1 / 27

Epidemiologia e Causa

Epidemiologia e Causa. Causalidade ou Causação Heleno R Corrêa Filho_2011. Causa. Evento que precede um desfecho de modo freqüente, consistente em intensidade, e magnitude.

isolde
Download Presentation

Epidemiologia e Causa

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. Epidemiologia e Causa Causalidade ou Causação Heleno R Corrêa Filho_2011

  2. Causa • Evento que precede um desfecho de modo freqüente, consistente em intensidade, e magnitude. • Em saúde costumam ser utilizadas correspondencias do tipo “marcador típico-diagnóstico”(patognomônico, específico); “dose-resposta”; “risco-incidência”; “exposição-dano”.

  3. Nexo • Termo utilizado para descrever o reconhecimento de uma associação causal na linguagem jurídica, forense, previdenciária, e securitária. • Subentende uso de evidências acumuladas sobre a associação entre fator precedente (causa) e efeito (desfecho). • PROVA – é termo técnico que designa uma evidência isolada. Nunca tem valor absoluto embora a linguagem comum interprete como “irrefutável”. O valor da prova depende da possibilidade de ser contestada ou refutada.

  4. Nexo • Causalidade em Epidemiologia é um modelo quantitativo: _ Compara quanto aumenta ou diminui o número de afetados em um grupo exposto [incidência] em relação a outro não exposto.(Efeito Relativo do aumento da Incidência entre expostos comparado a não expostos) • A expressão probabilística da causalidade epidemiológica é a categoria RISCO.

  5. Causa e Nexo • Em um único indivíduo a CAUSA de uma doença ou agravo pode ser qualquer exposição que precede o diagnóstico. • Na presença de muitas exposições o NEXO é atribuído para aquela que o avaliador julga mais provável. É subjetiva e depende de quem avalia.

  6. Causa e Nexo • Diante de várias exposições causais o nexo é atribuído ou não segundo a visão do avaliador (técnico) ou julgador (geralmente juiz). • Em epidemiologia não faz nenhum sentido atribuir causa ou nexo sobre uma pessoa sem relatar a probabilidade para um grupo de pessoas. O indivíduo pode ser completamente diferente de todo o grupo.

  7. Causa • O RISCO calculado pela probabilidade da associação entre exposição e desfecho (doença) é considerado evidência, “prova” e pode ser forte ou fraco, na opinião de quem julga. • Síndrome de Down tem alto risco de ocorrer entre mães acima de 40 anos de idade, MAS A MAIORIA dos casos de Down é de nascituros de mães entre 20 e 40 anos. IDADE não pode ser CAUSA.

  8. DETERMINAÇÃO • Características antecedentes maiores e amplas que mostram capacidade de levar a seqüências de causa e efeito. • Exploração e Pobreza – determinantes. • Acesso a alimentos e desnutrição – causa. • Habitação aglomerada e tuberculose – causa. • Determinantes englobam (subsumem) causas.

  9. Agravos do Século XXI • Asma, alergias respiratórias, doenças das vias respiratórias. • Cancer • Doenças cardiovasculares e cerebrovasculares • Doenças de veiculação alimentar e nutrição. • Mortalidade e morbidade associadas com o clima e o calor. • Disturbios de desenvolvmento humano. • Saúde mental e afecções relacionadas com stress. (LER/DORT) • Doenças e afecções neurológicas. • Doenças de veiculação hídrica. • Zoonoses e doenças transmitidas por Vetores (malaria, hantavírus) [ Quem é suscetivel e vulneravel; populações deslocadas; infraestrutura publica em saúde; capacitação e habilidades necessárias; comunicação e educação] . • USA - NIEHS - National Institute of Environmental Health Sciences: A human health perspective on climate change, edited by DHHS - Department of Health and Human Services. Environmental Health Perspectives, 2010, pp. 80.

  10. Confundimento • Características ou fatores que influenciam o aparecimento de doenças em pesquisas e estudos epidemiológicos mas que não são ligadas aos mecanismos de causa considerados. • O confundimento deve ser associado com a exposição e também pode desencadear o desfecho estudado na ausência da exposição estudada.

