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FATORES DE RISCO DA DOENÇA CORONARIANA. Dados epidemiológicos:. · Em torno de 1.100.000 pessoas anualmente são afetadas por doenças circulatórias, sendo afastadas de suas famílias e de suas profissões.
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FATORES DE RISCO DA DOENÇA CORONARIANA
Dados epidemiológicos: · Em torno de 1.100.000 pessoas anualmente são afetadas por doenças circulatórias, sendo afastadas de suas famílias e de suas profissões. · Dentro do grupo das doenças circulatórias, o infarto do miocárdio e as doenças cerebrovasculares são aquelas com maiores índices de mortalidade. · Metade das mortes é devido a infarto agudo do miocárdio (IAM).
· Ao contrário de outras doenças, onde há um período subclínico mais extenso, o infarto do miocárdio não apresenta sintomas prévios em mais de 60% dos pacientes e morrem antes de chegar ao hospital. · A duração média entre o início dos sintomas e a hospitalização é de 8 horas. · 76% das mortes ocorrem nas primeiras 6 horas e mais de 20% ocorrem na primeira hora após início dos sintomas.
· A aterosclerose é responsável por 95% dos casos de oclusão coronária aguda. · Estas características do infarto do miocárdio limitam as expectativas de sucesso da assistência médica e favorecem a perspectiva de controle dos fatores de risco para as doenças cardiovasculares.
· Quanto maior a intensidade e o tempo de exposição ao fator de risco, maior a possibilidade de se ter a doença. · O controle ou a eliminação do fator de risco reduz a probabilidade do surgimento de novos casos. Fatores de Risco São condições que predispõem uma pessoa a maior risco de desenvolver doenças do coração e dos vasos. No caso do infarto do miocárdio e das doenças cerebrovasculares, os fatores de risco cardiovascular são classificados em modificáveis ou não segundo a possibilidade de intervenção preventiva e maiores ou menores conforme a sua importância.
FATORES DE RISCO Modificáveis Maiores Menores colesterol obesidade e triglicerídeos sedentarismo diabetes personalidade HAS tensão emocional fumo outros: café, álcool hematócrito vitamina C e E ácido úrico de CO do lítio • Não Modificáveis • Historia familiar • Idade Sexo
Fatores não modificáveis (imutáveis) São fatores imutáveis aqueles que não podemos mudar e por isso não podemos tratá-los. São eles: Hereditários: filhos de pessoas com doenças cardiovasculares tem uma maior propensão para desenvolverem doenças desse grupo. descendentes de raça negra são mais propensos a hipertensão arterial e neles ela costuma ter um curso mais severo.
Idade: · quatro entre cincos pessoas acometidas de doenças cardiovasculares estão acima dos 65 anos. · mulheres idosas que têm um ataque cardíaco apresentam maior chance de morrer em poucas semanas. Sexo: · homens tem maiores chances de ter um ataque cardíaco e os seus ataques ocorrem numa faixa etária menor. · mesmo depois da menopausa, quando a taxa das mulheres aumenta, ela nunca é tão elevada como a dos homens.
Fatores modificáveis (mutáveis) São os fatores sobre os quais podemos influir, mudando, prevenindo ou tratando. Tabagismo: · o risco de um ataque cardíaco num fumante é duas vezes maior do que num não fumante. · o fumante de cigarros tem uma chance duas a quatro vezes maior de morrer subitamente do que um não fumante. · os fumantes passivos também tem o risco de um ataque cardíaco aumentado.
· a nicotina torna-se prejudicial ao aparelho cardiovascular à medida que propicia a liberação de substâncias - as catecolaminas - que habitualmente só seriam liberadas no organismo em ocasiões de estresse. · essas substâncias preparam o corpo para enfrentar situações de perigo iminente. Como conseqüência aumentam a freqüência cardíaca, a pressão arterial seguida da necessidade de oxigênio e a resistência que os vasos opõem à passagem do sangue.
Este risco está associado positivamente ao número de cigarros por dia e ao tempo de existência do hábito de fumar cigarros, cachimbo, charuto, cigarro de palha ou os indivíduos que não "tragam". A interrupção do fumo é a intervenção com maior impacto na redução do risco cardiovascular. Já no dia seguinte à suspensão, o risco será menor e, após dois anos, reduzido pela metade.
