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Os múltiplos sentidos de produtividade no cotidiano dos professores de Pós-graduação Mary Jane Spink (PUCSP) Fórum de discussão sobre produção em Psicologia XII Simpósio de Pesquisa e Pós-graduação em Psicologia Natal, 2008.
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Os múltiplos sentidos de produtividade no cotidiano dos professores de Pós-graduação Mary Jane Spink (PUCSP) Fórum de discussão sobre produção em Psicologia XII Simpósio de Pesquisa e Pós-graduação em Psicologia Natal, 2008
Proposta: buscar entender os sentidos da avaliação da produtividade a partir da perspectiva de colegas, professores e professoras de Programas de pós-graduação. • Como: • Entrei em contato com 12 interlocutores, escolhidos a partir do meu conhecimento da área. • Mesclei professores/pesquisadores considerados: • altamente produtivos • pouco produtivos • críticos ferrenhos do atual sistema de avaliação 11 colegas gentilmente responderam às seguintes questões
Como professor de Programa de Pós-Graduação, você tem que ter “produção” compatível com o que é esperado na área em que está inserido e, portanto, convive com diferentes concepções de “produtividade”: a de sua IES, o modelo da CAPES, o do CNPq, e o de sua inserção em grupos acadêmicos e projetos sociais variados. Pergunto: qual é a sua concepção pessoal de “Produtividade”, ou seja, aquela produtividade que reflete a sua avaliação de sua contribuição profissional. Pergunto, também, como os sistemas de avaliação poderiam incorporar sua perspectiva do que vem a ser “produtividade”.
Após leituras reiteradas dessas manifestações, organizei os conteúdos em cinco temáticas: • Ampliando o conceito para além da produção bibliográfica; em outras palavras, o trabalho do professor de PG não se resume à publicação • Que “impacto” queremos ter – a preocupação ético-política • Sobre a diversidade de maneiras de divulgar nossos trabalhos • Pesquisar para que? Reflexões sobre inovação • Considerações sobre os sistemas de avaliação
Ampliando o conceito para além da produção bibliográfica ou seja, O trabalho do professor de PG não se resume à publicação
Antecipando uma conclusão da análise que [Habermas] faz da realidade do capitalismo tardio, há o sério problema de um predomínio da “consciência tecnocrática”, cuja força resulta da ocultação da diferença entre ação racional dirigida a fins e a interação. (...). A ação racional dirigida a fins é analisada, pela consciência tecnocrática, como “trabalho”, sem levar em consideração a interação, própria da socialização. Antes de mais nada, como professores nós somos educadores. Este é nosso “trabalho” de que resulta (...) pessoas mais livres e autônomas, em última análise. .
No “trabalho” (como ação racional dirigida a fins) o incremento de racionalização se dá por regras técnicas (linguagem livre de contexto) que orientam a ação, enquanto na “interação” há o incremento de racionalização através de normas sociais (linguagem ordinária intersubjetivamente partilhada). Ou seja, num caso deve haver a aprendizagem de habilidades e qualificações; no outro a internalização de papeis. São duas formas de racionalização. Numa o resultado há de ser aumento das forças produtivas; extensão do poder de disposição técnica. Noutra, emancipação, individuação, extensão da comunicação isenta de coerção. (...)Há o risco, aqui de pensar no problema da “produtividade” e da “avaliação” como questão técnica. O que estamos querendo? Maior produção de artigos, de pesquisas etc ou a formação de pessoas criticas, livres e autônomas? Acho que não se trata de discutir a “produtividade” e a “avaliação” mas sim o nosso “trabalho”, fugindo da consciência tecnocrática (D2)
