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Professor Edley. www.professoredley.com.br. Nova Onda de Revoltas. Nova Onda de Revoltas. A Expansão Liberal e Nacionalista na Europa

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  1. Professor Edley www.professoredley.com.br

  2. Nova Onda de Revoltas

  3. Nova Onda de Revoltas • A Expansão Liberal e Nacionalista na Europa • Como vimos, o Congresso de Viena (1814-1815) e a Santa Aliança – contrariando algumas das conquistas da Revolução Francesa e do Período Napoleônico – haviam promovido a Restauração das Monarquias Absolutistas em países Europeus Ocidentais, unindo forças tradicionais da Nobreza e do Clero. • Tal tendência conservadora prevaleceu no Continente Europeu por alguns anos. • A partir de 1825, ela começou a somar derrotas diante de diversas Rebeliões Liberais e Nacionalistas. • Tanto que, por volta de 1850, o Absolutismo já cedia lugar, de forma definitiva, a uma nova Conjuntura Política predominantemente Liberal.

  4. Rompimento • – Crise Econômica • Entre 1830 e 1848, as populações de diversas regiões da Europa enfrentavam uma difícil situação social e econômica, como por exemplo: • Diminuição de colheitas • Miséria do operariado; • Ausências de garantias e direitos fundamentais para o trabalhador; • Repressão à liberdade de expressão. • Essa situação de Crise e Insatisfação Social possibilitou a Aliança Temporária entre setores da Pequena e Média Burguesia e o Operariado, cada vez mais conscientes de seus interesses. • Da Aliança Instável entre esses setores, surgiram diversos Movimentos Revolucionários e contestação às estruturas de Poder vigentes em grande parte da Europa. • ‘

  5. Rompimento • – Liberalismo e Nacionalismo • Conjugando ideais Nacionalistas e Liberais – que muitas vezes tomaram um caminho Socialista – esses movimentos ocorreram em diferentes regiões da Europa, como França, Itália, Áustria, Irlanda, Alemanha e Hungria. • Várias dessas regiões ainda não constituíam Estados Nacionais Autônomos. • Para entender um pouco mais esses movimentos, vejamos os significados dos conceitos de Liberalismo e Nacionalismo. • Liberalismo • Foi estuda anteriormente, recordemos agora algumas de suas principais teses: • Política • Governo de caráter Democrático. Os Poderes dos Governantes são limitados por uma Constituição e separados em Legislativo, Executivo e Judiciário. O Estado deve servir ao cidadão, respeitando sua Liberdade e sua Dignidade.

  6. Rompimento • Economia • A intervenção do Estado na economia do país deve ser a menor possível. As atividades econômicas ficam a cargo da iniciativa privada. • Religião • O Estado deve ficar completamente separado da Igreja, e cada cidadão pode pratica livremente sua Crença Religiosa. A liberdade de culto e de convicções filosóficas é direito de todos. • Nacionalismo • O Nacionalismo, por sua vez, é um movimento que está baseado, de modo geral, na noção de Vínculos Étnicos, Lingüísticos e Históricos existentes entre um grupo de pessoas, que constituem, assim, uma nacionalidade. • Sobre o fundamento da nacionalidade, os grupos nacionais passam a reivindicar o direito de formar uma nação autônoma. Dessa maneira, o nacionalismo desse período expressa basicamente os seguintes ideais:

  7. Rompimento • Cultura • Respeito pela formação nacional dos povos, ligados por laços étnicos, e lingüísticos, além de outros traços culturais. • Independência Nacional • Direito de todos os povos de lutar por sua independência como nação. • Autodeterminação • Direito dos povos de escolher seu Sistema Político, sua Forma de Governo, dentro de um território unificado. • As Teses Liberais e Nacionalistas tiveram grande importância nos movimentos pela Unificação da Itália e da Alemanha, conforme estudaremos mais adiante.