Colesterol elevado: · colesterol é o resultado do metabolismo de duas substâncias em nosso organismo: HDL (high density lipoprotein), o bom colesterol, e LDL (low density lipoprotein), o mau colesterol. · há uma relação direta entre dislipidemias e aterosclerose, especialmente com relação a níveis elevados de colesterol total, triglicérides, LDL colesterol ou valores reduzidos de HDL colesterol. · junto a outros fatores de risco como pressão arterial elevada e fumo esse risco é ainda maior. · esse fator de risco é agravado pela idade, sexo e dieta.
Desejável Limítrofe Elevado Colesterol total < 200 mg/dl 200-239 mg/dl >= 240 mg/dl HDL-colesterol > 35 mg/dl Triglicérides < 200 mg/dl
Pressão arterial elevada: · para manter a pressão elevada, o coração realiza um trabalho maior, com isso vai hipertrofiando o músculo cardíaco, que se dilata e fica mais fraco com o tempo, aumentando os riscos de um ataque. · a elevação da pressão também aumenta o risco de um acidente vascular cerebral, de lesão nos rins e de insuficiência cardíaca. · o risco de um ataque num hipertenso aumenta várias vezes, junto com o cigarro, o diabete, a obesidade e o colesterol elevado.
· existem dois tipos de hipertensão arterial (HA): hipertensão primária e secundária. · a HA primária caracteriza-se por não haver uma causa conhecida, enquanto a HA secundária, onde é possível identificar-se uma causa para a hipertensão, como por exemplo problemas renais , problemas na artéria aorta, tumores (feocromocitoma) e algumas doenças endocrinológicas.
Vida sedentária: · a falta de atividade física é outro fator de risco para doença das coronárias. · exercícios físicos regulares, moderados a vigorosos tem um importante papel em evitar doenças cardiovasculares. · a atividade física também previne a obesidade, a hipertensão, o diabete e abaixa o colesterol.
Obesidade: · o excesso de peso tem uma maior probabilidade de provocar um acidente vascular cerebral ou doença cardíaca, mesmo na ausência de outros fatores de risco. · a obesidade exige um maior esforço do coração além de estar relacionada com doença das coronárias, pressão arterial, colesterol elevado e diabete. · diminuir de 5 a 10 quilos no peso já reduz o risco de doença cardiovascular.
· a obesidade ocorre quando há um excesso de gordura corporal de 20%, comparado aos níveis desejáveis de peso e altura para cada sexo (índice de massa corporal = Peso/Altura2 (Peso em Kg; Altura em metros). · a obesidade traz problemas para a área cardíaca, devido ao acúmulo de gordura no sangue.
Peso subnormal abaixo de 18.5. Peso normal entre 18.5 e 24.9. Excesso de peso entre 25 e 29.9. Obesidade I (leve) entre 30.0 e 34.9. Obesidade II (moderada) entre 35.0 e 39.9. Obesidade III (extrema) igual ou superior a 40 Resultado do índice de massa corporal
Diabete melito: · o diabete é um sério fator de risco para doença cardiovascular principalmente o tipo 2, associado diretamente a obesidade e ganho de peso. · mesmo se o açúcar no sangue estiver sob controle, o diabete aumenta significativamente o risco de doença cardiovascular e cerebral. · dois terços das pessoas com diabete morrem das complicações cardíacas ou cerebrais provocadas. Na presença do diabete, os outros fatores de risco se tornam mais significativos e ameaçadores.
Classificação do Diabete Mellitus: tipo I (insulino dependente) – ocorre geralmente na infância ou juventude, de forma abrupta, e requer administração de insulina como tratamento. tipo II (não insulino dependente) – mais comum na idade adulta, com alta incidência na velhice. Há sensibilidade diminuída a insulina, chamada de resistência, ou uma diminuição na quantidade de insulina produzida. Inicialmente é tratado com dieta e exercícios.
· Diabetes gestacional – ocorre intolerância a glicose apenas no período de gestação, muitas vezes como conseqüência as modificações hormonais. Normalmente a hiperglicemia ocorre entre a 24ª e 27ª semana de gestação. · risco de infarto do miocárdio em diabéticos isoladamente é maior do que em hipertensos isolados ou tabagistas ou indivíduos com colesterol elevado. · no diabético, os critérios de controle da pressão arterial e do colesterol são mais rigorosos do que no resto da população sem diabetes.
