570 likes | 727 Views
Sistema ONU de Proteção aos Direitos Humanos. Luiza Nonato Maíra Ouriveis Murilo Thomaz Pedro Nicolau Rafael Messias. Sistema ONU de Proteção aos Direitos Humanos. Histórico. O sistema internacional de direitos humanos como conhecemos hoje, tem sua origem vinculada a criação da ONU.
E N D
Sistema ONU de Proteção aos Direitos Humanos Luiza Nonato Maíra Ouriveis Murilo Thomaz Pedro Nicolau Rafael Messias
Histórico • O sistema internacional de direitos humanos como conhecemos hoje, tem sua origem vinculada a criação da ONU. • - Contexto: Fim da 2ª G.M e Guerra Fria • Carta das Nações Unidas • - Considera os DH em diversos pontos. • - Preâmbulo • - Art 1º (3) • - Art. 55º • -Art. 56º http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/ef/Einsatzgruppe.jpg Extermínio de um judeu, na Ucrânia http://en.wikipedia.org/wiki/File:EleanorRooseveltHumanRights.png
Preâmbulo: • “Nós, os povos das Nações Unidas, decididos: a preservar as gerações vindouras do flagelo da guerra que por duas vezes, no espaço de uma vida humana, trouxe sofrimentos indizíveis à humanidade, e a reafirmar a nossa fé nos direitos fundamentais do homem, na dignidade e o valor da pessoa humana, na igualdade de direitos dos homens e das mulheres, assim como das nações, grandes e pequenas [...]” • Artigo 1º Os objetivos das Nações Unidas são: 3) “Realizar a cooperação internacional, resolvendo os problemas internacionais de caráter econômico, social, cultural ou humanitário, promovendo e estimulando o respeito pelos direitos do homem e pelas liberdades fundamentais para todos, sem distinção de raça, sexo, língua ou religião.”
Artigo 55º “Com o fim de criar condições de estabilidade e bem-estar, necessárias às relações pacíficas e amistosas entre as Nações, baseadas no princípio da igualdade de direitos e da autodeterminação dos povos, as Nações Unidas promoverão: c) O respeito universal e efetivo dos direitos do homem, das liberdades fundamentais para todos, sem distinção de raça, sexo, língua ou religião.” • Artigo 56.º • “Para a realização dos objectivos enumerados no artigo 55, todos os membros da Organização se comprometem a agir em cooperação com esta, em conjunto ou separadamente.”
No entanto, esses instrumentos eram muito vagos e sem mecanismos obrigatórios. • Divergência entre países de menor expressão e as grandes potências • É criada, nesse contexto, a Comissão de Direitos Humanos (CDH) • Necessidade de definir e codificar • É assinada a Declaração dos Direitos do Homem (1948) • Define os direitos pessoais, direitos judiciais, liberdades civis, direitos de subsistência, direitos econômicos, direitos sócio-culturais e direitos políticos. • Em 1966, são firmados o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos (1966) Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais. • Relutância por parte dos países a ratificar os pactos, que tinham caráter vinculativo. • Fim da fase abstencionista.