A minha concepção de produtividade pessoal acaba sendo aquela que meu entorno mais próximo exige, ou seja, a da IES (ensino, pesquisa, extensão e administração). Costumo dizer que a Universidade suga, devora (e outros verbos mais) o tempo da gente. Produzir nessa realidade é ler para preparar aula, preparar aula, dar aula, fazer avaliação, corrigir avaliação, escrever projetos, relatórios, orientar alunos, pesquisar, além das atividades burocráticas (reuniões e mais reuniões e várias ações voltadas para resolver problemas com alunos e professores). A minha contribuição profissional pode ser avaliada pelas conseqüências dessas ações. (D7)
Considero que se deveria levar mais em conta: a)as atividades de ensino em graduação, principalmente as atividades de IC e de orientação de trabalhos de conclusão de curso, bem como as de extensão; b)a participação em associações e entidades, traduzida em dados como filiação, participação na gestão, participação em atividades da associação (por ex., Comissão científica de evento); c)a participação em bancas e como palestrante em eventos (principalmente os pequenos, que, me parece, mostram melhor a “difusão” dita acima).(D1)
Capacidade de formar alunos que possam ser pesquisadores autônomos (que consigam formular questões de pesquisa, lidando com a diversidade teórico-metodológica, desenhar e desenvolver projetos de pesquisa). (D5)
O conceito de produtividade pode ser representado por uma equação, que inclui no numerador a contagem de algo que é esperado do trabalhador (ou de equipes, organizações, países, plantas, plantações, animais, rebanhos, automóveis, frotas etc) e no denominador é incluído algo que supostamente é gasto, ou é insumo, para produzir o que foi especificado no numerador (tempo, custos monetários, fertilizantes, ração, combustível etc.). No meu caso profissional, como professor, podem ser pensadas várias equações de produtividade, em que no numerador podem ser incluídos alunos formados, textos publicados, consultorias realizadas, etc. No denominador poderiam ser incluídos tempo gasto, salário recebido etc. (D4)
Conclusão: levar à sério a formação Comentários de observadores estrangeiros presentes no processo de avaliação dos programas de pós-graduação stricto sensu das áreas: Medicina II, Saúde Coletiva, Odontologia, Sociologia, Ciências da Computação, Ciências Agrárias I, Veterinária, Computação, Química e Geociências no ano de 2001. Publicado em, Virginia Alonso Hortale. Modelo de avaliação CAPES: desejável e necessário, porém, incompleto. Cadernos de Saúde Pública, v. 19, n.6, 2003
Dos comentários feitos pelos observadores, o que mais chamou a atenção foi que o sistema de avaliação da CAPES está mais orientado para a pesquisa do que para a qualidade do ensino. No instrumento de avaliação utilizado, não há indicadores próprios para avaliar os métodos de ensino, a qualidade é inferida com base na análise do número de publicações, da qualificação do corpo docente, das orientações realizadas e da carga horária docente no programa. Supor que a pesquisa e as publicações que dela derivam são também evidências da qualidade do ensino é uma hipótese muito discutível. A formação da qualidade exige competências pedagógicas e científicas que nem sempre emanam da atividade de pesquisa’ (Spagnolo & Calhau, 2002:24).
Que “impacto” queremos ter a preocupação ético-política
Infelizmente, minha concepção de produtividade não se alinha com aquela postulada pelos órgãos de fomento. Penso que a produção é importante quando pode produzir intervenções nas situações que buscamos transformar numa direção ético-política que afirma a vida na sua trajetória inventiva. Essa forma de produtividade que nos coloca uma dimensão quantitativa das formulações na academia vai na contramão desses processos inventivos inerentes ao que é vivo, ao que é vida!
