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Mariana Dutra Vieira; Dra Elisa Helena Siegel Moecke Engenharia Ambiental – Unidade Tecnológica

ESTUDO DA QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO CUBATÃO DO SUL NO TRECHO DE SANTO AMARO DA IMPERATRIZ/SC, ATRAVÉS DE VARIÁVEIS FÍSICAS, QUÍMICAS E BIOLÓGICAS Engenharia Ambiental. Mariana Dutra Vieira; Dra Elisa Helena Siegel Moecke Engenharia Ambiental – Unidade Tecnológica PUIC. Introdução

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  1. ESTUDO DA QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO CUBATÃO DO SUL NO TRECHO DE SANTO AMARO DA IMPERATRIZ/SC, ATRAVÉS DE VARIÁVEIS FÍSICAS, QUÍMICAS E BIOLÓGICAS Engenharia Ambiental. Mariana Dutra Vieira; Dra Elisa Helena Siegel Moecke Engenharia Ambiental – Unidade Tecnológica PUIC Introdução O consumo de água nos últimos 30 anos praticamente triplicou, associado com crescimento populacional e com o aumento da demanda devido aos altos padrões de consumo da vida moderna. A biota aquática se encontra muito exposta a substâncias tóxicas lançadas no meio ambiente (ALEDO et. al., 2006). O descarte de agentes tóxicos provenientes de efluentes industriais, de processos de drenagem agrícola, de derrames acidentais de lixos químicos e de esgotos domésticos em rios e mares contribui para a contaminação dos ecossistemas aquáticos com agentes tóxicos como metais pesados, agrotóxicos e compostos orgânicos (BAUMART et. al , 2007). Os métodos analíticos capazes de avaliar a presença de defensivos agrícolas e pesticidas organofosforados e carbamatos em corpos d’água são de elevado custo, o que torna inviável sua aplicação em larga escala. Como alternativa às técnicas analíticas, observa-se o crescimento do uso de biomarcadores como os macroinvertebrados (bentônicos). Objetivos O objetivo da pesquisa foi avaliar a qualidade ambiental do rio, através de variáveis físico-químicas (temperatura, oxigênio dissolvido (OD), pH, condutividade elétrica) caracterizar a comunidade bentônica e verificar a relação entre as características físico-químicas da água e do sedimento com a comunidade bentônica. Metodologia A metodologia da pesquisa baseou-se na escolha de três pontos do Rio Cubatão: Ponto 1 (P1), captação de água pela Casan para ETA – CASAN José Pedro Horstmann (Figura 1); Ponto 2 (P2), dentro da área urbana de Santo Amaro da Imperatriz (Figura 2) e Ponto 3 (P3), dentro da área rural de Santo Amaro da Imperatriz (Figura 3). O sedimento foi recolhido com o auxílio da draga de Eckman, sendo o material coletado transferido para frascos de polietileno e fixado em formaldeído 10%. No laboratório, as amostras foram lavadas em uma peneira de malha com 250 micra de abertura e os organismos isolados com auxílio de uma bandeja transiluminada e pinça. Os espécimes encontrados foram conservados em álcool 70% e classificados de acordo com as características taxonômicas presentes (GOULART, CALLISTO, 2003; BAPTISTA, 2008). As amostras de água foram coletadas e armazenadas em frascos de polietileno e mantidas refrigeradas até a análise. Todas as análises foram realizadas no laboratório de Engenharia Ambiental – LEA da Unisul. As coletas ocorreram nos meses de outubro de 2009, março e julho de 2010, porém no P3 somente nos últimos dois meses citados. Obteve-se excesso de chuvas no período de pesquisa. Resultados O resultado da pesquisa contempla conhecimentos que poderão ser úteis para os órgãos ambientais estabelecerem estratégias eficazes que permitam reparar ou recuperar a biodiversidade deste ecossistema. Os valores médios de pH registrados no Rio Cubatão variaram de 6,4 e 7.2 (Tabela I). O menor valor de condutividade elétrica foi registrado no P2 e o maior valor em P3, sendo 42,8 μS.cm-1 e 118,9 μS.cm-1, respectivamente. Os valores de condutividade são influenciados por fatores como clima, solubilidade de minerais, e por impactos humanos (uso de fertilizantes). Porém, uma alta concentração de matéria orgânica em decomposição aumenta a quantidade de íons dissociados na água, que resulta no aumento da condutividade. Em relação à OD os valores mais baixos foram registrados em P1 e os mais altos em P3, sendo 5,6 mgO2L-1 e 6,6 mgO2L-1, respectivamente. A temperatura da água durante o período avaliado se manteve entre 23,6 ºC e 20 ºC. Quanto à presença de macroinvertebrados bentônicos, os taxas mais comuns foram Oligochaeta e Chironomidae predominando nos pontos P1 e P2. No ponto P3 foi observado a presença de Aeshnidae. Tabela I – Valores médios de pH, condutividade elétrica (CE), oxigênio dissolvido (OD), temperatura do ar (T ar) e temperatura da água (T água) registrados nos pontos de amostragem do Rio Cubatão. Conclusões Os parâmetros OD e pH são mensurados dentro dos limites da Resolução do CONAMA nº 357, de 17 /03/05 para corpos de água classe 1 e 2. Os resultados da condutividade elétrica mostraram que elevado valor encontrado no ponto P3 (área rural) pode estar associado ao uso de agrotóxicos (fertilizantes). A sazonalidade climática não revelou interferência na predominância dos macroinvertebrados. Bibliografia ALEDO, A.; ORTIZ, G. DOMINGUEZ, J. A. Gestão integrada da água e perfis de usuários: proposta metodológica a partir da sociologia quantitativa. Interfacehs, n.1, v.1, 2006. BAUMART, J. S. ZIMMERMANN, B. L.; DALOSTO, M. M. Uso de macroinvertebrados bentônicos como biodindicadores de qualidade de água em cultura de Arroz tratada com inseticida carbofuran. Anais do VIII Congresso de Ecologia do Brasil: Caxambu – MG, 2007. GOULART, M. ; CALLISTO, M.. Bioindicadores de qualidade de água como ferramenta em estudos de impacto ambiental. Revista da FAPAM, n. 1, a.2, 2003. BAPTISTA, D. F. Uso de macroinvertebrados em procedimentos de biomonitoramento em ecossistemas aquáticos. Oecol. Bras. n.12, v.3, 2008. PEDROSA, P.; Rezende, C. E. As muitas faces de uma lagoa. Ciência Hoje, 6 (153): 40- 47. 1999. ESTEVES, F. A. Fundamentos de Limnologia. Interciência, Rio de Janeiro, 602 p. 1998. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. CONAMA nº 357: Classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para seu enquadramento. Brasília, 2005. Apoio Financeiro: Unisul Figura 2 – P2 dentro da área urbana de Santo Amaro da Imperatriz Fonte: Elaboração do autor. Figura 1 - P1 captação de água pela Casan para ETA – CASAN José Pedro Horstmann Fonte: Elaboração do autor. Figura 3 – P3 dentro da área rural de Santo Amaro da Imperatriz Fonte: Elaboração do autor.

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