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A FORMAÇÃO INTEGRAL PROCURA:

Interdisciplinaridade: discutindo a integração curricular GUIMARÃES, Edilene Rocha. – IFPE-CR – ergguimaraes@gmail.com. Currículo integrado: composto por uma rede de relações complexas, a qual envolve a formação integral do homem. Cidadania: centro do processo educativo.

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A FORMAÇÃO INTEGRAL PROCURA:

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Presentation Transcript


  1. Interdisciplinaridade: discutindo a integração curricularGUIMARÃES, Edilene Rocha. – IFPE-CR – ergguimaraes@gmail.com Currículo integrado: composto por uma rede de relações complexas, a qual envolve a formação integral do homem. Cidadania: centro do processo educativo. Princípios da formação integral: solidariedade, ética, pluralidade cultural e sustentabilidade. Dimensões da formação integral: coletivo, individual, histórico, ecológico. Eixos integradores do currículo: trabalho, ciência, cultura e meio ambiente. As inter-relações desenvolvidas entre prática profissional, conhecimentos e saberes cotidianos, as quais perpassam por todo o desenvolvimento do currículo, objetivam o exercício de uma cidadania ativa, como forma de intervir nas condições socioambientais das comunidades locais.

  2. A FORMAÇÃO INTEGRAL PROCURA: Formas de valorizar e incorporar as identidades plurais em políticas e práticas curriculares; Caminhos que consideram o aprender como um ato cultural sempre contextualizado; As dimensões da afetividade, espiritualidade, política e ecológica, são ressignificadas como inerentes ao cuidado com o ser humano. A FORMAÇÃO INTEGRAL COMPREENDE: O processo educativo como um ato político, ou seja, como prática social cuja finalidade é a formação de sujeitos políticos, capazes de agir criticamente na sociedade. O destinatário da educação são os sujeitos constituídos em redes culturais, cuja ação sempre resulta de um universo de valores construído social e historicamente. Não se anulando a dimensão individual e subjetiva, mas ela é compreendida em sua intercessão com a cultura e com a história – ou seja, o indivíduo é sempre um ser social e cultural (CARVALHO, 2004).

  3. FORMAÇÃO INTEGRAL NO CURRÍCULO INTEGRADO O currículo integrado vem sendo proposto como tentativa de contemplar uma compreensão global do conhecimentoe de promover maiores parcelas de interdisciplinaridadena sua construção (SANTOMÉ, 1998). A interdisciplinaridade é o processo que envolve a integração e engajamento de educadores, num trabalho conjunto, de interação das disciplinas do currículo escolar entre si e com a realidade, de modo a superar a fragmentação do ensino, objetivando a formação integral dos alunos, a fim de que possam exercer criticamente a cidadania, mediante uma visão global de mundo e serem capazes de enfrentar os problemas complexos, amplos e globais da realidade atual (LÜCK, 1994).

  4. INTER E TRANSDISCIPLINARIDADE NA INTEGRAÇÃO CURRICULAR A integração curricular coloca as disciplinas numa perspectiva relacional, na qual as fronteiras se tornam pouco nítidas, promovendo maior autonomia de professores e alunos, mais integração dos saberes escolares com os saberes científicos e os saberes cotidianos (BERNSTEIN, 1996), numa abordagem inter e transdisciplinar(MORIN, 2002). As diferentes áreas do conhecimento e experiências ou as disciplinas devem entrelaçar-se, complementar-se e reforçar-se mutuamente para propiciar o trabalho de construção e reconstrução do conhecimento da sociedade (SANTOMÉ, 1998). A integração curricular enfatiza o envolvimento em experiências que promovam uma vivência democrática (BEANE 2003: 108).

  5. METODOLOGIA PARA INTEGRAÇÃO CURRICULAR Integração entre Ensino Pesquisa e Extensão Propomos um caminho metodológico para a integração curricular que compreende o conhecimento como complexo e provisório, que se renova a partir do diálogo entre as diversas áreas do saber e cultiva o prazer cultural e a postura crítica, criativa e investigativa. O problema a ser estudado surge da realidade através da coleta de dados empíricos, que são inseridos no processo de reprodução e produção do conhecimento pelos alunos e professores, analisados cientificamente em salas de aula e em laboratórios. Os resultados desse diálogo voltam para a realidade concreta, através de ações de intervenção crítica na vida cotidiana das comunidades locais (GUIMARÃES, 2008).