A questão que se coloca é, então: para onde estamos indo? Que modos de subjetivação estão se engendrando nesse processo? Como tem se efetivado as relações no trabalha a partir dessa lógica produtivista? O que essa forma de avaliação produz nos processos de trabalho nas IFES? O que estamos fazendo de nós mesmos? Essa pergunta, proposta por Foucault, nos fala de movimentos de liberdade, logo precisamos nos fazer essa questão cotidianamente para não nos deixar aprisionar por movimentos mortíferos que o contemporâneo tem engendrado. No meu percurso acadêmico tenho tentado não entrar nessa lógica e produzir a partir do que temos vivido nas pesquisas, o que é apaixonante, uma vez que demanda processos coletivos que nos fortalece. (D3)
Trabalho com populações em situação de risco e produzir conhecimento está diretamente relacionado ao fato de devolver à comunidade científica e social os achados de nossas pesquisas. Esta devolução ocorre concomitantemente com a formação de profissionais. Produtividade, portanto, é sinônimo de devolução relevante social e científica. (...) Nosso lema é não sermos "mais um que abusa, que explora, que sabe da história de vulnerabilidade pessoal e social e se cala". Portanto, aspectos relacionados à problematização da teoria (ainda escassa na área), a metodologias de trabalho com estas populações, a ética na pesquisa e a geração de novos resultados são esperançosamente publicados ou disseminados. (D10)
Por pesquisador entendo o profissional que atua em centros de pesquisa, senso estrito, e os que atuam nas diversas instituições que se abrem para a intervenção, como, por exemplo, os órgãos públicos incumbidos de formular e implementar políticas públicas nas diversas áreas. A prática profissional pauta-se na postura investigativa. A autonomia do aluno supõe também que eles possam comunicar verbalmente e por escrito os achados das pesquisas desenvolvidas. (D5)
Sobre a diversidade de maneiras de divulgar nossos trabalhos
Produzir é contar uma história da pesquisa que fazemos, seja em um artigo empírico, em um ensaio teórico, em uma produção de um novo instrumento/técnica de avaliação/investigação, um texto didático, um estudo de caso que ilustra uma capacitação e assim por diante. As teses e dissertações, além dos artigos e apresentações em congressos, são produções. Não é produção todo o conhecimento adquirido entre nós que não é divulgado. O que não é publicado, contado aos outros, apresentado, disseminado, não existe. (D10)
É muito difícil, por exemplo, a questão de revistas: publicando em uma revista estrangeira (que seja Qualis A), o artigo é olhado mais como curiosidade do que um estudo com relevância social. Já publicar dentro do país, dependendo do público que se deseja atingir, por vezes é preferível usar uma revista “não-Qualis A”, mas uma revista que possua o público adequado, que poderá aproveitar essas idéias, seja enquanto conhecimento, formação ou intervenção. Acho que deveria haver uma combinação dessas diferentes demandas, na avaliação da produtividade. (D8)
Aqui se coloca a importância de aceitar outros tipos de publicação, como os vídeos, por exemplo, que estamos fazendo com um encarte. Dá um trabalho muito maior do que um artigo ou capítulo, porém tem uma relevância muito mais importante. Basta dizer que nosso vídeo “Que casa é essa - o abrigo enquanto um acolhimento de qualidade para a criança e o adolescente” foi escolhido pelo MDS, junto com outros materiais, para ser enviado a todos os abrigos do país – agora estão sendo feitas cópias para isso. Atualmente estamos fazendo um novo vídeo, com encarte, sobre entrevista de cadastro, extremamente complexo, baseado em nossas pesquisas. E o encarte é, na realidade, outra publicação, só que associada ao vídeo. Obviamente, tem que haver outro tipo de linguagem. Na avaliação de produtividade, o vídeo entra como “outros” ou produção técnica e não conta como ponto dentro da avaliação. Nem vídeo, nem o encarte, que é um trabalho em separado (para formação de técnicos). (D8)
A produtividade pra mim está relacionada às redes que constituo, à inserção em novas redes com outros grupos de pesquisa e pesquisadores, criando novas possibilidades de interlocução. A produção de artigos e livros que sejam resultado dos trabalhos que venho produzindo, que introduzam inovações no campo da psicologia e nos modos de se produzir conhecimento. A valorização e reconhecimento institucional de minha produção, bem como reconhecimento por outros pesquisadores e comunidade acadêmica em geral. Ela não pode ser reduzida a indicadores quantitativos como publicações em periódicos científicos ou esferas estritamente acadêmicas, pois muitas vezes os principais efeitos de nossa produção e grande parte do trabalho realizado se dão em outros espaços. (D9)