O próximo período, contudo, não pode ser classificado como Intervencionista, segundo Alves (1994). • Respeito ao Art. 2º (7), sobre a não ingerência. • Paralelamente, passam a valer são as Resoluções 1235 (1967), sobre Denúncia de violações em países específicos por meio de procedimento público, e 1503 (1970), sobre Denúncia de violações em países específicos com caráter confidencial. • O método confidencial caiu em desuso, sendo empregado apenas em situações sem grande repercussão internacional. • A partir da década de 80, com os grupos de trabalho na África do Sul, em Israel e no Chile. • Nesse contexto, “a ONU autoriza e estimula tal prestação de auxílio, condizente com o direito internacional humanitário estabelecido nas Convenções de Genebra desde 1949, sem configurar um “direito de ingerência”, mas para atender ao direito das vítimas à assistência internacional.” – (ALVES, 1994, p. 3)
Perda de credibilidade da Comissão das Nações Unidas para os Direitos Humanos: • Politização; • Seletividade. • 15 de março de 2006: criação do Conselho dos Direitos Humanos da ONU, com base na Resolução 60.251 da Assembléia Geral; • Em 2011 (5 anos após sua criação), o CDH será submetido à uma análise em que será avaliado o desejo dos países-membros da ONU de elevá-lo à categoria de órgão principal. • Mecanismos de observância: • Violações de direitos humanos em países ou territórios específicos country-mechanisms; • Violações de direitos humanos em escala mundial mecanismos temáticos ou procedimentos especiais;
Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos Órgão subsidiário do Secretariado NavanethemPillay e Sérgio Vieira de Mello Conselho dos Direitos Humanos Comitês (TreatyBodies) • 47 Estados membros, sob critério geográfico; • 8 comitês especializados; • apenas 4 possibilitam queixas individuais
A comunicação de denúncias ao Conselho dos Direitos Humanos da ONU • Podem ser de 3 tipos: • Individuais; • de Estado para Estado; • de investigação • A comunicação de uma denúncia de violação sistemática aos direitos humanos deve: • Não ter motivação política manifesta; • Conter descrição factual, incluindo qual o direito que está sendo violado; • Não ter linguagem abusiva; • Ser submetida por vítima ou grupo que representa/defende a vítima; • Não ser baseada unicamente em dados veiculados pela mídia; • Não ser caso que já esteja sendo tratado por órgãos ou procedimentos especiais da ONU ou sistema regional de direitos humanos; • Só ser apresentado após exaustão dos recursos internos ou prova de que tais recursos não insuficientes.
Pautas em discussão sobre o atual sistema de proteção dos Direitos Humanos • Respeito à soberania estatal; • - Perspectivas de melhora do sistema com a criação do Conselho; • Coerência dos membros do Conselho dos Direitos Humanos: são exemplos na garantia tais direitos dentro de seu território?
Ditadura militar: maior preocupação com os DH durante a década de 70; Comissão Justiça e Paz: 1968, com participação de intelectuais religiosos, protegia perseguidos políticos; Programa nacional dos direitos humanos: 1996, no governo FHC. Brasil assina diversos documentos da ONU de defesa dos DH em diversos aspectos.
Relatório de 2010 da ONU Pouco avanço desde o relatório de 2007; Relatórios recentes sobre: pessoas desaparecidas; ataques a defensores dos direitos humanos; execuções sumárias e tortura; discriminação contra minorias; trabalho escravo.
Pontos em que houveram melhorias: Violência contra a mulher pela Lei Maria da Penha; Agressões conta homossexuais pelo Programa Brasil Livre da Homofobia; Barateamento do tratamento de AIDS pela quebra da patente dos medicamentos; Alimentação de jovens estudantes pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar.
Pontos que devem ser melhorados: • - Abuso de poder e uso de força excessiva; • - Condições prisionais, assassinatos realizados por policiais, tortura; • Violência contra indígenas; • Desigualdades economias e sociais; • Desigualdades entre homens e mulheres e entre negros e brancos; • Discriminação contra deficientes físicos; • Limitações de programas como Bolsa Família; • Reforma agrária e violência rural; • Abuso sexual e violência contra crianças; • Número alarmante de mortes de mulheres devido a abortos ilegais.
Recomendações da ONU Superlotação: sentenças alternativas, regimes de prisão aberta e novos presídios; Assassinatos por policiais: não classificar esses casos mais como atos de resistência ou resistência seguida de morte e sim como homicídios do Estado; Equipar veículos blindados, como o Caveirão com sistema de áudio e vídeo (algo como uma caixa preta dos aviões) Abolir o tempo de prescrição de crimes contra a vida;
Abuso de poder e excesso de força Policiais responsáveis pelo aumento do número de homicídios no país; Situação rotineira: tortura sistemática em presídios; Número de mortos pela PMRJ: maior que a soma de todas as polícias dos EUA; Casos que ganharam atenção: Massacre do Carandiru; Chacina da Candelária; Seqüestro do ônibus 174. Caveirão: veículo blindado utilizado pela PM do RJ em incursões nas favelas.
Massacre do Carandiru 02 de outubro de 1992; Tropas sob comando do Coronel Ubiratan Guimarães para controlar rebelião no Complexo Penintenciário do Carandiru; Tiros na cabeça e no tórax; Morte de 111 detentos.
Chacina da Candelária 23 de julho de 1993; Policiais atiraram contra setenta jovens que dormiam perto da Igreja da Candelária, no centro do RJ; Seis menores e dois maiores morreram; 3 possíveis motivações para o crime.
