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O tratamento da TB no Brasil: fundamentos das alterações propostas. Marcus B. Conde Comissão de tuberculose/SBPT Instituto de Doenças de Tórax Universidade Federal do Rio de Janeiro. Esquemas de tratamento da TB. T=tiacetazona; * uso intermitente. Eficácia dos esquemas ~ 95%.
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O tratamento da TB no Brasil: fundamentos das alterações propostas Marcus B. Conde Comissão de tuberculose/SBPT Instituto de Doenças de Tórax Universidade Federal do Rio de Janeiro
Esquemas de tratamento da TB T=tiacetazona; * uso intermitente Eficácia dos esquemas ~ 95%
Principais diferenças entre os esquema de tratamento anti-TB no Brasil e no exterior • Utilização de regime com 4 fármacos em todos os pacientes • Utilização de regime intermitente • Prolongamento do tratamento para pacientes com baar positivo ou com cavitação associada à C+ na semana 8 de tratamento
Propostas do MS (2009) • Introduzir o 4º fármaco: 2RHZE/4RH • Cultura com ID e TS ao final do 2 º mês quando BAAR + • Apresentação do comprimido FDC: 150 R, 75 H, 275 • E, 400 Z/ 4 comps / dia durante fase inicial • Meningite: 2RHZE/7RH + Corticóide • RC / RA e todo RT com cultura e TS → 2RHZE/4RH • TB MR (falência bacteriológica) → 3SZEMoxi / 9EMoxi • (terizidona [TRZ] alternativo para S) • TBMR falido (TBXDR): resistência a amino e quinolona • esquema individualizado com 5 fármacos incluindo: capreomicina [CM]; etionamida [Et]; clofazimina [CLZ]; PAS; ?
Introduzir o 4º fármaco: 2RHZE/4RH Objetivos da quimioterapia anti-TB • matar os bacilos rapidamente (atividade bactericida precoce) • prevenir a emergência de resistência • eliminar os bacilos persistentes para evitar a recaída ou relapse (atividade esterilizante)
TB bilateral / DG bacteriológico / Inelegível para PNTX / 15-25 anos Lição: 4º mês culturas mostravam resistência a S S suspensa antes de 6 meses BMJ 1948; 790-1
Mecanismo de resistência do M.tb Seleção de mutantes primariamente resistentes em uma população selvagem Observação Mecanismos de resistência existentes: mutação, transformação,transdução e conjugação.
Freqüência de mutantes resistentes Canetti G et al. Bul WHO 1969; 41(1):21-43
Previnem a emergência de resistência em associação com H R>S>E AJRCCM 2005; 171: 699-706
Padrão de resistência Bol Pneumol Sanit 2003; 11 (1):76-81
Resistência medicamentosa N= 134 (comunidade, HIV -, VT) 21 (15,7%) casos de resistência primária 6% dos pacientes seriam medicados com esquema duplo Instituto de Doenças de Tórax/UFRJ - 2004-2007 Lancet 2009; 373:1183-1189
Prevalence of anti-TB drug resistance in an HIV/AIDS reference hospital in Rio de Janeiro, Brazil RESULTS: We analysed 350 treatments, of which 62 were for patients with previous TB. HIV status was positive in 31.2% of cases. Resistance was found in 15.7% and multidrug resistance (MDR) in 4.3% of cases. Previous treatment (P < 0.001) and relapse within 2 years were associated with resistance (P < 0.03). Pulmonary cavities were associated with MDR (P < 0.001). Homelessness was associated with any resistance in newly diagnosed patients (P < 0.01). Working in a hospital was not associated with resistance. Aguiar F e cols. IJTLD 2009; 13(1): 54-61
High frequency of resistance to the drugs isoniazid and rifampicin among tuberculosis cases in the city of Cabo de Santo Agostinho, an urban area in Northeastern Brazil Prospective study conducted from 2000 to 2003 …culturing and antibiotic susceptibility tests were performed on 174…. The frequencies of primary and acquired resistance to any drug were 14% and 50% respectively, while the frequencies of primary and acquired MDR were 8.3% and 40%. . Baliza e cols. Rev Soc Bras Med Trop. 2008;41(1):11-6
Padrão de resistência Bol Pneumol Sanit 2003; 11 (1):76-81 *Dados de SP, RJ, MG, BA, RS, DF e SC (observado em apresentação realizada pelo Dr. Picon, PEC RS, março de 2009)
Etambutol • Neurite retrobulbar dose dependente, que leva a perda da • visão periférica, diminuição da acuidade visual (pode • chegar a cegueira) e da diferenciação verde-vermelho • Não deve ser usado em crianças < 10 anos • Crianças 10 - 12 anos dose reduzida para 10 mg/ kg/ dia • Hiperuricemia com artralgia • Parestesia
. N =85 Lancet 2009; 373:1183-1189
Cultura com ID e TS quando BAAR + no final do 2 º mês Conversão do BAAR - RHZE 0 1 2 3 4 5 6 7 8 Lancet 2009; 373:1183-1189
BAAR + (2 meses tratamento): possibilidade de resistência Cultura + (2 meses tratamento): sugere recidiva Cavitação associada à C+ 2 meses = tratamento 9 meses
Comprimido FDC (fixed-dose combination) Vantagens • Menos erros de prescrição • Menor número de comprimidos • Paciente não pode selecionar o medicamento a ser ingerido Desvantagens • Erro de prescrição pode ocasionar super ou sub dose • A supervisão de tratamento pode ser negligenciada a partir da crença que o FDC garante adesão • FDC 3/ 4 medicamentos pode ter baixa bio-disponibilidade da R
Qual o impacto dos comprimidos FDC na adesão? efeitos adversos sensibilidade =Eficácia--Adesão Número de comprimidos início da ação Efetividade 95% DOT 50% 80% Interação medicamentosa Tempo de tratamento
Conclusões • Introdução do 4º fármaco é função da crescente taxa de resistência e já é adotada em todo mundo: 2RHZE/4RH • Cultura com ID e TS ao final do 2 º mês quando BAAR + poderá detectar resistência e indicar tratamento adequado precocemente • Questões de bio-disponibilidade da R e da maior taxa de recidiva em estudo prévio devem ser consideradas • Estudos de custo-efetividade dos itens 2 e 3?
Laboratório de Pesquisa Clínica em TB IDT/HUCFF/UFRJ – 6º andar marcusconde@hucff.ufrj.br