Nesse contexto, enquanto docentes, pesquisadores, uma de nossas funções junto aos discentes é exatamente criar um processo de aprendizagem desse código técnico específico, que implica num certo modo de pensar, num certo modo de escrever. Portanto, faz parte de nossa função social a transmissão desse mecanismo. É por isso que desde a iniciação científica investimos nesse treinamento e estimulamos o exercício da escrita, da publicação. Ou seja, faz parte do nosso ofício pesquisar, escrever e publicar. Entretanto, apesar disso tudo, há diversas possibilidades de pesquisa e de escrita. Mesmo conhecendo as implicações da nossa produção - seja de que área for, seja de qualquer pesquisador - em atender às demandas de valorização da e pela instituição acadêmica, nem tudo é igual nesse campo. (D6)
Pesquisar para que? Reflexões sobre inovação
Outro ponto que gostaria de levantar se refere à questão que em nossa área nada é considerado como inovação e tecnologia. Por ser casada com o XXX, tenho acompanhado a valorização que eles tem posto (inclusive o dinheiro) em suas pesquisas. Pergunto: na educação, no trabalho, na saúde, não há inovações tecnológicas? A maneira nova de vocês enxergarem HIV não levou a uma série de formas novas de atuar sobre o problema? A nossa forma de olhar acolhimento de bebês em creche, e agora o acolhimento familiar, abrigamento e adoção não têm levado a uma nova forma de atuar sobre o problema em seus vários níveis? Acho que essa atuação deveria ser valorizada e premiada e, no meu entender, computada como produtividade para o pesquisador de nossa área. (D8)
A produtividade diz respeito também àquilo que se produz de novo, de rupturas e problematizações da psicologia nas interfaces epistemológica, política e ética, que tais indicadores quantitativos não dão conta de avaliar. (D9)
Capacidade de construir conhecimento de modo a abordar, de modo inovador, os fenômenos estudados. Meus estudos situam-se na psicologia social com estreita proximidade com a antropologia, dentre outras ciências sociais e humanas. Uma das evidências dessa proximidade consiste na adoção do aporte etnográfico, o que conduz ao desenvolvimento de trabalhos de campo que exigem uma convivência prolongada com as pessoas do lugar; a construção do conhecimento está fortemente apoiada no meu envolvimento direto no trabalho de campo. A produção do conhecimento depende fortemente de se dispor de um longo período de tempo. (C5)
Sobre os sistemas de avaliação • Sobre o imperativo de publicação • Sobre o processo de avaliação • Sobre o respeito à diversidade • Sobre os desdobramentos em rede • Sobre a valorização da inovação
Sobre o imperativo de publicação Digo, com toda a limitação que tenho sobre esse assunto, que no mínimo, todo e qualquer pesquisador/docente deveria fazer uma devolução referente às suas orientações de IC, Mestrado e Doutorado, e de suas pesquisas, especialmente daquelas financiadas pelos órgãos de fomento. Acho inaceitável que haja uma despreocupação quanto a isso no meio acadêmico, que haja invisibilidade do seu cotidiano, o que pode vir a ser conhecido por meio de nossa escrita. (D6)
Acho que os sistemas de avaliação incorporam nossa perspectiva de uma certa maneira. Somos criticados como outliers, porque publicamos "muito". Mas isto é uma questão de ponto de vista. Como grupo que trabalha com questões tão sérias de vulnerabilidade social e pessoal, devemos publicar ainda mais. Não publicamos tanto quanto é necessário que se publique para realmente subsidiar políticas públicas, projetos sociais e para que técnicos e outros profissionais possam se apropriar do conhecimento que é gerado na troca de nossos pesquisadores com as populações de interesse. Aprendemos muito com eles também. Desafortunadamente, com tudo que produzimos, ainda não publicamos tudo o que deveríamos e que queríamos. (D10)
Sobre o processo de avaliação Em primeiro lugar diria que, infelizmente, a idéia de produtividade na universidade vem se resumindo à publicação científica. Ou seja, ao invés de ampliarmos esse conceito incorporando outros elementos, ao longo dos anos, ele vem se restringindo não só a essa atividade específica, bem como aos seus aspectos quantitativos. (D6)
