1 / 58

Comas

Comas. DR. LUÍS SIDÔNIO TEIXEIRA DA SILVA. Consciência e Coma. Consciência representa um estado de perfeito conhecimento de si próprio e do ambiente. Nível de consciência – grau de alerta comportamental apresentado pelo indivíduo.

talbot
Download Presentation

Comas

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. Comas DR. LUÍS SIDÔNIO TEIXEIRA DA SILVA

  2. Consciência e Coma • Consciência representa um estado de perfeito conhecimento de si próprio e do ambiente. • Nível de consciência–grau de alerta comportamental apresentado pelo indivíduo. • Conteúdo de consciência– é a soma de todas as funções cognitivas e afetivas do ser humano (memória, crítica, linguagem, humor).

  3. Consciência e Coma • O coma pode ser definido como um estado em que o indivíduo não demonstra conhecimento de si próprio e do ambiente, caracterizado pela ausência ou extrema diminuição do nível de alerta comportamental (nível de consciência), permanecendo não responsivo aos estímulos internos e externos e com os olhos fechados.

  4. COMAS FISIOPATOLOGIA

  5. Consciência e Coma • A formação reticular situa-se na porção superior da ponte e no mesencéfalo e é constituída por um “reticulado“ de neurônios que recebem colaterais de vias ascendentes e descendentes. Lesões na FRAA em suas projeções rostrais levam a diminuição do nível de consciência. • Lesões corticais extensas bilaterais podem resultar em coma.

  6. FRAA

  7. FRAA

  8. Etiologias do Coma • As principais causas de coma e distúrbios de consciência são: ►lesões supratentoriais; ►lesões infratentoriais; ►lesões encefálicas difusas, multifocais e/ou metabólicas.

  9. Avaliação do Paciente em Coma • Anamnese; • Exame clínico; • Avaliação neurológica: ►nível de consciência; ►pupilas e fundo de olho; ►ritmo respiratório; ►movimentação ocular extrínseca; ►padrão de resposta motora.

  10. Nível de Consciência • Escala de Coma de Glasgow: ►abertura ocular

  11. Nível de Consciência ►melhor resposta verbal

  12. Nível de Consciência ►melhor resposta motora

  13. Pupilas

  14. Pupilas • O diâmetro pupilar é mantido pela atividade do sistema nervoso autônomo, tendo o componente simpático função dilatadora e o parassimpático, constritora. • Midríase e miose representam situações de preponderância simpática e parassimpática respectivamente. • Midríase é a dilatação pupilar; e miose, constrição.

  15. Pupilas • O diâmetro pupilar normal é de 3 a 4 mm. • Na anisocoria, a diferença de tamanho entre as pupilas é maior do que 1 mm. • As vias simpática e parassimpáticas têm longo trajeto ao longo do SNC e periférico. • No coma, onde há disfunções em vários pontos, pode-se verificar o aparecimento de vários tipos de pupilas, que têm forte significado localizatório.

  16. Pupilas • O reflexo fotomotor é extremamente resistente aos insultos metabólicos e difusos do SNC. A alteração das pupilas é forte indício de lesão estrutural. Algumas exceções: intoxicação por atropina (pupilas midriáticas e sem reflexo fotomotor), intoxicação por opiáceos (pupilas intensamente mióticas com reflexo fotomotor presente), encefalopatia anóxica (pupilas midriáticas e fixas), intoxicação barbitúrica severa (pupilas fixas) e hipotermia (pode apresentar pupilas fixas).

  17. Pupilas • Pupilas mióticas com reflexo fotomotor presente: ►encefalopatia metabólica; ►disfunção diencefálica bilateral. — nas encefalopatias metabólicas, até estágios mais profundos do coma são mantidas as reações pupilares, o que não ocorre nas lesões estruturais. — idoso; sono normal

  18. Pupilas • Pupila tectal: — pupilas levemente dilatadas (5 a 6mm de diâmetro) e reflexo fotomotor negativo. ►lesões na região do tecto mesencefálico. • Pupilas pontinas: —são pupilas extremamente mióticas mas com reflexo fotomotor. ►lesões na ponte (geralmente hemorragia).

