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PODER. Relação entre pessoas livres. Propriedade privada. Vídeo: As relações de poder Filme: “A vida dos outros” e “A onda”. http://video.globo.com/Videos/Busca/0,,7959,00.html?b=ser ou nao ser as relações de poder. PODER. Senso comum.
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PODER Relação entre pessoas livres Propriedade privada
Vídeo: As relações de poder Filme: “A vida dos outros” e “A onda” http://video.globo.com/Videos/Busca/0,,7959,00.html?b=ser ou nao ser as relações de poder
PODER Senso comum A maioria das pessoas vê o poder como algo que se impõe aos outros, exigindo em troca a obediência Ficamos presos ao senso comum utilizando frases como: O poder corrompe Todo poder é violência O poder é sempre uma relação, e não é prerrogativa dos governos
PODER Senso comum Costumamos confundir “poder” com “política”. Mas não é só a política que tem relação com ele. Devemos nos questionar: O que realmente é o poder? Será que ele é mesmo ruim? Será que de fato é sinônimo de corrupção?
Três Formas de entender o poder: É algo que alguém tem, uma propriedade, tanto conhecimento quanto a posse de bens e que se impõe a quem não sabe ou a quem não tem bens. É algo que alguém tem não por próprio mérito, mas porque os outros renunciam, por comodidade ou por medo, a mandarem em si mesmos, exigindo assim que alguém mande neles, preferindo uma “servidão voluntária”. É algo que ninguém possui como proprietário, mas algo que só existe enquanto se exerce entre seres humanos.
PODER Grécia Antiga Idade Moderna Idade Média
Aristóteles – 384/322 a.C Para Aristóteles havia três tipos de poder: O Poder Paterno : Pai/filhos O Poder Despótico : Senhor/escravos O Poder Político: Governante/governados
Aristóteles Para Aristóteles só na polis é possível a felicidade “ O cidadão feliz é aquele que atua com as virtudes em benefício da pólis” Entre as más comunidades ele relaciona: A tirania – benefício próprio O governo paternalista - populistas O governo despótico – súditos /escravo
PODER Grécia Antiga Idade Moderna Idade Média
Idade média É impossível combinar ética com política Existem duas formas de poder: O poder da Igreja (diretivo, bom) O poder do Estado (Coativo, mal) Santo Agostinho consagra a distinção de duas cidades: A cidade de Deus A cidade dos Homens (cidade do Demônio)
PODER Idade Moderna Idade Contemporânea
Modernos: • não acreditam ser humano naturalmente políticos • não acreditam unir ética e política
John Locke 1632-1704 Poder Paterno - dever pais Poder Despótico – punir culpado Poder Civil – contratualista “homem lobo do próprio homem” Teoria Contratualista
Maquiavel Santo Agostinho O homem é mal por sua natureza O ser humano longe de Deus é incapaz de fugir do mal Um santo nunca será um bom político “ Não se governa um país rezando um pai nosso”
Atualmente..... Poder Político: Tem como meio específico o uso da força e da violência Poder Econômico: Usa como meio a posse de bens para induzir a quem não tem bens Poder Ideológico: Recorre a posse de formas de saber para influenciar o comportamento dos que sabem menos ou não sabem
PODER Idade Contemporânea
FOUCAULT : Século XIX : Como é possível que a produção de riquezas seja acompanhada da pobreza pauperização absoluta ou relativa daqueles mesmos que a produzem? Século XX : excesso de poder, a “superprodução do poder”
Porque o problema do poder se tornou central no século XX Como foi possível chegar ao extremo do poder?
Porque o problema do poder se tornou central no século XX Hanna Arendt: A verdade em prática leva ao totalitarismo
Como reagir? Ou paramos de pensar Ou pensamos de um modo menos pretensioso Questionar nossas certezas "microfísica do poder"
Crítica às Idéias de Revolução e Liberdade O poder não é violência, e nem pode ser visto como violência; Todos nascem neutros, mas a educação (pais e educadores) é que transformará o individuo; Liberdade não é algo que o ser humano possui, mas algo que depende das relações entre as pessoas; Não há liberdade total, nem escravidão total. “ser sujeito” = duplo sentido= sujeitados e senhores
Conceito de Poder O poder não é algo que pode ser negociado, ou que se possa ter. Poder é algo que se exerce; O poder não é ruim, mas seu exercício pode ser ruim; A máxima experiência de liberdade que uma pessoa pode ter é o poder, desde que não haja violência, que é totalmente contrária a idéia de liberdade; Os atos de mandar e obedecer tem um objetivo comum. A ação!
Pensamentos de Foucault É impossível viver sem relações de poder entre as pessoas; Uma boa administração não significa um governo bom. O nazismo consistia numa ótima organização, mas não significou um estado bom; Não existe poder absoluto. Um lado pode ter a maior parte do poder, mas não é absoluto quando a parte desprivilegiada ainda tem alguma opção para resistir a esse poder;
Entrevista de Foucault O poder sempre está presente nas relações humanas quando alguém tenta mudar a conduta do outro; As relações de poder são móveis, reversíveis e instáveis; A liberdade não existe sem poder, assim como o poder não existe sem liberdade; As relações de poder só acontecem entre duas pessoas livres, onde uma até pode tentar comandar a outra, mas deve dar o direito de ela resistir a esse comando;
“Não pergunte a ninguém o que você deve fazer de sua vida:pergunte-o a si mesmo”(Michel Foucault)
Referências bibliográficas • http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/interthesis/article/viewFile/884/10842 • ARENDT, Hannah. Crises da República. São Paulo: Perspectiva, 1973. • ARISTÓTELES. Política. Brasília: Ed. UnB, 1985. • BAUMAN, Zygmunt. Em busca da política. Rio de Janeiro: Zahar, 2000. • BOBBIO, N.. Estado, governo, sociedade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. • BOBBIO, Norberto et alii. Dicionário de Política. Brasília: Edit. UnB, 1992. 2 vols. • FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 1979. • O sujeito e o poder. In; DREYFUS, H. & RABINOW, P. Michel Foucault: uma trajetória filosófica para além do estruturalismo e da hermenêutica. S. Paulo: Forense, 1995. • “Polémique, politique et problématisations”. In: Dits et Écrits, Vol IV. Paris: Gallimard, 1997. Tradução portuguesa Selvino J. Assmann. • Em defesa da sociedade. S. Paulo: Martins Fontes, 1999. • A filosofia analítica da política. In: Ditos e Escritos, Vol. IV. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2004.
Referências bibliográficas • Omnes et singulatim. Para uma crítica da razão política. Trad. portuguesa de Selvino Assmann. Florianópolis: Nephelibata, 2006. (A mesma tradução do texto de Foucault, com algumas modificações, está disponível na Internet: http://www.cfh.ufsc.br/%7Ewfil/omnes.htm) • LEBRUN, Gérard. O que é poder. S.Paulo: Brasiliense, 1981. (Há várias edições posteriores) (Coleção Primeiros Passos) • LEIS, Hector R. & ASSMANN, Selvino J. Crônicas da pólis. Florianópolis: Fundação Boiteux, 2006. (Há vários textos sobre a situação política brasileira) • RUBY, C. Introdução à Filosofia Política. S. Paulo: Ed. UNESP, 1998. • SCHMITT, Carl. Dialogo sul potere. Trad. italiana. Genova: Melangolo, 1990. • WEBER, Max. A política como vocação. In: O Político e o Cientista. 3. ed. Lisboa: Editorial Presença, 1979. • WOLFF, Francis. Aristóteles e a política. S. Paulo: Discurso Editorial, 1999.