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Trabalho de Pesquisa. UNIJUI – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RS DISCPLINA – CIENCIA POLITICA E TEORIA DO ESTADO PROFESSOR – DR. DEJALMA CREMONESE ALUNO- ANTONIO CELSO HERNANDES OBRA – POLITICA TIRADA DA SAGRADA ESCRITURA Bossuet, J
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Trabalho de Pesquisa • UNIJUI – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RS • DISCPLINA – CIENCIA POLITICA E TEORIA DO ESTADO • PROFESSOR – DR. DEJALMA CREMONESE • ALUNO- ANTONIO CELSO HERNANDES • OBRA – POLITICA TIRADA DA SAGRADA ESCRITURA Bossuet, J Ijui, 24/09/2007
O bispo Bossuet (1627 – 1704) é considerado como um dos maiores teóricos do poder absoluto dos reis.
Sua obra Política tirada da Sagrada Escritura, publicada postumamente, ao que tudo indica foi escrita para justificar o poder do rei Luis XIV da França.
É importante observar como a Igreja Católica, através de seu bispo, passa a formular uma teorização do poder. Afinal, antes da Reforma (século XVI), a Igreja acreditava que o poder derivava do próprio Deus, mas era dado por Ele ao Papa, ao qual os reis estavam submetidos.
O trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus. Os reis são deuses e participam de alguma maneira da independência divina. O rei vê de mais longe e de mais alto; deve acreditar-se que ele vê melhor, e deve obedecer-lhe sem murmurar, pois o murmúrio é uma disposição para sedição
Em sua obra Política Tirada das Próprias Palavras da Sagrada Escritura, desenvolveu a chamada teoria do direito Divino, amplamente utilizada por Luís XVI da França, cujo governo foi considerado o auge do absolutismo monárquico
Cabe lembrar que nas monarquias modernas em sua maioria católicas (exceção a Inglaterra), as relações entre política e religião eram estreitas em face do respaldo que a teoria da origem divina do poder dava ao rei absoluto.
"Três razões, fazem ver que este governo (o da monarquia hereditária) é o melhor. A primeira é que é o mais natural e se perpetua por si próprio... A segunda razão... é que esse governo é o que interessa mais na conservação do Estado e dos poderes que o constituem: o príncipe, que trabalha para o seu Estado, trabalha para os seus filhos, e o amor que tem pelo seu reino, confundido com o que tem pela sua família, torna-se-lhe natural
A terceira razão tira-se da dignidade das casas reais... A inveja, que se tem naturalmente daqueles que estão acima de nós, torna-se aqui em amor e respeito; os próprios grandes obedecem sem repugnância a uma família que sempre viram como superior e à qual se não conhece outra que a possa igualar
A política segundo Bossuet,é uma lógica ou uma geometria de onde se tiram as conclusões dos teoremas.Daí um índice das matérias que esclarece a obra de maneira bastante fácil.
Do ponto de vista do conteúdo a obra foi também uma lógica que ignorava voluntariamente as épocas.Certamente o autor formulou hipóteses sobre a constituição da sociedade civil
Ele admiti uma diversidade legítima do fato político,mas,insistindo que:”Cada povo deve seguir,como uma ordem divina,o governo estabelecido em seu país”.
Se se reunir forma e conteúdo,se entendera melhor o verdadeiro autor da obra,sem que seja possível contestá-lo,é o próprio Deus pela mediaçao dos textos sagrados.Em si mesmo a idéia não é nova.
O respeito,a fidelidade e a obediência que se devem aos reis,não devem ser alterados por nenhum pretexto.Obedecei a vossos senhores,não apenas quando eles forem bons e moderados,mas também quando forem duros e zangados.
Todos os comentadores estão de acordo em dividir a obra de Bossuet em duas partes.A primeira parte é mais teórica.O primeiro livro trata dos princípios da sociedade,de Deus pai de todos os homens,da caridade entre os homens,do amor á pátria,das leis e do governo.
Pode se considerar o primeiro livro um pouco á parte – ele se limita a generalidade filosófica.Todavia assegurando o fundamento religioso de toda política coerente.”os princípios primitivo que formaram o império”.
