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Professor Edley. www.professoredley.com.br. A Civilização Chinesa. Pavilhão Dourado na cidade de Hong Kong, 2007. A Formação da China. A civilização chinesa é uma das mais antigas do mundo e mantém vivos muitos hábitos e costumes milenares.
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Professor Edley www.professoredley.com.br
A Civilização Chinesa Pavilhão Dourado na cidade de Hong Kong, 2007.
A Formação da China A civilização chinesa é uma das mais antigas do mundo e mantém vivos muitos hábitos e costumes milenares. • A China é atualmente o terceiro maior país do mundo em extensão, com 9,3 milhões de quilômetros quadrados, com mais de 1,3 bilhão de habitantes. • A civilização chinesa tem mais de 10 mil anos de existência, tendo começado com a ocupação do vale do rio Amarelo há cerca de 30 mil anos. • Por volta de 5000 a.C. os grupos nômades e coletores que circulavam pela região, começaram a se fixar.
A Formação da China O rio Amarelo exerceu importante papel na formação das primeiras comunidades da China antiga. A fertilidade da argila trazida por suas cheias, conhecida como loess, garantia a colheita de grandes quantidades de cereais, como arroz e trigo. Ponte sobre o rio Amarelo, o segundo rio mais longo da China, em Jiaxian, na província de Xanxim.
A Formação da China Comunidades patriarcais Cidades patriarcais e pequenos Estados patriarcais A forma de organização de autoridade das comunidades, antes relacionada à figura feminina, transformou-se entre 5000 a.C. e 3000 a.C., tornando-se patriarcal, em que o pai era a autoridade máxima, podendo até mesmo decidir sobre a vida e a morte de seus subordinados. A organização patriarcal também marcou a organização política nas aldeias que foram crescendo e se transformaram, primeiro em cidades, e depois em pequenos Estados liderados pelos patriarcas mais poderosos e influentes. Período de unificação Dinastia Xia A dinastia Xia foi a primeira da história da China. Por volta de 2000 a.C., o patriarca conhecido como Yu, o Grande, unificou os pequenos Estados em um único governo, dando início à dinastia Xia.
O Reino das Mulheres na China Na China ainda há locais que guardam tradições milenares de seu povo. No povo mosuo, grupo étnico que vive às margens do lago Lugu, as mulheres tomam todas as decisões do grupo social de que fazem parte. Nessa cultura, as mulheres têm bastante autonomia, decidindo com quem se casar e quando se encontrar com o marido, tendo em vista que após o casamento as mulheres não saem da casa da mãe. Toda a organização social gira em torno da avó, responsável pela harmonia familiar. Mulher do povo mosuo, em fotografia de 2010, trabalhando com tear em loja da cidade de Lijianng, na província de Yunnan.
A Escrita Chinesa A civilização chinesa foi uma das primeiras a desenvolver um sistema próprio de escrita. Alguns dos vestígios mais antigos da escrita chinesa pertencem à dinastia Shang (séc. XVII a.C.-1046 d.C.). Ao longo dos séculos, os caracteres foram se transformando, até chegarem à escrita atual chinesa. Detalhe dos caracteres da pintura Ouvindo qin. Ouvindo qin, pintura feita pelo imperador Huizong no século XI.
A Produção da Seda Registros mostram que a seda já era utilizada desde a dinastia Shang. Ela é produzida a partir dos casulos do bicho da seda, que fornecem, cada um, de 450 a 1000 metros de fio de seda. Os fios de seda eram utilizados na confecção de roupas e enfeites e se tornaram a mercadoria mais valiosa da China. O modo de produção da seda era segredo de Estado, e quem contrabandeasse os ovos do bicho-da-seda ou sementes de amoreira para fora do território chinês, poderia ser condenado à morte. Pintura do século XVII, de autor desconhecido, representando o processo de produção da seda.
A Produção da Seda • A partir do século II a.C., a seda passou a ser vendida para outras partes do mundo. • O comércio era praticado por caravanas de mercadores que percorriam a Rota da Seda, conjunto de estradas com mais de 7 mil quilômetros de extensão, que atravessava a Ásia e chegava à Europa. • As caravanas eram formadas não só pelos mercadores, mas também por animais de carga, como cavalos, mulas, bois e camelos. • As viagens duravam de oito meses a um ano, numa jornada de em média 30 quilômetros a cada 10 horas. • A rota servia para transportar não só a seda, mas outras mercadorias, como perfumes, cerâmica, chá, pedras preciosas, entre outras. Além de promover o comércio, foi responsável pelo intercâmbio de ideias e costumes entre a China e outras civilizações.