Sandro Barbosa do Nascimento 12 de junho de 2000; Ônibus da linha 174 seqüestrado no RJ; O seqüestrador foi morto por asfixia, pelos policiais, dentro do camburão.
Denúncias na ONU contra o Brasil • Ataque a militantes do MST, que ocupavam propriedade da empresa Syngenta (Nov. de 2007); • ONG Terra de Direitos denuncia o despejo violento no Bairro Fazendinha, em Curitiba (Nov. de 2008); Sistema prisional do ES - Homofobia dentro do exército brasileiro devido a relacionamento de dois oficiais (Jun. 2008);
Tortura em unidade de internação de menores no ES; • Unidade de Internação Socioeducativa de Cariacica; • Denúncia realizada em 2010 pelas ONGs Conectas e Justiça Global e pelo Conselho de Direitos Humanos do Espírito Santo; • Porretes para prática de tortura; • Situação presenciada em visita do coordenador da Pastoral do Menos padre Xavier e da juíza Patrícia Neves • Situação geral dos presídios capixabas viola os direitos humanos.
Camburão usado como cela para presos provisórios, em Vitória. Espaço que o preso possui para viver dentro do camburão.
Container metálico utilizado como cela onde a temperatura alcança 50ºC. Condições do prédio do presídio de Novo Horizonte, ES: superlotação e falta de higiene.
“O aparato de segurança e justiça criminal brasileiros mantiveram-se, mesmo após a Constituição de 1988, basicamente com as mesmas estruturas e práticas institucionais desenhadas pelo regime militar (...) Problemas como fragmentação, baixa coordenação, ausência de avaliação sistemática e criteriosa, pouca transparência e mecanismos de controle social deficientes, comprometem profundamente a eficiência dias forças policiais e criam um ambiente propício à arbitrariedade” ROQUE, Atila. Segurança, direitos e violência: uma outra polícia é possível?
Necessária uma reforma no sistema carcerário; Na reunião da ONU em Genebra o representante do governo do Espírito Santo assumiu que a situação necessita de melhoria; O governo do estado está construindo novos presídios: não será a solução; A mudança se dará com o fim de práticas violentas, e respeito aos direitos; A ONU não possui relatório sobre este caso em específico;
Conclusão sobre a situação brasileira Pouco comprometimento com a melhoria; Recomendações da ONU com pouca efetividade; Busca de níveis mínimos de violência, corrupção, e discriminação; Sem quebra da soberania nacional.
Histórico 1903 - os Estados Unidos assinam com Cuba um contrato de arrendamento perpétuo de 116 km² de terra e água na baía de Guantánamo (ilha de Cuba). O propósito seria a mineração e operações navais. 1942 - por ocasião do ataque japonês à base de Pearl Harbor, o presidente estadunidense Franklin D. Roosevelt assina um decreto que autoriza a prisão de estadunidenses de origem japonesa. 2002 - o primeiro grupo de 20 combatentes capturados no Afeganistão é levado ao Campo X-Ray em Guantánamo. O presidente Bush os descreve como terroristas, eles não podem ser protegidos pela Convenção de Genebra.
Após 2002: Janeiro - prisioneiros afegãos e iraquianos, ligados a grupos terroristas ou suspeitos 770 prisioneiros
O Conflito • Denúncia feita pela Cruz Vermelha à ONU em 2004 • Os EUA não concedem a elas os direitos estabelecidos pela Convenção de Genebra, sob o argumento de que não seriam prisioneiros de guerra e, sim, combatentes inimigos, uma definição que não existe no mundo jurídico. • Além disso, eles também alegam: • Transporte violento • Alimentação forçada • Abuso sexual • Torturas diversas
A investigação e relatório • 18 meses de investigação pela ONU • Investigações com parentes, vítimas, advogados e funcionários • Na época, o acesso para entrevistas privativas com os prisioneiros só era permitida à Cruz Vermelha • Segundo um dos 3 autores do relatório(2006), Manfred Nowak, a detenção por anos sem abertura de processo significa detenção arbitrária, e sendo assim os prisioneiros deveriam, depois de processados, ser levados a julgamento em um tribunal competente. • Muitos protestos
Resolução parcial - 2006 • EUA alegaram que a ONU não verificou os fatos, analisando apenas algumas poucas alegações. • Em 2006, a Suprema Corte dos Estados Unidos da América considerou que o chamado "Artigo Comum n° 3" da Convenção de Genebra é aplicável, sim, aos detidos em Guantánamo. Essa provisão exige o tratamento humanitário a todos os prisioneiros, e proíbe seu julgamento por tribunais de execução. • Julgamentos foram suspensos por 120 dias para passar por uma revisão. • Dos 773 presos, 680 ainda continuam na base de Guantánamo
Resolução definitiva - 2009 • Obama está disposto a seguir a Convenção de Genebra para presos de guerra. • Desde janeiro de 2009, Obama decretou o fechamento do centro de detenção de Guantánamo. • A ONU celebrou o fato de Obama estar disposto a dar atenção ao fato.
