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PORTEIRA FECHADA Cyro Martins. Apresentação: Profª Alexandra Oliveira. CYRO MARTINS. “Quero salientar que nunca quis contribuir com a ampliação da mentira do monarca das coxilhas. Nunca trarei o gaúcho como personagem em estilo ufanista. Pelo contrário,
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PORTEIRA FECHADACyro Martins Apresentação: Profª Alexandra Oliveira
CYRO MARTINS “Quero salientar que nunca quis contribuir com a ampliação da mentira do monarca das coxilhas. Nunca trarei o gaúcho como personagem em estilo ufanista. Pelo contrário, procurei ser realista, para poder ser útil de alguma forma" (Cyro Martins).
CYRO MARTINS • Nasceu em Quaraí/RS em 05/08/1908; • Primeiros artigos e contos aos 15 anos; • 1928 (19 anos) Fac. de Medicina POA; • 1935 usa o termo “gaúcho a pé”; • Casou-se duas vezes; • Especializou-se em neurologia no RJ; • Trabalhou no Hosp. São Pedro em POA;
CYRO MARTINS • 1951 vai a Buenos Aires especializar-se em psicanálise; • 1957, é eleito presidente da Sociedade de Neurologia, Psiquiatria e Neurocirurgia; • De 1958 a 1964 tem vários trabalhos científicos traduzidos para o espanhol e o alemão. • A vida deu-lhe cancha para reformular, com seu editor, toda a sua obra de ficção e ciência, antes de falecer em 15 de dezembro de 1995, em Porto Alegre. • Zaira Meneghello, sua mulher, e os filhos, acompanhados por amigos, médicos e escritores, instituíram em novembro de 1997, o Centro de Estudos de Literatura e Psicanálise Cyro Martins, que vai cuidar da vasta obra que Cyro Martins nos legou e promover estudos a partir dela.
Ficção • Campo fora (contos) - 1934 • Sem rumo (romance) - 1937* • Enquanto as águas correm (romance) - 1939 • Um menino vai para o colégio (novela) - 1942 • Porteira fechada (romance) - 1944* • Estrada nova (romance) - 1954* • A entrevista (contos) - 1968 • Rodeio (contos e estampas) - 1976 • Sombras na correnteza (romance) - 1979 • A dama do saladeiro (contos) - 1980 • O príncipe da vila (novela) - 1982 • Gaúchos no obelisco (romance) - 1984 • Na curva do arco-íris (romance) - 1985 • O professor (romance) - 1988 • Um sorriso para o destino (novela) - 1991 • Você deve desistir, Osvaldo (contos) - 2000 Ensaios • Do mito à verdade científica (Estudos Psicanalíticos) - 1964 • Perspectivas da Relação Médico-Paciente - 1979 • Escritores gaúchos - 1981 • O mundo em que vivemos - 1983 • A mulher na sociedade atual - 1984 • Caminhos (ensaios psicanalíticos) - 1993 • Páginas soltas - 1994 Memórias • Para início de conversa - 1990 (com Abrão Slavutzky)
Capitulo I • Cel. Fagundes; • Esposa Fausta; • João Biga (carregador do morto); • Anúncio da morte de João Guedes;
CAPÍTULO II • Apresentação de João Guedes, a esposa Maria José e os filhos – Lelo, Tita, Isabel, Picucha e Aurora; • Júlio Bica comprou as terras de Bento e João Guedes teria de ir embora;
CAPÍTULO III e IV • Maria José fica sabendo que terá de ir embora; • João Guedes fica muito triste e devaneia;
CAPÍTULO V • D. Luisa era esposa do sr. Bento; • Nicácio empregado da família traz a notícia a João Guedes que o sr. Bento se matou;
CAPÍTULO VI • Apoio de João Guedes à família do morto; • Maria José e Gertrudes cuidam do velório;
CAPÍTULO VII • Gertrudes Personagem funesta; • Viúva de Teles (morto por um raio); • Fofoqueira; • “espiritualizada”;
CAPÍTULO VIII • Velório de João Guedes; • Saudades do passado; Eusébio Manco: - “O fim de todos nós é lá na cidade, aperreados naquele chiqueiro”
CAPÍTULO IX • Querubina (prima de Maria José); • Maria José era órfã e tivera padrinhos ricos; • Querubina era pobre; • Houve uma inversão de posições;
CAPÍTULO X • Saudosismo, encontro de Guedes, Cel. Fagundes e Quevedo no bolicho (venda) do coronel;
CAPÍTULO XI • João Guedes (velho e asmático) passa a roubar ovelhas; • Maria José costurava; • Filha Isabel foge de casa com Ademar (filho do cel. Fagundes); • Fagundes pede ajuda a Ramiro;
CAPÍTULO XII • João Guedes foi preso roubando ovelhas;
CAPÍTULO XIII • Apresentação da vida de Quevedo e sua família: Lilico e Marcolina
CAPÍTULO XIV • Características de D. Gertrudes;
CAPÍTULO XV • Vida de João Guedes na cadeia: Sensação de segurança; Sensação de saciedade; Mateava, pitava, comia e dormia. • Morte da filha Tita por tuberculose;
CAPÍTULO XVI • Venda do cavalo “mouro”; • Maria José perde a clientela da costura, pois esta temia pegar tuberculose;
CAPÍTULO XVII • Preocupação de J. Guedes com o sustento; • História de João Biga;
CAPÍTULO XVIII • História do Cel. Ramiro; • Morte de Alcides Viana (Jornal);
CAPÍTULOS XIX e XX • Tentativa de enforcamento do cel. Fagundes; • Delírios, alucinações e inquietudes; • Polícia foi chamada para conter o cel. que fora carregado preso;
CAPÍTULO XXI • Detalhes do velório de João Guedes;
CAPÍTULO XXII • Desfecho com a paisagem dos campos; • Paz, desabitação; • Animais soltos e felizes;
O MITO DO GAÚCHO • Sem lei nem rei; • Mestiço (português, espanhol, índio); • Monarca das coxilhas; • Sintonia com os animais; • Cavaleiro perfeito; • Herói farroupilha; • Peão de estância; • Livre por natureza;
O MITO DO GAÚCHO • Apegado à terra; • Dividido entre as lides campeiras e as guerras; • Aventureiro; • Nobre; • Andejo; • Insubmisso; • Alimenta-se bem; • Diverte-se dançando, cantando, contando causos, jogando...
O GAÚCHO “A PÉ” • Coroas da miséria; • O gaúcho arrancado de seu chão; • Sem trabalho; • Sem condições de viver; • Marginalizado; • Nostálgico; • Apenas sobrevive; • Abandonado à própria sorte;
O “GAÚCHO A PÉ” • os tempos heróicos só são conhecidos através da história; • Tem medo, desesperança, covardia frente às mudanças; • Ingênuo, desmotivado; • Não consegue se libertar do passado; • Carente de espírito guerreiro; • Afastado de seu código de honra; • Sem fibra, sem liberdade.
“centauro dos pampas” personagem recriado por Simões Lopes Neto através de Blau Nunes
“gaúcho a pé” personagem nascido na obra de Cyro Martins através de Chiru, João Guedes e Janguta
CONSIDERAÇÕES FINAIS O gaúcho, como personagem na literatura gaúcha teve um processo de evolução descendente nos atos de heroísmo; Simões Lopes Neto tem papel importante na construção do mito do gaúcho; Cyro Martins mostra um gaúcho cuja realidade não favorece o papel de herói;