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Professor Edley. www.professoredley.com.br. As Monarquias Européias. Entre os s éculos XI e XV teve início o processo histórico de formação dos Estados europeus como conhecemos hoje.
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As Monarquias Européias Entre os séculos XI e XV teve início o processo histórico de formação dos Estados europeus como conhecemos hoje. Os primeiros Estados são chamados de Monarquias Nacionais e surgiram quando os reis decidiram centralizar em si mesmos o poder sobre todos os feudos e vassalos.
As Sociedades Mudam O modo pelo qual as sociedades estão organizadas e como as instituições criadas por elas funcionam mudam ao longo do tempo. Na IdadeMédia, o crescimento das cidadesfoi um grandeagente de mudançassociais.
Os Senhores Feudais Perdem Poder Mudanças ocorridas na Europa a partir do século XI: • enfraquecimento dos senhores feudais; • fortalecimento do poder dos reis; • aumento da produção agrícola; • inovações tecnológicas como invenção da charrua e uso de adubos; • alimentos excedentes passaram a ser vendidos nas cidades (burgos); • reaquecimento do comércio e monetarização da economia.
Os Senhores Feudais Perdem Poder Os burgos eram cidades fortificadas em que os moradores não estavam ligados a nenhum senhor feudal. Nos burgos moravam comerciantes (mercadores) e produtores de bens (artesãos). Como nesses locais havia muitas pessoas que acumulavam riquezas, os termos burguês e burguesia foram associados a indivíduos possuidores de bens, pessoas ricas. Nesta planta do ducado de Milão vemos como era organizada uma cidade fortificada.
As Feiras Com o aquecimento do comércio, os burgos cresceram e surgiram as feiras periódicas, onde eram vendidos diferentes produtos. Nas feiras, a compra e venda de mercadorias era feita principalmente com o intermédio de moedas, facilitando a circulação de dinheiro. Comerciantes na feira anual de Lendit, entre as cidades de Saint-Denis e Paris, séc. XIV.
As Feiras • eram realizadas em diversas cidades e nos entroncamentos de estradas; • atraíam moradores e nobres de diversos feudos; • foram determinantes para o surgimento de novas cidades; • expandiram-se acompanhando as Cruzadas. Representação de uma batalha da Primeira Cruzada, em 1097.
Intercâmbio de Idéias e Mercadorias As Cruzadas possibilitaram que os mercadores do ocidente europeu entrassem em contato com diferentes culturas e, assim, promovessem o intercâmbio de diversas ideias e mercadorias. As Cruzadas se revelaram um bom negócio para os mercadores. Acompanhando as expedições eles buscaram produtos exóticos na Ásia e na África (joias, tecidos, pedras preciosas, temperos) e vendiam como artigos de luxo na Europa ocidental por valores muito acima do que foram pagos. A partir de então, com a burguesia ostentando produtos caros, o símbolo de poder e riqueza deixou de ser medido pela propriedade de terra e passou a ser calculado pela capacidade de compra.
A Aliança entre o Rei e a Burguesia • O contato dos mercadores com múltiplaslocalidades era difícil: • cadafeudotinhasuaprópriaregra; • haviataxasparacruzarosfeudos; • cadafeudotinhasuaprópriamoeda. Para expandir os negócios, os comerciantes precisavam padronizar moeda, pesos e medidas e romper as barreiras criadas pelos senhores feudais. Para isso, os comerciantes pediram ajuda aos reis. O banqueiro e sua mulher, pintura de Quentin Metsys, 1514. Com a grande circulação de moedas, foram criados os bancos.
As Primeiras Monarquias Européias Os reis se aliaram à burguesia para enfraquecer o poder dos senhores feudais e conseguir apoio financeiro da burguesia. O processo de centralização do poder foi lento e ocorreu de diferentes formas em cada localidade e a cada período histórico. Inglaterra Século XI França Século XII Portugal
Processo de Centralização do Poder • monarcas tomaram para si a responsabilidade de cuidar da ordem e da segurança nas estradas e de proteger as cidades; • monarcas obrigavam os senhores feudais e homens livres a jurar fidelidade e pagar impostos; • a cobrança de impostos era feita por funcionários do rei, não mais pelos senhores feudais ou pela Igreja; • pagamento por serviços prestados passou a ser feito em dinheiro, não mais em terras; • senhores feudais foram proibidos de cunhar moedas, haveria uma moeda única para todo o reino, instituída pelo monarca; • os monarcas passaram a ser responsáveis por regular o comércio, a educação e a justiça.
Processo de Centralização do Poder Os burgueses forneciam dinheiro para que os reis pudessem executar as mudanças que desejavam. Em troca: • monarcas colocavam em prática mecanismos e leis que beneficiavam os burgueses; • a legislação de Portugal auxiliou os mercadores a realizar grandes navegações comerciais; • burgueses foram contratados como conselheiros e funcionários reais.
Processo de Centralização do Poder Os senhores feudais ofereceram resistência às mudanças. Em 1215, nobres ingleses obrigaram o rei João Sem-Terra a assinar a Magna Carta. Esse documento: • foi o primeiro a limitar o poder do monarca; • assegurava os direitos dos grupos sociais mais ricos; • impedia o rei de criar leis sem a aprovação de um Conselho formado por representantes da nobreza e do clero. Coroação do rei João Sem-Terra (1167-1216).
Das Monarquias Nacionais ao Estado Absolutista Entre os séculos XV e XVII, o cenário na Europa ocidental mudou: • diminuição na produção de alimentos; • guerras por todo o continente; • fome. Propostas para solução dos problemas: • instauração de um governo extremamente forte • concentração total do poder nas mãos do rei • - Thomas Hobbes (1588-1679), Jacques Bousset (1627-1704) e Jean Boudin (1529-1596)
O Absolutismo • rei assume para si o controle das principais instituições do Estado; • rei torna-se autoridade absoluta e seu poder não pode mais ser limitado por outro poder além de Deus e dos costumes e tradições da época; • com o rei Henrique VIII foram abolidos os direitos da Magna Carta e foi criada a Igreja anglicana, que tinha o rei (não mais o papa) como poder supremo. Rei Henrique VIII presidindo uma seção do Parlamento inglês.
O Fim do Império Bizantino Em 1453, após inúmeros ataques, o Império Turco Otomano, formado por seguidores do islamismo, ocupa a cidade de Constantinopla.
Referência Bibliográfica • Projeto Teláris: História / Gislane Campos de Azevedo, • Reinaldo Seriacopi. – 1ª Edição – São Paulo: Ática, 2012.
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