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Prevalência do uso do álcool na CHESF

Prevalência do uso do álcool na CHESF. Marília Verri de Santana Março, 2009. Alcoolismo. Síndrome de Dependência Alcoólica – SDA, conhecida como alcoolismo. Edwards e Gross (1976 apud Gigliotti e Bessa, 2004) Tipos de usuário: o usuário social, o usuário problema e o usuário dependente.

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Prevalência do uso do álcool na CHESF

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Presentation Transcript


  1. Prevalência do uso do álcool na CHESF Marília Verri de Santana Março, 2009

  2. Alcoolismo • Síndrome de Dependência Alcoólica – SDA, conhecida como alcoolismo. Edwards e Gross (1976 apud Gigliotti e Bessa, 2004) • Tipos de usuário: o usuário social, o usuário problema e o usuário dependente. • Para o Ministério da Saúde e Organização Mundial de Saúde - OMS, o termo “alcoolismo significa dependência do álcool e/ou problemas com o uso abusivo dessa substância” Vaissman (2004) p.187.

  3. Alcoolismo no Trabalho • Problemas no trabalho: absenteísmo, atrasos frequentes, acidentes de trabalho, diminuição no rendimento, indisciplina, problemas de relacionamento, endividamento, entre outros. • Vaismann (1998) apud Senad (2006) • 10 a 15% dos trabalhadores brasileiros apresentam dependência ou problemas de abuso do álcool, • Estes têm 5x mais chances de sofrer acidentes de trabalho, • Representam 50% do total de absenteísmo e licenças médicas e • 8x mais diárias hospitalares.

  4. Uso do Álcool no Brasil Consumo de álcool nas 108 maiores cidades brasileiras. Fonte: Carlini (2006) Aumento no uso na vida, porém dependência mostra certa constância.

  5. Justificativa • Problema de saúde pública • Impacto no ambiente organizacional • Risco elétrico • Conhecer a realidade sobre o consumo de álcool dos empregados para melhor intervir junto aos trabalhadores • Contribuir na prevenção de falhas e acidentes de trabalho • Promover a saúde dos trabalhadores • Aumentar produtividade • Reduzir perdas e otimizar custos da empresa • Algumas pesquisas já realizadas com enfoques e metodologias diferentes.

  6. Objetivo • Este estudo objetiva analisar comparativamente as metodologias e os resultados de duas pesquisas realizadas entre 2006 e 2007 na Companhia Hidro Elétrica do São Francisco – CHESF, no que tange à questão do álcool, de modo a fortalecer o conhecimento desenvolvido.

  7. Estudo de Santana(2007) • Estudo de corte transversal - prevalência do nível de risco em relação ao álcool e do nível de dano no trabalho relacionado ao consumo de bebidas alcoólicas com toda a população selecionada. • População de 139 empregados da CHESF lotados na cidade de Teresina - PI. • Homens com cargos de nível fundamental e médio, Composição da população estudada

  8. Metodologia Santana (2007) • Utilizou o AUDIT - Teste para Identificação de Problemas Relacionados ao Uso de Álcool • Classificação: uso de baixo risco, usuário de risco, uso nocivo e provável dependência • Questionário de nível de dano no trabalho, desenvolvido pelas pesquisadoras. • Avalia gravidade de dano no trabalho em decorrência do consumo do álcool • Classificação: baixo dano, nível de dano • Questionários anônimos • Assinatura de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

  9. Resultados Santana(2007) • Resultados AUDIT • 67,4% baixo risco; • 21,2% uso de risco; • 4,5% uso nocivo; • 0,8% em provável dependência. • 6,1% informações incompletas. • Resultados Nível de dano no trabalho • 75,2% baixo dano e prejuízo • 24,8% danos no trabalho

  10. Resultados Santana(2007) • Associação estatisticamente significativa entre o nível de dano e a escolaridade: • As pessoas com escolaridade inferior ao nível médio completo apresentaram uma Razão de Prevalência de 2,20 com IC (1,35 < RP < 3.59); • Associação entre o nível de risco do AUDIT e o nível de dano, com Razão de Prevalência de 2,38 com IC (1,29< RP< 4,36); • Não houve associação entre trabalhar em área energizada e ter maior risco de consumo de álcool e maior nível de dano no trabalho do que os de área administrativa.

