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DUARTE COSTA PEREIRA Universidade do Porto – PORTUGAL Conferência proferida no âmbito da disciplina de DESENVOLVIMENTO

FILOSOFIA DA CIÊNCIA. DUARTE COSTA PEREIRA Universidade do Porto – PORTUGAL Conferência proferida no âmbito da disciplina de DESENVOLVIMENTO PESSOAL E PROFISSIONAL Regida pelo Prof João C.M. Paiva 17/05/2010 Departamento de Química da FCUP. FILOSOFIA DA CIÊNCIA. Filosofia da Ciência.

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DUARTE COSTA PEREIRA Universidade do Porto – PORTUGAL Conferência proferida no âmbito da disciplina de DESENVOLVIMENTO

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Presentation Transcript


  1. FILOSOFIA DA CIÊNCIA DUARTE COSTA PEREIRA Universidade do Porto – PORTUGAL Conferência proferida no âmbito da disciplina de DESENVOLVIMENTO PESSOAL E PROFISSIONAL Regida pelo Prof João C.M. Paiva 17/05/2010 Departamento de Química da FCUP Nova Educação na Nova Ciência para a Nova Sociedade

  2. FILOSOFIA DA CIÊNCIA Nova Educação na Nova Ciência para a Nova Sociedade

  3. Filosofia da Ciência • As trêsdimensõesdaCiência • A necessidadedaFilosofiapara a Ciência • ConcepçõespráticasdaCiência- imagensdaCiência • ConcepçõesteóricasdaCiência: o que é essacoisachamadaCiência?- filosofiasdaCiência • CaracterísticasdaCiênciaContemporânea: epistemologia e discurso • A filosofiadarelaçãoCiência / Sociedade • A especificidadedaFilosofia de certasciências: o casodaQuímica • CONCLUSÃO: A filosofiadarelaçãoCiência / Filosofia Nova Educação na Nova Ciência para a Nova Sociedade

  4. As três dimensões da Ciência • A Ciência é umaactividadedirigidaporduasfinalidades: • O conhecimentodanatureza • O domíniocontroladodanatureza • Para atingiresses fins socorre-se de umasérie de procedimentosdesignadospormétodocientífico • O prosseguimento dos fins daCiênciausando o métodocientíficoorigina um corpo de conhecimentosteóricos (conceitos, enunciados e teorias). A Ciência é:Actividade cient+ métodocient + conhecimentocient Nova Educação na Nova Ciência para a Nova Sociedade

  5. A necessidade da Filosofia para a Ciência • Para operar com o sucesso que se lhe reconhece a Ciência socorre-se de pressupostos que a transcendem na medida em que não os pode explicar e que são filosóficos: • A existência duma ordem natural (pressuposto ontológico) • A capacidade humana de a compreender (pressuposto epistemológico) • Valor do conhecimento e progresso científico (pressuposto ético) Estes pressupostos retrojustificam, ampliam e refinam a Ciência (Artigas, 2001) Nova Educação na Nova Ciência para a Nova Sociedade

  6. Concepções práticas da Ciência- imagens da Ciência • Hoje em dia não é unânime a maneira como a Ciência é vista (imagens da Ciência): • Ciência como um diálogo teórico com a natureza • Ciência como uma comunidade de discussão em que se privilegia o diálogo com os pares • Ciência como ideológica e institucional Nova Educação na Nova Ciência para a Nova Sociedade

  7. Concepções práticas da Ciência- imagens da Ciência • Ciência como um diálogo teórico com a natureza A literacia científica que a Ciência promove é fundamentalmente uma compreensão conceptual e a aprendizagem da Ciência é fundamentalmente uma mudança conceptual que é a resolução racional de um conflito interno. Nova Educação na Nova Ciência para a Nova Sociedade

  8. Concepções práticas da Ciência- imagens da Ciência • Ciência como ideológica e institucional A Ciência promove o “empowerment” das pessoas que a praticam e não dissociável dos seus efeitos sociais. Nova Educação na Nova Ciência para a Nova Sociedade

  9. Concepções teóricas da Ciência: o que é essa coisa chamada Ciência?- filosofias da Ciência • Correntes Contemporâneas da Filosofia das Ciências Não se pode falar de uma única reflexão sobre a Ciência mas de várias Filosofias da Ciência: • Indutivismo • Falsificacionismo • Negacionismo • Revolucionismo, Estruturalismo Revolucionário • Competecionismo, Estruturalismo Competitivo Nova Educação na Nova Ciência para a Nova Sociedade

