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Desde 2010 , o escritório do UNICEF no Brasil participa da iniciativa global Out of School Children – Pelas Crianças Fora da Escola. Histórico. O projeto.
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Desde 2010, o escritório do UNICEF no Brasil participa da iniciativa global Out ofSchoolChildren– Pelas Crianças Fora da Escola. Histórico
O projeto No Brasil, a iniciativa vem sendo desenvolvida por meio do projeto Acesso, permanência, aprendizagem e conclusão da educação básica na idade certa, em parceria com a Campanha Nacional pelo Direito à Educação.
Em 2012, lançamos o relatório Todas as Crianças na Escola em 2015, com uma análise de quem são as crianças e os adolescentes fora da escola e em risco de exclusão e dos principais gargalos e barreiras que impedem que eles estejam na escola e, uma vez nela, tenham assegurado o seu direito de permanecer estudando e de progredir nos estudos.
Os desafios • Entre os principais desafios levantados, foram mencionados: • o transporte escolar, • o regime de colaboração município-estado • as políticas de inclusão, • a educação do campo e • a educação infantil.
A publicação O livro traz dados da exclusão escolar no Brasil, um questionário, para cada um refletir sobre essa situação no seu município,os aspectos mais gerais que são importantes para acabar com a exclusão escolar e as políticas do MEC, as políticas intersetoriais e de organizações não governamentais.
Quem são as crianças e os adolescentes fora da escola no Brasil Fonte: IBGE/Pnad, 2009
A Exclusão Escolar noBrasil Vamos começar com os dados gerais da exclusão escolar no Brasil. De acordo com o Censo 2010, do IBGE, 96,7% das crianças e adolescentes de 6 a 14 anos – faixa etária que corresponde ao ensino fundamental – frequentavam a escola naquele ano, o equivalente a 28,2 milhões de pessoas.
A Exclusão Escolar no Brasil 3,3%das crianças e dos adolescentes dessa faixa etária estavam, portanto, fora da escola. São 966 mil meninos e meninasque não têm garantido seu direito de aprender,uma população equivalente a de capitais como Maceió. Segundo o Censo, 1,3% nunca esteve matriculado e 2%não estudavam, mas já tinham frequentado a escola.
A Exclusão Escolar no Brasil A maioria das crianças e adolescentes excluídos da escola ainda está concentrada nas regiões Norte e Nordeste, que apresentam os mais altos índices de pobreza e as menores taxas de escolaridade.
A Exclusão Escolar no Brasil A histórica diferença entre as taxas de escolarização das zonas urbana e rural permanece sendo significativa. Em 2000, a proporção de crianças e adolescentes fora da escola nas zonas rurais era de 13% ante 5,1% nas zonas urbanas.
A Exclusão Escolar no Brasil Como já apontamos no relatório Todas as Crianças na Escola em 2015, ainda há muito a fazer em relação às crianças de até 5 anos e aos adolescentes de 15 a 17 anos.
A Exclusão Escolar no Brasil Eles representam, hoje, o maior contingente fora da escola. Segundo o Censo 2010, apenas 23,5% das crianças de até 3 anos frequentam creches.
A Exclusão Escolar no Brasil Segundo o Censo 2010, apenas 23,5% das crianças de até 3 anos frequentam creches. Embora tenha havido uma evolução em relação ao Censo 2000, quando esse índice era de 9,4%, o percentual é menos do que a metade do que o previsto no Plano Nacional de Educação de 2001: de 50% em 2010.
A Exclusão Escolar no Brasil Entre os adolescentes de 15 a 17 anos que trabalham, 26% estão fora da escola, enquanto entre os que não trabalham o índice é de 14%. A dificuldade na progressão dos estudos é hoje um problema grave em todo o país.
Fora da Escola Não Pode! De acordo com o Censo 2010, dos 83,3% de adolescentes de 15 a 17 anos de idade na escola, apenas 47,3% estavam cursando o ensino médio – a etapa adequada para essa faixa etária. O Censo 2010 também registrou uma grande taxa de abandono escolar precoce no país.
Fora da Escola Não Pode! A proporção de jovens de 18 a 24 anos de idade que não haviam concluído o ensino médio e que não estavam estudando era de 36,5%. 21,2% desses jovens deixaram a escola após ingressar no ensino médio e 52,9% deles abandonam os estudos sem nem mesmo completar o ensino fundamental.
A Exclusão Escolar no Brasil Uma análise feita pela Diretoria de Estatísticas Educacionais do Inep, com base nos dados da Pnad 2011, mostra que o abandono escolar é um sério problemaem todos os estados brasileiros e se agrava conforme aumenta a faixa etária e o nível de ensino.