Atualmente • Aproximadamente 200 detentos • Ficam mais “livres” e confortáveis • Ainda não podem dar entrevistas • São mantidos no Campo Delta • Obstáculos do Congresso EUA para transferência dos detentos para Illinois
Antes do Incidente • Gaza sofre um bloqueio desde 2007 que é realizado por Israel e pelo Egito. • Partiu do Chipre seis navios com 10 mil toneladas de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza. A ação, chamada de “Flotilha da Liberdade”, foi realizada pelas ONG Free Gaza e Insani Yardim Vakfi.
Um repórter da Al Jazera transmitiu imagens de ativistas mulçumanos cantando os versos: Khaibar, Khaibar, ó judeus! O exército de Maomé retornará. De acordo com o exército de Israel, eles realizaram um contato para negociar com os ativistas (antes da intervenção). As autoridades israelenses informaram que verificariam a carga e, assim, esta seria entregue a Faixa de Gaza por terra (por autoridades israelenses e ativistas). • Por volta das 4h, a marinha de Israel se aproximou da flotilha por meio de navios, lanchas e helicópteros.
O Incidente • Em 31 de maio de 2010, o navio Mavi Marmarafoi interceptado (por volta das 4h30) em águas internacionais pela marinha israelense a 65 km da costa. • Resultados: 9 mortos (8 turcos e 1 turco-americano) Dezenas de feridos da embarcação Sete feridos das Forças de Defesa de Israel • Após o incidente, os barcos foram escoltados para Ashdod.
Prisão e confisco de câmeras fotográficas e filmadoras, telefones dos ativistas. Divulgação de imagens e vídeos por parte de Israel e pelos ativistas Versões: - Os ativistas atacaram primeiro com objetos, chegando a dominar soldados (Tzahal, Forças de Defesa de Israel). - Os israelenses chegaram atacando de “forma indiscriminada”, atirando “na cabeça dos passageiros” (Iara Lee).
Reações Internacionais e Internas Reações de condenação a Israel de vários países, da Liga Árabe, da ONU, Conselho de Direitos Humanos da ONU e da Autoridade Nacional Palestina. No Brasil, o MRE condenou as ações, pediu o fim do bloqueio a Gaza e expressou grande preocupação em relação a Iara Lee. Em Israel, houve manifestações contra e a favor. Manifestações contra a ação israelense - Estocolmo Manifestações a favor – estudantes em Israel
ONU 31/maio e 01/junho – O Secretário Geral condenou a ação violenta e pediu uma investigação para apurar os fatos. O CS pediu uma reunião de emergência. 07/agosto – ONU monta o painel de investigação. 09/agosto – Israel ameaça deixar o painel. Conselho de Direitos Humanos • 01 e 02/junho – Conselho decidiu montar uma missão de averiguação. • 23/julho – Componentes da missão são definidos e objetivos. • 10/agosto – Missão é montada e deve fornecer seu primeiro relatório na próxima reunião (setembro). • 23/agosto – Missão faz reuniões em Genebra e decide visitar a região. • 27/agosto – Conclusão da visita à Turquia.
Hoje A segunda Flotilha da Liberdade já está sendo organizada. Os organizadores estimam que haverá de 10 a 15 embarcações para furar o bloqueio à Faixa de Gaza. Jornalista, ativistas e figuras públicas devem estar presentes nessa nova empreitada. Israel “afrouxou” o bloqueio à Gaza, liberando alguns itens que eram proibidos – como artigos eletrônicos. Há três categorias que ainda serão fortemente controladas pela autoridades israelenses (armas e munição; bens e itens de uso duplo; materiais de construção).