TRAJETÓRIA DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL

1. TRAJETÓRIA DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL Política institucional de formação dos trabalhadores

2. Incentivo institucional SIM • E o último que eu fiz, acho que foi o melhor, que foi o curso de qualificação do agente de administração que hoje tem na prefeitura, que foi com o, que quando ele foi secretario de administração foi uma coisa muito legal. Porque o agente de administração ficava muito solto, porque é um cargo que tem em todas as secretarias e a gente não tinha. Eu sou lotada na saúde, mas eu não tinha meu local de origem, era lotada na saúde. NÃO • Se você tomar uma iniciativa de fazer um curso, uma pós ou um curso que seja, é por você só. Não há nenhum estímulo para isso.

3. Vínculo de trabalho

4. Percepção do incentivo institucional para busca de novos conhecimentos

5. Percepção do incentivo institucional servidor estatutário federal • Olha só nos os funcionários federais nos somos um pouquinho meio... quando tem alguma coisa municipal eles preferem mais mandar... até porque a gestão é do município, não é? Então o município puxa o lado dele. O federal como já está acabando. Nós somos os últimos mesmo. Ou se chegar alguém deve ser celetista, não sei. Mas estatutário esta acabando. Aí não se preocupa em fazer.

6. Percepção do incentivo institucional servidor estatutário federal • Federal não tem nada a ver com município, é considerado estranho ao cargo, estranho ao quadro do município. Então eles não investem em nada para gente. Quando dão, dão uma vaga e depende do chefe deixar fazer. (...) Não, eles dizem que o município não tem nada a ver com o federal, quem paga o federal é o Lula, quem paga o município é o Cesar Maia. Então cada um que fique com o seu funcionário. (...) É, mas aí na verdade... Eu federal, se eu quisesse ser transferida para outra (Unidade), aí todo mundo embarreira, ninguém deixa. “Não pode”. Aí nisso eles mandam. Mandam numa coisa, mas não mandam em outra, os benefício a gente não tem. Mas na hora de cortar eles podem cortar tudo. Quer dizer...

7. Percepção do incentivo institucional servidor celetista • Mas aí com esse negócio também d’eu se celetista eu não tenho as mesmas vantagens que os outros têm em relação ao funcionalismo público. Então eu não me interessei muito mais no negócio. Porque o que adianta você faz, faz, faz e não pode sair daquilo?

8. Percepção do incentivo institucional segundo nível de escolaridade • Pouco. Pouco. De nível médio pouco. De nível superior está sempre tendo curso, não é? Deram MBA para quem era chefe de Centro de estudos, caríssimo! Iam para Búzios, sei lá aonde fazer. Quer dizer, por que não fizeram uma coisa mais básica para todos? • normalmente não, ainda mais no meu nível médio não, porque eles não... Assim, existe muito para nível superior, congressos, cursos disso, formação nisso, mas para gente quase não tem. Muito pouco, muito pouco mesmo. Então a gente que tem que correr atrás.

9. Oferta institucional

10. Oferta institucional • Oh, eu fiz um curso atualmente... Fiz dois módulos de um curso de capacitação, mas esse curso foi mais para ganhar uma gratificação, porque...E: Que curso foi? R: É um curso de capacitação que se fala para o sistema municipal de administração. No geral assim para todos foi mais para ganhar uma gratificação, uma forma de justificar uma gratificação que foi dada, porque assim o que nós aprendemos lá não tem muito a ver com o que foi colocado em prática, ou seja, nada daquilo foi colocado. E: Não interferiu no seu trabalho¿ R: Não, não. Só foi mais para justificar uma gratificação que nós ganhamos.

11. Meios de obtenção de conhecimento

12. Meios de obtenção de conhecimento • Às vezes a outros colegas, as chefias superiores, a CAP principalmente. • Aos colegas mesmo. Assim, as colegas, as chefias, que eu tenho um bom relacionamento com todos eles. • Eu leio. Eu leio o DEF, bula. Eu aprendi sozinha lendo DEF e bula. • Ah, eu fico escutando eles falando. (rindo muito) A Dra. W, o Dr. Z, quando eles estão falando alguma coisa aí eu vou e anoto uma coisa assim que eu ache que seja interessante. Quando eles vão a Simpósio, ou quando eles vão a Congresso, aí que vem eu gosto de dar uma folheada naquele material que trazem. Se eles trazem alguma coisa, que às vezes nem trazem, fica arquivado... Mas assim, alguma coisa assim eu dou uma folheada, mas é assim que eu tenho uma noção de alguma coisa.

