70 likes | 183 Views
ISQUENTÁ A MURINGA, PRA QUE? Maria Cestari. http://www.eleniceamaralb.com.br. Eu nasci criança rica, lá pras banda das Gerais, meu pai era fazendero, mia mãe bunita dimais!. Tinha porco no chiquero. No currá, gado leitero, boi gordo no capinzá. Cabra, cavalo, selero
E N D
ISQUENTÁ A MURINGA, PRA QUE? Maria Cestari http://www.eleniceamaralb.com.br
Eu nasci criança rica, lá pras banda das Gerais, meu pai era fazendero, mia mãe bunita dimais! Tinha porco no chiquero. No currá, gado leitero, boi gordo no capinzá... Cabra, cavalo, selero i um eito de furmiguero pras pranta garrá cortá . Eu era um bicho do mato mai já sabia sonhá...
Eu nasci criança rica! Hoje garrei a pensá oiano a véia barrica que carecia lavá. Corri pras banda da bica e de dentro da marditalembranças garrô a voá. Inquanto as água caíao meu coração sirria, dasveis ele inté doía i mai forte ele batia, coa sodade a mi ispiá. http://www.eleniceamaralb.com.br
A lua mi galantiava sirrino pela jinela, gorjiava a estrela caino bordano a véia chinela. Drumia in cochão de paia, sonhano coa tar de praia, inquanto o carro-di-boi imitano a passarada acordava as frô, o orvaio, a grama e as muierada. Era grande a buniteza das manhã insolarada!...
Mai iscuitano o munjolo, consolo a imaginação, coa farinha esbrugaiano, ovo frito mai feijão. Meio aieio, chego garrá o prato cheio, mai quá! Sem zagero: no fumero a lingüiça a si incoiê mórde o cutucão ardê. I o toicinho a cutucá ! Óio o fogo no fugão, carderãozão a bufá.
Sinto um chero de aio frito, da farofa no pilão, do forno assano cabrito, mio verde no tição... Mai vorto à bera da bica, mão na borda da barrica a vascuiá meu coração. Ocê vai mi intendê: maió riqueza da lida é sonhá, amá e crê. Si ocê tem isso na vida... Isquentá muringa, pra quê? http://www.eleniceamaralb.com.br
ISQUENTÁ MURINGA, PRA QUE? Maria Cestari Associação de Escritores de Bragança Paulista ASES Formataçao : Elenice Amaral Baratella http://eleniceamaralb.com.br Midi: Uma Valsa Dois Amores – Dilermando Reis