  8. França • Revoltas Liberais Repercutem na Europa • Destaquemos Duas Rebeliões que agir aram a França no Século XIX: a de 1830 liderada pela Alta Burguesia e a de 1848, impulsionada pela Aliança Temporária entre grupos da Burguesia e do Operariado. • Essas Rebeliões encorajaram Liberais e Nacionalistas em grande parte da Europa, provocando uma série de Revoltas em diversos países. • Vejamos esses processos: • – Rebelião de 1830 • Conforme estudado, após a queda de Napoleão Bonaparte, foi acertado no Congresso de Viena o retorno da Dinastia dos Bourbon ao Trono Francês, com Luís XVIII.

  9. França • Restauração dos Bourbon • O Governo de Luís XVIII, de 1814 a 1824, foi marcado pela violenta repressão às oposições, especialmente aos partidários de Napoleão e do Liberalismo. • Esse período ficou conhecido como Terror Branco. • Os setores ultraconservadores que apoiavam o Monarca queriam o pleno Regresso do Absolutismo do Antigo Regime. • Mas isso se revelava cada vez mais difícil de ocorrer. • Com a morte de Luís XVIII, em 1824, seu irmão, Carlos X (1757-1836), assumiu o Trono Francês. • Também apoiado pelos ultraconservadores, procurou ampliar a política antiliberal que caracterizou o período de governo de seu irmão.

  10. França • Decretou Leis que dava à Igreja Católica o controle do ensino, indenizou os Nobres que sofreram prejuízos durante a Revolução Francesa e reforçou a Censura à imprensa, entre outras MedidasRegressistas. • Derrubada de Carlos X • Somente um equilíbrio entre as forças aristocráticastradicionais e o liberalismo burguês poderia, supostamente, evitar uma Rebelião. • Mas isso não ocorreu. • Para agravar a situação, problemas econômicos, como as Más colheitas de 1827, aumentaram o descontentamento popular em relação ao Regime ConservadorFrancês. • Desse modo, as Forças Liberais Burguesas, lideradas pela Alta Burguesia, reorganizaram-se e deflagraram a Revolução de 1830 contra o Governo de Carlos X.

  11. França • O Rei foi derrubado do Poder e substituído por Luís Filipe de Orléans, que pertencia a um dos ramos Dinásticos dos Bourbon e apoiava a Oposição Liberal. • Essa Revolta repercutiu em várias regiões, como Itália, Bélgica, Prússia, Espanha, Portugal e a atual Polônia. • Seus efeitos se fizeram sentir até no Brasil, obrigando D. Pedro I a abdicar, em 1831, devido a fortes pressões dos Liberais – entre outros grupos – dando início ao Período Regencial de nossa história.

  12. França • Governo de Luís Filipe, o Rei “Burguês” • No governo de Luís Filipe (1830-1848), observou-se grandes desenvolvimentos nos setores financeiro e industrial da França. • Em sintonia com os interesses econômicos burgueses, o Governo Francês iniciou sua expansão colonial em direção à África, à Ásia e à Oceania. • Conhecido como “Rei Burguês” ou “Rei dos Banqueiros”, Luís Filipe foi auxiliado pelo Ministro François Guizot e procurou harmonizar os interesses da Burguesia Liberal com os da Resistência Conservadora. • Seu principal objetivo era garantir uma ordem social interna que não atrapalhasse a liberdade econômica de industriais, banqueiros e grandes comerciantes, favorecendo o desenvolvimento capitalista francês. • Essa política, ao mesmo tempo em que levava a uma concentração de riquezas nas mãos desses grupos econômicos, causava um maior empobrecimento dos trabalhadores, sobretudo dos numerosos operários franceses.

  13. França • – Revolução de 1848 • A partir de 1846, uma sucessão de problemas econômicos e dificuldades políticas fizeram desmoronar as forças de sustentação do Governo de Luís Filipe. • A crise se fez sentir, por exemplo, no aumento da miséria, nas más colheitas agrícolas, na queda da produção industrial, nas greves operárias e nas campanhas políticas pela reformulação do sistema eleitoral. • Foi então que a BurguesiaLiberal e o Operariado se uniram temporariamente contra o Governo. • Um grande levante de trabalhadores, estudantes e setores da Guarda Nacional derrubou Luís Filipe do Poder, na chamada Revolução de 1848.