  11. Estudo de Melcop (2007) • Investigar de forma ampla a saúde e qualidade de vida dos trabalhadores desta empresa. • População: 5700 empregados • Amostra: 543 empregados - simples e estratificada • Estudo de corte transversal - prevalência dos eventos. Composição da amostra segundo sexo

  12. Estudo de Melcop (2007)

  13. Metodologia de Melcop (2007) • Questionário NHSDA (National Household Surveys on Drugs Abuse) baseado em seis itens do diagnóstico utilizado pelo DSM-III-R • Avalia dependência para todas as drogas • Uso regular: fazer uso de álcool pelo menos três dias por semana • Questionários anônimos • Assinatura de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

  14. Resultados de Melcop (2007) • Prevalência de uso na vida: 87,1% • Uso regular: 10,3% • Dependentes: 13,4% • Homens 2,5 vezes maior que mulheres • Homens 15,6% e mulheres 6,3%.

  15. Segundo a própria auto-avaliação • 83,7% afirmam não depender do álcool no dia a dia; • 12,7% afirmaram depender pouco; • 3,3% “mais ou menos”; • 0,3% muito dependentes do álcool para levar o dia a dia • 0,0% afirmou depender extremamente do álcool.

  16. Consumo de álcool após a admissão na CHESF. • 13,9% diminuíram o consumo após a entrada na empresa; • 11% aumentaram o consumo; • 21,5% pararam de beber (27,1% mulher e 20,5% homem). • 53,5% não alterou a freqüência do uso do álcool. • Diferenças não apresentaram significância estatística.

  17. Resultados Melcop (2007) • Não associação entre dependência de álcool e faixa etária, estado conjugal, raça/cor, religião, companhia na habitação, posse de filhos, tempo de serviço na CHESF, duração da jornada de trabalho e ocupação de cargo de confiança. • Não investigou associação com a função. • Associação com escolaridade, escritório de trabalho e cargo. • Escolaridade até o primeiro grau: maior prevalência de dependência do álcool do que segundo grau e nível superior. • Escritório de trabalho: GRN, GRL e GRO mais dependentes. • Auxiliares Técnicos e Técnicos de Nível Universitário maiores índices de dependência que Assistentes Técnicos e demais cargos de nível superior.

  18. Não tem religião: 17,6% de dependentes • Solteiros: 20,5% - ambos acima da média encontrada. • Empregados abaixo de 30 anos: 19,2% dependentes • Carlini et. al. (2006) faixas etárias de 18 a 24 anos 19,2% e de 25 a 34 anos 14,7% diagnóstico de dependência, prevalência maior que a faixa acima dos 35 anos. • Necessidade de se trabalhar a prevenção do uso prejudicial junto ao público mais jovem. • Necessidade de ser feita a busca ativa para o tratamento de alcoolismo. • Em geral a pessoa ou seus familiares só procuram por um tratamento a partir dos 40 anos quando os problemas já atingiram, em níveis mais graves, diversos aspectos da vida do indivíduo.

  19. Discussão entre estudos

  20. Discussão entre estudos • Dependência do álcool na CHESF foi melhor detectada pelo Questionário NHSDA do que pelo AUDIT. • Uma possível explicação é a questão metodológica. • O NHSDA apresenta as questões de todas as drogas • Álcool e cigarro: drogas lícitas e “aceitas” socialmente  mais à vontade para responder • AUDIT utiliza gradação de opções  pode manipular resposta

  21. Discussão entre estudos • Em Melcop et. al. (2007) 3,3% afirmam depender “mais ou menos e 0,3% dos empregados afirmam depender muito do álcool em seu dia a dia; valores bastante próximos aos encontrados como uso nocivo (4,5%) e provável dependência (0,8%) no estudo de Santana et. al. (2007). • Reforça a possível manipulação das respostas no AUDIT. • Pode indicar o quanto se reconhecem como alcoolistas. • Conscientizar sobre seu consumo prejudicial  modificar seu comportamento.

