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REDAÇÃO – 2º ABC Ensino Médio Professores: Ana Cláudia e Bruno

&. REDAÇÃO – 2º ABC Ensino Médio Professores: Ana Cláudia e Bruno. PARA RELEMBRAR. COSTA, Sérgio Roberto. Dicionário de Gêneros Textuais. 2 ed. rev. ampl . Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2009 . . As características do artigo de opinião são: Contém um título polêmico ou provocador.

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REDAÇÃO – 2º ABC Ensino Médio Professores: Ana Cláudia e Bruno

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    REDAÇÃO – 2º ABC Ensino Médio Professores: Ana Cláudia e Bruno

  2. PARA RELEMBRAR COSTA, Sérgio Roberto. Dicionário de Gêneros Textuais. 2 ed. rev. ampl. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2009.
  3. As características do artigo de opinião são: Contém um título polêmico ou provocador. Expõe uma ideia ou ponto de vista sobre determinado assunto. Apresenta três partes (basicamente): exposição, interpretação e opinião. Utiliza verbos predominantemente no presente. Utiliza linguagem objetiva (3ª pessoa) ou subjetiva (1ª pessoa). Procedimentos argumentativos de um artigo de opinião: Relações de causa e consequência. Comparações entre épocas e lugares. Retrocesso por meio da narração de um fato. Antecipação de uma possível crítica do leitor, construindo antecipadamente os contra-argumentos. Estabelecimento de interlocução com o leitor. Produção de afirmações radicais, de efeito.
  4. PROPOSIÇÃO Brasil, país do Carnaval. Blocos de rua se espalham pelo país, trios elétricos movimentam Salvador, as grandes campeãs levam multidões ao sambódromo nas capitais paulista e carioca. Brasil, país do futebol. Em 2014, os olhos do mundo se voltam para a "pátria de chuteiras", berço de atletas internacionalmente conhecidos como Kaká, Neymar, Pato - para não citar o Rei Pelé. Nossa habilidade no esporte é inegável; nosso futebol arte, reverenciado. No entanto, enquanto vivenciamos momentos de alegria que nos fazem diferentes culturalmente de outros povos, entidades que atuam em prol dos direitos humanos trabalham para alertar pessoas sobre os perigos da atuação das redes de crime organizado, que aproveitam de ocasiões como estas para captar mais vítimas.
  5. Não é à toa que seja justamente "Fraternidade e Tráfico Humano" o tema da Campanha da Fraternidade deste ano, lançada pela Confederação Nacional do Bispos do Brasil (CNBB), no dia 5 de março. No ano passado, juntamente com o Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crimes (Unodc), o Ministério da Justiça lançou a campanha Coração Azul, que aborda o mesmo tema. O país inteiro veste seus abadás e vestirá, logo, verde e amarelo, mas quantos será que têm conhecimento da importância de vestir o azul em seus corações? Qual a consciência dos brasileiros sobre esse assunto, suas causas e desdobramentos? E quanto às políticas públicas, o que tem sido feito? Pensando nisso e levando em consideração os textos de apoio e os vídeos apresentados, redija um ARTIGO DE OPINIÃO sobre o tema: “Tráfico humano e conscientização”.
  6. Significado do cartaz 1-O cartaz da Campanha da Fraternidade quer refletir a crueldade do tráfico humano. As mãos acorrentadas e estendidas simbolizam a situação de dominação e exploração dos irmãos e irmãs traficados e o seu sentimento de impotência perante os traficantes. A mão que sustenta as correntes representa a força coercitiva do tráfico, que explora vítimas que estão distantes de sua terra, de sua família e de sua gente. 2-Essa situação rompe com o projeto de vida na liberdade e na paz e viola a dignidade e os direitos do ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus. 3-As correntes rompidas e envoltas em luz revigoram a vida sofrida das pessoas dominadas por esse crime e apontam para a esperança de libertação do tráfico humano. 4-A maioria das pessoas traficadas é pobre ou está em situação de grande vulnerabilidade. As redes criminosas do tráfico valem-se dessa condição, que facilita o aliciamento com enganosas promessas de vida mais digna. Uma vez nas mãos dos traficantes, mulheres, homens e crianças, adolescentes e jovens são explorados em atividades contra a própria vontade e por meios violentos. (Fonte: CF 2014).