  19. Pupilas • Pupila uncal ou do III nervo craniano: —anisocoria com pupila extremamente midriática com reflexo fotomotor negativo. ►herniação transtentorial lateral — pupilas dilatadas bilateralmente indicam herniação bilateral ou encefalopatia anóxica.

  20. Ritmo Respiratório • Trata-se de parâmetro de valor relativo. • O paciente em coma apresenta alterações respiratórias que são causadas por doenças pulmonares prévias, alterações do equilíbrio ácido-básico e hidroeletrolítico, ou complicações próprias ao estado de coma. • Entretanto, certos ritmos podem indicar disfunção em estruturas anatômicas definidas.

  21. Ritmo Respiratório • Apnéia após hiperventilação: ►alteração telencefálica difusa • Ritmo de Cheyne-Stokes: ►disfunção diencefálica — períodos da apnéia alternados com períodos de hiperventilação.

  22. Ritmo Respiratório • Hiperventilação neurogênica central: ►lesões mesencefálicas — nos pacientes em coma geralmente tem outras causas que não a lesão mesencefálica: edema pulmonar, acidose, intoxicação por AAS, sepse por Gram negativos, hipóxia, encefalopatia hepática, tireotoxicose.

  23. Ritmo Respiratório • Respiração apnêustica: — períodos de inspiração rápida com parada respiratória em inspiração profunda. ►lesão pontina baixa • Respiração periódica de ciclo curto: — padrão respiratório com ciclo mais curto que o ritmo Cheyne-Stokes. ►hipertensão intracraniana, lesões pontinas baixas e lesões na fossa posterior.

  24. Ritmo Respiratório • Respiração atáxica: — ritmo completamente irregular, alternando períodos de apnéia com respirações superficiais e profundos ►lesão do bulbo • Apnéia: — falência bulbar, por lesões estruturais graves, intoxicação por drogas sedativas ou lesão de vias motoras associadas.

  25. Movimentação Ocular Extrínseca • Manobra dos olhos de boneca. —realizam-se movimentos bruscos da cabeça, para o lado direito e esquerdo, e posteriormente flexão e extensão sobre o tronco. Em condições normais os olhos desviam no sentido oposto ao do desvio da cabeça. — permite verificar déficits de movimentos oculares isolados e conjugados.

  26. Movimentação Ocular Extrínseca PROVA CALÓRICA deve ser realizada otoscopia prévia para afastar lesão timpânica. — o paciente é colocado com a cabeça a 30° acima da horizontal. — 50 a 100 ml de água são injetados lentamente num dos condutos auditivos externos (após cinco minutos repetido no outro lado)

  27. Movimentação Ocular Extrínseca PROVA CALÓRICA ►indivíduo consciente: nistagmo horizontal com movimentos rápidos para o lado oposto ao lado estimulado ►indivíduo em coma com vias intratronco intactas: desvio dos olhos para o lado estimulado. — o estímulo com água bilateralmente provoca desvio dos olhos para baixo.

  28. Padrão de Resposta Motora • A via motora, que se estende de várias corticais até a porção baixa do tronco (bulbo), onde decussa para o lado oposto para atingir a medula cervical. • A presença de sinais motores focais sugere patologia estrutural, com raras exceções (hipoglicemia, encefalopatia hepática, hipo-natremia e encefalopatia urêmica) • Análise das funções motoras:

  29. Padrão de Resposta Motora — observação da movimentação espontânea do paciente; — pesquisa de reflexos; — pesquisa do tônus muscular; — observação dos movimentos apresentados pelo paciente à estimulação dolorosa do leito ungueal, região supra-orbitária ou do esterno:

  30. Padrão de Resposta Motora

  31. Causa Estrutural Supratentorial • História e exame físico apontam para um distúrbio hemisférico; • Hemiparesia com perda hemissensorial é típica; • À medida que a lesão expande ocorre sonolência por compressão para baixo do diencéfalo; • o exame evidencia compressão na seguinte seqüência: tálamo, mesencéfalo e ponte

  32. Causa Estrutural Subtentorial • Coma de início súbito com sinais focais do tronco; • Afunção pupilar e os movimentos extra - oculares são os dados mais importantes do exame neurológico; • movimentos oculares desconjugados, comprometimento seletivo da adução do olhar sugere fortemente causa infratentorial. Observar padrão respiratório.

