E N D
1. MEDULA ÓSSEA SIMONE GIANELLA VALDUGA
2. ANATOMIA E FISIOLOGIA : A medula óssea é composta por três elementos:
osso trabecular
medula óssea vermelha
medula óssea amarela
4. MEDULA ÓSSEA VERMELHA (MV): Fração hematopoeticamente ativa da medula, que produz células sanguíneas:
Eritrócitos: Oxigenação
Granulócitos: Imunidade
Trombócitos(plaquetas): Coagulação
Estroma de suporte
5. MEDULA ÓSSEA AMARELA (MA): Composta predominantemente por adipócitos mas também possui elementos celulares ativos.
MV: 40% água 40% gordura 20%proteína
MA: 15% água 80% gordura 5%proteína
6. RM DA MEDULA ÓSSEA NORMAL: Sequência de pulso mais importante:
SPIN-ECHO T1
MA: sinal semelhante a gordura subcutânea
MV: sinal intermediário (sempre mais alto que o sinal do músculo ou disco intervertebral).
12. CONVERSÃO MEDULAR: No nascimento há hematopoese ativa em todo o esqueleto
A CONVERSÃO MV=MA ocorre durante o crescimento de uma forma previsível e ordenada e está completa por volta dos 25 anos (padrão adulto)
13. PROGRESSÃO DA CONVERSÃO DA MEDULA VERMELHA EM AMARELA ESQUELETO INTEIRO:
Das extremidades para o esqueleto axial
Mãos/pés==antebraços/pernas==úmeros /fêmures==Pelve/coluna vertebral
14. OSSOS LONGOS INDIVIDUAIS: Epífises/ apófises
Diáfises
Metáfises distais
Metáfises proximais
15. RESNICK
16. INTRODUÇÃO: Hoje a RM é a modalidade de imagem escolhida para avaliação da MO porque é a única capaz de visualizar diretamente a medula “in vivo”.
Utilizada para escolher sítio apropriado para biópsia.
Alta sensibilidade mas baixa especificidade para lesões neoplásicas sendo utilizada para estadiar doenças.
17. RM é melhor que cintilografia óssea (cintilo) para avaliar metástases na coluna, pelvis e extremidades
Cintilo é melhor para calota craniana e costelas.
RM corpo inteiro: lesões salteadas
metástases
estadiamento de doenças hematopoéticas
T1, STIR e pós contraste(*).
18. RM é o método mais sensível para detecção de metástases ósseas.
INDICAÇÕES:
Planejamento de cirurgias
Monitorar terapias
Avaliação de doença residual
Follow-up
3 semanas pós QXT avalia tamanho da lesão.
19. RM X CINTILO:
Rm detecta infiltração tumoral antes que a cintilo detecte alt. Metabólicas ou estruturais.
RM tem melhor resoluçõa espacial.
INDICAÇÕES DE CINTILOGRAFIA:
Avaliar atividade da lesão
Avaliação de doenças multifocais
Diferença entre lesão neoplásica de doenças inflamatórias (padrão de impregnação)
20. PROTOCOLO: T1
STIR
T2 com fat menos sensível
Contraste geralmente útil:Diferencia áreas de tumor ativo X MO normal X áreas necróticas (sítio de biópsia)
Contraste com óxido de ferro: tu. Ósseos.
No osso normal essas partículas são fagocitadas por macrófagos levando a ausência de sinal.
22. Alterações de MO em coluna (201 exames)
Precisa usar T1 c/ gado para após STIR não ter visto nada?
Se STIR normal: não precisa injetar
Se STIR anormal: injeta
Eur. Radiol ,mar 2005
23. Qual sequência é melhor para diagnóstico de met. neuroblastoma em MO
91 crianças
COR T1, SAG STIR, COR T1 C/ GADO
Conclusão: T1+T1 c/ gado
Pediatr Radiol, may 2005
24. PROTOCOLOS: Dinâmica:Doenças difusas da MO (?)
OUT FASE GRE: água e gordura não brilham. Ausência de gordura Brilha
DIFUSÃO
27. PATOLOGIA MEDULAR: Cinco categorias amplas:
Desordens mieloproliferativas
Doenças de substituição medular
Depleção medular
Anormalidades vasculares
Outras
28. DESORDENS MIELOPROLIFERATIVAS: BENIGNAS:
Reconversão
Mielofibrose
Síndrome mielodisplásica
Mastocitose
Policitemia vera
MALIGNAS:
Mieloma múltiplo
Leucemias
Amiloidose
29. RECONVERSÃO DA MO AMARELA EM VERMELHA: Se a MO vermelha existente não pode suprir as necessidades individuais de hematopoese a hiperplasia dos elementos da medula vermelha poderá ocorrer, exatamente na sequência contrária a da conversão.
30. DEMANDA AUMENTADA DE HEMATOPOESE...(*) Achado incidental em mulheres obesas
Anemias hemolíticas
Necessidade de oxigênio aumentada: grandes altitudes, atletas de alto padrão
Substituição/destruição da medula vermelha normal por desordens mieloproliferativas ou de substituição
Fator estimulador de colônia de granulócitos.
31. METÁSTASES ÓSSEAS: São as lesões neoplásicas mais frequentes no osso.
Nos homens:ca. Prostata
Nas mulheres: neo. Mama
Predileção por regiões de medula hematopoética.
Esqueleto axial
Esterno
Costelas
Calota craniana
Porção proximal de ossos longos
32. TIPOS: OSTEOLÍTICAS: mama, brônquica, tireóide, rim.
OSTEOBLÁSTICAS:próstata, mama, tumor gastrointestinal.
