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“ Ai, que dor nas juntas! ” Sobrevivendo à artrose …. Paulo de Souza Junior, MV, MSc. Osteoartrite. Osteoartrose Artrose Artrite Doen ç a Articular Degenerativa. Dados epidemiol ó gicos. Osteoartrite é a principal mol é stia articular nos seres humanos e animais dom é sticos.
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“Ai, que dor nas juntas!” Sobrevivendo à artrose… Paulo de Souza Junior, MV, MSc
Osteoartrite • Osteoartrose • Artrose • Artrite • Doença Articular Degenerativa
Dados epidemiológicos • Osteoartrite é a principal moléstia articular nos seres humanos e animais domésticos. • Mais freqüente em cães do que em gatos. • Em humanos: • > 60 anos, mulheres 2 vezes mais afetadas. • Em cães: • Surgimento em idade variável entre as raças (ex. Poodle: 9,5 anos / Rottweiler: 3,5 anos.)
Primária (30%) Idiopática ou hereditária. Pacientes geriátricos e obesos (~ 9,6 anos). Poliarticular (joelhos e ombros). Secundária (70%) Desordens do desenvolvimento e /ou trauma. Pacientes jovens. 22% < 1 ano*. Monoarticular. Osteoartrite * Richardson D, Toll P. Vet Clin Nutr 1997; 4: 6-13
Fatores de risco • Idade: 50 % em cães com mais de 8 anos. • Raça: Labrador (cotovelos, ombros, quadril e joelho). • Sexo: machos mais afetados. • Porte: • 45% cães de grande porte • 28% cães de médio porte • 27% cães de pequeno porte
Fatores de risco • Obesidade
Fatores de risco • Trauma osteoarticular • Cirurgia; • Exercícios vigorosos durante o crescimento. • Predisposição genética (alta heritabilidade). • Displasia coxofemoral • Displasia de cotovelo
Sinais Clínicos • Claudicação, exacerbada após repouso ou exercício prolongado. • Sensibilidade. • Crepitação. • Limitação do movimento.
Exames Complementares • Radiografias • Análise de Líquido Sinovial • contagem celular, proteína e mieloperoxidase e viscosidade*. • Outros • Cintigrafia óssea • Tomografia Computadorizada • Artrotomia exploratória *BRUNNBERG et al. Multiple joint osteoarthritis – which joint is the causa of lameness. Proceedings of NAVC, 2005.
Tratamento • Abordagem “multimodal”. • Medicamentos • Manejo nutricional • Fisioterapia • Métodos alternativos
Medicamentos • Antiinflamatórios não-esteróides • Cicloxigenase-1: prostaglandinas constitutivas. • Cicloxigenase-2: prostaglandinas inflamatórias. • Cicloxigenase-3:??? • Lipoxigenase-5: leucotrienos. • Relação de inibição COX-1:COX-2 • Inbição dupla COX-2 e LOX-5
Antiinflamatórios não-esteróides • Efeitos adversos: • Gastrointestinais. • Renais. • Hepáticos (Idiossincrásicos). • Desordens da coagulação.
Antiinflamatórios não-esteróides • Cuidados na prescrição: • Nunca associar com glicocorticóides! • Nunca associar antiinflamatórios! • Aguardar cinco dias para trocar um antiinflamatório por outro (risco de interação indesejável). • Evitar fármacos não seletivos ou não testados em cães. • Injetável = oral.
Antiinflamatórios não-esteróides • Cuidados na prescrição: • Eficácia e toxicidade são individuais! • Verificar seguintes condições preexistentes: • Pacientes geriátricos. • Histórico de ulcerações GI. • Doenças hepáticas, renais e endócrinas. • Pacientes com volume sangüíneo circulante baixo • Choque, desidratação, hipotensão, ascite... • Gestantes; • Coagulopatias. • Uso concomitante de: • Diuréticos • Inibidores da ECA • Drogas nefrotóxicas • Corticóides/outros AINEs.