  6. Formação inicial e continuada doProfessor-pesquisador Domínio da metodologia científica; Reprodução e produção conhecimentos (re)elaborados. Encontro dialogadodo professor Com outros professores; Com os alunos; Com a comunidade. Aprimoramento das relações interpessoais Ênfase em experiênciasque promovem umavivência democrática Trabalho que propicia a construção e reconstrução do conhecimento da sociedade.

  7. PRINCÍPIOS PARA INTEGRAÇÃO CURRICULAR - Compreensão da complexidade da relação entre política e prática curricular e, nela, a construção do conhecimento escolar; - Compreensão da cidadania como o centro do processo educativo; - Concepção de homem como ser histórico, social e ecológico, capaz de transformar a realidade em que vive; - Concepção de educação em direitos humanos, visando o desenvolvimento social e emocional do homem; - Concepção de trabalho como princípio educativo, permitindo a compreensão do significado econômico, social, ambiental, histórico, político e cultural das ciências, das tecnologias e das artes;

  8. - Contextualização dos saberes escolares na articulação entre os saberes científicos e os saberes cotidianos; - Abordagem inter e transdisciplinar que considera a prática profissional como eixo integrador da relação conhecimentos gerais e específicos; - Priorização nos fundamentos das diferentes tecnologias que caracterizam os processos produtivos; - Integração entre ensino pesquisa e extensão, tendo como eixos integradores o trabalho, a ciência, a cultura e o meio ambiente, numa perspectiva socioambiental.

  9. Unidades Didáticas Integradas Propõe-se a elaboração e agrupamento de unidades didáticas integradas como forma de facilitar a elaboração de projetos curriculares integrados (SANTOMÉ, 1998). Gestão participativa O professor mantém a condução do processo, mas partilha com os alunos e a comunidade as decisões sobre os percursos e critérios adotados para definir as atividades. Projeto político-pedagógico do curso ou da escola Deve ter autonomia para decidir pelo desenvolvimento de unidades didáticas integradas. Prática profissional Como eixo integrador da relação conhecimento gerais e específicos, ou seja, da relação teoria e prática.

  10. Matriz curricular A prática profissional deve perpassar por toda matriz curricular, abordando: O contexto comunitário local O contexto dos movimentos sociais e das organizações governamentais e não governamentais O contexto da produção material

  11. QUALIDADE AMBIENTAL: uma experiência de unidade didática integrada Tema da unidade didática integrada: “Qualidade Ambiental” Campo de implementação V Módulo do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental. Período de execução: 1º semestre letivo de 2007 Disciplinas do V Módulo Sistema Integrado de Gestão; Auditoria e Certificação Ambiental; Processos Industriais; Programas de Prevenção de Riscos Ambientais; Ecoempreendimentos; Planejamento Ambiental; Projeto Interdisciplinar de Qualidade Ambiental. Competências profissionais certificadas Elaboração, implantação e implementação de programas de gestão para a qualidade ambiental. A Disciplina Projeto Interdisciplinar Gerencia o planejamento coletivo da unidade didática integrada e aprofunda conceitos relacionados ao conhecimento complexo, através do domínio da metodologia científica.

  12. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS: Reunião com os alunos para escolher a metodologia a ser utilizada na unidade didática integrada, com definição pelo desenvolvimento de um projeto interdisciplinar de qualidade ambiental empresarial. Realização de entrevistas gravadas em áudio com os professores das disciplinas. Questão: Como sua disciplina contribui com a formação do gestor ambiental? Analise das ementas das disciplinas do Módulo V. Construção através de seis equipes de projetos de atividade disciplinar, referentes a cada disciplina do módulo, com seus respectivos mapas conceituais. Analise das dificuldades e resultados obtidos pelos projetos interdisciplinares desenvolvidos anteriormente, através da leitura de artigos. Através de representantes das seis equipes anteriores, criação de novas equipes e construção de seis projetos de atividade interdisciplinar, com seus respectivos mapas conceituais. Reunião dos professores do módulo para escolher dois projetos interdisciplinares com possibilidade de desenvolvimento.

  13. Reunião com os alunos para escolher um projeto a ser desenvolvido, entre os dois projetos escolhidos pelos professores. Detalhamento do projeto interdisciplinar escolhido sob o título “Qualidade Ambiental no Restaurante Mania da Associação dos Servidores do CEFET-PE”, através de Plano de Atividades. Apresentação oral pelos alunos do Plano de Atividades aos proprietários do Restaurante Mania, com autorização para início da coleta de dados. Coleta de dados com a comunidade local envolvida, através de entrevistas, questionários, observação direta, registro fotográfico, aferição de indicadores com uso de instrumentos de precisão, outros. Análise e discussão dos dados em sala de aula, para posterior redação do relatório técnico-científico. Redação do relatório técnico-científico por equipe, sob orientação dos professores do módulo. Apresentação oral pelos alunos dos resultados para avaliação interdisciplinar. Formatação do relatório final pelos professores da disciplina Projeto Interdisciplinar de Qualidade Ambiental, para entrega aos proprietários do Restaurante Mania.

