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Estudo sobre a promoção do emprego e a comercialização dos produtos dos CAO’s da Direcção Regional de Educação Especial. Funchal, 30 de Abril de 2007. Objectivos: Avaliação da actual capacidade de penetração dos produtos concebidos nos CAO’s da RAM no mercado regional
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Estudo sobre a promoção do emprego e a comercialização dos produtos dos CAO’s da Direcção Regional de Educação Especial Funchal, 30 de Abril de 2007
Objectivos: Avaliação da actual capacidade de penetração dos produtos concebidos nos CAO’s da RAM no mercado regional Identificação de novos nichos de mercado exploráveis Avaliação das possibilidades de emprego dos utentes dos CAO’s no mercado de emprego regional (objectivo-extra) • Índice: • Problemática e considerações preliminares • 199 utentes: que recursos humanos potenciais? • Produção acumulada identificada • Relevância económica dos sectores • Hipóteses subjacentes • Inquirição dirigida aos agentes económicos • Algumas sugestões/conclusões
PROBLEMÁTICA E CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES Problemática EMPREGO Ocupação 6 CAO’s NEGÓCIO O cerne da problemática subjacente é como se transformam actividades ocupacionais em mecanismos de inserção de activos humanos no circuito de emprego e como se transformam essas actividades ocupacionais em oportunidades de emprego. • Qual a adequabilidade dos recursos humanos disponíveis para ingressar no mercado de emprego? • Qual a potencialidade da produção existente para ingressar em que sectores do circuito comercial? Considerações preliminares • Existentes • A abandonar • A criar/a explorar • Utentes/ • Recursos Humanos • Integráveis • Ocupacionais • Produtos e sectores
199 UTENTES/RECURSOS HUMANOS POTENCIAIS (V) • 7,5% de utentes (15) sem capacidades • 24,1% dos utentes (48) com destreza manual • 24,1% dos utentes (48) com destreza manual, embora necessitando de acompanhamento nas actividades • 27,0% dos utentes (54) com destreza motora Potencial humano utilizável Adequabilidade dos recursos humanos 79%
PRODUÇÃO ACUMULADA IDENTIFICADA • Babete (bordados me ponto cruz) • Babetes pintados • Bandejas/tabuleiros • Base de presépio de escada • Beijos doces • Bíblias • Bolachinhas • Bolos diversos • Bolos de mel • Bolsa de crochet • Bolsa de pano • Bolsinha tecelagem • Bonecos • Botas de Natal • Brincos • Broas • Broas de amêndoa • Broas de cerveja • Broas de chocolate • Broas de coco • Broas de areia • Broas de mel • Broas de erva-doce • Broas de manteiga • Broas de mel • Cabides • Cachecóis • Caixa com sol • Caixa de brigadeiros • Caixa de madeira • Caixa de sapatos (temáticas) • Caixa de guardanapos • Caixa par arrumos • Caixas • Caixas de madeira • Caixas decorativas decopage • Casa de palha • Castiçal de gesso • Centro de mesa • Cestos de decoração • Cestos de vimes • Chapéus • Círculo Sol/Lua • Colar cavalo mar • Colar missanagas • Colcha de alcofa • bordada em ponto cruz • Colcha de bebé • Compotas • Conjuntos de toalhas • Etc. • Almofada feltro • Almofada pintada • Almofadas bordadas • Almofadas bordadas • em ponto de cruz • Almofadas grandes • Anéis • Anéis feitos com cristais • Anjo • Anjo 4 estações • Anjo em gesso • Anjo grande • Anjos • Anjos (cera) • Anjos adormecidos • Anjos de parede • Anjos pintados • Arranjos de natal • Árvores de Natal • Avental • 1837 unidades/produtos diferenciáveis comercializadas • mais de 250 tipos de artigos diferenciáveis • produção em quantidades/lotes pequenos (7,35 em média) • 6 grandes categorias de produtos • produtos com reduzido valor económico unitário (8,69€ em média) • volume económico global da produção acumulada reduzido (16.280€) • grande diversificação como output da actividade ocupacional • ausência de qualquer standard ou estratégia na produção resultante • da actividade ocupacional Potencial da produção acumulada Principais ilações
RELEVÂNCIA ECONÓMICA DOS SECTORES (II) Produção média anual (2004-2006): 5.426€ Produção média per capita: 81€ Produção média têxteis: 1.940€ Produção média artes decorativas: 1.179€ Produção média pastelaria: 981€ Produção média vimes: 844€ Produção média bijuteria: 312€ Produção média madeira: 169€ Alguns indicadores • Existentes • A abandonar • A criar/a explorar • Produtos e sectores ?
