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CANTO E MÚSICA NA LITURGIA. “Queres ver em que eu creio, venha a Igreja ouvir o que canto!” Santo Agostinho. canto litúrgico ou música religiosa?.
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CANTO E MÚSICA NA LITURGIA “Queres ver em que eu creio, venha a Igreja ouvir o que canto!” Santo Agostinho
canto litúrgico ou música religiosa? • Musica religiosa: é aquela que nos coloca em comunhão com o divino; tem ligação com o religioso, o transcendente, o espiritual, os valores do evangelho e do cristianismo; é expressão da nossa fé e revela os anseios mais profundos do coração; é a música que canta a vida, os valores do evangelho, as virtudes, a fé. • Foi composta para outra finalidade. Procuram expressar o sentimento religioso dos fiéis, servem para encontros, reuniões, grupos de oração, etc.
canto litúrgico ou música religiosa? • Canto litúrgico: acompanha as ações sagradas que realizamos na liturgia, está a serviço da Palavra e das ações simbólicas que realizamos quando celebramos o Mistério Pascal de Cristo. • "A música sacra será tanto mais santa quanto mais intimamente estiver ligada à ação litúrgica, quer exprimindo mais suavemente a oração, quer favorecendo a unanimidade, quer, enfim, dando maior solenidade aos ritos sagrados" (SC 112). • é litúrgica na medida em que expressar o mistério de Deus celebrado em cada uma dessas ações, sem esquecer também do tempo em que estamos (Advento, Natal, Quaresma, Tempo Pascal, Tempo Comum, Festa especial do Senhor, de Maria ou outro santo)
Na missa, a música deve contribuir para o engrandecimento e a profundidade dos momentos litúrgicos ; por isso, cada música precisa se encaixar com momento certo e acompanhar os tempos litúrgicos.
A música litúrgica expressa o mistério de Cristo e a sacramentalidade da Igreja. • O canto e a música, que expressam a alma de um povo, ocupam um lugar privilegiado na liturgia, tendo como finalidade última a glorificação de Deus e a santificação dos fiéis. • O gesto sacramental de cantar “a uma só voz” pressupõe a participação ativa, interior, consciente, frutuosa, plena de todo o povo sacerdotal congregado no Espírito Santo , durante a ação litúrgica. GLP 78
Intimamente ligados a ação litúrgica e unidos aos textos sagrados, constituem parte necessária ou integrante da Liturgia. SC 112 - o canto litúrgico deve ter inspiração bíblica, levar à oração, evangelizar, ajudar na ligação entre fé e vida. O caráter de serviço, de função ministerial da música, como "humilde, mas nobre serva" da liturgia, a serviço da Palavra, do rito, do tempo litúrgico e do mistério celebrado.
Canto e Música na Liturgia A música deve ser "um sinal sagrado", verdadeiro sacramento da ação de Cristo na celebração, expressando mais suavemente a oração, favorecendo a unidade das vozes e corações, e enriquecendo de maior solenidade os ritos sagrados, a beleza expressiva da oração - É preciso cantar com o coração. - a participação unânime da assembleia nos momentos previstos - pelo canto a liturgia torna-se atraente e de fácil participação. - e o caráter solene da celebração - O canto é linguagem e expressão de fé.
A Igreja reconhece como canto próprio da liturgia romana o canto gregoriano. Não se excluem todos os outros gêneros de música sacra na celebração e a dos Ofícios divinos, desde que estejam em harmonia com o espírito da ação litúrgica.
DEVE AINDA: • Respeitar a sensibilidade religiosa do povo. • Ser adequada ao tipo de celebração na qual será executada, levando em conta o tempo litúrgico. • Estar em sintonia com os textos bíblicos de cada celebração, especialmente com o Evangelho, no que diz respeito ao canto de comunhão. • Estar de acordo com o tipo de gesto ritual que será executado pelos ministros e pela assembleia.
Na liturgia, os cantos podem ser classificados em dois grupos: Os cantos que acompanham o Rito: devem terminar quando o rito terminar. o canto de Abertura, (Rito de Entrada) o canto da Apresentação das Oferendas (Procissão das Oferendas), o Cordeiro de Deus (Fração do Pão) canto de Comunhão (Procissão de Comunhão).
Os cantos que são o próprio Rito: Estes devem sempre ser cantados por inteiro. São exemplos o Santo , que é um grande louvor, o Ato Penitencial, o Hino de Louvor.
CANTO DE ENTRADA: (IGMR 47) Letra: Deve ser um convite à celebração. Expressão de Deus que nos reúne e nos prepara para ouvir a sua Palavra e participar da sua Ceia Expressar motivo da celebração. Música: De ritmo alegre, festivo, que expresse a abertura da celebração.
CANTO PENITENCIAL:(IGMR 51,52) De cunho introspectivo, a ser cantado com expressão de piedade. Deve expressar confiança no amor, na misericórdia e no perdão de Deus. Letra: Deve conter um pedido de perdão, sem necessariamente seguir a fórmula do Missal. Perdão Senhor para o vosso povo Música: Lenta, que leve à introspecção. Sejam usados especialmente instrumentos mais suaves.
CANTO DO GLÓRIA: (IGMR 53) Letra: a Igreja, congregada no Espírito Santo, glorifica e suplica a Deus e ao Cordeiro. O texto deve seguir o conteúdo próprio da Tradição da Igreja. Gloria a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por ele amados. Música: Festiva, de louvor a Deus. Podem ser usados vários instrumentos.
