Financiamento FAPERJ

1. Caminhos para Análise de Políticas de SaúdeRuben Araujo MattosTatiana Wargas de Faria BaptistaFranciniLubeGuizardi Financiamento FAPERJ

2. “Caminhante, não há caminho, faz-se caminho ao andar...”Antonio Machado Construindo caminhos para a análise de políticas públicas de saúde: este poderia ser efetivamente um resumo das pretensões deste projeto. Caminho que não é dado, que precisa ser construído por cada pesquisador, caminho que se faz ao caminhar. A ideia central é oferecer um material que sirva para nossos aprendizados neste caminhar pelas análises de políticas de saúde.

3. Pontos de Partida (...) a desgraça dos que não se interessam por política é serem governados pelos que se interessam. (autor desconhecido apud Weffort, 2006) • Consideramosdesejávelquemaispessoas se engajemempesquisasvoltadaspara as análises das políticas de saúde no Brasil. • Para a análise de políticas, é interessanteexplorarospotenciais de umaabordagemconstrucionista da ciência, quepermitaumaprodução do conhecimentoimplicada. • É interessantepensar as análises das políticascomoumaáreainterdisciplinar, naqual o pesquisadorpossarealizarescolhasteóricometodológicas a partir de um repertóriomaisamplo do que um recortedisciplinarespecífico. • Háque se valorizar as especificidades do Estado brasileiro. • Háquerejeitar a redução das políticas a ação dos governos, reconhecendo as tramas dos processospolíticosnavida.

4. Três grandes desafios • O desafio de reconhecimento de nossa trajetória política, social e cultural e suas interferências no processo político. • O desafio de desenvolver e adaptar conceitos e abordagens que possam dar conta do nosso modo de construção das políticas. • O desafio de explorar metodologias de análise que possibilitem a reflexão sobre os objetivos e alcances dos estudos e os desafios que se apresentam em cada caso

5. Duplo objetivo do Material 1 – Potencializar o debate aberto e reflexivo sobre a orientação política de nosso Estado e dos rumos das políticas de saúde no Brasil, ampliando a discussão sobre a política para além do âmbito de governos e da academia, tornando-o um debate social. 2 – Ofertar um conjunto de referenciais de análise, técnicas de pesquisa e materiais que possam ser apropriados por diferentes sujeitos no debate político, potencializando seu uso acadêmico ou social.

6. A aposta feita pelo projeto é de incentivar que mais pessoas venham a fazer análise de política(s), ampliando seu escopo com o reconhecimento do outro como sujeito político, no entendimento das especificidades locais e regionais, e na construção de referenciais e metodologias de pesquisa que aprofundem a reflexão sobre nossa realidade política, social e cultural.

7. O material • Diálogo com um público amplo e diversificado • Estudantes de pós-graduações, graduações e ensino médio, cuja formação volte-se para o campo da Saúde Coletiva • Profissionais de saúde • Aos integrantes do movimento social organizado e aos diversos sujeitos envolvidos com a construção do direito à saúde sob as mais diversas formas de protagonismo político.

8. Dois produtos • um livro sobre os caminhos possíveis na análise de políticas de saúde. • um site com a divulgação de todos os conteúdos do livro, links e materiais diversos. http://www.ims.uerj.br/ccaps/

9. Dois produtos

10. Estrutura do Material Visão de Ciência Visão de Política

11. A visão construcionista de ciência O conhecimento como a construção de uma narrativa, informada por sujeitos. Abandona-se a pretensão de métodos e respostas universais para as perguntas que se apresentam nos estudos. Assume-se a objetividade e aplicação rigorosa e honesta de meios que possam subsidiar as análises de cada caso. http://www.ims.uerj.br/ccaps/?p=18

12. A visão de política A política não se restringe ao debate governamental e ao enunciado oficial. A política como uma prática social de embates e conflitos de interesses, posições e percepções do mundo que produz acordos momentâneos e dinâmicos. O estudo de uma política coloca em suspenso a própria política questionando-se como e por que esta se define. http://www.ims.uerj.br/ccaps/?p=443

13. Os diferentes olhares na política Oferta de um recorte dentre de cada um desses pontos de vista teóricos, construídos de modo a abordá-los de maneira ampla, sem que isso redunde em estabelecer-se enquanto verdade sobre as teorias. As perspectivas abordadas foram: 1. Perspectiva Marxista 2. Neo-Institucionalismo 3. A ideia de Ciclo da Política 4. A análise da política proposta por Ball 5. Avaliação de Políticas e Programas 6. Movimento Institucionalista 7. Arqueologia e Genealogia

14. Os caminhos de pesquisa O método se define a partir dos propósitos do estudo e não de modelos teóricos a priori. Assim, a pergunta que se coloca de início num estudo é o “para que” realizamos o estudo. Exploram-se técnicas de pesquisa e de análise nos estudos de políticas de saúde, apresentando suas características, possibilidades de uso e limites.

15. Os caminhos de pesquisa Apresentação de Estudos: • Breves reflexões sobre os caminhos da pesquisa • Considerações Metodológicas sobre a Técnica da Observação Participante • Análise textual com o programa ALCESTE: uma aplicação em pesquisa de representações sociais no campo da política • Sobre o uso de técnicas estatísticas na análise de políticas • Propaganda de Medicamentos. É possível regular? • Como temos armado e efetivado nossos estudos, que fundamentalmente investigam políticas e práticas sociais de gestão e de saúde? • Viagem cartográfica: pelos trilhos e desvios • O Conhecer Militante do Sujeito Implicado: O desafio em reconhecê-lo como saber válido http://www.ims.uerj.br/ccaps/?category_name=caminhos-de-pesquisa-na-analise-de-politicas

16. Perspectivas do projeto • Com publicação do material online pelo site iniciamos uma nova fase do projeto. Duas novas tarefas se colocam: • Revisar o material a partir dos comentários dos usuários, visando seu aprimoramento • Ampliar o mosaico de exemplos de relatos de estudos na parte do material destinada aos caminhos de pesquisa.