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Martins Pena. Juiz de Paz na Roça. O Juiz de Paz da Roça (1838) é a primeira peça de Martins Pena ( 1815- 1848) a ser representada, em 4 de outubro de 1838 pela companhia teatral de joão Caetano ( 1808- 1863). É considerada a primeira Comédia de Costumes brasileira.
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Juiz de Paz na Roça • O Juiz de Paz da Roça (1838) é a primeira peça de Martins Pena ( 1815- 1848) a ser representada, em 4 de outubro de 1838 pela companhia teatral de joão Caetano ( 1808- 1863). • É considerada a primeira Comédia de Costumes brasileira. • Ato único com 23 cenas (incluindo a Cena Última) • O momento histórico da ação é o mesmo da Revolução Farroupilha, acontecida no Rio Grande do Sul, em 1834: é da convocação militar que José, noivo de Aninha, vem fugindo. • O casamento seria justificativa legal para seu não recrutamento.
Juiz de Paz na Roça • A família de Manoel João (incluindo o negro Agostinho) mais José da Fonseca formam o núcleo mais importante da peça. Os outros personagens são roceiros que servem para apresentar ao juiz de paz as esdrúxulas situações que ele deve resolver. • A história trata de uma sátira à aplicação da justiça nas províncias remotas do Segundo Império, denunciando a corrupção e o abuso das autoridades. • Sem dúvida foi esse o motivo do estrondoso sucesso da sua primeira encenação, em 1848. • Faz menção à Guerra dos Farroupilhas, ao contrabando de escravos e outras mazelas sociais.
Juiz de Paz na Roça • As cenas são curtas, tendo apenas a extensão necessária para o desenrolar dos fatos. • Tudo é essencial, econômico, importante, inclusive as rubricas. • O autor demonstra aqui a consciência de que o teatro é encenação, é para ser visto principalmente. • Isso explica a importância de se lembrar que o José (veja a simplicidade dos nomes) veste roupas brancas.
Juiz de Paz na Roça • As personagens de Martins Pena são pessoas comuns em situações do dia-a-dia, como casamentos, festas, envolvidas em pequenas intrigas domésticas etc: juiz de Paz; escrivão do Juiz de Paz; Manuel João; Maria Rosa; Aninha; José da Fonseca; lavradores. • As características do roceiro podem exemplificar o folclórico e o nacional como fontes de inspiração para o teatro. • Não há a criação de um herói nacional como reflexo do nacionalismo nos moldes das literaturas européias, mas, antes, o herói romântico (José) é remido pelo casamento, legitimado como segurança de vida.
Comédia de Costumes • A comédia de costumes caracteriza-se pela criação de tipos e situações de época, com uma sutil Sátira Social. • Proporciona uma análise dos comportamentos humanos e dos costumes num determinado contexto social, tratando freqüentemente de amores ilícitos, da violação de certas normas de conduta, ou de qualquer outro assunto, sempre subordinados a uma atmosfera cômica.
Comédia de Costumes • A trama desenvolve-se a partir dos códigos sociais existentes, ou da sua ausência, na sociedade retratada. • As principais preocupações dos personagens são a vida amorosa, o dinheiro e o desejo de ascensão social. • O tom é predominantemente satírico, espirituoso e cômico, oscilando entre o diálogo vivo e cheio de ironia e uma linguagem às vezes conivente com a amoralidade dos costumes.
Comédia de Costumes • A comédia de costumes é o gênero mais característico do Teatro brasileiro. • O escritor francês Molière é considerado o criador da comédia de costumes. • No Brasil, o principal representante, e pioneiro do gênero, é Martins Pena, que caracterizou com bom humor as graças e desventuras da sociedade brasileira. • Arthur Azevedo, autor muito popular e que retratou os costumes da sociedade brasileira do final da Monarquia e início da República, foi o consolidador do gênero introduzido por Martins Pena.
Comédia de Costumes Molière Arthur de Azevedo