  14. França • Governo Provisório e Segunda República • Com a queda do Monarca FrancêsLuís Filipe, organizou-se em fevereiro de 1848, um Governo Provisório, que tomou as seguintes medidas: • Proclamou a chamada Segunda República (1848-1852); • Promoveu a Liberdade de Imprensa; • Aboliu a escravidão nas Colônias Francesas; • Estabeleceu o sufrágio universal masculino, isto é, o direito de voto para o cidadão. • Desse governo participaram políticos socialistas, como Louis Blanc, e representantes da burguesia liberal, como Alfonse Lamartine, poeta e orador.

  15. França • Uma vez no poder, esses dois grupos não chegaram a um acordo sobre os grandes rumos do governo. • Os Socialistas exigiam mudanças mais profundas do que as que a Burguesia estava disposta a promover, como, por exemplo, medidas que beneficiassem diretamente os trabalhadores urbanos. • Em 23 de abril de 1848, realizaram-se eleições parlamentares • em todo o país. • Foi eleita, então, uma Assembléia Nacional Constituinte, composta, em sua maioria, de parlamentares de tendência Liberal-Burguesa. • Esse resultado deveu-se à maior organização em toda a França do chamada Partido da Ordem – controlado pela Burguesia – enquanto a influência dos Socialistas restringia-se quase unicamente à Capital, Paris.

  16. França • Massacre do Movimento Socialista • Derrotados nas eleições, os Socialistas passaram a comandar várias lutas de trabalhadores contra as decisões da Assembléia Constituinte. • numerosas Rebeliões Operárias eclodiram em Paris e em outras cidades francesas de grande concentração industrial. • Nesse mesmo ano, os pensadores Marx e Engels publicaram o Manifesto Comunista, conclamando o proletariado a se unir e lutar contra as injustiças da sociedade capitalista. • O Governo Burguês decidiu pôr fim às Rebeliões dos Trabalhadores e impor ordem no país. • Assim, em junho de 1848, tropas comandadas pelo General Eugène Cavaignac reprimiram duramente os levantes, provocando a morte de mais de Dez Mil Pessoas. • Os Líderes Socialistas foram mortos ou tiveram que fugir da França.

  17. França • O Massacre do Movimento Socialista mais radical francês pelas tropas do Ministrode Guerra Cavaignac marcou o rompimento entre os projetos políticos da Burguesia e dos Socialistas. • A Barricada • Obra de Ernest Meissonier • de 1849. As ruas estreitas • de Paris, na época, • favoreciam a • construção de barricadas.

  18. Revolução de 1848

  19. França • Luís Bonaparte e a Volta da Monarquia • Em novembro de 1848, foi promulgada uma Nova Constituição. • Um mês depois, realizaram-se eleições para Presidente da República. • O candidato vitorioso, com 73% dos votos, foi Luís Napoleão Bonaparte, sobrinho de Napoleão Bonaparte. • Luís Bonaparte elegeu-se com o apoio de parte do exército, dos camponeses, da Igreja e da Burguesia, que ainda temia Revoltas Sociais. • Ele era o candidato do Partido da Ordem e prometida devolver à França os tempos de glória vividos durante o Império Napoleônico. • Em seu governo, conquistou a confiança de considerável parcela dos funcionários administrativos, do exército, dos eclesiásticos, da classe média urbana e da população rural.

  20. França • Pouco antes do fim de seu mandato presidencial, em 2 de dezembro de 1851, Luís Bonaparte promoveu um Golpe de Estado para continuar no Poder. • Alguns meses depois, conseguiu o apoio popular necessário para realizar um plebiscito, que decidiu pelo fim da república e pelo restabelecimento do Império na França. • Em dezembro de 1852, Luís Bonaparte foi coroado como Napoleão III, sendo proclamado solenemente “Imperador dos Franceses pela graça de Deus e vontade geral da nação”. • Esse Segundo Império Napoleônico durou até 1870.

  21. Napoleão III

  22. Unificação da Itália • A Formação do Estado Italiano • Vejamos, agora, o processo de unificação da Itália, ocorrido após as Revoltas Liberais na França, isto é, de forma tardia em relação à maioria dos Países Europeus. • Desde a Idade Média, a Península Itálica era uma região dividida em várias unidade políticas independentes entre si. • Com as decisões do Congresso de Viena, essa região passou a ser dominada por Austríacos e Franceses, bem como pela Igreja Católica.

  23. Unificação da Itália • Os Reinos e os Ducados Italianos estavam assim distribuídos: • Lombardia-Veneza, Tosacana, Lucca, Parma, Módena e Romagna, submetidos ao domínio do Império Austríaco; • Reino das duas Sicílias, pertencentes a Dinastia Francesa dos Bourbon; • Estados da Igreja, pertencentes ao Papa; • Reino do Piemonte-Sardenha, autônomo, governado por um Monarca Liberal.

  24. Unificação da Itália • Rebelião Frustrada de 1848 • Desde o início do Século XIX, o norte da Península Itálica passava por transformações desencadeadas pelo desenvolvimento industrial,que levou ao crescimento das cidades e à intensificação do comércio. • Para dar continuidade ao processo de crescimento e expansão de suas atividades no mercado exterior, a Burguesia Local desejava a Unificação Política de toda a região. • Em 1848, Carlos Alberto, Rei do Piemonte-Sardenha, empreendeu a primeira tentativa de Unificação. Declarando Guerra contra a Áustria, que dominava os vizinhos reinos do norte. • Tal declaração, respaldada pelos ideais Liberais e Nacionalistas, fez estourar Rebeliões em diversos Estados da península, mas todas elas foram sufocadas pelas Tropas Austríacas e pela intervenção Francesa. • Derrotado, o Rei Carlos Alberto foi obrigado a deixar o Trono, abdicado em favor de seu filho Vítor Emanuel II. Os Nacionalistas, porém, mantiveram os espíritos acesos com o ideal da Unificação Italiana.

  25. Unificação da Itália • Processo de Unificação • Dentre os Estados Italianos, somente o Reino do Piemonte-Sardenha, sob o governo de Vítor Emanuel II possuía uma Constituição Liberal. • Ali, as forças da burguesia incentivaram o movimento a favor da Unificação da Itália, liderado pelo Primeiro-Ministro CamilloBenso, o Conde de Cavour (1810-1872), e por manifestantes políticos como Giuseppe Mazzini (1805-1872), criador do movimento Jovem Itália, que visava a criação de uma República Italiana. • Com o apoio da França, Cavour deu início à Guerra contra a dominação Austríaca, em 1859. • Alcançando expressivas vitórias, conseguiu anexar ao Reino Sardo-Piemontês as regiões da Lombardia, da Toscana, de Parma, de Módena e de Romagna.

  26. Unificação da Itália • No Sul da península, também lutando pela Unificação Italiana, Giuseppe Garibaldi (1807-1882) liderou um exército de voluntários, conhecidos como Camisas Vermelhas, e ocupou o Reino dasDuasSicílias, afastando do poder o representante da Dinastia dos Bourbon, Francisco II. • No final de 1860, a unificação estava praticamente concluída. • Vítor Emanuel II, dominando quase todo o território Italiano, foi proclamado Rei da Itália, em março de 1861. • Somente as regiões de Veneza e Roma ainda resistiram por algum tempo, sendo a primeira anexada em 1866, e a segunda, em 1870.

  27. Unificação da Itália

  28. Garibaldi • Revolucionário de Dois Continentes • O italiano Giuseppe Garibaldi, além de ter liderado a luta pela Unificação Italiana, também combateu Manuel Rosas, presidente da Argentina, e foi um dos líderes da Revolta Farroupilha, no Rio Grande do Sul. • Por isso, já foi chamado, por alguns historiadores, de “Revolucionário de Dois Continentes” – América e Europa.