SALMO RESPONSORIAL: (IGMR 61) Letra: integrante da Liturgia da Palavra: também é Palavra de Deus. Não pode ser substituído por outro canto de meditação. Deve ser cantado, ao menos o refrão. Letra: Salmo próprio do dia ou outro texto bíblico de acordo com a liturgia do dia. Música: Mais suave. Instrumentos mais doces.
ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO:(IGMR 62-64) Letra: Deve conter o ALELUIA “Deus seja louvado!” exceto no tempo da Quaresma. Por ele a assembleia dos fiéis acolhe e saúda o Senhor, que lhe vai falar no Evangelho É um convite a ouvir e acolher o Anúncio e a Pessoa de Jesus. Ele é o Evangelho “a Boa Notícia” do Pai. Deve ser curto, e tirado do lecionário, próprio do dia. Música: De ritmo vibrante, alegre, festivo e acolhedor. Podem ser usados outros instrumentos.
CANTO DAS OFERENDAS: (IGMR 74) Deve expressar o mistério de Deus que nos reúne em torno à sua mesa para celebrar a Eucaristia e, ao mesmo tempo, o mistério da assembleia que se coloca como oferta para Deus. É um canto facultativo - Caso não seja cantado, é oportuno um fundo musical (exceto Advento e Quaresma). Canta-se até que as ofertas cheguem até o altar. Letra: Não é tão necessário que se fale de pão e vinho. Pode falar do oferecimento da vida, etc. Música: Melodia calma, suave. Uso de instrumentos suaves .
SANTO: (DOC 79-303) É um canto vibrante por natureza. Letra: o povo todo aclama o Senhor com as palavras que Isaías ouviu os Serafins cantarem no templo, na sua visão (Is 6,3 e Mt 21,9). Deve se seguir o texto original, indicado pela Tradição da Igreja. Música: Que os instrumentos expressem a exultação desse momento e a santidade “Tremenda de Deus”. Deve ser sempre cantado por todos.
DOXOLOGIA: “POR CRISTO, COM CRISTO E EM CRISTO” É o verdadeiro e solene ofertório da missa. É um canto presidencial, ou seja, cantado apenas pelo Sacerdote. O AMÉM conclusivo é cantado pelo povo. Deve ser cantado ao menos aos finais de semana.
PAI-NOSSO: (DOC 79-309,306) Pode ser cantado, desde que com as mesmas palavras da oração do Senhor. Não se diz o Amém, mesmo quando cantado. CANTO DA PAZ: (Doc 79-322) É um canto facultativo.
CORDEIRO DE DEUS: (IGMR 83) É um canto entoado pela assembleia. A invocação acompanha a fração do pão, e pode repetir-se o número de vezes que for preciso, enquanto durar o rito. Na última vez conclui-se com as palavras: Dai-nos a paz. Pode ser cantado com melodia não muito rápida e sempre com as mesmas palavras da oração.
CANTO DE COMUNHÃO:(IGMR 86-87) Na comunhão, a música deve expressar o mistério de Deus que entra em comunhão conosco, para entrarmos também nós em comunhão uns com os outros, em favor da vida. É um canto processional, para se cantar andando. Letra: Preferência que esteja sintonia com o Evangelho e que seja “Eucarística”. Música: Processional, toada, balada, etc.
MEDITAÇÃO OU LOUVOR:(IGMR 88) Após a comunhão pode se cantar dando graças, louvando e agradecendo o encontro com o Senhor e com os Irmãos. É necessário favorecer o silêncio profundo e de adoração e intimidade com o Senhor. Instrumentos mais doces e melodia lenta e que leve a adoração.
CANTO FINAL NÃO É PREVISTO NO MISSAL ROMANO. É para ser cantado após a Bênção Final, enquanto o povo se retira da Igreja: é o canto de despedida. Letra: Deve conter uma mensagem que levaremos para a vida, se possível, referente ao Evangelho do dia. “A missa que levamos para a vida da vida faz um hino de louvor.” Música: Alegre, vibrante. Podem ser usados outros instrumentos.
Cantar “na” missa ou cantar “a” missa? Missa não é Show! os músicos são parte da assembleia. Por isso, não devem tocar, nem cantar "para" a assembleia, mas "com" a assembleia. O centro (no caso da missa) é a mesa da Palavra e o altar, a Palavra proclamada e o sacrifício de Cristo. Junto com a assembleia, os músicos celebram (tocando e cantando) aquilo que acontece na mesa da Palavra e no altar do Senhor.
Infelizmente, na maioria das nossas igrejas muitos grupos de cantos ainda insistem em executar um canto “bonitinho”, conforme o gosto do grupo. Cantos intimistas, que valorizam o pronome tu, esquecendo de que quem está celebrando é uma assembleia, portanto, uma comunidade. O único canto na liturgia que deveria usar o pronome “tu”, seria o Salmo responsorial porque o “tu” significa “nós”.
- Que haja uma perfeita interação da equipe de celebração: Presidente (padre), ministros, leitores, salmista, cantores... Para a escolha dos cantos, dos símbolos, das leituras... - Evitem-se conversas durante a celebração. - A hora de afinar instrumentos é antes da celebração. - Se o altar e a mesa da Palavra são o centro da celebração; para eles devem estar voltados os cantores. - A importância do silencio - Não se admite dedilhados ou qualquer outro som durante a proclamação da Palavra, homilia, oração eucarística... O cantos e os instrumentos musicais tem seu momento certo para serem tocados!