  10. Correntes Contemporâneas da Filosofia das Ciências • Indutivismo • A Ciência resulta de Observações e constrói‐se, gradualmente, fazendo generalizações dessas observações que tomam a forma de Leis e Teorias • Problemas • • Fragilidade lógica – uma única observação pode invalidar os resultados. • • Ambiguidade perceptiva – realidade não é percepcionada por todos da mesma forma. Nova Educação na Nova Ciência para a Nova Sociedade

  11. Correntes Contemporâneas da Filosofia das Ciências • Negacionismo, Filosofia do Não ou Rectificacionismo • O progresso do conhecimento faz‐se por negações, contestações, produzindo rupturas epistemológicas. • O erro é visto como mais valia. E a verdade como um conjunto de erros rectificados. Bachelard Nova Educação na Nova Ciência para a Nova Sociedade

  12. Correntes Contemporâneas da Filosofia das Ciências • Falsificacionismo • Perante a impossibilidade de provar uma qualquer teoria, devem‐se aceitar provisoriamente as teorias e assumir como objectivo, não a sua confirmação mas a sua refutação. Poper Nova Educação na Nova Ciência para a Nova Sociedade

  13. Correntes Contemporâneas da Filosofia das Ciências • Revolucionismo, Estruturalismo Revolucionário • A Ciência resulta do crescimento, entre revoluções científicas, de um corpo de conhecimento. • A Ciência normal confronta‐se com a Ciência revolucionária que vencendo se torna a Ciência normal no período seguinte – Paradigma. Kuhn Nova Educação na Nova Ciência para a Nova Sociedade

  14. Correntes Contemporâneas da Filosofia das Ciências • Competecionismo, Estruturalismo Competitivo • Ciência como um conjunto de Programas de Investigação Científica (PIC). • Diferentes PICs atraem diferentes cientistas, que escrevem sobre a mesma problemática, mas que não se citam entre si. • Hegemonia de um PIC sobre o outro ‐ processo de ultrapassagem pelo Sucesso. Lakatos Nova Educação na Nova Ciência para a Nova Sociedade

  15. Correntes Contemporâneas da Filosofia das Ciências • Instrumentalismo • A ciência tem como função produzir teorias (instrumentos) para ligar os vários conjuntos de situações observadas. • Dependência Teórica da observação Nova Educação na Nova Ciência para a Nova Sociedade

  16. Correntes Contemporâneas da Filosofia das Ciências • Naturalismo • Leis, verdade e racionalidade como categorias interpretativas – Modelos. • Os Modelos seriam um fenómeno cognitivo partilhado entre o sujeito e o artefacto. • A Preocupação da Ciência seria então o “fit” ou “ajustamento” dos modelos Teóricos à realidade. Giere Nova Educação na Nova Ciência para a Nova Sociedade

  17. Correntes Contemporâneas da Filosofia das Ciências • Computacionalismo Pertinência de um programa de computador na resolução de problemas e no estudo do pensamento científico. Nova Educação na Nova Ciência para a Nova Sociedade

  18. Correntes Contemporâneas da Filosofia das Ciências • Anarquismo Postura contra o método. Actividade científica como um exercício de liberdade humana. O sucesso dos cientistas deve‐se a factores políticos, retóricos e de propaganda e não ao reconhecimento pela comunidade científica. Nova Educação na Nova Ciência para a Nova Sociedade

  19. Correntes Contemporâneas da Filosofia das Ciências • Neo‐Experimentalismo Ciência como acumulação de experiências. Importância da validação rigorosa da experiência. A experiência pode falsificar uma afirmação previamente aceite mas também identificar um efeito anteriormente desconhecido. Nova Educação na Nova Ciência para a Nova Sociedade

  20. Filosofia da Ciência • CaracterísticasdaCiênciaContemporânea: epistemologia e discurso A CiênciaContemporâneacaracteriza-se porumaepistemologiaconstrutivista e por um discursoprópriodistinto do Cartesiano Nova Educação na Nova Ciência para a Nova Sociedade

  21. Características da Ciência Contemporânea: epistemologia e discurso • Substituição da Epistemologia Positivista por uma Epistemologia Construtivista • Epistemologia Positivista • Ciência –objecto de conhecimento: Conhecer as entidades e leis existentes no mundo • Actividade Científica –Descoberta • Conhecimento como abstracções estáticas • Epistemologia Construtivista • Ciência –Projecto de conhecimento ‐ Intencionalidade • Construção Humana a partir do real • Actividade científica – Invenção • Conhecimento como descrição das transformações observadas, experiência cognitiva controlada dos fenómenos • Redefinição do método – necessidade de novos princípios metodológicos Nova Educação na Nova Ciência para a Nova Sociedade