13. TRAJETÓRIA DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL Concepções de formação profissional

14. Percepção sobre a suficiência da formação

15. Percepção sobre a suficiência da formação • Que foi suficiente foi porque eu não necessito de nenhum conhecimento específico, só de boa vontade. • Nunca foi feito um treinamento, para nada. Igual a um móvel velho jogado no canto. • Talvez nós que temos uma vida... E que você não tem noção do que a gente sustenta, da pressão que a gente vive. Porque a gente vive sobre eterna pressão e às vezes você não para pra pensar: “Puxa, deixa eu arrumar um tempinho para mim”.Vou dar um exemplo que a X, que é a diretora administrativa agora, depois de não sei quanto tempo também, que ela está fazendo um curso de gestão. Quantos anos? 20 e tantos anos depois. Porque a Secretaria sempre investiu no nível superior, MBA, nós do nível médio ficamos a ver navio realmente...

16. Percepção da formação necessária • O que teria? Seria uma formação teórica da parte administrativa, como funciona? A parte técnica é até o conhecimento do sistema de saúde como funciona. Entendeu? Eu acho. Olhe, esses dois têm que entrar junto, como funciona o sistema e claro que também um mínimo de conhecimento legal, de lei, o que é o SUS, como ele funciona, o seu organismo. Eu acho que isso aí para ele entender como é que funciona. Por exemplo, eu fiz na iniciativa privada também, porque eu também já fui da iniciativa privada. Eu às vezes em casa estou lendo um livro lá, licença maternidade, eu pego, eu às vezes maternidade, não sei o que maternidade... Eu estou, de vez enquanto estou acompanhando. O estatuto sai alguma coisa, alguma alteração na lei tal eu vou e dou uma olhada. Entendeu? Eu acho que essas três formações que se ele tiver ele vai ser um excelente gerente.

17. Percepção de que a formação deva estar adequada à realidade do serviço • Eu achava que ia ser mais, mais voltado assim pra realidade do que a gente tá vivendo e não pra aquilo que, assim, que deveria ser. Lá a gente tá vendo como as coisas realmente deveriam ser, mas que não são. Infelizmente não são. É muito bonitinho, muito lindo, as pessoas estudam, tem projetos, planos, mas nada funciona. É igual na faculdade, a teoria é linda, mas a prática... a prática é diferente.

18. Relação teoria e prática

19. Interesse por conteúdos práticos • Eu tenho mais interesse nos conteúdos práticos. Porque assim eu assimilo... Até uma questão pessoal minha, eu assimilo mais assim práticas, cursos práticos do que teóricos. Teóricos tudo bem na hora, mas depois cai no esquecimento. R: Você acha que se perde mais? E: É, eu perco o foco daquele curso. E prático eu assimilo melhor e mais... Isso é uma característica mais minha, prático.

20. Interesse por conteúdos teóricos e práticos • Eu acho que a prática alia um ao outro, a teoria e prática. Eu acho que os dois são interessantes. Eu não... Se a teoria está condizente com a prática na realidade. Eu gosto dos dois. • Ambos. (...) Por quê? Porque é mais dinâmico. Porque ficar só teoria, teoria, teoria, teoria ou só prática, só prática também fica cansativo. Eu acho mais dinâmico, teoria e prática, teoria e prática, teoria e prática. (...) Por quê? Porque na prática você sabe o como, mas não sabe o porque.

21. Interesse por conteúdos teóricos e práticos • A teoria aliada a prática. E: Os dois? R: Os dois. E: Por quê? R: Porque um... Se você não tiver uma teoria você faz um serviço roboticamente, você vira um robô, você faz isso por isso, ninguém explica para que e nem porque. Entendeu? (rindo) É desagradável, parece que você está sendo uma máquina ali, um objeto. “Faz isso, isso, e isso” sem nenhuma explicação. Você se sente até desmotivado para fazer uma tarefa quando você não sabe o objetivo e nem o motivo pelo qual você está fazendo. Então é por isso que eu acho que é a teoria aliada a prática.

22. TRAJETÓRIA DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL Expectativas de formação profissional

23. Temas de interesse para formação Informática Gestão hospitalar Recursos humanos Português, Gramática, Redação oficial Atendimento ao público Legislação Abastecimento Compras Faturamento Relacionamento interpessoal e gestão de conflito Humanização Funcionamento do SUS

24. Temas de interesse para formação O SUS, Sistema Único de Saúde, é um, é um... é grande, é uma coisa que engloba muita coisa, a gente fica preso só a nossa área, a gente consegue dar conta da nossa área, mas a gente não entende como funciona tudo, a gente não entende, acho que poderia ter um curso que ensinasse para a gente, como é que funciona o SUS, como é que a gente vai, vocês vão entrar agora e vão aprender como é que é o SUS, como é que funciona o SUS para depois poder trabalhar.