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TERAPIA NUTRICIONAL. Nutricionista Fabiana Nunes Ferreira Projeto de Gestão Hospitalar em Terapia Nutricional Hospital Geral Semiu. Terapia nutricional.
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TERAPIA NUTRICIONAL Nutricionista Fabiana Nunes Ferreira Projeto de Gestão Hospitalar em Terapia Nutricional Hospital Geral Semiu
Terapia nutricional • Conjunto de procedimentos terapêuticos para a manutenção ou recuperação do estado nutricional do paciente por meio da Nutrição Parenteral ou Enteral • Portaria 337, de 14 de abril de 1999 • O objetivo da terapia nutricional é manter ou melhorar o estado nutricional e evitar as conseqüências adversas da desnutrição • Matarese, L.E.Contemporary Nutrition Support Practice,1998
Indicação: • Quem deve receber, como? • Quando deve ser iniciada? • Avaliar no paciente: • A capacidade de se alimentar • O estado nutricional • O funcionamento do TGI • O nível de stress e gravidade da doença • McClave, AS et al, CHEST, 1999 • Matarese, L.E.Contemporary Nutrition Support Practice,1998
Avaliação do TGI • Se o intestino funciona, use-o! • Instabilidade hemodinâmica ou terapia vasoativa risco de isquemia intestinal • Deve-se avaliar: • risco de isquemia • motilidade gástrica distensão, náusea, vômito, volume residual de dieta • motilidade do cólon passagem do bolo fecal e flatus • motilidade do intestino delgado auscuta de ruídos • McClave, AS et al, CHEST, 1999
Opções na Terapia Nutricional • Via Oral • Preferencial, mais fisiológica • Via Enteral • Via oral insuficiente ou contra indicada, uso do TGI possível • Via Parenteral • Impossibilidade de uso do TGI
Nutrição via oral • Primeira a ser incentivada • Natural e fisiológica • TGI funcionante • Alterações de consistência, textura • Uso de suplementos* e módulos • Associação com nutrição enteral • * Silk, Nutrtrition,1999
Indicações Gerais para Terapia Nutricional enteral • A terapia nutricional enteral tenta prevenir a deterioração do estado nutricional, assim como, também é efetiva para minimizar as complicações do jejum prolongado.
Vias de acesso enteral • Fatores a serem considerados: • Previsão do tempo de terapia • Risco de aspiração • Vias: • Nasogástrica/Orogástrica • Nasoduodenal/Oroduodenal • Nasojejunal/Orojejunal • Gastrostomia • Jejunostomia
Avaliação Nutricional • Os dados antropométricos podem estar alterados devido ao excesso de água corpórea, secundário, por exemplo, à hipoalbuminemia. • A identificação da desnutrição protéico- calórica é feita por meio da história clínica/exame físico, perda ponderal, concentrações séricas de albumina e índica nutricional • A oferta calórica é calculada em relação ao valor estimado para o metabolismo basal. • Equação de Harris Benedict: Peso atual? • “Regra de Bolso”: 25 a 35 calorias/kg/dia
Necessidades Protéicas • Variam de acordo com o “stress” metabólico, sendo mais alta quanto maior for o grau de stress.
Tipo de Dieta • Polimérica: sua proteínas são intactas e necessitam que as funções digestivas e absortivas estejam íntegras. • Semi-elementares: suas proteínas estão extensamente hidrolisadas, são “pré digeridas” e desta forma facilmente absorvidas. • Elementares: suas proteínas são a base de aminoácidos sintéticos, requer mínima função intestinal para digestão e absorção. Não formam muito resíduo • Dietas modulares: estão disponíveis como fórmulas com nutrientes individuais e que podem ser adicionados em dietas preexistentes.
Escolha da Fórmula Enteral • Evitar associações rápidas e superficiais do tipo “paciente com insuficiência renal recebe dieta para nefropata”. • Avaliar as necessidades proteico-calóricas adequadamente, levando sempre em consideração as condições clínicas do paciente e suas necessidades para aquele momento metabólico. • Restrição protéica para o paciente com Insuficiência Renal somente na Insuficiência Renal Crônica sem stress metabólico. Insuficiência Renal Aguda geralmente está associada a um evento hipercatabólico, onde as necessidades protéicas estão aumentadas!!!ATENÇÃO
Escolha da Fórmula Enteral • Indica-se a fórmula elementar nos pacientes que permaneceram tempos prolongados em jejum, quando se espera algum grau de atrofia da mucosa intestinal e um risco de intolerância.
Monitoramento da Terapia Nutricional • Clínica: -Diariamente, observar grau de hidratação do paciente, sinais de distúrbios hidroeletrolíticos, ocorrência de edema, alterações do nível de consciência, curva glicêmica, curva térmica, número de evacuações e propedêutica abdominal. Observar controle de diurese e balanço hídrico.
Monitoramento da Terapia Nutricional • Laboratorial: • Ao se instituir a Terapia Nutricional, além da dosagem eletrolítica, do hemograma, da função renal e da dosagem das proteínas plasmáticas, deve-se também solicitar dosagem de colesterol total e triglicérides, como parte da avaliação nutricional inicial.
Administração • Iniciar e progredir o aporte calórico, observando sempre a tolerância do paciente, até que as necessidades calóricas programadas sejam atingidas. • Solicitar à equipe de enfermagem que anote corretamente o horário da administração da dieta, e eventuais intercorrências.
Complicações Frequentes em TNE • DIARRÉIA – Presença de pelo menos 3 ou mais episódios de evacuações líquidas/d, por pelo menos 2 dias consecutivos ou volume diário > 500ml de fezes por 2 dias consecutivos. • Etiologia: • Parasitas, microorganismos, antibióticos, doenças (Sínd má absorção, doença inflamatória intestinal),hipoalbuminemia, osmolaridade de medicamentos(K e fósforo e dieta, tx de administração da dieta, contaminação da dieta. • Orienta-se não suspender imediatamente a TNE, mas tentar adequar a administração (mais lenta, em bomba de infusão), ou a fórmula em uso às condições clínicas do paciente, bem como identificar a causa da diarréia.
Complicações Frequentes em TNE • Vômitos ou resíduo gástrico alto, orienta-se a suspensão imediata da TNE se houver risco de broncoaspiração, ou diminuição temporária do aporte calórico-proteico programado. Também orientamos a prescrição de procinéticos, caso se mantenha, avaliar a passagem de sonda pós pilórica.
Terapia Nutricional Enteral • A terapia nutricional tem tido grande impacto na evolução do paciente grave. Sua escolha e manuseio, no entanto, têm sido alvo de dúvidas freqüentes, principalmente no paciente crítico. Sendo assim, a escolha da terapia nutricional a ser realizada, bem como sua via de administração deve levar em conta o quadro clínico e as condições gerais do paciente. De maneira geral, a oferta calórica deverá atender as necessidades basais do paciente e a protéica fornecer substratos à síntese protéica.