Anticoncepcionais orais: · os atuais ACOs têm pequenas doses de hormônios e os riscos de doenças cardiovasculares são praticamente nulos para a maioria das mulheres. · fumantes, hipertensas ou diabéticas não devem usar anticoncepcionais orais por aumentar em muito o risco de doenças cardiovasculares.
Existem outros fatores que são citados como podendo influenciar negativamente nos fatores já citados. Por exemplo: · estar constantemente sob tensão emocional (estresse) pode fazer com que uma pessoa coma mais, fume mais e tenha a sua pressão elevada. • certos medicamentos podem ter efeitos semelhantes, por exemplo, a cortisona, os antiinflamatórios e os hormônios sexuais masculinos e seus derivados.
Tratamento A redução dos fatores de risco é a pedra de toque de todo programa de redução de risco cardiovascular. A redução dos níveis de colesterol deve ser feita com dieta e medicamentos. Na dieta, deve-se orientar a redução da ingestão de gordura saturada e colesterol, adequar o balanço calórico e controlar outros fatores de risco modificáveis, como a resistência à insulina, diabetes, obesidade e hipertensão.
A decisão terapêutica geralmente está baseada nos valores do LDL-colesterol e depende da existência de outros fatores de risco cardiovascular conforme segue abaixo: Para homens com menos de 35 anos e mulheres antes da menopausa, valores de LDL-colesterol entre 190 e 219 mg/dl não implicam em tratamento com medicamento a não ser para indivíduos de alto risco, como os diabéticos.
Iniciar dieta (LDL) Objetivo (LDL) prevenção primária e < 2 fatores de risco >= 160 mg/dl < 160 mg/dl prevenção primária e >= 2 fatores de risco >= 130 mg/dl < 130 mg/dl prevenção secundária > 100 mg/dl <= 100 mg/dl Tratamento com dieta
Iniciar dieta (LDL) Objetivo (LDL) prevenção primária e < 2 fatores de risco >= 190 mg/dl < 160 mg/dl prevenção primária e >= 2 fatores de risco >= 160 mg/dl < 130 mg/dl prevenção secundária > 100 mg/dl <= 100 mg/dl Tratamento medicamentoso
Outras recomendações: · manter-se fisicamente ativo; · abandonar o cigarro; · controlar o colesterol; · aumentar a ingestão de potássio com a escolha dos seguintes alimentos: feijões, ervilha, vegetais de cor verde-escuro, banana, melão, cenoura, beterraba, frutas secas, tomate, batata inglesa e laranja - essa indicação se justifica pela possibilidade de o potássio exercer efeito anti-hipertensivo e ter ação protetora contra danos cardiovasculares;
· preparar os alimentos sem sal, e usar temperos naturais, como: limão, alho, cebola, cheiro verde, orégano, cominho, coentro, manjericão etc; · para temperar as saladas utilizar azeite de oliva ou óleo canola; · dar preferência às carnes brancas (peixe e frango); · consumir no máximo um pão francês (salgado) ao dia; · consumir verduras, legumes e frutas diariamente, de preferência, crus; · para preparar os alimentos usar óleo de soja, milho ou girassol;
· evitar frituras ao máximo; · prepare alimentos grelhados, assados ou ensopados; · o uso de leite e derivados é permitido - usar queijo sem sal; · beber no máximo três xícaras de café ao dia; · fazer exames de rotina, no qual incluirá a medida da pressão arterial e glicemia pelo menos uma vez por ano; · evitar os fatores de riscos que façam surgir a hipertensão arterial como por exemplo o fumo e o excesso de gordura na alimentação.