  22. Características da Ciência Contemporânea: epistemologia e discurso • Substituição do Discurso Científico Cartesiano pelo Novo Discurso Científico • Preceitos do Discurso Científico Cartesiano: • Evidência • Reducionismo • Causalismo • Exaustividade • Preceitos do Novo Discurso Científico: • Pertinência • Globalismo • Teleologismo • Agregatividade Nova Educação na Nova Ciência para a Nova Sociedade

  23. A filosofia da relação Ciência / Sociedade • Que relação entre a Ciência e a Sociedade? • Na complexa relação que existe entre a Sociedade Contemporânea e a Ciência, não só a Ciência “fala” à Sociedade como já fazia na Sociedade Industrial mas também a Sociedade “responde” à Ciência. • A distinção mais importante entre a Sociedade Industrial e a Sociedade de Informação está no modo de produção do conhecimento(Modo 2 de Produção Científica,contextualizado e baseado na solução, em vez do Modo 1, descontextualizado e baseado na explicação da Sociedade Industrial). Nova Educação na Nova Ciência para a Nova Sociedade

  24. Modo 1 Contexto académico Disciplinar Perceptualmente homogénio Definição interna de qualidade e relevância pelos pares Organização hierárquica e estática Responsabilidade interna Liberdade académica e procura de conhecimento Modo 2 Contexto de aplicação Multidisciplinar Perceptualmente heterogénio Definição externa de qualidade e relevância Organizações ad-hoc, não-hierárquicas , estruturas horizontais Responsabilidade externa Interesses e stake-holders definem a agenda A filosofia da relação Ciência / Sociedade Nova Educação na Nova Ciência para a Nova Sociedade

  25. A filosofia da relação Ciência / Sociedade • Também importante é o condicionamento da Ciência pela Sociedade em rede ( Ciência em Rede), que exige que a Ciência seja não só fiável (como na Sociedade Industrial) mas também socialmente robusta e capaz de transdisciplinaridade • Ainda fundamentais para a relação contemporânea entre a Ciência e a Sociedade são o condicionamento do conhecimento científico pela natureza (Ciência da Sustentabilidade) e a complexa relação entrea Ciência, Sociedade e Governo (Modelo da Tripla Hélice). Nova Educação na Nova Ciência para a Nova Sociedade

  26. A especificidade da Filosofia de certas ciências: o caso da Química • A FILOSOFIA DAS CIÊNCIAS tem sido e ainda é dominada pela FILOSOFIA DA FÍSICA. • Desde 1994 que aparece com características muito próprias a FILOSOFIA DA QUÍMICA cujas revistas principais são: • HYLE • FONDATIONS OF CHEMISTRY Nova Educação na Nova Ciência para a Nova Sociedade

  27. CONCLUSÃO: A filosofiadarelaçãoCiência / Filosofia Evolução da Relação da Ciência com a Filosofia: • Ciência auto-suficiente  Ciência baseada em pressupostos não científicos (filosóficos), nomeadamente de realismo ontológico e epistemológico e ainda num pressuposto ético que constituem as bases não científicas da ciência (Artigas). • Ciência unidimensional constituída pela acumulação de conhecimentos  Ciência tridimensional: actividade humana dirigida por objectivos; método para conseguir os fins dessa actividade & conjunto de resultados obtidos pela aplicação desse método (Artigas) • Ciência em que o papel do Homem tinha sido diminuído pelas revoluções copernicianas e darwinianas  Ciência em que o papel do Homem aparece revalorizado (princípio antrópico) • Filosofia redundante e imiscível com a ciência  Filosofia necessária para validar hipóteses científicas (Bunge) Nova Educação na Nova Ciência para a Nova Sociedade

  28. http//:www.novaecs.netdcpereir@fc.up.pt FIM Nova Educação na Nova Ciência para a Nova Sociedade

  29. Bibliografia • Costa Pereira,D.,Nova Educação na Nova Ciência para a Nova Sociedade, Editora da Universidade do Porto (2007) • Artigas, M., The Mind of the Universe,Templeton Foundation Press (2001) • Graham, C., Smith, R., Transdisciplinarity in Practice, University of Queensland (2002)

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