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1. Escolas do Amanhã: entre a formação de cidadãos e a criminalização da pobreza Daniele Batista Brandt Autora Orientadora Luciana Correa Lago Apresentação Este trabalho apresenta um estudo sobre o Programa Escolas do Amanhã, da Secretaria Municipal de Educação, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, criado em 2009. Desenvolvido em 150 escolas “localizadas em áreas com alto índice de violência”, abrange 73 favelas e 108 mil educandos da rede municipal de ensino. Objetivo Consiste em analisar se o Programa materializa uma política pública que contribui para a formação de cidadãos, conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, ou para a reificação da desigualdade social e da segregação espacial, através da marginalização e da criminalização dos espaços de moradia. Baseada em um conjunto de projetos prontos e, muitas vezes, dissociados do projeto político-pedagógico da escola, conta com pessoal externo às escolas, recrutado através de voluntariado, estágio e parceria público-privada, em lugar de investimento em concurso público e capacitação dos profissionais da rede. Conclusão Assim, destacamos a importância do papel do Estado para a superação do padrão de desigualdade social e segregação espacial existente; porém, mediante implementação de políticas públicas consistentes e com qualidade para a população. Metodologia Foram realizadas pesquisa e análise bibliográfica e documental, bem como pesquisa de campo junto ao gestor municipal e às escolas integrantes do Programa, na abrangência da 1ª Coordenadoria Regional de Educação, situada na área central da cidade. Resultados Os resultados preliminares apontam para a conformação de uma política pública generalizante, que considera a favela como espaço de reprodução da violência, descontextualizada do papel do Estado na formação destes espaços de moradia. Apoio: