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INCLUSÃO DO ALUNO SURDO NA CLASSE REGULAR. Cleusa Santos Haetinger.
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INCLUSÃO DO ALUNO SURDO NA CLASSE REGULAR Cleusa Santos Haetinger
A Inclusão faz parte de um novo paradigma de pensamento e de ação, no qual se faz necessário uma série de reflexões a realizar-se nos ambientes educacionais e sociais para que o respeito a diversidade concretize-se na prática diária. • É através da língua materna que codificamos experiências individuais, efetuando trocas de informações entre indivíduos e grupos contribuindo para a construção de novos conhecimentos.
A inclusão do aluno no contexto educacional deve ser de forma consciente e comprometida com a formação da cidadania. Pois, não basta que o aluno surdo esteja freqüentando o ensino regular, mas que este seja atendido e entendido dentro de suas peculiaridades e necessidades.
AEE- AtendimentoEducacionalEspecializado • Reconhecer e valorizar a LIBRAS. • Presençadalíngua de sinais no contextoeducacional. • A sala de aula deve ser um espaçoquereconheça as relações no mundo, as relações com a cultura, osvalores das diferentesculturas, criandosempreoportunidades de se buscarem as múltiplaspossibilidades de se solucionar um problema.( Vygotsky)
A tarefa é criar espaços educacionais onde a diferença esteja presente, onde se possa aprender com o outro, sem que aspectos fundamentais do desenvolvimento de quaisquer dos sujeitos sejam prejudicados. • Não se trata de inserir a criança surda nas atividades propostas para ouvintes, mas de pensar atividades que possam ser integradoras e significativas para surdos e ouvintes.
O professor da sala de recursos, juntamente com a direção da escola e a equipe pedagógica, deve preparar o professor da classe comum que vai receber os alunos surdos. • O professor deve ser orientado sobre aspectos relevantes da educação de surdos, bem como sobre a Língua Brasileira de Sinais.
- ajudar o surdo a pensar, raciocinar, não lhe dando soluções prontas; - não manifestar conduta de superproteção; - tratar o aluno normalmente, como qualquer aluno, sem discriminação ou distinção; - não ficar de costas para o aluno, ou de lado, quando estiver falando; - falar num tom de voz normal, com boa pronúncia;
- interrogar e pedir sua ajuda para que possa sentir-se um membro ativo e participante; - incluir a família em todo o processo educativo; - avaliar o aluno surdo pela mensagem-comunicação que passa e não somente pela linguagem que expressa ou pela perfeição estrutural de suas frases; - utilizar, se for necessário, os serviços de intérpretes; - e, principalmente, acreditar de fato nas potencialidade do aluno, observando seu crescimento.
- dar-lhes oportunidades para ler, escrever no quadro, levar recado para outros professores, como os demais colegas; - ficar atento para que participem das atividades extra-classe; - articular o trabalho pedagógico do professor da sala regular e da sala de recurso; - envolver a família no trabalho pedagógico - assegurar a participação de um intérprete, quando necessário.
Conforme Vygotsky (apud MARTINS, p.111,2006), “a linguagem se constitui um sistema de significados, uma construção do social, uma retransmissão para o social, uma condição privilegiada para a formação da auto consciência”.
(...)o princípio democrático da educação para todos só se evidencia nos sistemas educacionais que se especializam em todos os alunos, não apenas alguns deles, os alunos com deficiência. A inclusão, como conseqüência de um ensino de qualidade para todos os alunos provoca e exige da escola brasileira novos posicionamentos e é um motivo a mais para que o ensino se modernize e para que os professores aperfeiçoem suas práticas. É uma inovação que implica num esforço de atualização e reestruturação das condições atuais da maioria das nossas escolas de nível básico. ( Mantoan )
REFERÊNCIAS: • EDLER CARVALHO, Rosita. Removendo barreiras para a aprendizagem: educação inclusiva. Porto Alegre: Mediação, 2000. • FERNANDES, Eulália, org; QUADROS, Ronice Muller de,[et al]. Surdez e Bilinguismo. Porto Alegre: Mediação, 2005. • MANTOAN, Maria Teresa Eglér. CaminhosPedagógicosdaInclusão. Campinas: Unicamp, 1998. • MARTINS, Lúcia de Araújo Ramos. Et al. Inclusão: compartilhando saberes. Petrópolis, RJ: Vozes, 2006. • MITTLER, Peter. Educação Inclusiva: contextos sociais. Porto Alegre: Artmed, 2003. • SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. Rio de Janeiro: WVA, 1997.