  33. Causas Difusas, Multifocais e/ou Metabólicas • A lesão é em nível molecular. • A apresentação clínica é distinta daquela das lesões estruturais: • em geral não há sintomas focais; • não há perda súbita de consciência; • exame neurológico simétrico.

  34. Condutas Imediatas • O coma apresenta-se em uma das três situações: 1.progressão esperada e previsível de uma doença conhecida (isquemia de tronco encefálico, herniação transtentorial); 2.evento imprevisto em paciente com situação clínica conhecida (anóxia cerebral em paciente com arritmia cardíaca e que apresentou PCR, hemorragia intracraniana em paciente com plaquetopenia);

  35. Condutas Imediatas 3.evento ocorrendo em paciente totalmente desconhecido para o médico. • Nessa última situação algumas medidas iniciais devem ser tomadas: ►avalie a possibilidade de traumatismo; verifique sinais vitais (respiração, pulso, pressão arterial, temperatura); ►assegure a oxigenação; ►obtenha acesso venoso;

  36. Condutas Imediatas ►colha exames laboratoriais e solicite ECG; ►na ausência de informações, suspeita de alcoolismo ou desnutrição, dê tiamina (vitamina B1) 50 a 100 mg IM ou EV; Essa vitamina age como co-fator para enzimas envolvidas no metabolismo dos carboidratos; em um indivíduo deficiente, a carga de glicose pode precipitar encefalopatia por deficiência aguda – Wernick ►administre glicose hipertônica – 50 ml de GH 50% (1ml/kg), quando necessário;

  37. Condutas Imediatas ►trate convulsões; As convulsões pioram o prognóstico por elevar a pressão intracraniana e/ou por aumentar o consumo energético cerebral. Administre diazepam 3 a 10 mg EV lento, em seguida, dose plena de fenitoína 20 mg/kg EV em até 50 mg/min, com manutenção na dose de 3 a 7 mg/kg/dia EV ou VSNG.

  38. COMASTRATAMENTO MEDIDAS GERAIS • PREVENÇÃO DE ESCARAS • ÚLCERAS DE CÓRNEA • NEUROPATIAS PERIFÉRICAS • FECALOMAS

  39. MORTE CEREBRAL • COMA ARREATIVO E IRRESPONSIVO • GLASGOW 3 • PUPILAS FIXAS • APNÉIA • NENHUM REFLEXO DO TRONCO PRESENTE • EEG ISOELÉTRICO / SEM FLUXO SANGUÍNEO CEREBRAL

  40. GRATO PELA ATENÇÃO!

  41. Causa Estrutural Supratentorial • Lesões tumorais supratentoriais: • exercem compressão da porção rostral do tronco; • observam-se sinais de compressão do nervo oculomotor e do mesencéfalo; • dilatação pupilar ipsilateral e comprometimento da adução ocular;

  42. Pupilas • Síndrome de Claude Bernard–Horner: — anisocoria às custas de miose ipsilateral por lesão da via simpática; o reflexo fotomotor é preservado. • Pupilas médias e fixas: — são pupilas de 4 a 5 mm de diâmetro, fixas à luz ►lesões da porção ventral do mesencéfalo, (simpático ou parassimpático).

  43. Padrão de Resposta Motora ►sinergismo postural extensor (descerebração) – lesões em tronco alto, acima do núcleo rubro, e até o diencéfalo.

More Related