  11. Baixo Peso PODE ser confundimento. • Pode haver mortalidade neonatal por mecanismos outros que o baixo peso? Fumar Baixo Peso ao Nascer Mortalidade Neonatal

  12. Confundimento • Pode haver Malaria decorrente de suscetibilidade do sexo masculino (gênero?) que não depende de trabalhar fora do domicílio? Sexo Masculino Trabalho fora do domicílio Malária

  13. Confundimento • Pode haver cancer de colon por fatores ligados à dieta e não dependentes de renda e educação? Dieta Carente Em vitaminas Renda e Educação Câncer de Colon

  14. Interação • Fator ou característica que modifica o efeito de uma exposição de forma aditiva ou multiplicativa. Pode ou não causar o efeito isoladamente em menor escala. • O quanto adiciona ao risco? _ Risco Atribuível. • O quanto multiplica o risco? _ Risco Relativo.

  15. Interação • Exemplo típico – Isoladamente, fumar ou trabalhar com amianto causam câncer de pulmão. • Trabalhar com amiando fumando multiplica a ocorrência por dez.

  16. Interação ou Modificação do Efeito Fumo CaPlm CA de Pulmão Fumo CaPlm Amianto Amianto

  17. Interação • A busca da interação ou do fator que é Modificador do Efeito isolado é feita comparando subgrupos com exposição diferente. Buscam-se gradientes de efeito conforme varia a exposição ao fator de Interação.

  18. Clínica e Epidemiologia • Cânones de John Stuart Mill (1806 - 1873) - descobrir, provar ou demonstrar relações causais. [antes:Francis Bacon] 1 • Método da Concordância • Método da diferença • Método da concordância e diferença • Método dos resíduos • Método da variação concomitante

  19. Princípios Modernos de Causalidade • Proceedings of the Royal Society of Medicine [Proc. R. Soc. Med.] 58:295-300,1965, BRADFORD-HILL, AUSTIN.2, 3 Força da Associação Consistência Especificidade Temporalidade Gradiente Biológico Plausibilidade Evidência Experimental Coerência Analogia

  20. Causalidade múltipla • Necessária e suficiente (alguns carcinogênicos e vírus, poucas bactérias) • Necessária mas não suficiente (a maioria das bactérias e vírus incluindo a “pobre bactéria” Helicobacter Pylori) • Suficiente mas não necessária (doenças nutricionais carenciais de causa múltipla4) • Nem suficiente nem necessária (acidentes e lesões, episódios agudos em doenças crônicas)3

  21. Conflito de interesse e pesquisa epidemiológica • Riscos são “aceitos” por técnicos.5 Decisões são determinadas por fatores “extra-técnicos”. [Carlos Gentile de Mello (1974)] • Contestação começa com a “Primavera silenciosa” - Rachel Carson, 1962.6,7 • Trabalhadores e epidemiólogos organizam coortes e analisam exposição.8,9 • Academia e organismos multilaterais organizam métodos.10,11,13,14

  22. A produção e o consumo: o ponto de vista coletivo • As epidemias de doenças crônicas e não-transmissíveis são decorrentes dos processos de produção e consumo típicos da nova sociedade urbana e internacionalizada 17,18 • As abordagens individuais se mostram insuficientes face aos recursos coletivos para mudar padrões de produção, consumo e destino de dejetos e rejeitos.

  23. Doenças ambientais e sociais • causadas por exposição única ou múltipla: • agente único; • agente infeccioso (epstein-bar e linfoma); • agentes químicos e físicos (freqüentemente impossíveis de demonstrar causalidade no indivíduo - somente possíveis de avaliar em população); • agentes sociais e ergonômicos. • agentes múltiplos - doses superpostas e intermitentes; • poluição urbana, agrícola, de mineração e indústrias. • rotinas de trabalho precário e assédio moral.

  24. Doenças Crônicase não transmissíveis • História natural prolongada15,16 • Multiplicidade de fatores de risco complexos no trabalho e no ambiente Interação de fatores etiológicos conhecidos e desconhecidos • Causa necessária desconhecida • Especificidade de causa desconhecida

  25. Doenças Crônicase não transmissíveis • Ausência de participação ou participação duvidosa de microorganismos entre os determinantes • Longo período de latência • Longo curso assintomático • Curso clínico em geral lento, prolongado e permanente

  26. Doenças Crônicase não transmissíveis • Manifestações clínicas com períodos de remissão e exacerbação • Lesões celulares irreversíveis • Evolução para graus variados de incapacidade ou morte • (“DANT” segundo Inês Lessa, 1998 – apud Silva Jr, Gomes, Cezário & Moura, cap 10 [in 23] Rouquayrol & Almeida Fo. 2003, p.289-312)

  27. Doenças Crônicase não transmissíveis • Modelo agente-hospedeiro-meio ambiente não permite ação e intervenção • Suscetibilidade é socialmente determinada. • Fatores de risco são constitucionais, comportamentais, sociais e culturais.

More Related