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USO E CONCEPÇÃO DE OCUPAÇÃO/ATIVIDADE POR TERAPEUTAS OCUPACIONAIS NOS CAPS’S DE VITORIA - ES. Teresinha Cid Constantinidis - UFES Suzana Rodrigues Reno – UFES Lenise Moraes Santana - UFES.
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USO E CONCEPÇÃO DE OCUPAÇÃO/ATIVIDADE POR TERAPEUTAS OCUPACIONAIS NOS CAPS’S DE VITORIA - ES Teresinha Cid Constantinidis - UFES Suzana Rodrigues Reno – UFES Lenise Moraes Santana - UFES
USO E CONCEPÇÃO DE OCUPAÇÃO/ATIVIDADE POR TERAPEUTAS OCUPACIONAIS NOS CAPS’S DE VITORIA - ESTeresinha Cid Constantinidis – UFESSuzana Rodrigues Reno – UFESLenise Moraes Santana - UFES Introdução: O movimento de reforma psiquiátrica traz a Reabilitação Psicossocial como novo modelo de atenção em que, em suas estratégias de intervenção, o uso de atividades aparece como valioso recurso. Neste cenário, refletir sobre o lugar da prática em saúde mental, sobre os saberes que subjetivam a utilização da atividade, tem importância primordial na avaliação das práticas e dos serviços. Objetivo: Discutir os significados da atividade/ocupação no âmbito das práticas em saúde mental na perspectiva de terapeutas ocupacionais atuantes na área. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa qualitativa que utiliza grupos focais como instrumento de coleta de dados. Participaram da pesquisa terapeutas ocupacionais e outros profissionais de saúde mental que trabalham em CAPS da cidade de Vitória ES. O tratamento do material e sua codificação foram realizados por intermédio da análise de conteúdo, na modalidade de análise temática.
Resultados/Discussão: As práticas de terapeutas ocupacionais nos CAPS perpassam por modelos de atuação pautadas por um lado, no discurso manicomial e, por outro lado, no modelo de reabilitação psicossocial. Assim, encontram-se terapeutas ocupacionais que utilizam as atividades como instrumento moralizador, mensurador de funcionalidade, prescrita e preestabelecida para combater sintomas indesejáveis. Por outro lado, encontram-se terapeutas ocupacionais que valorizam a negociação de necessidades no encontro com o usuário, assim como sua motivação e interesse no processo terapêutico ocupacional. Nesta perspectiva, reconhece-se potencial de transformação de vida dos sujeitos, de disparar e facilitar o diálogo e o papel do terapeuta em acompanhar o sujeito no processo terapêutico. Conclusão: Apesar da Terapia Ocupacional ter sua ação norteada por referenciais que fazem forte contraposição ao tratamento moral, ainda encontramos práticas que se aproximam deste modelo. Indica-se a necessidade de discutir, refletir e avaliar os pressupostos que regem suas práticas pode auxiliar na qualificação do trabalho do terapeuta ocupacional em saúde mental.
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