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Jose Ricardo Roriz Coelho Presidente da ABIPLAST. Custo Brasil: Barreiras à Competitividade da Indústria Brasileira. Contexto Atual da Economia Mundial. Crise nas principais economias desenvolvidas: demanda estagnada.
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Jose Ricardo Roriz Coelho Presidente da ABIPLAST Custo Brasil: Barreiras à Competitividade da Indústria Brasileira
Contexto Atual da Economia Mundial • Crise nas principais economias desenvolvidas: demanda estagnada. • Nesse quadro, o crescimento com base na demanda externa tem menor potencial, logo os países que quiserem crescer nestes próximos anos vão depender da expansão do mercado interno. O Brasil possui mercado interno com crescimento relevante. • Além disso, o Brasil ainda possui outras oportunidades que podem contribuir para a retomada do crescimento econômico nos próximos anos (eventos esportivos e a exploração de P&G). Porém, existem barreiras que elevam os custos da indústria brasileira, perdendo competitividade – e mercado – para produtores estrangeiros.
Câmbio A perda de competitividade do Brasil é em parte devido à fortíssima valorização do real. Entre jan/04 e mai/12, o real foi a mais valorizada ante o dólar (78,5%) dentre várias moedas relevantes.
Juros e spread elevados • Os juros básicos e spread bancário implicam em custo de R$ 156 bilhões com financiamento para capital de giro da indústria de transformação. • Considerando a cumulatividade na cadeia, em 2011 7,5% do preço dos produtos industriais na porta da fábrica se deveram ao custo de capital de giro. • O spread brasileiro é 11,5 vezes maior do que os países que calculam com critério idêntico ao nosso (Malásia, Japão, Chile e Itália).
Tributação e burocracia • A indústria de transformação é o setor que mais contribui com a arrecadação dentre todos os setores: 33,9% do total da carga em 2010... • ... mas sua participação no PIB foi de 16,2%. • A carga tributária da indústria de transformação é de 59,5% do seu PIB, representando 40,3% dos preços dos produtos industriais. • Os custos da burocracia para pagar os tributos existentes no país representam R$19,7 bilhões do faturamento da indústria de transformação. Considerando o carregamento na cadeia à montante, totaliza um custo anual de 2,6% do preço dos produtos industriais.
Encargos trabalhistas elevados • Os encargos trabalhistas representam 32,4% do total dos custos de mão de obra na indústria, aumentando o custo de produção. • O problema é mais grave na indústria de transformação, que compete em mercados com escala global. Quando medidos em % do custo da mão de obra, o Brasil é campeão em encargos sobre folha de pagamento. Os encargos de nossos competidores são muito menores: 14,7% em Taiwan, 17% na Argentina e Coréia do Sul e 27% no México.
Energia cara • A tarifa de energia elétrica para a indústria no Brasil é uma das mais caras do mundo. Tarifa de energia elétrica para a indústria (US$/MWh) Nossa elevada tarifa não se justifica pela matriz energética. O Canadá é o país que tem a matriz mais semelhante à do Brasil, mas sua tarifa é 64% menor. Fonte: EIA - Energy Information Administration. Elaboração: DECOMTEC/FIESP
Infraestrutura deficiente • Os produtos industriais são encarecidos em R$17,1 bilhões pelos custos de um sistema logístico deficiente, que não faz jus aos tributos arrecadados pelo Estado. • Considerando o carregamento de custo na cadeia à montante, as deficiências da infraestrutura logística representam 1,8% do preço desses produtos. Fonte: Word Economic Forum- The Global Competitiviness Report 2011-2012.
“Custo Brasil” Em síntese, produzir no Brasil é muito caro, especialmente devido a:
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