  14. Questões para construção dos projetos de atividades disciplinares e interdisciplinares: O que desenvolver como atividade? Por que desenvolver essa atividade? Quando, com quem e onde a atividade poderia ser desenvolvida? Como desenvolver essa atividade? Quais bases tecnológicas e saberes fundamentam essa atividade? Quais as condições necessárias para desenvolver a atividade? A atividade tem viabilidade de desenvolvimento? Projeto interdisciplinar escolhido: “Qualidade Ambiental no Restaurante Mania da Associação dos Servidores do CEFET-PE” Plano de Atividades: Definiu a partir do objetivo geral, os objetivos específicos que foram listados por disciplina. Cada professor regente das disciplinas ficou responsável em conduzir uma equipe de alunos nas atividades de coleta, análise e discussão dos dados, além de orientar na redação do relatório final.

  15. Detalhamento do Plano de Atividades OBJETIVO GERAL: Avaliar as condições atuais do Restaurante Mania e propor a implantação de um Sistema de Qualidade Ambiental. OBJETIVOS ESPECÍFICOS POR DISCIPLINA: 01. Sistema Integrado de Gestão: Propor um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) para o Restaurante Mania, na busca pelo seu desenvolvimento sustentável e apontar os pontos de melhoria que ocorrerão com sua implementação. 02. Auditoria e Certificação Ambiental: Avaliar o Sistema de Gestão Ambiental (SGA) formulado para o Restaurante Mania e elaborar um manual de auditoria ambiental. 03. Processos Industriais: Elaborar um sistema ambientalmente correto e economicamente viável de gestão dos resíduos sólidos para o Restaurante Mania.

  16. 04. Programas de Prevenção de Riscos Ambientais: Promover um estudo com base no PPRA, a fim de reconhecer e avaliar a ocorrência de riscos ambientais, com ênfase nos riscos físicos e ergonômicos existentes, ou que venham a existir no ambiente do Restaurante Mania. 05. Ecoempreendimentos: Analisar a viabilidade econômica do uso de produtos orgânicos em alguns pratos oferecidos no Restaurante Mania. 06. Planejamento Ambiental: Levantar as dificuldades de execução e monitoramento das atividades do Restaurante Mania e criar instrumentos de planejamento organizacional e ambiental. Estrutura do relatório técnico-científico: Apresentação; justificativa; objetivos; revisão bibliográfica; procedimentos metodológicos; resultados e discussão; propostas e sugestões; conclusões.

  17. Cada equipe ficou responsável de entregar o relatório impresso correspondente às suas atividades e apresentar oralmente os resultados, por ocasião da avaliação interdisciplinar. Processo de Avaliação Interdisciplinar: A avaliação de cada disciplina correspondeu à 70% da média final, a qual foi somada à avaliação interdisciplinar que correspondeu aos 30% restante. Cada professor da disciplina correspondente realizou a avaliação do relatório e da apresentação oral da equipe orientada. A apresentação oral das equipes foi realizada com a presença de todos os professores do módulo, possibilitando o envolvimento ativo no processo de avaliação interdisciplinar.

  18. CONCLUSÃO DAS ATIVIDADES INTEDISCIPLINARES Após o processo de avaliação interdisciplinar as equipes incorporaram as observações dos professores e entregaram as versões finais dos relatórios com as modificações necessárias. O relatório final foi formatado pelos professores da disciplina Projeto Interdisciplinar e apresentado pelos alunos aos proprietários do Restaurante Mania, para concordância e posterior execução das propostas e sugestões presentes no relatório.

  19. CONSIDERAÇÕES FINAIS A construção coletiva do projeto pedagógico de um curso pode partir desde sua origem do desenvolvimento de uma proposta de integração curricular, independentemente do nível ou modalidade de ensino oferecido, seja na educação básica, educação profissional e tecnológica, licenciatura e bacharelado, ou na pós-graduação. A articulação entre conhecimentos gerais e específicos pode priorizar a formação integral como princípio orientador do currículo, com a preocupação de formar para além do simples desenvolvimento das habilidades necessárias para uma ocupação, partindo dos seguintes eixos integradores – trabalho, ciência, cultura e meio ambiente –, os quais se inter-relacionam através de uma perspectiva socioambiental.

