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O VALOR DA PAISAGEM NA REGIÃO DO ALTO DOURO. Seminário VALOR DOS BENS E SERVIÇOS SEM VALOR DE MERCADO PRODUZIDOS NOS ESPAÇOS FLORESTAIS 12 de Abril, 2007 ESAC-Coimbra. Lívia Madureira Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro CETRAD/DESG Vila Real, Portugal Email - lmadurei @ utad.pt.
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O VALOR DA PAISAGEM NA REGIÃO DO ALTO DOURO Seminário VALOR DOS BENS E SERVIÇOS SEM VALOR DE MERCADO PRODUZIDOS NOS ESPAÇOS FLORESTAIS 12 de Abril, 2007 ESAC-Coimbra Lívia Madureira Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro CETRAD/DESG Vila Real, Portugal Email - lmadurei@utad.pt ____________________________________________________________________________________________ L. Madureira, 2007 – O valor da paisagem na região do Alto Douro
VALORAÇÃO ECONÓMICA DE BENS SEM MERCADO • Por exemplo, paisagem, serviços ambientais, património cultural O que é que se valora em termos monetários? Os Custos ou Benefícios associados • Variações no estado do ambiente, natureza, paisagem • Opções de gestão do ambiente, natureza, paisagem
VALORAÇÃO ECONÓMICA DE BENS SEM MERCADO Quem valora? Os Custos ou Benefícios associados • Variações no estado do ambiente, natureza, paisagem (Opções de gestão do ambiente, natureza, paisagem) CUSTOS OU BENEFÍCIOS PARA O PÚBLICO
VALORAÇÃO ECONÓMICA DE BENS SEM MERCADO Para quê? • Em que situações a informação sobre o valor de custos ou benefícios associados a variações no ambiente, natureza ou paisagem poderá ser útil? • Na análise custo-benefício de medidas de política ambiental (projecto ou variantes de projecto) • Na determinação do preço pela provisão de benefícios ambientais (ou outros sem mercado) • No estabelecimento do valor de indemnizações a pagar por danos ambientais
VALORAÇÃO ECONÓMICA DE BENS SEM MERCADO Como é que se obtém o valor económico? • Directamente, perguntando-se às pessoas quanto é que estão dispostas a pagar ou se estão dispostas a pagar um determinado montante para evitar uma variação negativa na qualidade ambiental (ou para beneficiar de uma variação positiva) • De forma indirecta, estabelecendo-se o valor de uma alteração na qualidade ambiental (paisagística, etc.) por intermédio das variações na procura de bens e serviços associados ao consumo dos bens sem mercado
Mercados Construídos VALORAÇÃO ECONÓMICA DE BENS SEM MERCADO • Obter directamente o valor económico • Assume-se que os indivíduos podem ser induzidos a revelar as suas preferências por um determinado bem através do seu comportamento em mercados construídos: • Simulação (Mercados simulados) • Inquérito (Mercados hipotéticos ou contingente)
Mercados Contingentes VALORAÇÃO ECONÓMICA DE BENS SEM MERCADO • O mercado é implementado por intermédio de um questionário, que inclui: • A descrição da variação na qualidade ambiental objecto da valoração Cenário de Valoração (Valuation Scenario) • Os moldes em que se processa a transacção hipotética Esquema de Revelação do Valor (Elicitation scheme) • A obtenção de outro tipo de informação (debriefing questions)
Mercados Contingentes VALORAÇÃO ECONÓMICA DE BENS SEM MERCADO Cenário de Valoração (Valuation Scenario) Assegurar descrição perceptível, compreensível e plausível do objecto da valoração - Guidelines • Identificar e descrever atributos que definem a variação na qualidade ambiental • Caracterizar o contexto onde decorre a “variação” • Identificar fonte responsável pela “variação” • Definir níveis base (baseline) e objectivo da “variação” • Delimitar a “variação” no espaço e no tempo • Definir grau de certeza na concretização da “variação”
Mercados Contingentes VALORAÇÃO ECONÓMICA DE BENS SEM MERCADO Esquema de Revelação do Valor (Elicitation scheme) Permitir transacção hipotética de forma compreensível e plausível a)Formato da valoração • Valoração Contingente: pergunta directa ou indirecta • Valoração Contingente: escolhas dicotómicas (comparar 2 opções) • Experiências de Escolha: múltiplas escolhas (escolher entre várias opções multi-atributos
Mercados Contingentes VALORAÇÃO ECONÓMICA DE BENS SEM MERCADO Esquema de Revelação do Valor (Elicitation scheme) Permitir transacção hipotética de forma compreensível e plausível b)Veículo de pagamento • Acréscimo de impostos (IRS) • Criação de imposto ou taxa (sobre produtos ou serviços; municipal, etc.) • Donativo para fundo (público, ONG, etc.) c)Definição do conjunto de preços – formatos de escolha • Quantos valores para o preço • Montante de cada preço
PROBLEMA – Comparar opções de política agro-ambiental Amendoais tradicionais: conservar, florestar ou deixar abandonar?
