230 likes | 392 Views
Aspectos da Manutenção do Doador de Órgãos. Paciente em Coma Profundo. Não. Diagnóstico Conhecido ??. Investigação Diagnóstica. Sim. Há Condições de Exceção ?? Choques, hipotermia, drogas depressoras SNC. Conduta Expectante ( Reavaliar ). Não. Tratar. Exame Neurológico
E N D
Aspectos da Manutenção • do Doador de Órgãos
Paciente em Coma Profundo Não Diagnóstico Conhecido ?? Investigação Diagnóstica Sim Há Condições de Exceção ?? Choques, hipotermia, drogas depressoras SNC Conduta Expectante ( Reavaliar ) Não Tratar Exame Neurológico Ausência de funções corticai e do tronco Requer confirmação por Exames Complementares ?? Por razões clínicas, Por problemas médico-legais, Doação de Órgãos Observação por tempo adequado??(24h) Sim Sim Sim Confirmação de Morte Encefálica ?? ÓBITO Morte Encefálica – Fluxograma Diagnóstico
Morte Encefálica – Aspectos Fisiopatológicos • “Tempestade Autonômica” : • # atividade parasimpática exagerada (autolimitada) • Conseqüência principal = HIPOTENSÃO ARTERIAL. • # Liberação de catecolaminas das Suprarrenais e terminações nervosas. • Aumento na RVS e PAM • Aumento do trabalho cardíaco • Queda no DC • Redistribuição do volume intravascular (veias e pulmões) • Pode haver IAM, IM aguda e aumento nas pressões de AE levando à ruptura de capilares pulmonares, resultando em Edema Pulmonar Neurogênico.
Morte Encefálica – Aspectos Fisiopatológicos • A) “Tempestade Autonômica” : • # Ao Nível Celular : • - Queda na produção de ATP (substrato energético celular); • - Liberação de radicais livres; • - Manifestações difusas nos vários órgãos : • *Coração : infartos focais, edema e infiltrado de fibras musculares; • *Pulmões : perda de integridade do endotélio capilar pulmonar; • *Rins : necrose celular difusa; • *Fígado : grande reserva fisiológica, pouco acometimento do órgão.
Morte Encefálica – Aspectos Fisiopatológicos • B) O Eixo Hipotalâmico – Hipofisário : • Perda da capacidade de secreção de ADH – diabetes insipidus; • poliúria, ↑ Na, ↓Ca, ↓K e ↓ Mg; • ↑ na secreção de renina e aldosterona – hipotensão, ↑Na, ↓K; • Perda do controle termoregulador do Hipotálamo levando à hipotermia; • Perda do tônus vasomotor – agrava hipotensão; • Disfunção na porção anterior da Hipófise ↓ a secreção de outros hormônios : cortisol, insulina, hormônios tireoidianos ( TSH, T3 e T4 ). • ↓ T3 inibi progressivamente o metabolismo aeróbico - lesão mitocondrial irreversível.
Morte Encefálica – Aspectos Fisiopatológicos • C) Alterações no Sistema de Coagulação : • - Pode ocorrer CIVD - tecido de necrose encefálico - liberação do fator ativador do plasminogênio; • - > sangramento - uso de catecolaminas em doses elevadas - comprometimento da função plaquetária;
Morte Encefálica – Implicações • The Interleukin-6 / Interleukin-6 Receptor System is Activated in Donor Hearts. • Plenz et al. JACC vol. 39, n° 09, 2002 • - Morte encefálica provoca tempestade neurohormonal e de citocinas próinflamatórias; • - Insuficiência Cardíaca é mediada por Citocinas (IL-6, IL-1 e TNF); • - Interleucina-6 e seu receptor estão envolvidos no processo de falência miocárdica e • estão moduladas na remodelação ventricular com implante de DAV; • - A IL-6 está associada com disfunção precoce do enxerto após o transplante cardíaco • na ausência de rejeição celular; • - A terapia de reposição hormonal (Corticosteróides, Triiodotironina e Vasopressina) influencia de maneira antagonista os efeitos da IL-6.
Morte Encefálica Detecção do potencial doador Avaliação Manutenção Processo De Doação Diagnóstico de Morte encefálica Transplante Consentimento familiar Remoção de órgãos e tecidos Documentoação de morte encefálica Aspectos da logística de captação
Morte Encefálica • Causas de não efetivação de potenciais doadores: • Falta de notificação • # desconhecimento • # falta de credibilidade no transplante • # dificuldade na realização do diagnóstico de ME • Recusa familiar • # duvidas no diagnóstico • # desconhecer a vontade prévia do familiar em doar • # causas religiosas • # entrevista inadequada • # dificuldades de interação com equipe que o assistiu.