  29. Unificação da Itália • – Questão Romana • O Papa Pio IX, no entanto, não aceitou a perda dos Territórios da Igreja Católica. • Quando Roma foi anexada à Itáliaunificada, em 1870, permaneceu no Palácio Vaticano, considerando-se prisioneiro. • Surgiu, assim, a chamada Questão Romana, resolvida somente em 1929 com a assinatura do Tratado de Latrão, negociada entre o Papa Pio XI e o Estado Italiano. • Por esse Tratado, ficou decidida a criação, na zona norte de Roma, do pequeno Estado do Vaticano, com área de 0,44 Km2, sob o Governo da Igreja Católica.

  30. Estado do Vaticano

  31. Unificação da Alemanha • A Formação de Uma Nova Potência Econômica • Da mesma fora que a Itália, a Alemanha não existia como Estado Unificado até a primeira metade do Século XIX. • O que havia era um conjunto de 39 Estados Independentes e diversificados: • Uns pobres, outros ricos, uns agrícolas e outros iniciando sua industrialização. • Desde 1815, pelas determinações do Congresso de Viena, estes Estados estavam reunidos na Confederação Germânica, liderada pela Áustria.

  32. Unificação da Alemanha • Zollverein: o Início da Unificação • Em 1834, foi dado os primeiros passos no sentido de promover a unidade dos Estados Germânicos. • Sob a influência de grupos industriais sobretudo da Prússia, estabeleceu-se o Zollverein, uma união aduaneira com o objetivo de eliminar os impostosalfandegários entre os diferentes Estados da Confederação Germânica. • Até 1853, quase todos os Estados Germânicos faziam parte do Zollverein, exceto a Áustria. • Além de possibilitar a integração da Confederação Germânica, o Zollverein contribuiu para impulsionar o desenvolvimento econômico alemão. • Multiplicando-se as indústrias, expandiram-se as cidades, foram construídas mais ferrovias, incentivou-se a exploração de carvão, etc.

  33. Unificação da Alemanha • – Bismark e a Unificação • Nos diversos Estados da Confederação Germânica tomavam corpo as idéias de caráter Nacionalista, elaboradas por intelectuais que desejavam a União Étnica e Cultural dos Povos Germânicos sob a tutela de um só Estado. • A primeira tentativa de unificação foi empreendida pela Prússia, em 1850, mas fracassou devido interferência da Áustria. • Em 1862, o Rei Prussiano Guilherme I nomeou como seu Primeiro-Ministro Otto von Bismark (1815-1898), conhecido como Chanceler de Ferro, e a Prússia passou a liderar firmemente o processo de unificação. • Bismark acreditava que a Unificação da Alemanha não se concretizaria sem o uso da Força Militar. • Assim, usando de diplomacia, mas também de muita determinação, fortaleceu o exército e liderou a Prússia em Guerras contra a Dinamarca (1864), a Áustria (1866) e a França (1870).

  34. Unificação da Alemanha • Ao final dessas lutas, em 18 de janeiro de 1871, Guilherme I foi proclamado Imperador da Alemanha, em cerimônia realizada em Versalhes. • O que representou uma grande humilhação às Forças Francesas derrotadas. • Com a Unificação, acelerou-se o processo de industrialização do país, que se tornou uma das economias mais fortes do Mundo. • Esse crescimento industrial, por sua vez, exigiu a ampliação dos mercados consumidores para seus produtos, levando a Alemanha a conquistar regiões coloniais ainda não dominadas por Inglaterra e França.