  20. Notas [1] Professores do Módulo V – Qualidade Ambiental: Sivaldo Souza Silva, Marília Regina Costa Castro Lyra; Guilherme Pereira da Silva, Robson Passos, Francisco de Melo Granata, Maria Efigênia Farias de Almeida, Marcelo Alexandre de Vasconcelos, José Severino Bento da Silva, Edilene Rocha Guimarães. [2] Alunos do Módulo V – Qualidade Ambiental: Annara Marinho, Bruno Augusto Aguiar; Davi Emmanuel Lippel, Dayanne Rouseide, Elielton Albuquerque, Fabiano Oliveira, Fabrícia Moura, Gabriel M. da Silva, Gabriela Figueiredo, Gabriela Valones, Gleidson Moura, Gustavo Amorim, Hannah Stella Amaral, Jaqueline Maria Augusta, Klaus Maciel, Leandro Barros, Leonardo de Albuquerque, Lídia de Freitas, Lívia Lima, Marcela Clementino, Mayana Bandeira, Mércia Micheline, Nathalia Amanda Santos, Rafaella Cavalcanti, Sérgio Ricardo José Soares, Simone Mendonça, Viviam Brandão de Souza, Viviam Patrícia da Fé. [3] Comunidade local envolvida: proprietários, funcionários, prestadores de serviço, clientes associados e externos do Restaurante Mania da Associação dos Servidores do CEFET-PE.

  21. Fotos dos autores do processo

  22. Referências bibliográficas ANDRÉ, Marli E. D. A. Ensinar a pesquisar... Como e Para Que? In: SILVA, Aida Maria monteiro et al. (Org.). Educação formal e não formal, processos formativos e saberes pedagógicos: desafios para a inclusão social. XIII Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino; Recife - PE: ENDIPE, 2006. BEANE, James A. Integração Curricular: a essência de uma escola democrática. Currículo sem Fronteiras, v.3, n.2, pp.91-110, Jul/Dez. 2003. ISSN 1645-1384 (online) Disponível em: http://www.curriculosemfronteiras.org CIAVATTA, Maria. A Formação integrada: a escola e o trabalho como lugares de memória e de identidade. In: FRIGOTTO; CIAVATTA; RAMOS (Orgs). Ensino médio integrado: concepções contradições. São Paulo: Cortez, 2005. CUNHA, Maria Isabel da. A Didática como construção: aprendendo com o fazer e pesquisando com o saber. In: SILVA, Aida Maria monteiro et al. (Org.). Educação formal e não formal, processos formativos e saberes pedagógicos: desafios para a inclusão social. XIII Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino. Recife - PE: ENDIPE, 2006. __________. Impactos das políticas de avaliação externa na configuração da docência. In: ROSA, Dalva E. Gonçalves, SOUZA, Vanilton Camilo de. (Org.). Políticas organizativas e curriculares, educação inclusiva e formação de professores. Rio de janeiro: DP&A, 2002. (Trabalhos apresentados nos simpósios e mesas-redondas do XI ENDIPE, Goiânia – GO., maio de 2002.) FAZENDA, Ivani C. A. Interdisciplinaridade: História, teoria e pesquisa. 2ª ed. Campinas, SP: Papirus, 1995. (Coleção Magistério: Formação e trabalho pedagógico) GUIMARÃES, E. R.; VALENCA, M. M.; FIGUEREDO, M. E. Projeto interdisciplinar de política sanitária ambiental. Cadernos Temáticos. nº 8. Brasília : MEC/SETEC, 2006. ISSN 1809-4694 MARKERT, Werner. Novas competências no mundo do trabalho e suas contribuições para a formação do trabalhador. GT – 09: Trabalho e Educação. Caxambu: ANPEd, 2000. 23ª Reunião Anual. São Paulo: ANPEd, 2000. Disponível em: http://www.anped.org.br MORIN, Edgar. Os Sete saberes necessários à educação do futuro. Tradução de Catarina Eleonora F. Silva e Jeanne Sawaya; revisão técnica de Edgard de Assis Carvalho. 6ª ed. São Paulo: Cortez; Brasília, DF.: UNESCO, 2002. RAMOS, Marise. Possibilidades e desafios na organização do currículo integrado. In: FRIGOTTO; CIAVATTA; RAMOS (Orgs). Ensino médio integrado: concepções e contradições. São Paulo: Cortez, 2005. SANTOMÉ, Jurjo Torres. Globalização e interdisciplinaridade: o currículo integrado. Trad. Cláudia Schilling. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998. SANTOS, B. de Souza. Pela Mão de Alice: o social e o político na pós-modernidade. São Paulo, Cortez, 1995.

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