MISTA:mama, próstata,tumor gastrointestinal
33. SINAL: HIPO T1
HIPER STIR, T2 c/fat
Osteoesclerose marcante:HIPO T1 e T2
Após QXT ou RXT a hipointensidade em T1 e T2 pode representar fibrose.
Met de melanoma: hiper em T1 e T2
Nível líquido: Met. Hemorrágica (raro).
34. APRESENTAÇÃO: ÚNICA
MÚLTIPLA
DIFUSA
36. Uso da difusão para diferenciar infiltração tumoral X frat benigna aguda
46 pac.
Conclusão: sinal alto ou intermediário na difusão tem alta especificidade para diagnóstico de metástases na coluna
Na fratura benigna o sinal geralmente é alto.
Clin Imaging, mar 2004 Korea
40. CARACTERÍSTICA DAS LESÕES METASTÁTICAS: SINAL DO HALO: Anel de hipersinal circundando uma lesão óssea
Componente de partes moles
Envolvimento focal
Destruição cortical
Lesão apenas nos elementos anteriores
Obs: gordura no centro da lesão indica benignidade
43. FRATURA PATOLÓGICA X FRATURA OSTEOPÊNICA RECENTE Ambas apresentam edema e impregnação após gadolíneo
44. FRATURA PATOLÓGICA: Envolvimento multifocal das vértebras não fraturadas
Infiltração dos elementos posteriores
Contorno posterior convexo
Massa de tecidos moles perivertebral
Bordas mal definidas
GRE hipersinal em relação a vértebra normal
DIFUSÃO:metástase brilha
EJR,2005
45. FRATURA BENIGNA: Fragmentação vertebral
Ruptura do disco
Sinal parcialmente preservado no corpo da vértebra envolvido
Fraturas múltiplas
Sinal preservado nas vértebras não fraturadas
‘ SINAL DO LÍQUIDO ‘: área focal linear ou triangular de importante hipersinal em STIR
GRE hiposinal em relação a vértebra normal
EJR,2005
47. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DAS METÁSTASES: OSTEOLÍTICAS: linfoma,plasmocitoma,hemangioma atípico
OSTEOBLÁSTICAS: osteoma(geralmente cintilo negativa) e osteoblastoma
MISTAS: linfoma
48. LINFOMA: Doença de Hodgkin: envolvimento ósseo ou extranodal é incomum no momento do diagnóstico
LNH: 20 a 40% dos pacientes apresentam infiltração da MO.
Padrão pode ser focal ou difuso
RM X Biópsia: RM + e Biópsia-
RM mais sensível que cintilo
Atualmente:RM + Biópsia
RM escolhe o local da biópsia. Usada nos casos de transplante autólogo (medula não doente)
EJR,2005
52. LEUCEMIA: Grupo heterogêneo de neoplasia que infiltra a MO com células brancas.
54. RM NA LEUCEMIA:
Leucemia aguda: hiposinal difuso em T1
Útil para avaliar resposta ao tratamento e complicações da leucemia: cloroma, osteomielite e hematoma.
57. MIELOMA MÚLTIPLO: Proliferação neoplásica de plasmócitos
Destruição do osso trabecular e osteopenia difusa
Esqueleto axial:coluna, costelas, fêmur e pelve.
HipoT1
HiperT2
Impregnação pelo gadolíneo
Cintilo -
60. RM NA AVALIAÇÃO DE RESPOSTA AO TRATAMENTO:
PÓS QXT E RXT
A RM muitas vezes é capaz de documentar a conversão da MO anormal para normal
A MO passa por um curso previsível de alterações durante e após terapia.
61. QXT:
Durante a primeira semana a medula torna-se bastante hipocelular com edema e canais vasculares dilatados.
Hipointensa em T1 e brilhante em T2
Após a primeirasemana: reaparecimento de células gordurosas seguidas por células hematopoéticas que se agrupam ao redor das células de gordura.
Com o passar do tempo a medula torna-se brilhante em T1.
Atenção com fator estimulador de colônia de granulócitos.
Nos pacientes pós transplante de MO geralmente há aparecimento de gordura seguido de retorno gradual do tecido hematopoético regenerado (recaída?)
62. RXT:
Destrói as células hematopoéticas
Imediatamente após a terapia:hiposinal T1
Após duas semanas o sinal gradualmente aumenta pelo aparecimento de celulas gordurosas ( irreversível com doses= ou maiores 30-40Gy)
Medula brilhosa em T1 limitada pelo portal
64. Biópsia da MO bilateral das cristas ilíacas tem baixa sensibilidade para infiltração da MO
30 pac. Com LNH
RM pelve e fêmures:CORT1,T2 E STIR
CONCLUSÃO: MR da pelve e fêmures é superior que a biópsia da MO para detectar infiltração da MO antes do tratamento e infiltração residual após o tratamento
Jornal medico Saudita, jan2005
66. HETEROGENEIDADE MEDULAR: Áreas focais de medula vermelha podem ser difíceis de distinguir de lesões patológicas como metástases.
Algumas publicações consideram o uso de sequências planejadas(gradiente eco dentro e fora de fase e difusão) para tentar determinar se tais imagens são compostas por medula vermelha ou não.
67. Focos de medula vermelha tem um pouco de gordura incorporada, enquanto as neoplasias substituem completamente a medula normal.
Nestas sequências o sinal gerado pelo tecido que tem gordura é diferente do sinal gerado pelo tecido sem gordura.
Benigno: Fora de fase: baixo sinal