Morte Encefálica • Causas de não efetivação de potenciais doadores: • Parada Cardíaca • # parada cardíaca irreversível durante o processo de doação • Contra-indicação médica • # 15 a 30% - tumores / septicemia / sorologias + • Problemas logísticos • # 5 a 10 % - falta de leitos de UTI / falta de exames laboratoriais (sorologias) / falta de equipamentos para o diagnóstico de ME / impossibilidade de transporte do doador
Morte Encefálica – Manutenção • Monitoramento: • Cardíaco contínuo; • Saturação de oxigênio; • Pressão arterial; • Pressão venosa central; • Equilíbrio hidroeletrolítico; • Equilíbrio ácido-base; • Débito urinário; • Temperatura corporal.
Morte Encefálica – Manutenção • Cuidados imediatos: • Reposição de volume; • Infusão de drogas vasoativas; • Oxigenação adequada; • Manutenção do equilibrioácido-base; • Manutenção da temperatura (>35°C); • Prevenir ou tratar infecções.
Morte Encefálica • Exames para avaliação do doador:
Antibióticos de Amplo Espectro Correção de Alterações Gasimétricas e Alterações Metabólicas Uso de Corticóides (metilprednisolona) Controle da Glicemia e do Diabetes Insipidus Otimização dos Enxertos Controle da Hipotermia Reposição Hormonal Ajuste da Volemia e Manutenção da Pressão Manutenção da Função Renal Correção da Anemia e Controle do Sangramento Morte Encefálica – Manutenção do Doador
1. Antibiótico • Largo espectro • 2. Controle de Hipotermia • Colchão térmico / fluidos aquecidos / ar aquecido • 3. Ajuste da volemia • PVC 6-10 mmHg • 4. Controle de gases • pO2 > 80 mmHg / SO2 > 95% / pCO2 > 30-35 mmHg • 5. Controle metabólico • pH / Na / Ca / Mg / glicemia • 6. Controle da anemia • Ht < 30% e Hb < 10 Morte Encefálica – Manutenção
Morte Encefálica – Manutenção • Reposição Hormonal • T3 – 4 µg + infusão de 3 µg/h • T4 – 10 µg + infusão contínua de 4 a 12 µg/min • (SG 5% 500ml + 200 µg de T4) • Objetivo:- a reposição hormonal com reposição de hormônio tireoidiano é recomendada na recuperação de doadores limítrofes.
Morte Encefálica – Manutenção • Emprego de Corticosteróides • Metilpredinisolona 15 mg/Kg EV • Dose única
Morte Encefálica – Manutenção • Diabetes insípido • Polaciúria (> 7mL/Kg/h) • Vasopressina (pitressina) • 10 u em 250 ml de SG – 5 u/h • Desmopressina (DDAVP) • 2-6 µg a cada 6 ou 8h
Doação – Retirada de Órgãos • Seqüência de atuação das equipes: • Coração e pulmões; • Fígado; • Pâncreas; • Intestino delgado; • Rins; • Enxertos vasculares (artérias e veias); • Córnea, pele e outros tecidos.
Morte Encefálica • Tempo de Isquemia fria relativo a cada órgão:
Seqüência de retirada: • Equipe de anestesia: controle clínico e hemodinâmico; • Equipe de cirurgia cardíaca e pulmão: esternotomia e inspeção dos órgãos intratorácicos; • Equipes de fígado, pâncreas, intestino e rim: abertura da parede abdominal e inspeção dos órgãos intra-abdominais. Dissecção e reparo dos vasos para posterior perfusão; • Equipes de coração e pulmão iniciam a dissecção dos órgãos intratorácicos e retirada; • Equipes de fígado e pâncreas complementam as dissecções; • Equipe do rim atua após a retirada dos outros órgãos intra-abdominais. Doação – Retirada de Órgãos
Seqüência de retirada: • Preparo dos vasos para canulação e perfusão: • Dissecção e reparo da aorta infra-renal • Dissecção e reparo da mesentérica superior ou inferior • Anticoagulação (400 ui/Kg de heparina endovenosa); • Canulação, perfusão e hipotermia dos órgãos intratorácicos; • Canulação, perfusão e hipotermia dos órgãos intra-abdominais; • Retirada dos órgãos. Doação – Retirada de Órgãos
Soluções de preservação: • Coração e Pulmão: • Solução de Saint Thomas 1 e Saint Thomas 2 (Plegisol); • Solução de perfusão pulmonar com dextran e K na dosagem igual a do plasma (Perfadex). • Órgãos intra-abdominais: • Solução de Wisconsin (UW); • Solução de Euro Collins. Doação – Retirada de Órgãos