  7. A REALIDADE DO TH TráficoHumano e suasramificações
  8. Terminologia - Tráfico humano ou tráfico de seres humanos ou tráfico de pessoas refere-se à mesma exploração em consequência de violações dos direitos das pessoas.  É uma ofensa aos direitos humanos porque oprime e escraviza a pessoa, ferindo sua dignidade e evidenciando diversas violações de direitos presentes na sociedade contemporânea.  Nos países de língua espanhola, esse crime é conhecido como trata de personas, os países de língua inglesa o denominam de trafficking in persons. No Brasil, a terminologia mais utilizada é tráfico de seres humanos ou escravidão moderna.
  9. O tráfico humano é um crime que atenta contra a dignidade da pessoa humana, já que explora o filho e a filha de Deus, limita suas liberdades, despreza sua honra, agride seu amor próprio, ameaça e subtrai sua vida, quer seja da mulher, da criança, do adolescente, do trabalhador ou da trabalhadora — de cidadãs e cidadãos que, fragilizados por sua condição socioeconômica e/ou por suas escolhas, tornam-se alvo fácil para as ações criminosas de traficantes.
  10. Compreendido como um dos problemas mais graves da humanidade; Segundo o Papa Francisco: “O tráfico de pessoas é uma atividade ignóbil, uma vergonha para as nossas sociedades que se dizem civilizadas!” O Tráfico Humano gera outras atividades igualmente perniciosas contra a dignidade humana.
  11. TRÁFICO HUMANO: CARACTERÍSTICAS
  12. Crime organizado – estrutura sofisticada e capitalizada, favorecendo os “serviços”; Invisibilidade – é um crime que não se evidencia – vitimas não denunciam;
  13. Rotas - existem várias rotas internas e internacionais - costumam sair do interior dos estados em direção aos grandes centros urbanos ou às regiões de fronteira internacional;
  14. Aliciamento e coação – é uma prática comum – abordagem sobre a esperança de melhoria de vida – camuflam outras atividades ilegais; Perfil dos aliciadores – conhecido da vítima, poder de convencimento – por vezes é também vitima – atraem com proposta de emprego. No caso do trabalho escravo temos o gato; Perfil da Vítimas - normalmente, encontram-se em situação de vulnerabilidade, na maioria dos casos, por dificuldades econômicas ou por estarem em mobilidade.
  15. TRÁFICO HUMANO: MODALIDADES/ DADOS
  16. Tráfico para a exploração do trabalho; Tráfico para a exploração sexual; Tráfico para a extração de órgãos; Tráfico de crianças e adolescentes.
  17. Segundo a ONG WalkFreesão 30 milhões de pessoas no mundo exploradas no tráfico humano. Segundo a OIT são 21 milhões de pessoas no mundo e 1,8 milhão na América Latina; Vitimas: 74% adultos (15,4 milhões) – 26 % abaixo de 18 anos (5,6 milhões); Gênero: 55 % mulheres e 45 % homens Principais Países/tráfico humano: Índia – 14 milhões China – 3 milhões Paquistão – 2,1 milhões Nigéria – 705 mil pessoas Etiópia - 650 mil pessoas Atividades: trabalho escravo/exploração sexual/casamento forçado.
  18. TRÁFICO HUMANO E GLOBALIZAÇÃO
  19. Nunca houve tantos escravos na história da humanidade como hoje: são as vítimas contemporâneas do tráfico humano. A prática perversa de explorar alguém em condições degradantes, permanece nos modernos esquemas da economia global. O Tráfico humano tem uma história no Brasil e no mundo.
  20. As pessoas normalmente migram em busca melhores oportunidades de vida. A competição na economia globalizada vem se acirrando nas últimas décadas, implicando na redução de postos de trabalho e precarização das condições laborais. Resulta no crescimento das migrações por todo o mundo.
  21. PROTOCOLO DE PALERMO (2000) O recrutamento, o transporte, a transferência, o alojamento ou o acolhimento de pessoas, recorrendo à ameaça ou uso da força ou a outras formas de coação, ao rapto, à fraude, ao engano, ao abuso de autoridade ou à situação de vulnerabilidade ou à entrega ou aceitação de pagamentos ou benefícios para obter o consentimento de uma pessoa que tenha autoridade sobre outra para fins de exploração.
  22. Divulgação da Campanha #MeuCorpoMeusDireitos Carnaval 2014
  23. HumanRightsWatché uma organização internacional não-governamental que defende e realiza pesquisas sobre os direitos humanos.
  24. OUTRAS CAMPANHAS Campanha de Prevenção e Combate ao Trabalho Escravo, da CPT (Comissão Pastoral da Terra). Campanha de prevenção do tráfico de pessoas e exploração sexual no país da CRB (Conferência dos Religiosos do Brasil).
