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“AS VÍTIMAS ALGOZES”. 2ª NARRATIVA. PAI-RAIOL: O FEITICEIRO. REFERÊNCIA DO NARRADOR AO FEITIÇO E AO CHARLATANISMO. 1º MOMENTO. “O feitiço, como a sífilis, veio d’África.”. “Ainda nisto o escravo africano, sem o pensar, vinga-se da violência tremenda da escravidão.”.
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“AS VÍTIMAS ALGOZES” 2ª NARRATIVA PAI-RAIOL: O FEITICEIRO REFERÊNCIA DO NARRADOR AO FEITIÇO E AO CHARLATANISMO 1º MOMENTO “O feitiço, como a sífilis, veio d’África.” “Ainda nisto o escravo africano, sem o pensar, vinga-se da violência tremenda da escravidão.” “O escravo africano é o rei do feitiço.” “... há gente livre, simples, crédula, supersticiosa que se escraviza às práticas do feitiço...” “Sai dele a conspiração assassina de escravos que levam a desolação a senzalas de feiticeiros e às casas dos senhores.”
“AS VÍTIMAS ALGOZES” 2ª NARRATIVA PAI-RAIOL: O FEITICEIRO APRESENTAÇÃO DE PAULO BORGES: HOMEM RICO E SIMPLES, CASADO COM A JOVEM TERESA; TINHA DOIS FILHOS EM SEIS ANOS DE CASAMENTO. 2º MOMENTO “... só queria conhecer a roça e a casa, os escravos e a família, trabalhando sempre, gastando pouco, ajuntando muito...” “... casara-se aos 40 anos de idade com uma senhora ainda jovem, simples de costumes, honesta, laboriosa, afeita à vida rural dos fazendeiros...”
“AS VÍTIMAS ALGOZES” 2ª NARRATIVA PAI-RAIOL: O FEITICEIRO APRESENTAÇÃO DE PAI-RAIOL E DA CRIOULA ESMÉRIA, COM QUEM MANTINHA UMA RELAÇÃO DE CONVÍVIO E DOMÍNIO. 3º MOMENTO “Era um negro africano e tinha 36 anos de idade, um dos últimos importados da África pelo tráfico...” “... tinha má reputação: fora vendido uma vez, e três vezes revendido pela desordem em que punha os parceiros, pelos furtos que incorrigivelmente praticava...”
“AS VÍTIMAS ALGOZES” 2ª NARRATIVA PAI-RAIOL: O FEITICEIRO APRESENTAÇÃO DE PAI-RAIOL E DA CRIOULA ESMÉRIA, COM QUEM MANTINHA UMA RELAÇÃO DE CONVÍVIO E DOMÍNIO. 3º MOMENTO “Esméria era uma crioula de 20 anos com as rudes feições de sua raça abrandadas pela influência da nova geração em mais suave clima...” “Esméria lavava, engomava e costurava bem; mas sobretudo na cozinha nenhuma das parceiras a igualava.”
“AS VÍTIMAS ALGOZES” 2ª NARRATIVA PAI-RAIOL: O FEITICEIRO APRESENTAÇÃO DE PAI-RAIOL E DA CRIOULA ESMÉRIA, COM QUEM MANTINHA UMA RELAÇÃO DE CONVÍVIO E DOMÍNIO. 3º MOMENTO “Via nos filhos de seus senhores futuros e aborrecidos opressores, e beijava-lhes os pés que às vezes desejava morder.” ENTRE UM E OUTRO FATO, O NARRADOR ADVERTE: “A senzala do escravo ameaçava, como sempre, a casa do senhor.” “O Pai-Raiol era o demônio do mal e do rancor.”
“AS VÍTIMAS ALGOZES” 2ª NARRATIVA PAI-RAIOL: O FEITICEIRO SEIS MESES DEPOIS DA COMPRA DOS ESCRAVOS, “A FORTUNA COMEÇOU A DESANDAR NA FAZENDA”. 4º MOMENTO “Os bois e as bestas morriam (...) tornavam-se evidentes os sinais de envenenamento...” PAI-RAIOL CONVENCE ESMÉRIA A SEDUZIR PAULO BORGES: “Amansa velho tigre... faz chorar velha tigre... faz bulha em casa... vira a cabeça do senhor... é bom...” “Paulo Borges não escapara ao que não escapam outros muitos senhores de escravos....”