  35. Unificação da Alemanha

  36. Nacionalismo e Presença do Estado • O historiador Eric Hobsbawm (1917-2011), analisando o Nacionalismo, deu algumas explicações para seu crescimento na Europa do Século XIX. • Para ele, esse fenômeno estaria ligado, entre outras razões, a uma presença mais efetiva dos Poderes do Estado estreitando laços comuns entre os membros da sociedade. Vejamos. • Ao longo do século XIX, uma família teria que viver em um local muito inacessível se um de seus membros não quisesse entrar em contato regular com o Estado Nacional e seus agentes: através do carteiro, do policial ou do guarda, e oportunamente do professor; através dos homens que trabalhavam nas estradas de ferro, quando estas eram públicas; para não mencionar quartéis de soldados ou mesmo as bandas militares amplamente audíveis. Cada vez mais o Estado detinha informações sobre cada um dos indivíduos e cidadãos através do instrumento representado por seus censos periódicos regulares – que só se tornaram comuns depois da metade do Século XIX – através da educação primária teoricamente compulsória e através do serviço militar obrigatório, onde existisse. • Como nunca até então, o governo e os indivíduos e cidadãos estavam inevitavelmente ligados por laços diários. E as revoluções nos transportes e nas comunicações, verificadas no Século XIX, estreitaram e rotinizaram os liames – ligações – entre a autoridade central e os lugares mais remotos.

  37. Comuna de Paris • Tentativa de Criação de um Estado Socialista • Em 1870, após a derrota na Guerra contra a Prússia e a prisão do Imperador Francês Napoleão III pelo Exército Alemão, instalou-se novamente a República na França – a Terceira República. • E assumiu o poder um governo de caráter conservador, comandado por Louis Adolphe Thiers (1797-1877), Presidente da República de 1871 a 1873. • Foi nesse período que, submetidos à fome, à miséria e à humilhação, milhares de trabalhadores franceses organizaram uma Grande Rebelião. • Tomando a cidade de Paris em março de 1871, instauraram um Governo Popular denominado Comuna de Paris.

  38. Comuna de Paris • – Propostas da Comuna • O Governo da Comuna de Paris era constituído por Socialistas, Anarquistas e Liberais Radicais, que concordavam em não obedecer ao Governo Francês, instalado então no Palácio de Versalhes, a poucos quilômetros da Capital. • Em abril de 1871, o Governo da Comuna divulgou um manifesto conclamando todos os trabalhadores franceses a seguir o exemplo de Paris. • A proposta era construir na França uma Federação de Comunas, tendo, entre outros, o objetivo de: • Criar um Estado dos trabalhadores, formado por uma Federação de Comunas Livres e autônomas; • Eleger, pelo voto dos trabalhadores, os funcionários do Estado, que poderiam perder seus cargos a qualquer momento; • Substituir o Exército por Milícias Populares; • Congelar os preços dos alimentos e aluguéis; • Criar creches e escolas para os filhos dos trabalhadores; • Estabelecer que o Estado deveria voltar seus esforços para a melhoria das condições de vida dos Trabalhadores.

  39. Comuna de Paris • – O Fim da Comuna • Os sonhos dos líderes da Comuna, no entanto, duraram muito pouco: • Apenas Dois Meses. • Apoiados pelos alemães e pela Burguesia Tradicional, o Governo de Thiers conseguiu reunir um Exército de 100 Mil Soldados para destruir a Comuna de Paris. • Em maio de 1871, Paris foi cercada pelas tropas governamentais. • Teve início, então, uma semana de sangrentas batalhas, que culminaram com o massacre dos federados – denominação dada aos combatentes da comuna. • Os dados sobre a quantidade de mortos de deportados são controversos, mas há números que indicam que mais de 20 Mil Pessoas Morreram; outras 40 Mil teriam sido presas ou expulsas do país. • A Comuna de Paris foi considerada a primeira conquista de poder político pelos operários e a primeira tentativa de criação de um Governo Socialista.

  40. Comuna de Paris

  41. Comuna de Paris

  42. Referência Bibliográfica • COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral: Volume 2 – 1ª edição – São Paulo, Saraiva, 2010. • HOBSBAWM, Eric. A Era das Revoluções. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1982. • HOBSBAWM, Eric. Nações e Nacionalismos desde 1780, São Paulo, Paz e Terra, 1990. • FLORENZANO, Modesto. As Revolução Burguesas, São Paulo, Brasiliense, 1982. • Wikipedia.org

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