HomensMulheres >50 a HA LDL fumo diabete >60a HA LDL fumo diabete S S S S S S S S S Alto (20 a 40%) S S S S S S S N S S N S N S S S S N S S S S S S S S S N S S N S N S S S S N S S Moderado (10 a 20%) S S S S S S N N N N S S N S N S S N S N S S S S S S N N N S N S N N S S S N S N Leve (5 a 10%) S S S N N N N N N S S S S N N N N N N S Baixo (abaixo de 5%) N N N S N N N S N N N N N N S S N N N S N N N N N N N N N S S S Muito alto (acima de 40%)
*FUMO* Nunca fumou (0) Ex-fumante ou fumante charuto cachimbo sem inalar (1) Menos de 10 cigarros por dia (2) 10-20 cigarros por dia (8) 21-30 cigarros por dia (9) 31-40 cigarros por dia (10) *IDADE / SEXO* Homem/20-30a Mulher até 50a (0) Homem/31-40a (1) Homem/41-45a Mulher 51a ou mais (2) Homem/46-50a Mulher sem ovário (3) Homem/51-60a Mulher com irmã(o) infartado(a) (5) Homem/61a ou mais / Mulher diabética (6) *PESO* Inferior em 5Kg ao peso normal (0) Peso normal (1) Acima do peso (5-10Kg) (2) Acima do peso (11-19g) (3) Acima do peso (20-25Kg) (7) Acima do peso (26Kg ou mais) (8) *ATIVIDADE FÍSICA* Atividade profissional/ esportiva intensa (0) Atividade profissional/ esportiva moderada (1) Atividade profissional/ esportiva leve (2) Atividade prof sedentária/ esportiva moderada (3) Atividade prof sedentária/ pouca esportiva (4) inatividade física (6) *ANTECEDENTE FAMILIAR* Ausente (0) Pai ou mãe com mais de 60 anos com doença coronariana (1) Pai e mãe com mais de 60 anos com doença coronariana (2) Pai ou mãe com menos de 60 anos com d. coronariana (3) Pai e mãe com menos de 60 anos com d. coronariana (7) Pai e mãe e irmão de ambos com doença coronariana (8) *PRESSÃO ARTERIAL SISTÓLICA* 110-119 mmHg (0) 120-130 mmHg (1) 131-140 mmHg (2) 141-160 mmHg (3) 161-180 mmHg (9) 180 mmHg ou mais (10) *GLICEMIA* Jejum abaixo de 80 (0) Diabético na família (1) Jejum=100 1a. hora=160 (2) Jejum=120 1a. hora=160 (3) Diabetes tratado (6) Diabetes não controlado (10) *COLESTEROL (mg%)* Abaixo de 180 (0) 181-200 (1) 201-220 (2) 221-249 (7) 250-280 (9) 281-300 (10) Total de pontos TESTE DE RISCO CORONARIANO (segundo AHA)
Sem risco Risco potencial Risco moderado Risco alto Perigo 0 - 5 6 -20 21 - 35 36 - 60 > 61
Saúde - Uma doença ou lesão que foi: Muito séria (74) Moderadamente séria (44) Pouco séria (20) Teste do nível de estresse Sexo e idade: ( ) homem < 50a ( ) homem > 50 a ( ) mulher < 60 a ( ) mulher > 60 a Marque as situações em que viveu no último ano:
Trabalho Mudança para novo tipo de trabalho (51) Mudança nas condições de trabalho (35) Mudança de responsabilidades no trabalho (41) Fazendo cursos para ajudar no trabalho (18) Problemas no trabalho (32) Grande readaptação nos negócios (60) Demissão do emprego (74) Aposentadoria (62)
Casa e Família Mudança de residência (40) Grande mudança nas condições de vida (42) Mudança nos hábitos familiares (25) Grande mudança na saúde ou no comportamento(55) Perda de um familiar (60) Casamento (67) Gravidez (65) Aborto (66) Nascimento (ou adoção) de criança (46) Cônjuge começa ou pára de trabalhar (50) Aumento nas discussões com cônjuge (38) Problemas com familiares ou parentes (69) Divórcio dos pais (50) Casamento de um dos pais (79) Separação do casal por dificuldades no trabalho ou no relacionamento (59) Parente vai morar com você (96) Divórcio (43) Nascimento de neto (119)
Morte do cônjuge (125) Morte de filho (101) Morte dos pais ou irmão(s) (98)
Pessoal e Social Mudança em hábitos pessoais (26) Iniciando ou concluindo estudos (38) Mudança de escola ou universidade (35) Mudança de convicções políticas (24) Mudança de crença religiosa (27) Mudança nas atividades sociais (24) Férias (37) Novo relacionamento afetivo (45) Noivado (39) Problemas de relacionamento pessoal (44) Dificuldades sexuais (48) Acidente (29) Pequena violação da lei (75) Preso (51) Decisão importante sobre o seu futuro (36) Realização pessoal importante (70) Morte de um amigo próximo (52)
Financeiro Perda significante de renda (60) Aumento significante de renda (38) Perda/prejuízo na propriedade pessoal (43) Grande aquisição (37) Pequena aquisição (20) Dificuldades de crédito (56) Fonte: Dr.Richard H. Rahe International Stress Management Association (ISMA-BR)
0 - 200 Baixo 201 - 300 Moderado 301 - 450 Elevado acima de 450 Alto Resultado