Penso que o caminho seria um diálogo mas aberto entre os profissionais, a criação de fóruns não burocráticos que viabilizassem a construção de estratégias metodológicas mais potentes e democráticas. Ainda aposto nos processos pautados na co-gestão, nas rodas de conversa, quando poderíamos construir projetos coletivos que pudessem pautar os sistemas de avaliação. Esse é um movimento processual e não teria um fim, mas seria um modo de funcionamento, que se daria permanentemente, se alimentando dessa potência dos humanos de inventarem modos de viver que fogem das tentativas de aprisionamento. Fóruns onde os diferentes programas pudessem falar e afirmar princípios e valores comuns, fóruns de contrução desse comum, uma vez que o padrão da vida é a rede. Esse é um desafio que não considero impossível, mas muitíssimo interessante. (D3)
Sobre o respeito à diversidade Deve-se pensar seriamente no paradoxo com o qual se defronta o sistema de avaliação: respeitar a singularidade de cada área e sub-área e construir um ranking. (D6) Acredito que deva existir uma maior flexibilidade em julgar o que é produzido e não ter critérios rígidos, pensando tanto na inovação de conhecimentos, que é uma forma nova de enxergar, derivada de nossas várias pesquisas de iniciação científica à pós-graduação. (D8)
Os sistemas de avaliação poderiam considerar as diversidades de “períodos de tempo necessários” para que se produzam conhecimentos em diferentes aportes teórico-metodológicos. No caso, não se pode adotar como parâmetro UMA média de produção (publicação) anual. Pode-se adotar médias em função de sub-agrupamentos dentro da área psicologia. A idéia de que temos várias psicologias, como fala Luís Cláudio Figueiredo, poderia ser aqui considerada e operacionalizad (D5) E considerar, efetivamente, as diferentes formas de comunicação de resultados de pesquisa (livros, capítulos de livro e artigos em periódico) (D5)
Sobre os desdobramentos em rede Não resta dúvida que para ser avaliada qualquer ação tem que ser visível. Um parâmetro das orientações é o próprio aluno, ou seja, não só quantos orientandos, mas os caminhos seguidos por eles, se mestrado e/ou doutorado, etc... (D7) Quanto à docência, acho que deveria ser considerado não apenas o número de orientações concluídas, mas também a inserção dessas pessoas, de certa forma, a árvore que se criou a partir dela – se produzindo novos conhecimentos, se estão formando mais gente.... Acredito que isso é algo a mais longo prazo, mas deveria ser feito (D8)
Os sistemas de avaliação poderiam considerar: a produção individual dos alunos e egressos da pós-graduação na forma de publicações (científica e técnico-científica), de comunicações em eventos científicos, em assessorias e consultorias; a inserção profissional dos alunos e egressos em instituições de ensino superior, em instituições de pesquisa e em instituições que devem formular e implementar políticas públicas; (D5) os trabalhos de divulgação técnico-científica como itens importantes de “produção” e não como “irmã menor” dos trabalhos publicados em periódicos científicos. Esses são itens que indicam a Inserção Social a qual, considero, deve ser mais valorizada na Ficha de Avaliação da CAPES para a área de psicologia. (D5)
Penso que, a inclusão desta perspectiva de entrelaçamento dos produtos (a framework de projetos, pesquisas), cujas redes efetivas de pesquisa são o sinal mais evidente, contudo não necessariamente aplicável ou “objetivável”, seria um modo de avaliar a contribuição. Tal perspectiva não está isenta do desafio de implementar dispositivos qualitativos que produzam o mínimo possível de injustiça. Um olhar qualitativo sobre o Lattes pode ser uma via promissora? (D11)
Sobre a valorização da inovação Que eles não ficassem restritos a sistemas cumulativos quantitativos, mas que fossem criadas ferramentas mais dinâmicas de avaliação qualitativa dos processos, movimentos e inovações feitas pelo pesquisador. Deveriam contemplar a produção de rupturas, de mudanças teóricas e conceituais produzidas pelo trabalho de pesquisa.(D9)
Acredito que deva existir uma maior flexibilidade em julgar o que é produzido e não ter critérios rígidos, pensando tanto na inovação de conhecimentos, que é uma forma nova de enxergar, derivada de nossas várias pesquisas de iniciação científica à pós-graduação (D8)
Em suma, há reconhecimento: • Da necessidade de avaliação da produtividade. • 2. De que tornar público os resultados de pesquisa, em qualquer nível da formação profissional, é dever ético-político
Mas, parece haver consenso, também, que o sistema de avaliação: • Não pode pautar-se apenas na análise da produção bibliográfica; • 2. Deve levar em consideração: • - a diversidade intra-área; • - o impacto da “produção” em termos de formação de redes e capacidade transformativa do conhecimento gerado; • - o fator inovação e produção de novos conhecimentos