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VARIAÇÕES E VARIANTES LINGUÍSTICAS

VARIAÇÕES E VARIANTES LINGUÍSTICAS. VARIAÇÕES E VARIANTES LINGUÍSTICAS. Rosangela A. Martins.

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VARIAÇÕES E VARIANTES LINGUÍSTICAS

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Presentation Transcript


  1. VARIAÇÕES E VARIANTES LINGUÍSTICAS VARIAÇÕES E VARIANTES LINGUÍSTICAS Rosangela A. Martins

  2. Para Bakhtin (1995), a língua não se forma por um sistema abstrato de formas linguísticas, nem pela enunciação monologa isolada, nem pelo ato psicofisiológico de sua produção, mas sim por meio da interação social comunicativa verbal que se realiza por meio da enunciação ou das enunciações. Em outras palavras, a interação verbal, oral ou escrita, constitui assim a realidade fundamental da língua. Pode-se dizer, então, que em cada ato comunicativo em que trocamos informações com alguém estamos colocando em prática a língua, a comunicação. O que é e para que serve A língua?

  3. Os estudos sobre a língua dividem as variações dos atos de comunicação em tipos, são eles: variação padrão / formal;  variação informal / não padrão  variação sociocultural  regional / geográfica  variação histórica  variação técnica / jargão  Variação da internet

  4. QUAL A IMPORTÂNCIA DE ESTUDAR AS VARIAÇÕES DA LÍNGUA? É importante conhecer as mais diversas formas de falar dos indivíduos para que não sejamos praticantes do chamado “preconceito linguístico”, é dever da escola apresentar aos alunos que há uma diversidade de falares na nossa língua e que não existe uma forma única, certa, ou errada (BAGNO, 2007). Hoje, os profissionais de língua portuguesa devem trabalhar com as mais diversas situações de ato de comunicação como adequado e inadequado ao uso e não com a noção de certo ou errado.

  5. A adaptação da fala ou escrita de cada indivíduo depende dele próprio e da interação social que ele faz. ...cada grupo social estabelece um contínuo de situações cujos pólos extremos e opostos são representados pela formalidade e informalidade. (...) situações como passeatas, mesas redondas sobre esporte, bate-papo em bar, festas de natal nas empresas são definidas como informais. (ALKMIN, 2005, p.37).

  6. Fig.1 A variedade padrão é essencial em muitos contextos sociais, como, por exemplo, nas entrevistas de empregos, palestras, livros didáticos, discursos e reuniões formais de empresas. A linguagem padrão é tida como variante de prestígio em contextos formais de uso.

  7. A VARIAÇÃO INFORMAL O discurso informal é entendido como o coloquial entre os interlocutores, no qual a seleção lexical é mais despreocupada e menos tensa, diferente, por exemplo, de uma situação formal como a de uma entrevista de/para emprego ou defesa de um projeto.

  8. A fala informal é utilizada por todas as camadas da sociedade e em forma de conversação natural. Segundo Marcuschi (1997, p. 88), Toma-se como natural a conversação que se dá espontânea e livremente no dia-a-dia, sem qualquer tipo de imposição institucional ou por força de alguma situação, como as entrevistas, os inquéritos, os diálogos em filmes, teatros, novelas de TV e similares. Geralmente ela se dá face a face, mas pode ocorrer por meios eletrônicos, como o telefone, o rádio e a televisão. Fig. 2

  9. A VARIAÇÃO SOCIOCULTURAL • Basudo: Skatista ruim • Cabrero: Quando algo é dificil, grande ou impressionante • Cas-quatro: Quando a manobra é perfeita • Fazer sesision: sair para andar de skate • Tomar vaca: Tomar um tombo É a comum entre um grupo social, como, por exemplo a linguagem própria dos skatistas ou dos surfistas. Fig. 3

  10. VARIAÇÃO REGIONAL São as diferenças que se percebe na fala de pessoas que falam a mesma língua, mas moram em regiões diferentes. Veja o texto a seguir: Fig. 4

  11. ASSALTANTE PARAIBANOEi, bichim…Isso é um assalto…Arriba os braços e num se bula, num se cague e num faça munganga…Arrebola o dinheiro no mato e não faça pantim, se não enfio a peixeira no teu bucho e boto teu fato pra fora…Perdão meu Padim Ciço, mas é que eu tô com uma fome da moléstia. ASSALTANTE MINEIROÔ sô, prestenção… isso é um assarto, uai.Levanta os braço e fica quetinquêsse trem na minha mão tá cheio de bala…Miópassá logo os trocados que eu num tô bão hoje.Vai andando, uai! Tá esperando o quê, uai! ASSALTANTE CARIOCASeguiiiinnte, bicho …Tu te ferrou, mermão. Isso é um assalto. Perdeu, perdeu!Passa a grana e levanta oxbraçox, rapá .Não fica de bobeira que eu atiro bem pra caramba…Vai andando e se olhar pra traix vira presunto. ASSALTANTE PAULISTAÔrra, meu ….Isso é um assalto, manoLevanta os braços, mano…Passa a grana logo, mano . Mais rápido, meu, que eu ainda preciso pegar a bilheteria aberta pá comprar o ingresso do jogo do Curintia, mano …Pô, se manda, mano… ASSALTANTE GAÚCHOO guri, ficas atento …Bah, isso é um assalto .Levanta os braços e te aquieta, tchê!Não tentes nada e cuidado que esse facão corta uma barbaridade, tchê. Passa as pilas prá cá!E te manda a la cria, senão o quarenta e quatro fala. ASSALTANTE BAIANOÔ meu rei… (pausa)Isso é um assalto…(longa pausa)Levanta os braços, mas não se avexe não… (outra pausa)Se num quiser nem precisa levantar, pra num ficar cansado…Vai passando a grana, bem devagarinho(pausa pra pausa)Num repara se o berro está sem bala, mas é pra não ficar muito pesado.Não esquenta, meu irmãozinho, (pausa)Vou deixar teus documentos na encruzilhada. Disponível em: http://www.piadas.com.br/piadas/ladroes/tipos-assaltantes > Acesso em 12 de setembro de 2013.

  12. VARIAÇÃO TÉCNICA Fig. 6 É a variação que se percebe na fala de determinados profissionais, como, por exemplo o jargão médico ou o jargão dos jogadores de futebol.

  13. Fig. 7 VARIAÇÃO DA INTERNET Trata-se da utilização da língua no meio virtual informal, como bate papos, facebook, msn e e-mails informais. Ao contrário do que se pensa, a linguagem da internet não deve ser considerada uma ameaça à língua portuguesa quando utilizada para um fim específico: economia linguístico discursiva e aproveitamento dos espaços destinados aos caracteres dos meio virtual.

  14. A cada situação de fala em que participamos utilizamos diferentes formas de nos comunicar. ADAPTAÇÃO VOCABULAR: VARIAÇÃO SITUACIONAL Fig. 8

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