMANAS DA EXPOSIÇÃO, PRINCIPALMENTE EM CRECHES, PRÉ-ESCOLAS E INSTITUIÇÕES FECHADAS.
MEDIDAS PREVENTIVAS • EDUCAÇÃO DA POPULAÇÃO • SANEAMENTO BÁSICO • ORIENTAÇÃO EM CRECHES PRÉ-ESCOLAS E INSTITUIÇÕES FECHADAS • CUIDADOS COM ALIMENTOS CRÚS E MARISCOS OU FRUTOS DO MAR • PROTEÇÃO DE VIAJANTES • VACINA
MEDIDAS EM EPIDEMIAS • INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA E SANITÁRIA, VISANDO BUSCAR A FORMA DE TRANSMISSÃO, A POPULAÇÃO DE RISCO, O CONTROLE DA ÁGUA, DOS ALIMENTOS E CONDIÇÕES SANITÁRIAS DO LOCAL • ELIMINAR FONTE COMUM DE TRANSMISSÃO • MELHORAR CONDIÇÕES SANITÁRIAS E PRÁTICAS DE HIGIENE • PROFILAXIA COM IMUNOGLOBULINA