  22. Discussão entre estudos • Prevalência de dependência na CHESF 13,4% de acordo com a média nacional encontrada por Carlini et. al. (2006) de 12,3%. • Não associação de entrar na CHESF e desenvolver maior consumo de bebidas alcoólicas. Trabalhar no setor elétrico não implica em maior risco de dependência do álcool.

  23. Discussão entre estudos • Escolaridade até o fundamental completo • Maior prevalência de dependência e • Maior nível de dano no trabalho em decorrência do álcool. • Garantir que esta parcela de empregados tenha acesso aos meios de prevenção e tratamento inclusive com o uso de uma linguagem acessível por parte dos profissionais de saúde.

  24. Considerações Finais • Sugere-se linguagem acessível para os empregados de nível fundamental, • Iniciar ações junto aos escritórios e cargos com maior nível de dependência sem que haja tratamento preconceituoso junto a estes segmentos. • Sugere-se ainda a detecção precoce • Questionário NHSDA - diversos tipos de drogas • Intervenção Breve e Entrevista Motivacional durante Exame Médico Periódico.

  25. Considerações Finais • O Programa de Prevenção e Tratamento ao Uso Prejudicial de Álcool e Outras Drogas prevê educação continuada para os profissionais de saúde, gerentes e líderes, parceria com a família dos empregados, distribuição de material informativo entre outros. • As oficinas de prevenção, já iniciadas na empresa, são um mecanismo fundamental de acesso à informação e discussão sobre a questão de álcool e outras drogas.

  26. Considerações Finais • A ampliação das ações de prevenção e tratamento na CHESF, o aprimoramento da equipe de saúde, o apoio gerencial no desenvolvimento do trabalho, a avaliação e acompanhamento do Programa de prevenção ao uso prejudicial de álcool e outras drogas trará benefícios na prevenção de acidentes, incidentes, redução no absenteísmo, melhoria no clima organizacional e aumento da produtividade. • Ganha a empresa, ganha o empregado e sua família com melhoria na qualidade de vida em sua dimensão física, psicológica e social.

  27. Referências • CARLINI, Elisaldo Araujo; GALDURÓZ, José Carlos; NOTO, Ana Regina; NAPPO, Solange. I Levantamento domiciliar sobre o uso de drogas psicotrópicas no Brasil: estudo envolvendo as 107 maiores cidades do país: 2001. São Paulo: CEBRID – Centro de Informações Sobre Drogas Psicotrópicas: UNIFESP – Universidade Federal de São Paulo, 2002. • CARLINI, Elisaldo Araujo (supervisão) [et. al.]. II Levantamento domiciliar sobre o uso de drogas psicotrópicas no Brasil: estudo envolvendo as 108 maiores cidades do país: 2005. São Paulo: CEBRID – Centro de Informações Sobre Drogas Psicotrópicas: UNIFESP – Universidade Federal de São Paulo, 2006. • EDWADRS, Griffith; MARSHALL, Jane; COOK, Christopher C.H.. O tratamento do alcoolismo: um guia para profissionais da saúde. Porto Alegre: Artmed, 2005.

  28. Referências • GIGLIOTTI, Analice; BESSA, Marco Antonio. Síndrome de Dependência do Álcool: critérios diagnósticos. Revista Brasileira de Psiquiatria,  São Paulo,  v. 26,  2004.  Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462004000500004&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 03  Nov  2006.  doi: 10.1590/S1516-44462004000500004. • MELCOP, Ana Glória; AGRIPINO, Djalma; MAIA, Denise. Consumo de álcool e outras drogas e o exercício do trabalho: um estudo sobre qualidade de vida dos empregados da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco – CHESF. Recife: Centro de Prevenção às Dependências, 2007.

  29. Referências • SANTANA, Marilia Verri; SILVA, Mayana Marinho; ALBUQUERQUE, Paulette Cavalcanti; PERES, Aida Maris. Nível de dano no trabalho e o consumo de álcool em uma companhia eletricitária. (Especialização em Saúde Mental)- IBPEX,Teresina: 2007. • SENAD. Prevenção ao uso de álcool e outras drogas no ambiente de trabalho: Conhecer para ajudar. Florianópolis: UFSC, 2006. • VAISSMAN, Magda. Alcoolismo no trabalho. Rio de Janeiro: Garamond, 2004.

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