HIPÓTESES SUBJACENTES H1 - Existe potencial humano disponível para tornar as actividades ocupacionais dos CAO’s num negócio? H2 - É exequível a integração dos utentes dos CAO’s no mercado de emprego regional? H3 - Existem produtos comercializáveis e sectores económicos mais apetecíveis, a ter em consideração no âmbito das actividades promovidas pelos CAO’s? O que diz o mercado? ?
INQUIRIÇÃO DIRIGIDA AOS AGENTES ECONÓMICOS (I) • Aspectos metodológicos • Vantagens e limitações • Saturação e exaustividade Consumidores Empregadores Conhece ou já ouviu falar nos CAO’s da Direcção Regional de Educação Especial? Sim 56% Não 44% • Se respondeu ‘sim’, especifique em que circunstâncias conheceu ou ouviu falar dos CAO’s. • Leitura de jornais • TV • É um lugar de passagem • Conversas com conhecidos • Fornece um dos CAO’S • Amigo de um antigo director de um CAO O reforço da notoriedade da actividade dos CAO’s junto dos agentes económicos deve ser ponderada. Já comprou bens ou serviços produzidos/prestados por pessoas portadoras de deficiência física ou mental? Sim 25% Não 75% A reduzida experiência de compra de bens ou serviços prestados por pessoas portadoras de deficiência traduz o potencial de compra que está por explorar. Se respondeu ‘sim’, refira se voltaria a comprar. Sim 100% Não 0% Apesar de serem pouco os que já compraram, a repetição dessa experiência tem um forte potencial de ocorrência Se responde ‘sim’, refira ainda qual foi o principal motivo que o levou a comprar esse bem ou serviço Por solidariedade 100% Pela qualidade do produto/serviço* Por mera simpatia pessoal para com o vendedor Por outro motivo A “solidariedade” poderá ser uma marca a explorar, no âmbito dos mecanismos de comercialização, promoção e distribuição dos produtos/serviços dos utentes dos CAO’s.
INQUIRIÇÃO DIRIGIDA AOS AGENTES ECONÓMICOS (II) Consumidores Empregadores Se respondeu ‘sim’, como avalia a qualidade global do último bem ou serviço produzido por pessoas com deficiência física ou mental que comprou? Excelente Muito bom 75% Bom Razoável 25% Sofrível Má A “última memória” é positiva. Independentemente das suas experiências passadas, admite a possibilidade de no futuro comprar bens ou serviços produzidos por pessoas portadoras de deficiência física ou mental? Sim 94% Não 6% Pergunta de controlo positiva que permite validar o potencial de compra de produtos/serviços produzidos/prestados por pessoas portadoras de deficiência física ou mental Na sua perspectiva, a integração de pessoas com deficiência física ou mental pela via empresarial é uma ideia: Negativa Positiva 81% Utópica 19% Pergunta de controlo positiva que permite validar como as iniciativas de promoção do emprego de pessoas com deficiência física ou mental pode ser bem sucedida.