Antiinflamatórios não-esteróides • Nos casos de uso prolongado, sugere-se: • 1) monitoração com exames*: • Dia 0: Hemograma, bioquímica renal e hepática + EAS. • Dia 14: Bioquímica renal e hepática. • Repetir os exames a cada 2-3 meses em pacientes geriátricos. • 2) Descobrir a menor dose que permita máximo benefício. *LASCELLES, BDX. Considerations when selecting an NSAID in the senior patient. NAVC 2007.
Condromoduladores • Drogas “modificadoras” da moléstia osteoartrítica, condroprotetores... • Atuam beneficiando a integridade e o metabolismo dos condrócitos e sinoviócitos. • Estimulam condrócitos e sinoviócitos • Fornecem substratos • Inibem enzimas degradativas da matriz cartilaginosa e do líquido sinovial • Inibem a trombose nos vasos periarticulares.
Condromoduladores • Glucosamina: • Substrato para produção de GAGs. • Estimula produção de colágeno e proteoglicanos pelos condrócitos in vitro. • Sulfato de condroitina: • É o GAG predominante na cartilagem. • Possui efeitos antiinflamatórios em ratos.
Condromoduladores • Estudos clínicos com grupos controles são limitados na espécie canina. • Estudo com medicamento que associava glucosamina, sulfato de condroitina e manganês não demonstrou benefícios clínicos objetivos ou subjetivos após período de 60 dias, mas também não observou efeitos adversos*. • Estudos em humanos sugerem que estes medicamentos sejam melhor indicados nos casos leves a moderados e podem reduzir a necessidade de AINEs. *Moreau M, et al. Vet Record 2003; 153: 323-329.
Glicocorticóides • Controverso • Potente antiinflamatório • Promove degeneração cartilaginosa • Reduz produção de colágeno e proteoglicanos. • Uso oral ou intra-articular.
Analgésicos • Paracetamol (15 mg/kg, PO, q8h) • Pentazocina (2 a 6mg/kg, PO, q6h) • Amantadina • Tramadol (associado ao AINE) • Gabapentina • Amitriptilina • Adesivos de fentanil
Manejo nutricional • Prevenir / tratar a obesidade; • Fornecer nutrientes que modulam a resposta inflamatória e protegem dos danos oxidativos. • Ácidos graxos ômega-3 • Sulfato de condroitina • Glucosamina • Antioxidantes (zinco, selênio e manganês) • Mexilhões verdes neozelandeses (Perna canaliculus)
Fisioterapia • Alívio da dor; • Preserva a fisiologia articular; • Preserva ou recupera a atividade normal; • Fortalece a musculatura; • Estimula a atividade física voluntária.
Fisioterapia • Técnicas Manuais • Massagem; • Mobilização proprioceptiva; • Exercícios leves: 20 a 30 min/dia. • Caminhadas (no solo ou água), natação…
Fisioterapia • Agentes físicos: • Calor: inflamação crônica. • Hidroterapia. • Aplicação direta: antes da caminhada (compressa morna, por 15 a 20 minutos, 1 a 3 vezes por dia). • Frio: inflamação aguda. • Massagem com gêlo por 5 a 10 minutos (contínuo). • Compressa fria por 15 a 25 minutos (intercalados – 3 a 6 vezes por dia). • Ultrassom terapêutico. • Eletroestimulação neuromuscular.
Métodos Alternativos • Acupuntura • Homeopatia
Perspectivas • Células-tronco (Meitland, Florida). • Tecido adiposo abdominal • Isolamento das células em Laboratório • Injeção intra-articular (700 animais) • Custo: U$ 2500
Paulo de Souza Junior E-mail: paulosouzajr@terra.com.br R. São Salvador, 115 Tel: 2555-2323 Clínica Escola de Medicina Veterinária Tel: 22093659