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Distúrbio de voz relacionado ao trabalho docente: um estudo caso-controle. Susana Pimentel Pinto Giannini Orientadora: Prof a Dr a Maria do Rosário Dias de Oliveira Latorre Co-orientadora: Prof a Dr a Léslie Piccolotto Ferreira.
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Distúrbio de voz relacionado ao trabalho docente:um estudo caso-controle. Susana Pimentel Pinto GianniniOrientadora: Profa Dra Maria do Rosário Dias de Oliveira LatorreCo-orientadora: Profa Dra Léslie Piccolotto Ferreira
Objetivo. Determinar a associação entre o distúrbio de voz e estresse no trabalho e perda da capacidade de trabalho entre professoras da rede municipal de São Paulo. Método. Estudo caso-controle pareado por escola. Grupo caso: professoras que procuraram HSPM com alteração nas avaliações de voz e laringe; Grupo controle: professoras das mesmas escolas do grupo caso, sem alteração nas avaliações. Instrumentos utilizados: Condição de Produção Vocal-Professor (CPV-P), Job Stress Scale (JSS), Índice de Capacidade para o Trabalho (ICT). Variável dependente: presença de distúrbio de voz; Variáveis independentes: estresse no trabalho (JSS) e capacidade para o trabalho (ICT) Variáveis de controle: características sociodemográficas, de estilo de vida e de ambiente de trabalho. Análise estatística: teste de qui-quadrado e modelos de regressão logística para estimar a associação entre as variáveis independentes e distúrbio de voz.
Resultados. Estresse no trabalho: 69,3% do grupo caso situam-se nos níveis superiores de demanda, enquanto 78,8% do grupo controle concentram-se nos menores níveis (p=0,019). Em relação ao controle do trabalho, a situação é inversa: professoras do grupo controle manifestam maior autonomia do que as do grupo caso (p<0,034). Capacidade para o trabalho: há associação entre baixa capacidade para o trabalho e distúrbio de voz (p<0,001), que se mantém na análise múltipla nas categorias baixa (OR=9,5, p=0,001) e moderada (OR=6,7, p<0,001) capacidade para o trabalho. Conclusões. Os dados do estudo apontam associação de distúrbio de voz ao estresse no trabalho docente e perda de capacidade para o trabalho, o que indica um envelhecimento funcional precoce, independente do declínio associado à idade, concretizado por faltas, licenças, afastamento ou abandono das atividades letivas. Ainda que delineamento de caso-controle não permita estabelecer relação causal entre exposição e efeito na saúde, considera-se que os resultados podem embasar a construção de políticas públicas que visem à promoção de saúde do professor.