INQUIRIÇÃO DIRIGIDA AOS AGENTES ECONÓMICOS (III) Consumidores Empregadores A sua empresa já comercializou bens ou serviços produzidos/prestados por pessoas portadoras de deficiência física ou mental? Sim 69% Não 31% Iniciativa de contacto têm a vantagem de não constituírem situações totalmente desconhecida. A sua empresa comercializa actualmente bens ou serviços produzidos/prestados por pessoas portadoras de deficiência física ou mental? Sim 6% Não 94% Há no entanto que contar com a possibilidade de variação entre a perspectiva de consumidor e a de empregador. Por favor, refira as razões. S - Já existe cooperação entre CAO Funchal e empresa há muito tempo N - Nunca foi apresentada essa possibilidade; falta de informação; nunca surgiu oportunidade Reforço das expectativas que apontam para a dinamização de novos contactos/iniciativas poderem ser bem sucedidos. A sua empresa terá interesse em comercializar bens ou serviços produzidos/prestados por pessoas portadoras de deficiência física ou mental? Sim 69% Não 31% Pergunta de controlo positiva. Definitivamente, explorar os contactos estabelecidos. Por favor, justifique. S - Já há cooperação de há muito tempo; depende da qualidade; depende do ramo de comercialização; depende do artigo; se tem possibilidade de ser rentável; tudo o que se possa fazer para ajudar N - A produção é interna; não vão adquirir a outros
INQUIRIÇÃO DIRIGIDA AOS AGENTES ECONÓMICOS (IV) Consumidores Empregadores Identifica potencial de comercialização para os bens ou serviços produzidos/prestados por pessoas portadoras de deficiência física ou mental? Sim 75% Não 6,25% * 18,25% desconhece as características dos produtos e forma de comercialização, argumentando que por estas razões não podem responder Pergunta de controlo positiva que permite validar o potencial de comercialização de produtos/serviços produzidos/prestados por pessoas portadoras deficiência física ou mental Emprega actualmente pessoas portadoras de deficiência física ou mental? Sim 38% Não 62% Se responde ‘Sim’, especifique os casos Senhora, surda-muda, 30 anos, trabalhou durante 2 anos, decoração de bolos Senhora, surda-muda, +/- 30 anos, trabalha 5 anos, decoração de bolos Senhora, deficiência motora inferior, +/- 60 anos, trabalha há muitos anos, bordadeira Senhor, trissomia 21, 40 anos, trabalha há + de 20 anos, forneiro Senhora, braço e perna + curtos, 30 anos, trabalha 6 anos, balconista Senhor, atraso mental, 24 anos, trabalha 15 anos, idas à rua/ arruma mercadoria Senhor, surdo-mudo, +/- 20 anos, trabalhou há 10 anos atrás, ajudante de padaria Senhor, mudo, 18 anos, trabalhou durante 2 a 3 anos Senhora, atraso intelectual, trabalhou durante 3 anos, costureira (saiu por razões estruturais) Senhora, surda-muda, +/- 30 anos, trabalha 4 anos, picotadora O baixo número de “sim” obtido, cruzado com as percepções obtidas indicia que é possível a obtenção de uma maior taxa de emprego para as pessoas portadoras de deficiência física ou mental.
INQUIRIÇÃO DIRIGIDA AOS AGENTES ECONÓMICOS (V) Consumidores Empregadores Admite a possibilidade de se envolver/participar num processo de inserção de pessoas portadoras de deficiência física ou mental na actividade empresarial? Sim 38% Não 24% Depende 38% Pergunta de controlo positiva. Os que já empregam admitem continuar a empregar e paralelamente existe uma bolsa com uma dimensão idêntica por explorar. Por favor, jusfique. Sim/Depende: dentro dos quadros da empresa e suas necessidades; dever cívico; depende das capacidades das pessoas; existem tarefas que não exigem uma perícia acentuada e que essas pessoas podem executar, é uma questão de analisar as possibilidades; é uma decisão tomada por todos os sócios e não apenas por uma pessoa. Não: a situação comercial está muito difícil; empresa em vias de trespasse; não tem disponibilidade para fazer o acompanhamento necessário A política de comunicação do CAO’s deve ter em consideração estas indicações.