A Invenção do Papel e da Impressora No século II a.C., durante a dinastia Hang (206 a.C.- 220 d.C.), os chineses inventaram um material que se revelou ideal para a escrita: o papel. Para confeccioná-lo, os chineses utilizavam uma mistura de folhas, cascas de árvore e restos de tecido, que aqueciam em água para que se transformasse em uma pasta, que era peneirada e colocada para secar ao sol. Os comerciantes árabes difundiram as técnicas de produção de papel para a Europa. Durante a dinastia Sui (581-618), os artesãos chineses inventaram uma maneira de imprimir a escrita no papel por meio de entalhes em madeira, que eram pintados e pressionados sobre as folhas. A obra mais antiga que sobreviveu ao tempo é um texto de caráter religioso conhecido como Sutra diamante, de 868.
A Invenção do Papel e da Impressora 1. Inicialmente, um artesão escrevia em uma folha de papel alguns caracteres da escrita chinesa. Em seguida, passava cola de arroz sobre um bloco de madeira e, enquanto a tinta do papel ainda estava úmida, cobria o bloco de madeira com o papel. 2 1 2. Uma vez retirado, o papel deixava os caracteres gravados sobre a madeira. Com um cinzel, o artesão fazia entalhes, retirando madeira em volta da tinta. Dessa forma, os caracteres se destacavam da superfície de madeira. 4 3 3. Com um pincel, o artesão pintava a superfície elevada dos caracteres. 4. Por fim, uma folha de papel era colocada sobre os caracteres pintados. O papel absorvia a tinta, finalizando o processo de impressão.
As Invenções Chinesas Os chineses foram responsáveis por uma série de inventos que modificaram profundamente as condições de vida de seu tempo. Entre seus inventos mais importantes, podemos citar a pólvora, a bússola, a acupuntura (amplamente difundida e utilizada até hoje em diferentes partes do mundo), o chá e o sismógrafo (aparelho utilizado para medir a intensidade de terremotos). Tratamento médico com acupuntura em clínica da cidade de Nanquim, China.
A China Imperial A China se tornou um império após o Período dos Reinos Combatentes, que durou de 475 a.C. a 221 a.C. Nessa época ocorreram muitas guerras entre pequenos Estados que disputavam entre si a supremacia de suas regiões. Em 221 a.C, depois de vencer muitas batalhas, o rei de Qin, Ying Zheng, anexou os territórios dos adversários e assumiu o título de primeiro imperador da China. Para proteger o território. Ying mandou construir uma grande linha de fortificações, que se tornou a Grande Muralha da China. Ying Zheng, primeiro imperador da China (de 221 a.C. a 207 a.C.), em desenho colorido do século XIX.
A China Imperial O imperador Huizong, da dinastia Song, que reinou cerca de 1100 anos depois de Ying, costuma ser lembrado por seu grande apreço pelas artes. Durante seu império, desenvolveu um estilo próprio de caligrafia e manteve em sua corte uma escola para a formação de pintores profissionais. Na figura abaixo, o imperador Huizong aparece tocando o qin, um instrumento musical que podia ter uma, três, cinco ou sete cordas e estava associado a atitudes e valores dos sábios do passado. Apenas os imperadores, monges e mulheres da elite tinham acesso a esse instrumento, e tocá-lo exigia muito esforço e dedicação, já que seus estudos duravam cerca de vinte anos. Imperador Huizong – detalhe da pintura Ouvindo qin.
O Japão Antigo Ao mesmo tempo que grupos humanos começaram a ocupar o vale do rio Amarelo, o território do Japão também era habitado por povos caçadores e coletores nômades. Por volta de 10 000 a.C., esses povos começaram a desenvolver técnicas de fazer potes de cerâmica para armazenar e cozinhar alimentos. Esse potes eram chamados de jomon – ‘marcados de corda’ – e foram tão importantes que o período em que eram utilizados é chamado de Período Jomon. Esse período durou até aproximadamente 300 a.C., quando a sociedade japonesa começou a assimilar as novas tecnologias trazidas da China, num novo período conhecido como Era Yavoi, que durou até 300 d.C. Vaso de barro do Período Jomon, produzido cerca de 2500 a.C.
Referência Bibliográfica • Projeto Teláris: História / Gislane Campos de Azevedo, • Reinaldo Seriacopi. – 1ª Edição – São Paulo: Ática, 2012.
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