PROBLEMA – Comparar paisagens alternativas Comparar múltiplas paisagens alternativas Amendoal Floresta Mato
PROBLEMA – Comparar paisagens alternativas Comparar múltiplas paisagens alternativas
PROBLEMA –Comparar alternativas de gestão da paisagem Comparar alternativas de gestão da paisagem Custo associado Custo zero
VALORAÇÃO ECONÓMICA DE BENS SEM MERCADO- caso da paisagem • Em que é que consiste a valoração económica da qualidade da paisagem? Valorar em termos monetários variações no estado da paisagem Obter informação sobre as preferências económicas do público por alternativas de gestão da paisagem Análise custo-benefício de alternativas de política agro-ambiental
METODOLOGIA –Valorar alternativas de gestão da paisagem Valorar alternativas de gestão da paisagem no Alto Douro
METODOLOGIA –Cenários de Valoração Cenário Base Aspecto actual Aspecto daqui a 5-10 anos Aspecto daqui a 15-20 anos 100% Mato + Preço zero
METODOLOGIA –Cenários de Valoração Cenário Objectivo Aspecto actual Aspecto daqui a 5-10 anos Aspecto daqui a 15-20 anos 50% Floresta + 50% Mato + Preço>0
METODOLOGIA –Formatos de Valoração Valorar alternativas de gestão da paisagem no Alto Douro
Preço associado – P2 METODOLOGIA –Formatos de Valoração Preço associado – P1 Custo zero
METODOLOGIA –Públicos Valorar alternativas de gestão da paisagem no Alto Douro
INQUÉRITO–Valoração Contingente para visitantes e urbanos de TMAD Objectivos • Obter estimativas para a DAP por múltiplas alternativas de gestão da paisagem • Obter estimativas para a DAP marginal por variações nos atributos Metodologia –Mercados construídos: Valoração Contingente • Escolhas dicotómicas • Veículo de pagamento: acréscimo IRS • Questões sobre preferências e atitudes dos visitantes em relação à paisagem agrícola e sua conservação Inquérito • Entrevistas pessoais in situ e na residência • N= 796 Visitantes (1998 e 1999) • N = 231 Urbanos de TMAD (1999)
INQUÉRITO–Experiências de Escolha para os urbanos de TMAD Objectivos • Obter estimativas para a DAP pelos diferentes atributos • Obter estimativas para a DAP para alternativas de gestão da paisagem Metodologia –Mercados construídos: Experiências de Escolha • Escolhas tricotómicas • Veículo de pagamento: acréscimo IRS • Questões sobre preferências e atitudes dos visitantes em relação à paisagem agrícola e sua conservação Inquérito • N= 257 urbanos de TMAD (1999) • Entrevistas pessoais na residência
RESULTADOS – Valoração Contingente Funções de Valor
RESULTADOS – Valoração Contingente Estimativas pontuais para a média condicional da DAP (euros) 1ª 1ª 2ª 4ª 2ª 3ª 2ª 3ª 4ª 5ª 4ª Nota - Preços de 1999
As funções de valor multi-atributo foram estimadas para os Visitantes e Urbanos de TMAD (modelos B1V e B1R) E re-estimados depois com as observações corrigidas para o efeito yea-saying (modelos B2V e B2R) RESULTADOS – Valoração Contingente • A obtenção de estimativas relativamente elevadas para a DAP sugeria a presença de yea-saying • O procedimento p/correcção do efeito yea-saying: converter escolhas de alternativas com preço>0 em escolhas do Cenário base, quando o preço pedido ultrapassava 0,5% do rendimento anual líquido do agregado doméstico
RESULTADOS – Valoração Contingente Funções de Valor – E(DAP) Proporção de amendoal Proporção de amendoal Proporção de floresta Proporção de floresta Função de valor multi-atributos para os visitantes (modelo B2V) Função de valor multi-atributos para os urbanos da Região (modelo B2R)
RESULTADOS – Valoração Contingente Relações inter-atributos e estrutura de preferências Visitantes vs Urbanos de TMAD • As escolhas dos visitantes revelam uma menor diferenciação entre os atributos “floresta” e “mato” • As escolhas dos urbanos da Região revelam uma maior “desutilidade” relativa pelo “mato”
O gráfico apresenta os rácios benefício-custo, contabilizando-se apenas os pagamentos associados a cada um dos programas (preços de 1999) RESULTADOS – Valoração Contingente Rácios Benefícios/Custos
RESULTADOS – Valoração Contingente vs. Experiências de Escolha Estimativas para modelo logístico conditional
RESULTADOS – Valoração Contingente vs. Experiências de Escolha Nota - Preços de 1999
RESULTADOS – Valoração Contingente vs. Experiências de Escolha Formatos de valoração e estrutura de preferências VC-ED VS. EEscolha • O formato VC-ED obteve estimativas mais conservadoras para a E(DAP) • Estimativas obtidas para o modelo logístico condicional indicam preferências diferentes para cada um dos formatos de valoração
RESULTADOS – Valoração Contingente vs. Experiências de Escolha VC-ED VS. EEscolha - Explicações possíveis para resultados • O formato EE oferece mais alternativas para comparação com o cenário base • Melhora balanceamento entre atributos não monetários • Parece “desfocar atenção” dos indivíduos para o balanceamento preço vs. atributos não monetários
Conclusões– Valoração Contingente vs. Experiências de Escolha Consequências para escolha do formato de valoração • Enfatizar componente de valoração • Permitir comparação de várias alternativas de escolha • Modelar variabilidade entre os factores não observados e as escolhas individuais
OBRIGADA– São bem-vindas questões Lívia Madureira Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro CETRAD/DESG Av. Almeida Lucena, 1 500 660 Vila Real Portugal Tel. +351259302200 Fax. +351259302249 Email - lmadurei@utad.pt