ALGUMAS SUGESTÕES/CONCLUSÕES • Os dados recolhidos indicam que existe potencial humano disponível (79%) para tornar de forma incremental as actividades dos CAO’s num negócio guiado por premissas do tipo comercial e não estritamente ocupacionais. • Por outro lado, qualquer compromisso tendo em vista transformar as actividades dos CAO’s num negócio será sempre proveitosa, nem que seja por ter o condão de automaticamente dinamizar a integração de pessoas com deficiência física ou mental no mercado de emprego regional, ou seja, caso as actividades desenvolvidas não sejam suficientemente interessantes de um ponto de vista económico restrito, as perspectivas alternativas -relativas à inserção na vida activa de um conjunto de recursos humanos regra geral alienados deste- permanecerão válidas. • Existe uma panóplia de produtos, excessivamente diversificada que importa refinar, bem como um conjunto de sectores onde valerá mais a pena apostar, em detrimento de outros, ainda que numa perspectiva estritamente ocupacional todos os produtos e todos os sectores sejam legítimos. Resposta às hipóteses sujacentes
ALGUMAS SUGESTÕES/CONCLUSÕES • Em termos económicos, a aposta deverá recair nos produtos e nos sectores que ofereçam menor grau de dificuldade no arranque, manutenção da operação e menor necessidade de recursos materiais ou aparato logístico. • Produtos para competir no mercado dos produtos fabricados em madeira, da bijuteria ou dos vimes parecem oferecer pouca atractividade e perspectivas de sucesso comercial. • Produtos dirigidos ao mercado dos produtos de pastelaria e derivados poderão representar uma opção interessante a explorar. Neste caso concreto, a criação/aposta numa marca de produtos de doçaria conventual (exemplo, “Convento de Santa Clara”) deverá ser considerada como parte essencial de uma estratégia de diferenciação e exploração de um nicho de mercado em aberto, tendo em vista acrescentar valor a produtos de pastelaria indiferenciados e de reduzido valor económico unitário, como os existentes*. • Produtos têxteis e de artes decorativas têm potencial de crescimento e possibilidade de obtenção de espaço num mercado de grande consumo, mas carecem de normalização produtiva (e design), para além de uma estratégia de entrada no mercado, para poderem ser comercialmente bem sucedidos. *.
ALGUMAS SUGESTÕES/CONCLUSÕES • A definição de uma linha ou de várias linhas de produtos, associados ao nome de um(a) estilista ou decorador(a) poderá permitir regular e acrescentar valor à produção, forçando-a simultaneamente a adoptar padrões mais profissionais e a identificar/suprir as necessidades de formação dos seus recursos humanos. • Considerar a criação de pontos de venda móveis, instaláveis em unidades comerciais ou pontos de passagem por onde circulem um número considerável de consumidores poderá representar uma forma de baixo risco e custo para ingressar e dinamizar a comercialização, a promoção e a distribuição dos produtos gerados por intermédio da actividade dos CAO’s. • Deverão ser considerados também novos produtos/serviços: as tecnologia de informação e o ambiente/ecologia poderão representar novos sectores de actuação para os recursos humanos dos CAO’s. Pelo potencial que comportam valem a pena ser igualmente considerados/explorados, até porque do ponto de vista comunitário são áreas prioritárias a apoios e com enquadramento possível nas características do potencial humano disponível nos CAO’s.
ALGUMAS SUGESTÕES/CONCLUSÕES • Tendo em consideração os utentes dos CAO’s que se ocupam em actividades agrárias poderá ser equacionado um projecto-piloto, tendo em vista a constituição de um espaço pedagógico do foro ecológico (ambiental), dirigido à comunidade escolar regional ou mesmo ao fluxo turístico. • Existem boas indicações para a criação e a exploração comercial de uma marca umbrella (“solidariedade”) pelos CAO’s/DREE, junto dos consumidores e dos empregadores na RAM. Regra geral, o consumidor é sensível e solidário; há que explorar esse facto, apelando a esse sentimento por intermédio de uma marca forte que não existe actualmente, ma que é desejável que surja e se torne facilmente reconhecível. • No que concerne às empresas, a criação legal de uma via para o surgimento do “mecenato social”, capaz de oferecer pequenos incentivos às entidades que comercializem produtos com a “marca solidariedade” poderia constituir um poderoso argumento para as vendas dos CAO’s e para o maior envolvimento dos agentes económicos, e da comunidade em geral, tal como acontece actualmente com as iniciativas no âmbito do “emprego protegido”.
ALGUMAS SUGESTÕES/CONCLUSÕES • Independentemente das opções que venham a ser tomadas, haverá sempre uma opção que se reveste da maior importância e urgência para a promoção do emprego e a comercialização dos produtos dos CAO’s: a definição/clarificação/transformação da natureza jurídica da entidade que permitirá agilizar a operação institucional e comercial dos CAO’s. Sem a clarificação/definição desta entidade jurídica, que dê suporte legal e jurídico às iniciativas, todas as operações comerciais normais (facturação, recebimentos, pagamentos, angariação de parceiros e possibilidade de candidatura a apoios) continuaram a ser fortemente penalizadas e a bloquear a transformação das actividades ocupacionais num processo de negócio. Talvez seja esta a opção prioritária para que todas as outras sejam efectivamente implementáveis FIM