Percentual de crianças com 12 anos de idade que concluíram os anos iniciais do ensino fundamental
Percentual de adolescentes com 16 anos de idade que concluíram o ensino fundamental
Percentual de jovens com 19 anos de idade que concluíram o ensino médio
Adequação Idade-Anos de escolaridade 12 anos 6 anos 16 anos 19 anos
A Exclusão Escolar no Brasil Outra situação preocupante é a das crianças e dos adolescentes que vivem nas zonas rurais. Além de deter as menores taxas de escolarização, a população do campo, que inclui os grupos quilombolas e indígenas, apresenta os maiores índices de analfabetismo e os mais baixos níveis de instrução do país.
A Exclusão Escolar no Brasil De acordo com o estudo Políticas Sociais: Acompanhamento e Análise, do Ipea, de 2012, nos últimos anos registrou-se um processo acelerado de fechamento das escolas do campo. Só entre 2009 e 2010, 3.630 escolas rurais foram fechadas em todo o Brasil. No período de 2002 a 2010, o meio rural perdeu 27.709 escolas.
O enfrentamento da exclusão O que cada um de nós pode fazer para acabar com a exclusão?
O enfrentamento daexclusão São várias as causas da exclusão escolar, como mostramos no relatório Todas as Crianças na Escola em 2015, e muitas vezes elas se manifestam de forma combinada. Nesse cenário, a articulação dos programas e das políticas públicas tem importância estratégica para assegurar a indivisibilidade dos direitos da criança. .
O enfrentamento daexclusão A garantia do direito de aprender não é uma ação isolada. Ela depende do trabalho conjunto de outras áreas, além da educação.. É preciso que todos “vistam” literalmente a camisa desta causa.
O enfrentamento daexclusão Outro conceito que deve nortear as iniciativas de combate à exclusão escolar, em especial no que se refere à repetência e ao abandono, é o de que toda criança pode e deve aprender, desde que se respeite o tempo e a forma de aprender de cada uma.
O enfrentamento daexclusão Redes, escolas e professores devem assumir o compromisso de não desistir de nenhum aluno, o que implica acompanhar a evolução de cada criança e enfrentar as causas de suas dificuldades.
O enfrentamento daexclusão Entre as ações mais efetivas para garantir o direito de aprender de cada um de nossos meninos e meninas estão oferecer melhores condições de ensino, acompanhar de perto o desenvolvimento das crianças e dos adolescentes e combater os problemas que colocam em risco a sua permanência na escola.
O enfrentamento daexclusão Para enfrentar as desigualdades que se refletem na educação, as redes de ensino também precisam reconhecer e eliminar os fatores que aprofundam a discriminação de crianças e adolescentes negros, indígenas e quilombolas, que se encontram em desvantagem em todos os indicadores sociais e educacionais em relação à população branca.
O enfrentamento da exclusão Da mesma forma, é preciso consolidar e ampliar as políticas e os programas de inclusão de crianças e adolescentes com deficiência nas escolas regulares, promovendo a formação continuada de professores, a acessibilidade, a distribuição de material e de equipamentos didáticos adequados a esse grupo de meninos e meninas.
O enfrentamento daexclusão Como a exposição à violência é um fator altamente prejudicial ao direito de aprender, levando a repetência e ao abandono, é fundamental ainda fortalecer o vínculo e a articulação da escola com o Sistema de Garantia de Direitos previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente.
O enfrentamento da exclusão A valorização do professor também é uma das preocupações centrais. Uma das práticas adotadas com esse objetivo pelos municípios analisados é investir na formação do professor. Outra prática recorrente nos municípios é a busca pela contextualização dos conteúdos
O enfrentamento da exclusão A participação de crianças e adolescentes é, em geral, estimulada e contribui para maior valorização e respeito dos alunos no ambiente escolar. As redes bem-sucedidas realizam ainda o planejamento escolar de forma contínua e com revisões períodicas.
O enfrentamento daexclusão Também adotam práticas de acompanhamento constante das crianças com dificuldades de aprendizagem, para que não seja necessário esperar os resultados das provas regulares ou o final do semestre.
O enfrentamento da exclusão Um processo ativo, contínuo e longo de trabalho conjunto, realizado de forma articulada por diversos atores, com um único objetivo: garantir o direito de aprender de todas as crianças e adolescentes – e de cada um deles.
“A democraciafazbempara a criança, mas a criançafazmuitobem a democracia” Emílio Garcia Mendez