O segundo livro determina a monarquia hereditária absolutacomo a melhor forma de governo.Apoiada na Sagrada Escritura a dedução não deixa de ser lógica em sua intenção.
O terceiro livro apresenta de imediato o plano do qual vão sair os mais importantes desenvolvimentos.Antes de tudo,(liv.3)a autoridade é sagrada e paternal,em seguida ela é absoluta (liv.4)enfim ela é submissa a razão(liv.5).
O livro 6 conclui a primeira parte,desenvolvendo pelos mesmos motivos o patriotismo,o bom senso e a paciência religiosa da Quinta Advertência”os deveres dos súditos para com o príncipe”.
Esses seis primeiros livros causam uma dupla impressão:por um lado,a intenção lógica é tão pura que se acredita seguir uma axiomática,mas,por outro,a quantidade de exemplos concretos extraídos da Sagrada Escritura da a obra um certo colorido.
Não se sabe ao certo quando foi escrito os quatro livros finais,mas supoen-se que entre os anos de 1697 e 1700,conforme o próprio autor,quando diz,segundo o JOURNAL LEDIEU;dentro de um ano vocês terão toda a minha política e eu lhes colocarei a solução nas mãos.
É que os quatro últimos livros possuem uma significação muito mais prática ou,para ser mais justo ainda,pragmática.
O livro oitavo trata dos deveres particulares da realeza,e, com toda evidencia,retomando os dados da religião,Bossuet,procura descrever a conduta religiosa do príncipe,quemais do que qualquer outro homen deve se abandonar à Providencia Divina.
O livro oitavo trata ainda dos deveres,mas não se inclina para a justiça.Os livros nono e decimo,trata dos recursos da realeza:as armas,as riquezas ou as finanças;os conselhos,a natureza da guerra e da paz.
Parece,portanto,que se deve reconhecer uma dupla intenção por parte de Bossuet,De um lado,a tentativa transcendente de fundamento da autoridade real;do outro a preocupação pratica implicada na natureza de todo governo prudente.
A Politique santa,por ser tirada da Sagrada Escritura,não é,como se poderia pensar,um elogio sem nuances da realeza.Excepcional é a situação do príncipe.se,na sociedade civil,todos são responsáveis perante ele,em compensação,o príncipe é o ultimo e derradeiro responsável perante Deus.
Ó reis,exercei corajosamente vosso poder;pois ele é divino e salutar ao gênero humano;mas exercei-o com humildade.Ele vos foi conferido pelo exterior.no fundo ele vos deixa fracos,mortais;ele vos torna pecadores;e ele vos acumula,diante de deus de maior encargo.
É penoso e mesmo desditoso ser rei,pertencer a todos sem pertencer a si mesmo.Certamente em relação a Deus,os reis são apenas homens como os outros,mas suas faltas lhes reservam uma humilhação que os homens comuns absolutamente não conhecem.
Com estas frases o autor mesmo colocando o príncipe só abaixo de Deus,adverte-o de seus grandiosos encargos,pois não considerou o destino do rei como particularmente invejável.É uma vida diante de deus onde se confunde o trabalho e a prece.
Os quatros últimos livros da obra tende a transformar a infelicidade do príncipe,sua responsabilidade transcendente,em felicidade para o povo.
O problema complexo dos impostos não é bem examinado,prega-se principalmente a moderação do príncipe:”O príncipe deve ser moderado na cobrança dos impostos e não sobrecarregar mais o povo.
Se não fosse na idéia de que o príncipe estivesse empenhado em um caminho de responsabilidade angustiante,seriamos tentado a dizer que Bossuet seguiu muito freqüentemente a moral mais comum e nunca deu prova de nenhuma originalidade.
A vontade bastante estranha em si mesma,de explicar toda a vida política a partir da Sagrada Escritura e da historietas que ela relata,fez de sua obra um discurso ligeira destinado a cair no esquecimento,e o bispo de Meaux não conseguiu se inscrever no firmamento do pensamento político.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS • Dicionario de Politica Norberto • www.colband.com.br • www.saberhistoria.hpg.com.br • www.wikipedia.org.br