  25. Uma iniciativa de conscientização para lutar contra o tráfico de pessoas e seu impacto na sociedade. A campanha Coração Azul busca encorajar a participação em massa e servir de inspiração para medidas que ajudem a acabar com o tráfico de pessoas. A campanha permite que todas as pessoas demonstrem sua solidariedade com as vítimas do tráfico de pessoas, usando o Coração Azul.
  26. A DIGNIDADE E OS DIREITOS HUMANOS
  27. Existem (e persistem) “explicações” que tornam muitas pessoas humanamente inferiores. Essas explicações é o que justificariam o tráfico – um “favor” que se faz a essa gente. mulher criança escravo indígena deficientes homossexuais prisioneiros migrantes miseráveis
  28. DIGNIDADE E DIREITOS HUMANOS A compreensão atual da dignidade e dos direitos humanos é uma referência fundamental para o enfrentamento das situações de injustiça que atentam contra a vida das pessoas, a exemplo do tráfico humano e trabalho escravo. Antiguidade: dignidade dependia da posição social que a pessoa ocupava;
  29. A Grécia antiga considerava cidadãos somente quem pertencia à “polis”, com exceção dos escravos e das mulheres. No Direito romano a Lei das doze Tábuas pode ser considerada a origem da proteção do cidadão,da liberdade e da propriedade. Nos séculos XVII e XVIII a dignidade passou a ser compreendida como direito natural de todos os membros do gênero humano. Kant (1724-1804), entende por dignidade o inestimável, que não pode ter preço e nem servir como moeda de troca.
  30. No século XX houve o reconhecimento definitivo desta concepção da dignidade humana com a Declaração dos Direitos Humanos, em 1948, cujo artigo primeiro diz: Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade. São universais, invioláveis e inalienáveis.
  31. Reconhecimento por parte da Igreja da declaração pois volta-se para o humano. A Dignidade humana chega ao início do século XXI como patrimônio universal, expressão da consciência coletiva da humanidade. É reconhecida como qualidade intrínseca e inseparável de todo e qualquer ser humano. Toda pessoa exige um respeito que supõe um compromisso de toda sociedade na proteção e no desenvolvimento integral da sua dignidade. Dizer que a dignidade é inerente a cada pessoa significa que todos têm sua dignidade garantida individualmente, e implica no respeito à dignidade do outro.
  32. Dignidade/LiberdadeEscravizar não se limita a constranger nem a coagir a pessoa limitando sua liberdade. Escravizar é tornar o ser humano uma coisa, é retirar-lhe a humanidade, a condição de igual e a dignidade. A redução à condição análoga à de escravo atinge a liberdade do ser humano em sua acepção mais essencial e também mais abrangente: a de poder ser. A essência da liberdade é o livre arbítrio, é poder definir seu destino, tomar decisões, fazer escolhas, optar, negar, recusar. Usar todas as suas faculdades. O escravo perde o domínio sobre si, porque há outro que decide por ele. A negativa de salário e a desnutrição calculadas, no contexto de supressão da liberdade de escolha, são sinais desta atitude. Raquel Dodge(procuradora da República)
  33. METODOLOGIAS DE AÇÃO Conscientização e prevenção Denúncia e mobilização (re)Inserção social Incidência política
  34. 7 ATITUDES CONCRETAS ATENÇÃO & VIGILÂNCIA: DE OLHOS E BRAÇOS ABERTOS – ACOLHER DOCUMENTARSITUAÇÕES DE TRÁFICO HUMANO EM NOSSO MEIO - CONHECER ELABORAR DIAGNÓSTICO LOCAL – REGIONAL – NACIONAL - ENTENDER PRODUZIR E LEVAR INFORMAÇÃO PARA A COMUNIDADE - DIVULGAR MOBILIZAR E ORGANIZAR A VIGILÂNCIA DE TODOS - PREVENIR DENUNCIAR, COBRAR, CONTROLAR A AÇÃO PÚBLICA: COMITÊS, POLÍTICAS, PARTICIPAÇÃO SOCIAL, CIDADANIA: ALERTAR CONVERTERNOSSO AGIR COTIDIANO: NO TRABALHO, NO CONSUMO, NO VOTO, etc. – MUDAR/TRANSFORMAR
  35. Referências: http://anistia.org.br/ http://www.cnbb.org.br/ http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/10/1358764-pesquisa-aponta-trafico-de-pessoas-no-brasil-ate-para-futebol.shtml. Data de acesso: 04 mar 2014 http://www.hrw.org/ http://www.redebomdia.com.br/noticia/detalhe/59973/Rio+Preto+esta+na+rota+do+trafico+de+pessoas
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