“AS VÍTIMAS ALGOZES” 2ª NARRATIVA PAI-RAIOL: O FEITICEIRO PAULO COMEÇA A PERCEBER E SE ENVOLVER COM ESMÉRIA. 5º MOMENTO “Pai-Raiol forjava naquele olhar do senhor lançado sobre a escrava a tremenda chave que devia abrir a porta da perdição da família de Paulo Borges.” “A calculada extravagância de um dia tornou-se vício, primeiro de muitos, depois de quase todos os dias.” “O senhor, o velho senhor, ficou escravo de sua escrava.” TERESA FLAGRA O MARIDO TRAIDOR E SE RECOLHE À SOLIDÃO.
“AS VÍTIMAS ALGOZES” 2ª NARRATIVA PAI-RAIOL: O FEITICEIRO 6º MOMENTO PAULO BORGES PASSA A FREQÜENTAR A SENZALA DE ESMÉRIA ABERTAMENTE. TERESA SOFRE DESMEDIDAMENTE E PEDE PARA IR EMBORA. PAI-RAIOL CONVENCE ESMÉRIA DE QUE ESTA DEVE VOLTAR PARA DENTRO DE CASA. PAULO BORGES PERMITE.
“AS VÍTIMAS ALGOZES” 2ª NARRATIVA PAI-RAIOL: O FEITICEIRO 7º MOMENTO TERESA MORRE ENVENENADA POR ESMÉRIA. “_Morro envenenada por Esméria!... Eu te perdôo, se velares por teus filhos que...” “O envenenamento seguiu seu curso, sua obra de destruição torturadora, sinistra, execrável...”
“AS VÍTIMAS ALGOZES” 2ª NARRATIVA PAI-RAIOL: O FEITICEIRO 8º MOMENTO ESMÉRIA “TOMA” O LUGAR NA SALA “E NADA MAIS TEVE A DESEJAR EM RELAÇÃO AO DOMÍNIO DA FAZENDA DO SENHOR”. PAI-RAIOL PRESSIONA ESMÉRIA PARA QUE ESTA ENVENENE OS DOIS FILHOS DE PAULO BORGES.
“AS VÍTIMAS ALGOZES” 2ª NARRATIVA PAI-RAIOL: O FEITICEIRO 9º MOMENTO TIO ALBERTO É INSERIDO NA NARRATIVA: NEGRO DE 30 ANOS QUE DESEJA VINGAR-SE DE PAI-RAIOL. “Como os outros escravos seus parceiros, já tinha manchado as mãos com o furto, os lábios com a mentira, o coração com o desenfreamento da luxúria torpe...”
“AS VÍTIMAS ALGOZES” 2ª NARRATIVA PAI-RAIOL: O FEITICEIRO 10º MOMENTO ESMÉRIA TEM UM FILHO DE PAULO BORGES. O FILHO MAIS NOVO MORRE POR INGERIR LEITE DE UMA ESCRAVA CONTAMINADA POR SÍFILIS. OS FILHOS SÃO ENVENENADOS POR ESMÉRIA. O AUTOR CONTINUA ADVERTINDO: “O tigre da escravidão já tinha despedaçado e devorado as carnes, e bebido o sangue da mulher e dos filhos do senhor.”
“AS VÍTIMAS ALGOZES” 2ª NARRATIVA PAI-RAIOL: O FEITICEIRO 11º MOMENTO PAULO ALFORRIA ESMÉRIA E O FILHO. PAULO COMEÇA A ADOECER. TIO ALBERTO É INCENTIVADO POR ESMÉRIA A MATAR PAI-RAIOL.
“AS VÍTIMAS ALGOZES” 2ª NARRATIVA PAI-RAIOL: O FEITICEIRO 12º MOMENTO A ESCRAVA LOURENÇA PROCURA PAULO BORGES E FALA DO QUE ESMÉRIA FAZ. LOURENÇA E PAULO FLAGRAM CONVERSA ENTRE ESMÉRIA E PAI-RAIOL. PAI-RAIOL E TIO ALBERTO BRIGAM E PAI-RAIOL É MORTO. ESMÉRIA É PRESA, E TIO ALBERTO LIBERTADO. “A escravidão, porém, continua a existir no Brasil.”